Admito
que dessa vez fui muito mequetrefe e deixei para escrever em cima da
hora, mas essa semana foi bem difícil e muito provavelmente
escreverei pouco...
Segunda-feira
eu estava extremamente cansada e pela primeira vez eu estava com
preguiça de atuar, mas eu consegui encontrar coragem (sabe-se lá de
onde, porque o negócio estava muito sério) para encontrar minha
MCM. Nossa próxima atuação seria em Onco, estávamos com muita
expectativa, pois todos amam esse setor.
Manu,
a linda moça dos lindos cílios que nunca escondiam seus lindos
olhos azuis, nos entregou a chave. Enquanto nos preparávamos (em
vão, porque nunca estamos prontas), minha energia que estava muito
baixa, mas não sei como, de repente foi se elevando, e quando eu
menos esperava, estava radiante e quase explodindo. Quase nesse mesmo
instante, Manu bate na porta e pergunta: "vocês estão PERTO?"
Nos
encontramos com muitos Antônio's, muitos José's, Lucas/Felipe (para
entender essa história, recomendo você ler o diário de Angelina,
por sinal nós nos casamos com ele), a tricolor fanática Dona Katia,
Joelma abalada com a traição da Lua, Chimbinha que vivia dizendo
que eu era Thábata (a nova
vocalista de Calypso, estou sabendo dos babados hahaha), Rosana
e muitos outros que infelizmente não lembro o nome. Pessoas que
vieram de Gravatá, Salgueiro ou daqui mesmo hehehe. Pessoas que
estão muito longe de casa, pessoas que estão no setor há 1 mês, 2
meses, nossa, quanto tempo longe de casa. Não consigo imaginar como
isso deve ser difícil para eles.
Quando
nos encontramos com essas pessoas, não encontramos 'apenas' olhares
e momentos, encontramos histórias. Histórias que vieram de muito
longe, histórias que têm muito a nos contar. Presenciamos inúmeras
histórias não só nas segundas, como também em todos os dias de
nossas vidas, 'basta' estar aberto para ouvi-las e conhecê-las. Uma
história infelizmente acabou nessa última terça-feira, a história
de Miquésia. Histórias acabaram na semana passada (no dia 5 de
novembro) em Mariana-MG. Histórias acabaram ontem nos atentados de
Paris. Devo admitir que esses últimos dias foram muito difíceis
mesmo.
É difícil eu passar mais de 1 hora sem passar em alguma mazela do mundo, mas sempre tem um dia (normalmente no meio do mês) que eu passo quase o dia todo me sentindo mal em relação à situação em que nós vivemos. Pelo jeito chegou esse dia do mês, esse dia sempre é muito difícil para
mim, nele sempre derramo lágrimas 'sem motivo nenhum'. Às vezes eu me pergunto, já se sentisse assim antes, Emílio? Ou só eu que 'invento' de querer carregar todas as mazelas do mundo? Será que Drummond sentiu a mesma coisa?
E diante disso, percebo mais e mais como projetos como o nosso são importantes. Nós precisamos deles, o mundo precisa deles, acho que mais do que nunca, precisamos não só desses projetos, mas de encontros. Espero que depois dessa lição de vida que eu tive nesse período, eu não tenha mais nenhum pingo de preguiça nem para atuar nem para escrever.
E
sobre a pergunta de Manu, sim, estamos PERTO!
E
que estejamos sempre PERTO!
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