domingo, 26 de abril de 2015

A NEFRO É LINDA


Particularmente, eu não gostava da nefro, achava que lá era um local que nunca ninguém iria

gostar de palhaços, mas hoje, tive a melhor sensação dentre todas que já tive em outras

atuações, a nefro é linda! É especial! É encantadora! E junto com meu MCM pude descobrir

isso! Valeu Deus, valeu Caquito! :***

Quando soube que iria pra lá, confesso que fiquei triste, mas iria de todo jeito pois sentia que a

energia hoje seria diferente, por que nesse mesmo dia todos os andares estaria com alguma

dupla do palhaço.

Ao chegarmos no primeiro quarto nos deparamos com uma família linda, a família do senhor

Severino, que a propósito tinha saído pra fazer exames, então nossa interação foi com os

familiares, os descendentes de seu Severino eram marcados pelo bigodão de ouro que

possuíam, tinha um que parecia uma vassoura de tão cheio! Kkkkkkkkkk, eles contaram sua

historia e a parte mais linda de tudo isso foi poder escutar: muito obrigado, vocês fazem um

trabalho lindo! Deus abençoe vocês! Isso, apenas essas palavras fez com que eu retirasse toda

impressão negativa que tinha por aquele lugar!

Logo depois fomos para outro quarto, o quarto onde se encontrava um pessoal muito

simpático, foi lá que dançamos, fugimos de uma bomba e roubamos um lanche! Ops!

Kkkkkkkkkkkk...

Meu Deus, nunca imaginei que ali seria um dos melhores setores que já atuei! Muito obrigada!

- Niveta Toda Preta

OVOS DE PÁSCOA NO COB



Minha dupla oficial mudou, agora Caquito Grilo será meu MCM!!!!

Nossa primeira atuação juntos foi em um lugar muuuito especial, o COB. Algumas tristes por

perder seu bebes, outras alegre, com dor, mas alegres por que já já iriam ver os rostinhos de

seus ajinhos! E foi nesse clima que iniciamos, entramos em um dos quartos onde havia uma

mulher que aparentava não querer muita conversa, mas Caquito conseguiu conquistá-la, com

toda a sua saliência e molejo, kkkkkkkkkk... ela estava esperando um menino, então logo

deduzimos que nessa páscoa viria um grande ovo!!

Depois de tudo isso, encontramos Márcia no corredor, siiim a Márcia da tinta de cabelo. Ela já

conhecia Caquito, de onde eu não sei NE?!  Maaaas...

Encontramos também com outras mulheres que teriam seus grandes ovos nessa páscoa, e

depois de fugir do grandalhão que perseguia meu parceiro conseguimos partir para a outra

dimensão, a da realidade :/. Foi bom enquanto durou! Até a próximaaa...

-Niveta Toda Preta


O TRIO DO SEMESTRE




A primeira atuação do semestre foi marcada por primeiramente pela dupla sertaneja: Livinha e

Nivinha, e participação especial de Caco. Novas duplas formadas, alguns pagando faltas e

assim começamos...

Fomos direcionados para o 10º andar, os pacientes estavam animados e interagiam conosco,

atuar a primeira vez com eles foi muito inovador! Foi algo que me fez recarregar todo o gás

pro resto do semestre!

Valeu meus lindos! Sei que o meu dia e o dia dos pacientes tornou-se mais lindo por causa de

vocês! <3

- Niveta Toda Preta


Os singelos encontros da Pediatria...

DBBB lindo, quanto tempo!!! Agora estou de volta e podemos retomar nosso trabalho!!!!

Beeem, agora tenho um novo MCM: Tuberculino Bang Bang e nossa primeira grande aventura foi na Pediatria. Foi uma correria essa sexta, mas não podíamos deixar de atuar de jeito maneira, já estava ficando desesperada de tanta saudade dos setores.

Depois que nos vestimos, fomos em busca de olhinhos brilhantes e encontros corredor a fora. Primeiro, passamos no quarto da princesa Gi, chamamos ela (que era uma artista maravilhosa) a nos acompanhar nessa aventura, um pouco desconfiada, chamou sua mãezinha como fonte de segurança para acompanhá-la, já que juízo ela percebeu que não tínhamos.

No meio do nosso caminho, encontramos grandes príncipes e princesas e um lorde: Joas!
Tinha uma bela adormecida, que deixamos ela dormindo a espera do príncipe, bixinha... Acordou logo que percebeu que não está fácil. hehehe, ela não podia nos acompanhar, mas participou com seus olhinhos brilhantes daquela tarde gigantesca.
Fomos seguindo... Encontramos bebezões lindos nos braços de seus pais: uns pediam a "boia" (bola), outros queriam estudar nosso figurino e nos dar dicas de moda, não sabem eles que temos um Dom para resolver esse probleminha de Personal Estilist. Em meio a tantas possíveis explicações pro colorido das meias do Tuberculino seus rasgões, eles chegaram a conclusão que tudo estava combinando do nosso jeito.

Ainda no nosso passeio pelos quartos, encontramos pequenos que não sabiam andar e nem falar, mas nem precisaram: aqueles olhinhos e sorrisos com 2 dentinhos já eram o suficiente (por isso o título do DB). Quantos encontros singelos e significativos, eu queria trazer pra casa e apertar e ninar a noite toda (mas lembrei que preciso dormir e que as mãezinhas iam sofrer). Engraçado: todos estavam conectados através dos pés (eles diziam que era acesso venoso para nos enganar, mas sabíamos que era um tipo de conexão online).

Bem, depois de tantas conversas, encontros, sorrisos e abraços quentinhos, fomos embora da pediatria com um aperto no coração querendo ficar até altas horas... Foi incrível!!

Obrigada MCM, nossa primeira atuação foi maravilhosa <3

Com abraço, Odete!

Volta a Onco

  Postando  uma atuação antiga.... Mas lembro-me que foi uma ótima atuação na onco. E apesar de Martina falar que não se encontrou, eu não consegui notar e entre uma fungada e outra (fugas desesperadas que ela fazia gerava algumas gargalhadas...) o tempo ia passando, tempo este de boas conversas com os pacientes e alguns bons jogos!. terminou cedo a atuação, é verdade, mas tudo tem um lado positivo.

11º Andar

Hoje eu e Marieta fomos atuar de manhã por que acabamos tendo um espaço livre de ultima hora. Sempre fico meio envergonhada por que pela manhã nas enfermarias sempre tem os estudantes em aula por lá, e geralmente eles são muito pouco receptivos (por uma parte eu entendo, ja que eles tao trabalhando, mas dava pra ser melhor). E não é que foi? Acho que hoje eles estavam muito felizes, quem sabe não é o efeito da chegada da sexta feira haha. Conversaram, brincaram, tiraram onda, foi massa! (Não foram todos, ainda tinha os que ficavam mais fechados, mas foi um graaaande avanço). Além disso encontrei com minha amiga Edna!! Não acreditei que ela ainda tava lã. A última vez que no encontramos foi no carnaval, e a gente levou uns frufrus pra decorar a cama dela. Primeira vez que cheguei e ela não tava comendo! Hahahah ela lembrou bem disso, e lembrou também  de Carola Carambola e de Bette! Minhas queridas companheiras do semestre passado. Edna continuava alto astral como sempre, e exigiu que a gente voltasse com decoração de São João pra ela, pedido anotado hahah. Seu Mané Severino tirou mais onda com a gente que a gente com ele, eita homi esperto. E ainda deu uma palinha pra gente dançar. Enquanto isso Diogo fazia a primeira declaração de amor pra esposa depois de 10 anos juntos haha. Ainda teve o quarto das três Marias, e saímos de lá com a promessa de um almoço com fava e de sobremesa bolo com sorvete nhom nhoom. E o "pior" de tudo foram as irmãs de Custódia, que prometeram que iam levar a gente pra casa e tentaram sair de fininho, as safadas! kkkk Mas ninguém enrola Maria e Marieta não! Pegamos elas no flagra indo embora, mas fizemos um acordo e limpamos a barra delas por enquanto haha. Esse setor é gigantérrimo, mas também é tão gostoso. Eu tenho um carinho especial pelo 11º andar, acho que Edna é uma parte importante e marcante pra esse meu carinho. Eu também senti que me conectei bastante com Marieta, a gente conseguiu um sicronia muito boa. Ma hora de ir embora foi uma comoção danada, tudo por que ninguém achava a chave do quato das enfermeiras, onde a gente tinha deixado as coisas. Foi uma correria pra lá e pra cá, mas foi bem mais fácil do que eu pensei pra manter a energia. Chave achada, hora de dar adeus pra esse andar que é tão especial. Já volto dècimo primeiro. Um chero!!
Maria Malhação

Depois do erro, não vem nada!

Olá querido D.B.! 
A atuação dessa sexta aconteceu no 7º andar, tão querido e temido por mim (Aninha/Floribela)!
Diante de uma situação inusitada, tivemos a prova da importância de estar atento a tudo que acontece, de perceber o espaço, antes de chegar já agitando tudo. Mas, como depois do erro não vem nada, continuamos atuando como se nada houvesse acontecido (acho que nem percebemos na hora). Fomos lááa para o ultimo quarto do corredor, e seguimos com nossas andanças. A atuação foi boa, teve cantoria, joguinho no tablet, avião pra Shucuru (não sei como escreve) e muitos encontros, em uns quartos mais tranquila, em outros mais agitada, e assim levamos. Tudo estava ocorrendo muito bem, "sob controle", mas parece que os últimos quartos serviram para dar uma chacoalhada! No penúltimo, fomos ignoradas e no último escorraçadas (seria cômico, se não fosse trágico).
Último quarto, um senhor e seu filho, tudo parecia muito bem e familiar (tendo em vista que já havíamos falado com o senhor no começo da atuação) até que ele resolve despejar, ou melhor, VOMITAR todo seu desgosto na forma de palavras em nós. Por um lado ele tinha até razão em algumas coisas que estava falando, sabe, mas do meu ponto de vista passou de todos os limites (perdeu o freio e falou demais da conta).
Ficamos sem saber o que fazer, em busca daquela cartada que Gentileza tanto fala, para não sair na merda. Me senti mal quando vi minha MCM totalmente submersa naquelas palavras, que naquele momento eu já não dava tanta importância, só lembro de querer arrastar ela dali e sair. Dei um jeito e sai de lá falando em alto e bom som: "Depois do erro não vem nada", disse para quem quisesse ouvir, disse para Tatá, disse para mim! Então, entramos no quarto das enfermeiras, nos trocamos e fomos embora. 

Ah, seu "ignorantezinho", como ele mesmo se intitulou, eu te agradeço por este caldo. Irônico, não?! 
Deixa eu esclarecer, não agradeço por suas palavras rudes e sem amor. Agradeço por nos mostrar mais uma vez que depois do erro, não vem nada. Agradeço por mostrar que não somos obrigados a escutar e deixar que as pessoas falem e façam conosco tudo o que querem. Agradeço porque de tudo podemos tirar seu lado bom, por mais difícil que seja. E não, sua condição de "doente" NÃO justifica e nunca irá justificar o jeito que nos tratou. 

ps: Nunca foi tão difícil escrever um diário! 

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Nefro, família bigodão e dinheiro vale mais que homem

    Hoje (24/04) fui para a nefro, mais uma vez acompanhado de minha MCM Niveta Toda Preta, a qual estava um pouco "tensa" por já ter atuado na nefro, e segundo ela não ter sido tão bom, porém lá fomos nós, nos trocamos, entramos no corredor e TUDO começou *--*.
    Ao sair para o corredor fomos para o último quarto, onde havia uma família INTEIRA - 3 filhos, 2 esposas, 1 neto, 2 amigos, a esposa...só não estava o Pai Bigodão, Severino. Nesse quarto todos tinham UMA LAPA bigodes bem grandes, tinha um lá que se virasse de cabeça pra baixo dava pra varrer uma casa interinha. Foi muito bom de atuar nesse quarto, brincamos muito com todos e escutamos algo que nos deixa com a energia lá em cima "vocês fazem um trabalho muito bom, tem gente aqui no hospital que não recebe uma visita e vocês vem alegrar todo mundo" =P.
    No segundo quarto encontramos Otávio - vovô sarado -, Williams - paciente sedutor sem blusa que faz aparelhos apitarem só pras enfermeiras irem lá desligar - e Dom Barba, ou Rei da Cacimbinha - um senhor com UMA LAPA uma senhora barba. Todos brincaram com a gente, Niveta conseguiu jogar muito bem com Dom Barba, entreteu ele para no final roubar pegar um mamão kkkk, mas ela só pegou o mamão pq ele não queria mesmo =D, mas a gente devolveu depois...EU ACHO...
    Brincamos com todos, pacientes, equipe e até uns certos Lindovisores/Lindovisoras que apareceram por lá =D uma delas até me deu um beijo =O na buchecha calma, Caquito Grilo é gato sedutor, mas é difícil kkk

P.S- sobre dinheiro valer mais que homem é pq uma enfermeira disse que não qme queria pq sou pobre =( ; outra depois disse que me aceitava pq ela tinha dinheiro pra nós dois kk

COB

O COB sempre é um dos melhores lugares =)
Neste dia fui já com minha nova, nova MCM Niveta Toda Preta, para o COB e chegando lá recebemos de cara "Não, da pra atuar não, ta muito cheio" de uma enfermeira lá, mas quando ela se virou uma outra enfermeira disse que poderíamos atuar ali sim - acho que a tia chata enfermeira só não gostava da gente, o COB nem tava tão cheio assim.
Foi uma apresentação bem curta - brincamos só com 3 pacientes -, mas com a energia sempre lá em cima. Niveta em toda sua ingenuidade não conseguia entender que ovos Arthur que iria nascer, trazia consigo e isso foi motivo pra muita gargalhada pras pacientes do quarto; bixinha...tão ingenua.
Brincamos um pouco com a equipe também; o COB não tava cheio, mas tava bem corrido =S acho que de 7 pacientes 3 deviam estar em trabalho de parto, o que acarretava em gente correndo prum lado e pro outro

Primeira atuação =P

Maroooooca, eu estou escrevendo *---*

Minha primeira atuação deste semestre foi com Sebastiana Tetinha e Niveta Toda Preta e nenhuma delas era minha MCM, na época =P. Fomos para o 10º andar onde junto com as meninas me diverti muito; apesar de ter casado e ter sido trocado umas 4 vezes no mesmo dia - fui o maior corno por m² que esse mundo já viu.
O que mais me encantou foi Dona Amara, uma senhora com  seus quase 90 anos e de sorriso bastante fácil, logo que entramos no quarto ela falou "é muito bom ter alguém com quem conversar" e os 3 palhaços ficaram bestas a partir dali kkk Dona Amara é simplesmente um amor =)

Cadê a chave???

Hoje atuei com a minha linda MCM temporária, como é bom atuar na sua companhia! Fomos ao 11º andar, nos trocamos num banheiro pequenininho e colocamos nossas coisas no quarto das enfermeiras.

A enfermaria do 11º é enoooooooormeeeee, então tivemos muuitos olhares, muitos encontros!

Nosso primeiro encontro foi com duas irmãs de Custódia, nos prometeram levar com elas pra jantar macaxeira e de sobremesa todo tipo de doce:9, elas nos enganaram, iam sair de fininho, mas RÁ! Pegamos no flagra, combinamos de ir na próxima, já que ainda não tínhamos acabado.
 Encontramos Edna, que disse sentir nossa falta na páscoa e pediu para organizarmos um são joão para dar uma animada! Encontramos Cris, Diogo, Mané Severino e Eduardo, mostrei-lhes meus dotes artísticos e meus agudos maravilhosos que mentira! que serviram de inspiração para Diogo fazer uma declaração a Cris e fingi não ter nenhum time pra Mané Severino não ficar chateado comigo haha:)

Antes de subirmos a energia, no corredor vi uma senhora chorando no corredor, me senti triste com ela. Máscara no rosto, entramos no quarto da Dona Nina e do Seu Ricardo. Ele estava bastante debilitado, mas Nina estava segurando sua mão e fazendo carinho, carinho este que possibilitou Maria Malhação descontrair o clima um pouco pesado com os piolhos. Conversamos também com Inês e Marília, a companhia estava tão boa, o tratamento que elas estavam recebendo era de rainha, que deduzimos que estávamos num hotel e tratamos logo de procurar a recepção para reservar um quarto.
Alguns quartos mais receptivos outros menos. O que eu mais curtir foi o quarto do pai da ester e do marido da júlia. É tão bom quando os pacientes entram na brincadeira, o jogo fica muito mais interessante:)

Já passavam das 12h, a gente já tinha jogado com toooodo muuundo!!!!! Paciente, acompanhante, segurança, auxiliar de limpeza, a moça da comida, técnica de enfermagem, enfermeiros, estudantes, internos, residentes, médicos!!! Então decidimos ir embora, almoçar pra poder ir pra aula, mas... Cadê a chave, Andrea(enfermeira)? PAM PAM PAM PAAAAAM!!!! Estava com Lu, uma das Histers da Limpeza, mas ninguém sabia onde ela estava. Achamos um anjo não muito generoso conosco, nos deu algumas ordens e seguimos tudo, até ficar caladas! (me desculpem as exclamações, é muita animação). Nosso anjo achou a Lu e a chave, nos pudemos ir então almoçar (comidaaaaaaaa:]).

Com muuuuito amor e muita fome,

Marieta e Maroca.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Cartas para Pandolfo: Sobre Edna e o futuro

E ai Pandolfo,
O nível tá diminuindo né kkkk, vê, hoje tenho uns paranauês para tu me ajudar. Eu e minha linda MCM, fomos hoje para o décimo primeiro andar. Carola estava com medo de não ter mais jeito com os adultos, mas da mesma forma que ela tem medo do seu cabelo não estar bonito, estes são proposições sem fundamento. Seu cabelo é divino, e ela se saiu divinamente bem. Entre os encontros tenho que destacar dois: O encontro no quarto das meninas safadinhas que queriam olhar os médicos bonitões e o encontro com Edna.
  Tenho que comentar também sobre alguns amigos que fizemos. Conseguimos um senhor muito fofo e de um olho azul lindo, que sabe como consertar elevadores e vai me permitir finalmente sair daquele andar, afinal eu só saio de lá quando ele melhorar e puder me tirar daquele local, para todos juntos, irmos para a fazenda do seu colega de quarto, comer muito. Mas é claro que isso vai ser antes de eu virar uma menina comprometida, porque como é de praxe, eu dei uma de pedófila e me arranjei com um menino de seus sete anos. O meu futuro noivo não me conhece, mas se eu tiver a felicidade de ser que nem seu avô, pode ser até que dê certo. Seu avô, tinha 99 anos de muita lucidez, disposição e olhar delicado e puro, e é claro muito bom gosto, porque depois de alguma relutância aceitou que eu virasse sua neta de coração.
   Entre as visitas, fomos convocados a ir no quarto de Edna, e foi lá que a revi e a conheci de verdade. Edna estava dando trabalho, porque estava muito chorosa, devido a solidão e a recente mudança de quarto, Carola já era uma velha conhecida e para ela soube falar muitas palavras que revigoraram seu dia. Eu a iludi um pouco, afinal antes eu era duas e virei uma só e já fui até um palhaço que gostava de atirar, mas de qualquer forma, um encontro que começou com choro se tornou em riso e muita satisfação. Mas, não era primeira vez que via Edna, e não era a última que escutaria falar seu nome. Edna foi a primeira paciente que eu como estudante fiz a anamnese a duas semanas atrás. Nos encontramos antes, com diferentes posturas e objetivos, e muitos professores a citam devido sua condição muito peculiar, mandando ir vê-la para fins acadêmicos. Mas, tenha certeza Pandolfo, depois que a conheci como palhaça, posso te garantir que só me encontraria com ela para ver ela feliz, para conversar e não para notar sua pele, ou respiração.
  Por muito dias, fiquei refletindo sobre como essa situação me incomodava, em motivos acadêmicos porque percebi como me ligava emocionalmente ao paciente, e como isso não era tão bom, e por motivos pessoais, por de alguma forma achar, meio incorreto a forma tão analítica que temos que abordar os pacientes. Enfim, muitas reflexões depois, percebo que talvez os dois precisam existir. A forma analítica vai me permitir que no futuro eu tenha condições de ajudar pessoas com Edna, e minha forma pessoal e emocional vão ser sempre as razões que vão me levar a me esforçar na minha busca analítica acadêmica, porque apesar de divergentes esses dois caminhos tem a mesma meta, trazer felicidade para pessoas tão lindas como Edna.

  A ela dedico muitas coisas, a minha primeira anamnese, o meu encontro único, e principalmente minha primeira percepção de qual minha real meta na vida. Que cada futuro paciente ou pessoa que eu me encontrar, eu tenha a capacidade de expressar tudo que Edna me ensinou.

Cartas para Pandolfo 2

Caro Pandolfo,
  Sua MCM, ou não é bem quista, ou tá com os horários conturbados, porque minha MCM linda Niveta, foi tirada de mim, #chatiada.  Mas, não se preocupe a minha nova MCM é linda também, e é uma menina super poderosa mesmo, porque nem o elemento X, falta para ela, Carola Carambola é realmente muito especial. Com ela, aprendi algumas coisas, como por exemplo, que as vezes eu me privo muito do contato e que realmente eu imponho algumas distâncias entre mim e as outras pessoas. Carola é sem frescuras, e ver uma cena linda dela quebrando todos os meus protocolos e abraçando uma criança de forma natural e com amor, me fez repensar nas minhas próprias barreiras.

   Nosso primeiro encontro, foi na Pediatria, podemos desfrutar do nosso usual jeito moleque com dois garotinhos muito sapecas, e até mesmo consegui fazer cosquinhas neles, mediante uma competição de controle de cama móvel. Em busca da nossa própria cama, achamos o menino mais pop do andar, e vimos a menina mais linda que eu já vi. Lívia era muito linda, parecia uma boneca de porcelana de tão perfeita, acho que os moldes foram feitos dela, além disso era inteligente, dançava, falava super bem e tinha todo o encanto do mundo, fiquei abobalhada com ela, acho que toda a cota de beleza e perfeição das Lívias foi parar naquela menina, e sendo detentora de parte dessa cota, te confesso que não quero cobrar nada, porque aquela pequena tem que existir e continuar mais e mais perfeita. Entre os quartos e corredores podemos brincar com algumas crianças, algumas estavam meio tímidas, mas foi muito legal quando evitamos uma guerra por um ursinho, usando outro brinquedo e fazendo jogos com ele. Dentre as tristezas, era muito incômodo ouvir os gritos de dor e o choro agoniado que viam de um quarto, infelizmente não podemos entrar lá. Mas de alegria, tenho que te contar que finalmente consegui um encontro a muito tempo desejado. Lembra daquele garotinho que flagramos muito mal e fazendo xixi em uma das atuações e que tentamos, mas de nenhuma forma conseguimos conquistar, pois ele estava bem melhor, mais saudável, e mais alegre e com ele eu e Carola brincamos e fizemos jogos muito bons, sinceramente cada momento que passava ali, cada riso, ou conversa que desenvolvia com ele e com sua mãe eram uma vitória pessoal minha e me deixava não só feliz, mas grata por ter segundas chances e poder perceber que os momentos certos vão surgir  para que neles possamos desenvolver o melhores encontros que podemos ter.

Cartas para Pandolfo

Prezado Pandolfo,
  Vamos deixar de formalidade né, afinal você sempre será meu MCM. Sei que agora você está com duas lindas flores e vai esquecer desse microfone aqui, mas a partir de agora eu vou te contar como estão sendo os meus dias e meus momentos nas atuações, para que sempre que você ou qualquer outro MCM de outra dupla precisar, tenha aqui, um pouquinho da palhaço sobre meu olhar. Sei vocês já estão cobertos de abelhas, devido a tanto doce, então, lá vai.
  Hoje atuei pela primeira vez com Niveta, minha nova MCM. Quem a vê pensa: olha que meiga, que delicada, que bailarina.  Minha gente, ela não é assim não. Ela é bem mais, de seu sorriso calmo e sua postura elegante sempre surgem um jeito envergonhando muito engraçado, e uma malandragem única. Realmente vamos ter encontros muito bons pela frente, vamos aprontar muito. E para agitar o clube da Luluzinha, recebemos a visita ilustre de Caquito Grilo, com toda sua maestria, safadeza e disponibilidade. Pandolfo, pude mostrar um pouco do nosso jeito bem correto de subir a energia, conduzi uma dança muito culta e tradicional, chamada a Moriçoca Soca, Soca.
 Decidi esse semestre diminuir o falatório, inclusive nos diários, será que vou conseguir? Dan, Dan, Dan. Por isso, vou citar alguns momentos bem especiais: No quarto, com duas lindas, consegui fazer Caquito casar, separar, ser chifrado, isso com quatro mulheres, incluindo Niveta, e todo esse jogo surgiu de um desenho, que trazia escrito: Norma e eu “sem intenções”, li Corna. Nesse quarto, fomos convidados pela filha de dona Amara a ir no seu quarto para visitá-la. Dona Amara é alguém que me lembro de outra atuação, acho que você vai lembrar que na atuação passada, me abismei como uma simples dança boba consegue deixar alguém tão feliz. E novamente, me deparo com uma senhora linda, disponível, com aperto de vó, com olhar de amor, com conversa boa e que o sorriso ilumina a alma de qualquer um. Dona Amara, me fazes amar a vida e acreditar que as vezes, mesmo com tantos problemas, a pureza, a magia e a beleza de uma criança, ficam vivas enquanto podemos respirar. Ao seu lado na outra cama, uma paciente sentia muita dor, e fiquei feliz que a mesma mão que acalentava suavemente a mão de dona Mara, conseguia trazer força para aquela mulher. Novamente naquele mesmo quarto, consigo ver que fingir ser um balão diante do ventilador pode arrancar pureza de uma eterna criança e enganar a dor por alguns minutos.  E olha que mundo pequeno, a filha da dona Amara, morou muito anos com ela em uma praia chamada Bertioga, praia esta que uma amiga minha chamada Lívia, quando pequena foi. Nesse local, ela comeu churros vendidos na praia, e nessa data a única pessoa que vendia churros lá, era a filha da Dona Amara.

  Tá vendo Pandolfo, se até um dia, a vendedora de churros encontra com sua cliente mirim gulosa, um dia novamente vamos nos encontrar, e vou poder te passar, tudo que aprendi com essa nova iluminada MCM nos nossos encontros, e com essas novas experiências que prometem para esse novo ciclo, serem mágicas!

por fim

“ Alto aqui do 7º andar longe eu via você e a luz desperdiçada de manha”
Definitivamente hoje não é meu dia...  cansado, atrasado e por cima tudo que podia acontecer estava acontecendo...

Porém atuar foi Hilário... logo no 1º quarto eu olho para o paciente e digo lhe trouxe esse pacote e aponto para betina e ele não poderia ter recebido esta carta de melhor maneira, que me fez rir durante todo momento em que estava no quarto.

Descendo pro 10º

Muito bom ver que quando vc e seu parceiro entram numa mesma vibe os encontros fluem...
chegar a tal ponto que pegamos o carrinho de levar materiais para dar uma voltinha pelo setor enquanto o dono via... sim fomos capazes... 
Como terá sido ficar lá dentro? Só betina poderá responder.

no 11º

Primeira atuação... Primeira?
Um começo.  Recomeço tinha esquecido como é o gostinho de coisa nova...
E agora? Maquiagem? Energia? Como vamos fazer? Eu fazia assim, eu assim...

Uma atuação de conhecimento, conhecer o novo, o imprevisto e pensar “vai ser diferente”.

Primeira vez na Nefro...



           Quem já conversou comigo sobre qual especialização eu vou fazer sabe que eu tenho uma frase pronta: "O que eu quero eu não sei, mas sei que não quero ser Nefro!"  Acho que sei de onde vem esse sentimento de querer me afastar desse setor, vejamos... Minha mãe tinha uma amiga que ia muito em nossa casa, ela era uma pessoa simples, amável e frágil. Eu era pequena e não sei se, quando nos conhecemos, ela já tinha problemas nos rins, mas lembro perfeitamente de quando ela chegou lá em casa com um acesso central coberto por um esparadrapo... Lembro de ter me compadecido e até ter imaginada como deveria ter doído pra colocar aquilo.. Lembro também dos vários anos em que ela foi morrendo aos pouquinhos e de como foi sofrido esse processo todo até o momento do desencarne. Não tenho muito problema com morte, acredito em ciclos que se findam mas essa história me marcou. Enfim, vindo daí ou não o que eu sei é que quero distância da Nefro! Calma!!! Quero distância da especialidade, e não da intervenção no setor! Minha MCM gosta de lá e me fez ver que as coisas não são tão ruins quanto eu temia que fossem! Nos divertimos muito e tivemos uma intervenção linda cheia de encontros e sorrisos!

Obrigada a Deus, por essa oportunidade de ter uma nova impressão sobre a Nefro. Obrigada a Lena (amiga da minha mãe) que me fez amar mais os pacientes renais e me compadecer deles. Obrigada a minha MCM que segurou na minha mão e me ajudou a encarar esse medo.

                                                                                                                                                                        <3

Maternidade!



  Na minha primeira intervenção com a minha nova MCM, Bete Corpete, eu pude matar a saudade de intervir e me diverti MUITO. Tava com receio de que não conseguíssemos subir a energia ou de que não encontrássemos uma harmonia mas isso tudo acabou quando subimos os narizes! Foi incrível como tivemos uma sintonia massa desde esse momento até o fim da intervenção. Não foi uma intervenção com altos e baixos e, até no momento mais complicado dela (quando fomos conversar com uma moça que tinha perdido o bebê), fizemos bonito! Eu não sei qual o critério que foi usado para nos colocar juntas mas quero dizer que foi TOP! (:

Obrigada a Deus, por essa oportunidade de conhecer e aliviar o sofrimento de alguns. Obrigada ao projeto por fazer questão de permanecer vivo dentro de nós. Obrigada as minhas duas MCM's, uma por me moldar e outra por me receber, com todo o coração, como sou, cheia de defeitos.
                                                                                                                                                                       <3

SURPRESAAA!!!!! :D

A intervenção realizada no dia 13/04/2015 foi no 9º andar (Maternidade). Pra começar bem, meu companheiro esqueceu a roupa no carro, e tivemos que voltar ao ccs para que pudéssemos atuar. Mas sem problema, a caminhada ajudou para descontraímos um pouco - hahaha!!! Na atuação, encontramos muitos olhares, inclusive de muitos outros alunos da UFPE que estavam lá para conversar com as pacientes, o que ampliou os nossos jogos. O clímax da atuação foi quando entrei no carrinho das fraldas e percorri o corredor até a sala onde se encontrava uma senhora, a qual já havia falado, mas entrei e fiz uma surpresa para ela. O brilho e o sorriso em seu rosto me fizeram lembrar o real motivo de fazer parte desse projeto: fazer de um pequeno momento, um momento inesquecível.

domingo, 19 de abril de 2015

Segunda vez na onco!

Atuação do dia 14/04
O que me faltou na primeira vez que fui na onco, eu tive dessa segunda vez! Estava, de verdade, com muita energia para ser liberada ali... Minha energia caiu >bastante< quando saímos da área dos pacientes para falar com os familiares que aguardavam do lado de fora. Entretanto, tive a oportunidade de conversar (lá fora) com uma paciente que foi a primeira com quem conversamos, e a primeira que jogou comigo ~falando do meu nariz, e dizendo que eu devia fazer uma plástica!~. Ali fora não teve muito jogo; foi pura e simples conversa jogada fora! 
Não recordo de muitos pontos em que eu possa entrar em detalhe, pois passamos pouco tempo dessa vez...
Quando terminamos a atuação, eu saí um pouco antes de Caio e Tutu, mas ~obviamente~ fui reconhecida (meu cabelo me denuncia), dei um sorrizinho e saí de fininho, e ouvi uma mulher falando para outra que eu era muito lindinha, então ganhei meu dia! kkkkkkkkkk depois de tantos xingamentos num dia só (quando vestida de palhaça), um único elogio pôs todos os xingamentos no lixo! :P

Festival de olhares e encontros!

Dia 7 de abril é o dia do aniversário da pessoa por trás de Telminha, e não havia presente melhor do que começar o dia atuando na pediatria.

Para falar a verdade, eu comecei o dia preocupada (justamente porque era pediatria). Isso porque eu teria um dia muito cheio, e visto que minha coluna não é das melhores palhaças, eu imaginei que podia não aguentar o pique da pediatria e ter que voltar para casa após a atuação. Não foi o caso! (UFA!). Na verdade, a atuação me surpreendeu!

Diferente de todas as atuações que já tive na pediatria, a maioria dos pacientes eram bebês (acho que apenas 3 eram crianças maiores, mas dentre esses 3, um estava antenado e preso no videogame e um segundo apesar de entender o que falávamos, ele não conseguia interagir tanto conosco). 

E o que você faz com bebês? Aperta as bochechas, pega no braço e corre pra casa??! Nãããao! Bem que podia ser assim! Era o que Telminha queria! Levar todos aqueles bebês para minha casa! Tive que me contentar em trazê-los apenas na memória e no coração. Foram tantos olhares e tantos sorrisos! E o melhor: nenhum espanto! Todos pareciam ter nos amado e se divertido conosco -juntos-.


Primeira atuação com o TRIO!

Cheguei atrasadinha, mas escreverei meus diários sim! :D
Dia 24 de março, fomos eu, Martina Mandacaru e Pandolfo Bufaflor atuar no setor da onco. Era um novo setor e novos MCM's me acompanhando! Era tudo muito novo e fazia um bom tempo que eu havia atuado, então fui uma palhaça de poucas palavras e acredito que não dei o melhor de mim. Até uma paciente chegou a dizer que eu falava pouco, o que me deixou também um pouco desconfortável.

Apesar disso, fiquei muito feliz em ter conhecido a atuação na onco: nunca tinha ido e sempre quis conhecer! Tivemos bons encontros naquele dia e chegamos a conhecer histórias muito bonitas :) Duas delas, também já citadas pelos meus MCM's, foram as que me marcaram mais: 
1. uma mulher, que apesar de ter sofrido violência doméstica, conseguiu dar a volta por cima na vida e casar-se com um homem "tudo de bom", a quem ela se referia como docinho, e ser realmente feliz com ele; um homem que a amava e respeitava e lhe enchia de carinho acima de tudo - e o melhor: manteve-se ao seu lado mesmo nos momentos de dor.
2. um senhor de 96 anos, que apesar da idade, não deixava de celebrar a vida, de cuidar e amar a família e ainda dar atenção para 3 palhacinhos que chegaram cheios de expectativas de alegrá-lo, quando, na verdade, ele é quem nos encheu de amor! Foi um dos maiores presentes do dia, para mim, ter conhecido esse senhor!

É isso, até o próximo diário ~daqui a pouquinho hehe~

Sobre lugares e pessoas

Atuacao 17/04

Após um dia no mínimo tumultuado, cá estava eu e meu parceiro em mais um empreitada, dessa vez na enfermaria do décimo. Subimos nossa energia e seguimos quarto a quarto. Entrando no quarto das rosas conhecemos Dona Diiiirrrrte, com seu sorriso que cabia a enfermaria inteira. Ao seu lado estava Dona Anunciada com sua mãe, uma senhorinha com o olhar baixo e uma feição triste, o papo com Diiirte estava ótimo, mas aquela senhorinha era meu encontro. Abaixei devargarzinho ao encontro dos seus olhos -  um adendo sobre seus olhos, eram azuis e brilhantes, muito lindos!
perguntei seu nome e ela ficou me olhando, foi quando a filha disse que seu nome era Sevilha, um outro adendo sobre o que Sevilha representa para mim - como já disse em alguns encontros o nome da minha avó e das minhas tias-avós são de lugares (vovó Irlanda, tia Grecia, tia Austria... tia Sevilha, sim Sevilha é uma cidadezinha na Espanha que deu o nome a uma das tias-avó mais queridas da familia e que infelizmente faleceu) - olhei então para minha outra Sevilha e quase que instantaneamente perguntei se ela era espanhola, ela deu uma risada e disse "olha filha a palhaça conhece" 😍😍😍😍 continuou dizendo que era de Juazeiro do Norte, fiquei lá agachadinha conversando com Dona Sevilha que me contou suas historias de amor com seu João (desse jeito Bond num guenta viu?), após uma serie de perna, digo conversa com dona Sevilha, seguimos pra outros quartos, no último encontramos Seu cícero que após longas conversas sobre o "sobrecu da galinha e o Tae ko dou", bem o tempo passou rapido, muito rapido e já era hora de ir embora.

Quanto a minha relação com meu MCM gostaria de dizer que definitivamente estávamos sintonizados, Tunico e Bond de fato estavam unidos, após algumas mudanças, acredito que de ambos. Acho que o moinho que falei em algumas postagens atrás, agora estava finalmente funcionando.

Passo a passo

Atuacao 10/04


Atuar na maternidade sempre foi motivo de abrir aquele sorrisão só em subir pro nono andar, gosto daquele clima de novidade, vida nova, de esperança que literalmente nasce em forma de pacotinho. Bem, lá estávamos eu e meu MCM, nos arrumando no calor e subindo a energia com a técnica do balanço do popô 😂. 
Fomos de quarto em quarto, alguns muito divertidos como o quarto das mulheres de Limoeiro e de outra cidadezinha do interior que não me recordo agora 🙈, diversão era ali, Tunico e Bond eram meros expectadores daquelas mulheres que se encarregavam de levantar a energia, não dava vontade de sair, mas tinhamos que prosseguir, fomos ao proximo onde ganhamos comida (melhor parte da atuação), biscoitos vindo de Dona Mauriceia (a dona da fabrica, a proposito 😂), seguimos pro quarto de dona Fatima e seu netinho, que dormia calmo como um anjo, ele e a mãe, mas o encontro surgiu ali mesmo, no cochicho pra não acordar niguém.
Depois, chegada a hora do último quarto encontramos Vanessa, que com sua sinceridade nos deu ótemas dicas de moda (dicas pra ficar balaka segundo ela).

Percebi naquele ponto o quanto Bond e Tunico estavam amadurecendo e se entrosando mais, não jogávamos mais sós, embora as vezes não consigamos manter o jogo do outro, estávamos progredindo, ao nosso passo. ☺️


Vento de mudança

Atuacao 27/03


"Quando os ventos de mudança sopram umas pessoas levantam barreiras, enquanto outras constroem moinhos de vento"


Iniciar o período de atuações com aquele que divide comigo quase todos os momentos no curso, e alguns fora dele também, parecia uma tarefa fácil, simples. Contudo, bastou a energia subir pra Mary Bond perceber que Tunico era um gigante que corria além do que eu conhecia de Matheus. 

Sobre a enfermaria do sétimo andar guardo boas lembranças, algumas inclusive revi nessa atuação com Tunico "aaah Seu Antonio, como consegues manter essa pele tão lisinha, é Renew é?", também entramos num quarto só de moças, uma que perguntava insistentemente sobre nós, ela então disse que éramos iguais a Sandy e Junior hahaha mais que ideia ma ra vi lho sa, eis que o laço antes subentendido de Bond e Tunico agora estava firmado: irmãos! Irmãos (alguns até questionando se éramos gemeos), mas irmãos, que naquele momento ainda estavam se adaptando com o jogo do outro; foi difícil para a fala acelerada de Bond sintonizar com o olhar ligado de Tuniquinho, algumas vezes jogamos sós, me fazendo refletir depois sobre como me adaptar...

Saí daquela atuação com a boa e velha sensação dos encontros, mas com uma dúvida que insistia em me perseguir... Estava faltando algo pra que os encontros não fossem apenas entre Bond e os pacientes, era preciso encontrar minha dupla, no sentido mais amplo que encontrar pode assumir. De forma que tomei pra mim esse desafio, quero tornar essa mudança um moinho de vento, um moinho construído com uma pessoa que admiro e gosto muito.

Dedico o diário de hoje a Seu José, que após um relato um tanto singular sobre as peculiaridades de uma colonoscopia (que me arrancaram as mais verdadeiras gargalhadas como Miriam mesmo, indo além da minha Bond) me fazendo imensamente feliz em ser reconhecida por ele nesse nosso terceiro encontro (uma vez com Chayene, outra vez com Betina e agora com Tunico). 
Seu José representou pra mim o que significa fazer laços, a esse laço todo carinho do mundo ❤️

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Por que só ter 1 se eu posso ter 7?

Atuamos no sétimo andar!

A terceira vez juntos foi ainda mais cheia de encontros. A cada quarta-feira que passa acredito que nos tornamos mais parecidos, ou menos diferentes. 
Plínio tem aquele jeitão mais calado, mais observador... eu e minha boca grande as vezes precisamos exatamente disso!

Aprendo muito com esse projeto e venho por meio dessas palavras poucas, que as vezes acredito nem serem lidas, falar o que sinto. E independente da presença ou não de um "telespectador", falo com muito carinho aqui. Escrevo o que sinto, sem pensar muito. Só aquilo que realmente a palhaço me trouxe.

Impossível escrever sobre coisas ruins então, né? 
Obrigada, PERTO. 

É NOTA DEZ!

A atuação dessa vez foi no décimo andar. Não lembrava da última vez que tinha atuado nessa enfermaria.
Seria a segunda vez que eu e plínio estaríamos juntos saltando no escuro.

Nesse dia nos encontramos MUITO mais. Peguei carona dentro de um "carro" enquanto plínio me guiava. Discutimos sobre injeções no bumbum. Aquelas que no período da páscoa são de chocolate líquido :9
hahahaha!

Que delícia transformar o normal apenas com os olhos. Brilha esse olhar! 

A primeira vez.

Bem.. recebi recentemente a notícia de que ganhei um novo MCM: plínio longilíneo.
Aquele que ajudei a batizar. hahahaha!!

Como toda primeira atuação, nos entranhamos. Quem não estranha o novo, o desconhecido?
Mas com o tempo, com o descobrir... nos descobrimos.

Bom é a gente poder contar com alguém que nos ajude a recomeçar, com alguém que naquele 11 andar nos dê suporte.
Obrigada, plínio, por "me suportar". hahaha!

Tempo voa.

Dessa atuação me lembro bem. O tempo voou como nunca antes o tinha feito.

Foi no 11 andar. Talvez lá do alto o relógio funcione de um jeito diferente.
Em terra de gente feliz o tempo passa mais rápido?
Bem, não sei se pras pessoas que nos encantaram isso também aconteceu. Mas comigo e minhas MCM'S... ah.. disso eu tenho certeza. Naquele dia voamos junto com as horas.

E como foi bom!

Pra matar a saudade

Olá diário,
venho aqui com o rabinho entre as pernas por tanto tempo "longe", ainda que sempre PERTO.
Vim pra relembrar minhas atuações com minhas eternas MCM Bond e Branquela.

Hoje digo o quanto sinto falta dessas duas.
Atuamos juntas no sétimo andar. Digo sem receio que não lembro o que aconteceu ao certo, mas o meu coração lembra que foi bom, que foi mágico!

Obrigada, meninas. Saudades docês. <3

segunda-feira, 13 de abril de 2015

A volta a pediatria

 Aquela terça foi um retorno a pediatria e mais do que isso foi mais uma amostra de que tenho q tenho que me reinventar, que tenho muito o que evoluir, e que infelizmente não estou me jogando no vazio. Sai da pediatria pensativo (não que isso seja novidade, longe disso...) re-pensando minha atuação. E ao faze-lo percebi que me mantive na zona de conforto!! Pois, apesar de estar na pediatria não encontrei muito as crianças, não que isso por si seja necessariamente culpa do palhaço, as vezes não acontece mas essa atuação aconteceu algo diferente eu não busquei muito o encontro com as crianças. Preferi ficar na minha zona de conforto ao atuar mais com as mães/residentes/corpo de enfermagem. E por isso peço desculpas as minhas MCMs. Tentarei melhorar isso...

deve tá meio confuso, mas deixarei assim msm pois foi como ele foi feito...  :)

Pediatria 2

Estou de volta! Minha segunda vez na pediatria e minha segunda vez com meu MCM Dudu. Tambem foi minha primeira vez atuando com Maroca! A atuação já começou com uma risada vinda de longe, um menininho rindo descontroladamente só porque a gente tinha chegado, e que risada gostoosa. E não é que ele e o Lucas, companheiro de quarto, resolveram nos acompanhar por toda a nossa jornada? Acho que o encontro mais especial que tive em toda a atuação foi com um menino de 9 anos, acredito que ele tinha paralisia cerebral num grau alto, mas era possivel ver toda uma alegria e vivacidade nos olhos dele quando viu a gente chegar. Poder alegrar o dia dele e da tia foi uma felicidade imensa! O dia foi cercado de encontros muito especiais, amei estar com meus companheiros e compartilhar da energia deles com essas crianças tão maravilhosas (que as vezes queriam arrancar nossos narizes, mas um 'não' e a minha altura ajudaram kkkkk). Por muito mais dias como esse *-*

 Com amor (e com atraso), Maria Malhação

Emanemo-nos amor!

Olá, DB!! 

Apoderar-se de si, recombinando atos...

A pediatria desse vez não teve a correria e o cansaço físico das outras vezes... Não exigiu tanta demanda dos nossos corpos, mas trouxe pra nosso olhar toda a nossa atuação. Afinal, bebês não falam, eles nos descobrem com seus olhos arregalados e gigantes... Curiosos, atentos e intensos do início ao fim! 

Martina se jogou no vazio e a cada quarto novo era como se ela mesma estivesse gravidinha... Essa boneca, essa boneca... Tem menino zoiudo que vê tudinho e não larga o colo de Martina. Tem bêbê gordão que quer esse nariz a todo custo. E tem Pandolfo e Telma que brincam com as mães, enquanto Martina tenta ganhar o sorriso de quem pouco se expressa. Pandolfo, Telma e Martina conseguiram, em conjunto, arrancar os mais belos murmúrios do que viria a ser o encontro mais inusitado da pediatria! 

Criança: ????
Palhaço: !!!!!
C: ...
P: ?
C: ???
P: !!!!!
C: ...!!
P: !!
C: !!!!!! 


Gosto mesmo é do olhar tranquilo e de alívio das mamães quando nos viram chegar... Como se ali a gente representasse algo bom, acolhedor e leve. Mal sabiam elas que, em verdade, em nossos corações, havia tanto amor por eles, tanta oração a cada olhar e tanta energia envolta nesses pequenos anjos... A pediatria estava repleta de anjos da guarda, repleta! Via ao lado de cada criança, grandes e fortes mãos a proteger cada berço e caminha. Via olhares ternos para as acompanhantes que sofriam. E senti uma paz que foi indescritível! 

A atuação de hoje foi resumida em olhares atentos. Arrisco dizer que nada mais era necessário. Estava tudo ali... Pronto! 

Luzes em forma de beijos, 
Martina Mandacaru

Me diz o que é o sufoco...

Olá, DB!! 


...Que eu te mostro alguém afim de te acompanhar!

Venho aqui, um pouco atrasada, falar sobre meu segundo dia na Onco, dessa vez em dupla com Buffaflor, já que Telminha estava cuidando de sua saúde! 

Reencontrar algumas pessoas é algo fantástico, principalmente quando são pessoas que nos acolhem tão bem em seus braços e corações. Dona Rosa estava ali e, confesso, me emociono com tudo o que brota em seu falar. Ela traz Deus para nós com um amor que só de ouvir, consegui sentir parte dele. Entrei ali, boneca de pano como meu MCM tanto diz, e, por segundos, tive medo. Medo de voltar aos mesmos jogos, de desencantar e de destruir toda expectativa de Dona Rosa. E ela, tão linda, jogou em minhas mãos o melhor jogo do dia: Dona Ninja! 

Acreditar que toucas de cabelo, daquelas que parecem de natação, podem fazer de você o símbolo mais nobre da corte de ninjas é viver intensamente a oncologia. Afinal, ao contrário de Sansão, só quem tem cabelo grande é que é fraco! Ninja que e ninja é bem brabinha, bate o pé, fica emburrada, mas solta aquele bico quando olha pra gente e nos vê ali inteiros para ela! 

Tem senhor que conta piada, que é mais palhaço que a gente, que encanta... Que vem e bate palma para Pandolfo e tira o chapéu para mim! Mas, olha, o que aconteceu mesmo ali, foi uma oferta d energia boa, brilhante e reluzente que fez, depois de sorrisos, a dor do corpo passar. Eu creio, absurdamente, nesse milagre. E o Senhor Miguel é mais uma prova viva em meu caminhar! 

Queria dizer, DB, que tenho me realizado em toda atuação com meu MCM... Ele que me dá todo suporte, que está do meu ladinho, que me salva e me atira no abismo. Estou redescobrindo formas de atuar, formas de brincar e formas de olhar meu MCM na oncologia e no dia a dia. Pandolfinho, vc tem feito meus dias mais brilhantes! 

Queria aqui, pedir ao Deus da vida, aos anjos e à Maria, que esse encanto nunca acabe, que eu nunca me perca e que essas explosões de felicidade continuem a me fazer crescer e amar cada vez mais, cada vez melhor. 

Luzes em forma de beijos, 
Martina Mandacaru

sexta-feira, 10 de abril de 2015

REVIVENDO ATUAÇÕES

A intervenção dessa semana foi realizada na enfermaria do 7º andar. Nessa intervenção, não tivemos a participação da nossa amiga Surdete Repete, decorrente de problemas de "lonjura". Mas tive a companhia de Calvino Pente Fino, o qual me acompanhou nessa jornada. Lá na enfermaria, encontramos até poucas pessoas, mas todas foram capazes de receber a visita de palhações sedentos por olhares.

Um Cafezinho, Por Favor?

A intervenção do dia 30/03/2015 foi realizada na Maternidade. Um dia em que demoramos um pouco para atuar para que pudéssemos atuar juntinhos, mas que valeu a pena. Fomos para atuação e lá encontramos muitas mães com olhares brilhantes diante dos filhos fortes que tiveram e que tinham o orgulho de mostrarem para todos que passavam. Foi interessante também porque pudemos tomar um Cafezinhoo, isso mesmooo, um Cafezinhoooo para nos manter em pé - hahaha. Resumindo, foi maravilhoso.

Uma estranha no ninho

Temporariamente abandonei meu MCM e me juntei a uma dupla linda! Estou longe de ser uma das palhaças mais seguras desse projeto e acho que isso é óbvio. Não diferente do esperado, o nervosismo me consumiu durante o dia inteiro. Além de MCMs novos, iríamos para a Pediatria, um setor tão adorado, mas ainda assim difícil.
Subir a energia foi diferente e um pouco difícil, mas Marieta conseguiu. Ao sair, demos de cara com dois meninos, Lucas 10 e Victor 10. Bang Bang virou Pica Pau e foram risadas muito gostosas que nos acompanharam durante TODA a atuação. Alguns quartos estavam vazios, mas num deles estava Thallyson Roberto e sua tia, foi um encontro diferente, mas lindo! Mesmo sem falar e com pouquíssimos movimentos, o olhar denunciou.
Encontramos com um menino saindo pelos corredores para fazer um raio-x e pedimos que ele voltasse:)
Ainda no corredor, encontramos Vinícius, que nos levou ao seu quarto pra pegar seus brinquedos, quase não acreditei quando vi o Caranguejo, logo lembrei de uma dinâmica da reciclagem e a coincidência de estar atuando com Dudu.
Jogamos com as mães, as avós, as enfermeiras, as tias, todos receptíveis ao encontro e ao jogo, menos Rodrigo, mas mesmo assim, Marieta e Maria Malhação arrasaram dançaram ao som da galinha pintadinha.
Seguimos andando, chegamos ao último quarto e lá estavam Natapedro, Natação e Nataly. Acho que sou a única pessoa da face da terra que ainda não viu os 50 tons de cinza, porque até Pedro e Victor já haviam visto. Conversamos bastante com Natapedro sobre os nossos próximos encontros, ele disse que ia levar nós três pra Nova Iorque, que iríamos comprar muita roupa azul e conheceríamos a Estatua da Liberdade.
Com a ajuda de Natapedro, descobrimos que Maria Malhação na verdade é Dorlaine ou Dorlyne ou algo parecido, uma doida de Delmiro Gouveia que foi na televisão pra procurar namorado e agora está disfarçada no hospital em busca do seu amor. Já tínhamos saído do quarto, quando Saulo chegou, aquele menino que tinha prometido voltar. Voltamos pro quarto e jogamos com todos.
Na hora da despedida, fiquei um pouco triste porque Lucas e Victor, que tinham nos acompanhado a atuação inteira, estavam lá ainda conosco. Também senti uma certa hesitação de Tuberculino em deixar os meninos e a energia da atuação, mas depois todos os 3 entramos na nossa 'casa'.

Foi uma atuação linda, com pessoas incríveis, achei que ia ficar bastante nervosa e travar, mas aos poucos fui me acostumando com o jeito dos meus companheiros temporários e, no fim, já tinha esquecido disso tudo!
Acho que nunca vou cansar de falar o quanto sou apaixonada por esse projeto e o bem que ele me faz. Termino meu dia cheio de olhares carinhosos, risadas gostosas, corridas incríveis e sentimentos maravilhosos!

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Nefro ^^

Olha eu aqui de nooovo!
Hoje, fiz o dever de casa direitinho e to postando hoje sobre a atuação de hoje! :)

Nosso mundo hj foi a Nefro, primeira vez da minha MCM, a primeira vez tb que a gnt teve q subir a energia do lado de fora, no corredor, isso pq uma enfermeira chegou la no quarto q a gnt tava trocando de roupa se sentou e ficou la muda mexendo no celular... rosto p parede 10, 9,8,7 .... 1
E ai o meu nariz ficou de cabeça p baixo, e agora? Agora vai com os buraquinhos p cima mesmo.

Foi a nossa primeira cartada, e como disse minha MCM tivemos mt sorte com os meninos hoje,  O do primeiro quarto disse que se tivesse um onibus levava a gnt de graça! Marcamos para ir a praia, com todos eles assim que as senhoras melhorassem. Uma delas n estava mt aberta ao jogo qndo chegamos mas é o que sempre nos falaram ela já é obrigada a tanta coisa n é obrigada a sorrir de cara p duas palhaças malamanhadas, hahaha, mas ela riu depois e conversou bastante besteira conosco.
Em outro quarto encontramos com três pessoas, Beth sutiã, que eu achei parecido com Beth Corpetxi n sei pq, Margarida. que mesmo c nome de flor n tava tao cheirosa assim, e Sr. Tigrão. Os três tinham um brilho incrível, mas seu Tigrão foi especial, um sorriso tão gostooooso no mundo uma alegria de vida, aprendo mt com a força que esse povo tem, é uma recarga de coragem! 
Por fim temos o pequeno J que tão novinho teve q se submeter a diálise mas com duas doidas la dentro, acho q o q tava doendo tanto aliviou, pode ser q sim ou q não, no q se refere a dor física, mas ele nos encontrou lá e acho q acendemos um pedacinhoo de luz, de A. eu nem comento, depois de uma super massagem relaxante n tem como n ficar melhor n é?!

Não canso de agradecer por fazer parte de tudo isso! Conhecer todas essas pessoas renova, alivia, acho q mt mais p mim do q p eles. Eles agradecem tanto, mal sabem o tanto q a gnt  tem q agradecer pela abertura e os encontros que nos proporcionam!


Atirei o pau no gato to to ...

Essa postagem não é dessa semana, mas da semana PASSADA !

Parece que eu n tomo jeito e sempre fico adiando essas postagens, mas é que a semana passada acabou na quarta e a quinta virou domingo e a sexta sábado e lá vem o domingo de novo e pronto!
Desculpas a parte vamos lá falar da enfermaria do 10º na segunda-feira dia 30/03.

Uma coisa incrível que aconteceu foi o fato de eu e a minha nova MCM, mudarmos o nossos status de nova dupla, pra dupla de vidas passadas. É confuso eu sei, mas nem eu consigo entender no tanto que a gnt cresceu como dupla nessa atuação, é como se todas as possíveis barreiras, vergonhas, medos TUDO tivesse caído por terra e a gnt tivesse ficado assim, dupla de um, um só em duas pessoas. Sei que tá filósofo demais, mas é verdade, seguimos de quarto em quarto numa sintonia única e foi INCRÍVEL, pena que n lembro de mt coisa mas lembro claramente que mesmo exausta voltei p casa sorrindo e agradecendo mt por fazer parte desse projeto! 

Pra n dizer que eu n lembro de nada, eu lembro de uma senhora, que só depois eu fui descobrir que tinha Alzheimer, que tinha o cabelo beeeem branquinho e que disse que não sabia do nome,e ai tatá fez : " eu tb n lembro do meu, eu tenho cara de que?!" "e ela: de PUTA! " kkkkkkkkkkk foi surreal a nossa gargalhada e o melhor é que um rapaz da coleta passou bem na hora e ai se formou a festa kkkk a senhora riu e a gnt se acabou de rir, e daí chegou um ponto q a filha dela disse que ela sabia cantar, e ai ela fez "cante vc" p tatá e daí tatá "diga uma música" p Beth e ai " atirei o pau no gato to to...." kkkkkkk foi mt mágico pq depois da cantoria da gente ela começou sozinha a cantar a música, e cantou e cantou até enquanto a gnt foi saindo e saindo do quarto.... foi mt incrível!

Que as nossas atuações sempre tenham a força daquela música boba q conseguiu levar riso e encontro p uma atuação inteira.

 MIAU ! *-*

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Palhaço pelo avesso

Boa noite!
O dia de hoje foi bem atípico. Eu e minha MCM nos encontramos e passamos por todas as etapas até subir a energia. A enfermaria do décimo primeiro, inicialmente calma, estava cheia de pessoas que queriam interagir. O que aparentava calmo, começou a ficar movimentado. Era medico pra um lado, enfermeiro pra outro. Acabou que atuamos e interagimos com muita gente diferente, o que foi incrível.
Hoje, no entanto, eu pude exercer uma imagem bem diferente da que normalmente se tem do palhaço. Lembro que em nossa formação, o que mais trabalhamos é: palhaço não tem a função de fazer rir, mas de encontrar. Por mais que trabalhemos isso incansavelmente, acho que todo mundo tem uma ideia formada de que o palhaço acaba se encontrando no riso. Felizmente, ou não, hoje foi um daqueles dias em que levamos uma rasteira e aprendemos de novo que o importante não é o fazer rir, mas o olhar e o encontro. Os encontros se deram, também, no riso, mas não só nele. Vi um senhor com um olhar que me desconcertou: 99 anos de pura lucidez, gentileza e coragem. Que sorriso contagiante! Guardei cada momento que passei naquele quarto no coração.
Mas, como sempre, gosto de eleger um momento muito marcante. O de hoje vai para o ultimo quarto em que atuamos. Uma paciente, ja conhecida nossa, está no hospital há uns 4 ou 5 meses. Hoje ela estava particularmente sensível. Nos disse que era muito difícil, que não aguentava mais, e que estava cansada de ver todos os companheiros de quarto indo embora e ela ficando para trás. O que dizer a ela? Como colocar todo o amor no olhar? Foi difícil. Os médicos haviam pedido que fossemos vê-la. Nunca tinha sentido que tinha feito tão bem a alguém. Ela se transformou. Sorriu, apesar de não ter perdido o momento sensível em que se encontrava. Desabafou. Chorou. Abraçou. Foi um momento que, segundo ela, ela explodiu, e talvez agora as forças tenham sido renovadas para ficar no hospital por mais quanto tempo ela precisar. Só consegui pensar o quão privilegiada eu sou por conta da minha saúde, e que eu posso, realmente, fazer a diferença no dia de alguém.
Rezo por muito mais dias como esse.
Como diria minha amiga Martina Mandacaru, Beijos com MUITA luz.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Enfermaria do sétimo andar

Hoje não achei que fui tão bem na atuação. Não consegui em alguns momentos manter a energia.  Passamos em um quarto onde as pessoas eram extremamente receptivas, outros em que nem tanto. Conhecemos um paciente, argentino, que estava no hospital por conta de uma hepatite c e estava preso por conta de envolvimento com tráfico de drogas. Isso me fez refletir um pouco durante a própria atuação, um dos momentos em que percebi minha energia sendo direcionada pra outros caminhos que não da atuação, esqueci por instantes que estava trajado de palhaço, apenas escutando o que nos contava o paciente. Espero que consiga desenvolver melhores atuações, e que o aprendizado de hoje me leve rumo a inestimada experiência de ser cada vez melhor.   

domingo, 5 de abril de 2015

Em trio é mais gostoso!

A atuação do dia 30/03 foi impagável! Hoje eu e o meu MCM, Malaquia Miopia, recebemos um novo integrante nas nossas segundas feiras, o Calvino Pente Fino!.Engraçado foi perceber como atuar em trio foi ainda mais gostoso. Acredito que por terem sido uma dupla em atuações anteriores, a sincronia dos meus MCM's era espetacular. Algumas vezes eu virei espectadora de tamanha ligação. Muitas vezes quase saia de Surdete e virava fã! Apesar de algumas vezes nao controlar os aplausos. haha

Nesse dia tive alguns imprevistos antes do nosso horário de atuação e acabei chegando atrasada. Apesar de nao encontrá-los no local combinado, mantive a esperança de que a atuação ainda nao houvesse começado. E tive sorte! No fim das contas, eu e Malaquia Miopia ficamos esperando nosso colega Calvino terminar seus ultimos retoques. E olha q eu era a garota do grupo... hahahah é um perfeccionista das makes de palhaço!

Atuamos na maternidade nesse dia e os meninos ficaram bastante encabulados de entrar nos quartos onde houvesse uma mãe amamentando, e grande parte dos quartos tinha algum bebê lanchando. Então nossos jogos ocorreram bastante no corredor mesmo e de forma bem dinâmica. A partir da recepção dos que passavam. É um setor feliz, muitas mamães felizes de verem as carinhas dos seus filhotes e bebês linduxos e cheirosos.

Acredito que, em parte, uma dificuldade minha nesse setor são os bebês, não consigo passar por eles sem tentar uma interação frustrada. Alguns te olham, outros choram, algumas mães pedem pra tirar fotos. Mas sempre saio mais feliz.

Um, dois, três, trio mais uma vez!

Devido a questões de aposentadoria de Marieta durante três semanas, a partir de hoje, durante essas semanas, minhas atuações serão em trio! E não poderia começar melhor se não com meu velho companheiro Malaquia Miopia e agora com Surdete Repete! Atuamos na maternidade e a atuação foi ( fo....  ) incrível! O pessoal foi extremamente receptivo e nossa energia sempre lá em cima! Quase que não dava tempo de atuarmos em trio por conta de um imprevisto com Cassis que chegou em cima da hora quando estávamos já se arruando no setor, mas ainda assim, consegui fazê-la esperar eu me arrumar... E a partir daí a gente se jogou no vazio mais uma vez e o setor estava de braços abertos pra nos receber. Que venham mais semanas de atuações como essas!!       

De volta às atuações!

O retorno às atuações foi incrível. A gente se dá conta de como faz falta atuar no setor. Confesso que fiquei meio inseguro com o retorno, de como eu ia me desenvolver durante a atuação e, principalmente, como seria atuar com uma nova dupla, como ela jogaria com os pacientes, como a gente jogaria com os pacientes. Insegurança, medo, nervosismo, ansiedade. Tudo absolutamente normal, mas sem nenhum motivo condizente. A atuação foi linda!! Incrível como a gente, aos poucos, foi aprendendo a suplantar a insegurança com a coragem de se jogar no vazio, como fomos ganhando confiança na nossa parceria ainda que no dia, o COB, onde atuamos, estivesse com um clima extremamente pesado pela quantidade de mães em estado de observação e na espera do parto. O momento auge pra mim foi quando atuamos dentro do quarto onde estavam 3 pacientes e duas acompanhantes, todas mulheres. A receptividade foi incrível e ficamos no quarto até precisarmos sair por conta de uma entubação que ia ser realizada. Ficou a inusitada certeza de que demos o nosso melhor. Nunca subestime a capacidade de ser exatamente aquilo você é, pois isso é o que vai te levar muito longe! Até breve Marieta Toboágua.

Onco 3.0

  E mais uma vez fomos atuar na oncologia... Local este que estou criando uma grande afeição é muito bom atuar lá. Mas dessa vez voltei a atuar em dupla com Martina ( pensando hoje, todas as vezes que atuei lá havia sido em trio, Uma vez com Livinha e caco, e a segunda com minhas novas e MCMs). Encontrei conhecidos da semana anterior como a dona flor e novos personagem como a "irmã ninja" ou o pregador de peças.... A aquela terça foi fantástica com vários momentos memoráveis, desde de "ficadas na merda" valorosas a "jogos" interessantíssimos....

Bjs

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Recomeço


Boa noite!

Finalmente voltando à ativa! Tudo novo de novo.

A saudade das minhas MCM’s estava grande. Infelizmente trocamos de duplas e não as encontraria nessa nova etapa. Felizmente, fiquei com alguém tão maravilhosa quanto.
O primeiro setor: pediatria. O cansaço da semana como sempre era um pouco desestimulante, mas parece que quando começamos a atuar tudo se dissolve. Sono, cansaço, mau humor, tudo dá lugar à intenção de levar amor pra aquele cenário às vezes tão triste.

Já havia estado na pediatria, mas hoje foi completamente diferente. No geral, as crianças acabaram interagindo mais. No entanto a maioria era menorzinha, então não dava pra haver uma interação tanto de conversa e ficamos mais na brincadeira. Mas os que interagiram bem nos acompanhavam pelos corredores e tudo virou uma grande festa.

Acho que o momento que eu elegeria como ponto alto foi quando uma da crianças, tímida e chorosa, que não quis interagir de jeito nenhum, me deu um abraço espontâneo. Fiquei surpresa porque ela não desgrudava do pai. Foi apenas um momento e depois ela voltou a ficar tímida e a não querer interagir. Mas por um instante senti que estava fazendo um bem gigante. Mal sabe ela que o maior bem quem fez foi ela com o abraço tão sincero.

Foi um recomeço e tanto.