sábado, 26 de novembro de 2016

Hemodiálise e os pacientes serelepes

Alô DB!!!!
Essa semana a atuação foi na hemodiálise.Confesso que fui com um pouco de medo e até desmotivada por comentários que já havia escutado sobre a dificuldade de atuar nesse setor.Dessa vez fomos em quarteto. Rai foi com a gente ( eu só tenho MCM de primeira categoria), e isso também me deixou um pouco nervosa. A responsabilidade é maior quando se tá ao lado de quem tem mais experiência né? (Quem sabe,sabe 😅). Depois de dançar "Arregaçada" no quartinho do setor,fomos todos preparados - e arregaçados - atuar no setor.
Logo de cara,encontramos duas senhoras, uma logo após a outra, que estavam bem abatidas é que,por isso,não compravam muito os nossos jogos.Isso foi me deixando nervosa e até um pouco desmotivada,mas logo apareceu uma luz no fim do túnel: Seu Ivonildo, paciente simpático, super receptivo, que comprou todos os nossos jogos ( inclusive o de inventar uma doença pra cada um conseguir comer de graça no hospital haha) e ainda chamou a gente pra comer bolo e coxinha no bar da maga.Depois do encontro com seu Ivonildo, encontramos outro senhor bem serelepe e danadão, que ameaçava roubar eu e Mym dos meninos. Mas a melhor parte ainda estava por vir. "Ei,estão chamando vocês aqui",a funcionária alertou. Saindo para o corredor, lá estava ela, Dona Veralúcia.Que figura!!Ela também é toda serelepe,roubou logo os meninos pra ela e disse que não dividia, cantou em Italiano, levando Dinho a entrar num jogo de falar Italiano com ela ( como eu disse,quem sabe,sabe haha). Ela quer abrir uma ONG de palhaços e tem foto de os palhacinho que ela encontra no cel.Muito linda!!!
Isso foi,basicamente,o que eu consegui lembrar.Mas foi uma atuação linda de linda demais!!! Próxima atuação eu vou tentar ser menos mequetrefe e postar as histórias frexquinhas aqui.
Beijo,DBzinho❤️

Babys e Mamis - Alojamento Conjunto!

Sim, estudantes do 5º período, pagando obstetrícia e neonatologia, vivenciando plantões de obstetrícia, foram ao alojamento conjunto. Overdose de grávidas, puérperas e RNs. Mas antes de ir para lá, não era nada disso que eu pensava, era tão e somente nos bebês. Depois do choro na pediatria, fiquei com medo que a cena se repetisse com aqueles pacotinhos que tinham acabado de chegar ao mundo. E como lidar se as mães fossem superprotetoras e não deixassem a gente chegar junto deles?
Claramente eu precisava me tratar.
Para minha surpresa, as mães são seres bem mais tranquilas do que eu pensava. Logo em um dos primeiros quartos, uma delas entregou sua filha nos braços de Pauli... Tirem uma foto com ela! Tiramos. Eu super encantada e perplexa, ao mesmo tempo.  Melhor ainda foi que a menininha nem se mexeu, nem chorou, nem nada. Trauma 1: vencido! (tudo bem que não era a mesma coisa, mas deixa eu me iludir hehehe). A cena se repetiu em um outro quarto, com Pauli servindo de "berço" para mais uma pequenina calminha. Quanta confiança sentir ser transmitida. Uma mãe entregar seu filho, com poucas horas de vida, nos braços de umas estranhas e ainda por cima vestidas de palhaças. Devíamos estar fazendo alguma coisa certa.
Seguimos por outros quartos e percebi como o clima no AC é diferente, é leve. Os jogos fluem de uma maneira diferente e o fato de haver 4 pacientes em quase todos os quartos + seus respectivos filhos tornava quase todos os momentos uma grande festa, pois todos interagiam entre si. Ainda assim, o cuidado não foi deixado de lado. Fomos informadas, ainda na nossa chegada, que duas pacientes tinham perdido seus filhos. Uma delas assistiu enquanto tiravamos foto e brincavamos com a filha de uma outra paciente, em seu mesmo quarto. Quando olhei para ela, soube na hora que era ela a "FM", como disse a enfermeira. Tanta tristeza em seu olhar...e ter  que assistir todas as outras mães com seus filhos... como lidar?. Pauli e Cacá também perceberam e fomos falar com ela. De início, havia lágrimas em seus olhos e ela segurava o choro.  Mas fomos conversando e foi muito bom ver que, no fim de nossa rápida interação, suas lágrimas haviam secado e um sorriso havia nascido em seu rosto.
 Continuamos por outros quartos e cada interação foi especial. E fechamos com chave de ouro no quarto de Roberta, paciente que eu Pauli já conhecíamos dos plantões no COB. Assim que entramos, ela já foi logo dizendo: Eu mereço... E depois: Eu conheço vocês!
Foi uma mudança radical. Da impaciência à entrega. Sim, porque ela nos fez encerrar atuação cantando juntas, logo ela que não queria nem que a gente chegasse junto...

P.S.: tenho notado que estamos tendendo a repetir alguns jogos. Ainda que cada atuação seja única e a resposta dos pacientes, diversa, isso tem me incomodado um pouco :(

QUE SAUDADES! - 4ª atuação

Boaaa noite querido DB!!! Tô sendo BEM mequetrefe e te escrevendo as 23:53 do sábado!! Minha lindovisora master diva linda danda está a ponto de me matar!! E eu só tenho 7 (agora 6) minutos para te escrever!! Hehehehe
A atuação foi simplesmente INCRÍVEL! Acho que a mais longa que já tivemos de todas... O alojamento conjunto é perfeito e super super receptivo!! Nunca jogaram tanto nenéns em mim como dessa quarta (5 minutos)! O lugar é mágico e energia super fluiu, cada quarto uma história, atrás de cada história um vida e atrás de cada vida um olhar! (4 minutos) um olhar único, singelo e com muito amor para dar!!
Como eu não vou ter tempo de escrever muito, vou contar aqui a história que mais me marcou! Depois de horas atuanda e tantos quartos com tantas felicidades, todas a novas (3 minutos) mamães muito felizes com seus novos pacotinhos cheios de saúde... O último olhar, do último quarto (depois de já estarmos muito cansadas) nos pareceu diferente, com um desafio BEM grande para cumprir!
(3 minutos)
Acho que o momento mais esperado quando se vai a maternidade, é receber seu filho no colo! Mas nesse caso, muito infelizmente o neném não veio para o colo de sua mãe.. :/
Ela estava bem, cheia de saúde e su pequeno antes mesmo de viver nesse mundo, foi conhecer Jesus
:((
Na hora que receberam a notícia Felícia e Judite não sabiam o que fazer e ficou aquele clima bem "PAM"!! Mas tudo foi contornado com um bom e longooo abranço triplo! E esse abraço foi quentinho (24:00 --' danda não me mata, mais 5 minutinhos)
Voltando... Esse abraço foi tão quebrantador e acolhedor que logo depois disso o quarto virou um shor de Wesley Safadão com o desafio de dançar com todas as partes de corpo.. Uma de cada vez! Mão, pé, joelho, boca, lingua, bunda e assim por diante! Foi lindo ver aquele olhar mudar de cor, esquecer por uns segundos aquele pesadelo e poder sorrir novamente para a vida! Foi lindo encontrar em detalhes a alegria, em um movimento pequeno a energia de um corpo em trabalho! E só tenho que agradecer esse desafio vencido e o quanto que ele me fez crescer! Obrigada Judite, obrigada Safifi por estar sempre ao meu lado nessas (re)descobertas!!
E Dandinha meu amor!! (00:04) me dá um desconto!! Hahaha e amanhã edito bem lindamente esse texto!! (Deve ta cheios de erros por ai, mas prometo ajeitar! Até porque, esse dia foi incrível e preciso contat mais detalhes) e como desculpa... Serve uma foto para sentir o gostinho do tudo que aconteceu?  ❤️
(Pqpppp a foto não vau pelo celular!!!) kkkkkkkk ou seja, sem pedidos de desculpas!! Hahaha
Quando chegar em Recife ajeito tudoooo :*

Presentes no 11º Sul

DB,

Atuação na clínica médica. Primeiro pensamento: espaço familiar, por onde transitamos tanto no 4º período. Segundo pensamento: lá sempre tá lotado... E realmente estava. Mas, isso só aumentou o número de desafios.
De início, logo em um dos primeiros quartos, encontramos umas mulheres e fomos jogando com elas. Algo como uma loja, um desfile. Em algum momento, Pauli propôs que precisava de uma mudança e eu concordei, sem saber o que ela pretendia. Daí, ela virou o nariz, trocando a cor. PAM: o meu nariz não muda a cor. Assisti por uns 3 segundos a cena e pensei: como eu vou mudar também Deus? kkkk O que me veio na hora foi trocar o lado da boina. Funcionou. Estávamos as duas "irreconhecíveis".
Seguimos e encontramos um pai um filha, jogando canastra ou algum outro jogo de baralho (era um negócio complexo). Cena comum? Precisavam passar o tempo e a "monotonia"? Acho que sim. Mas não havia nada de ordinário naquelas pessoas. Principalmente no pai. Que presente foi encontrá-lo e aprender com ele, seu Anthelmo Sabino. Ou "Sabido", como o batizamos. Escutamos, escutamos, escutamos. Poderia passar horas ouvindo o que ele tinha a dizer... Tantos ensinamentos! E o mais bonito... o amor pela família, pelos filhos. E da filha para com ele... era palpável. E ainda aparece um neto depois, "o Caio, que faz faculdade aqui perto", como contou cheio de orgulho. Seu Anthelmo com certeza foi um presente naquele dia, em meio ao caos das últimas semanas que temos vivido. Eventualmente, tivemos que deixa-lo... parecíamos duas órfãs de "avô", querendo ser adotadas por ele.
Em um outro quarto, encontramos seu João, que logo esboçou um sorriso de orelha a orelha quando colocamos a cabeça na porta do quarto. Foi como um abraço de boas vindas. E como sorria esse senhor. E são esses momentos que fazem tudo valer a pena, quando todos os problemas se tornam minúsculos, quando esqueço de tudo que me aflige. Qual o tamanho dos meus problemas, quando tem alguem que sofre por, certamente, algo muito mais dificil e ainda sorri daquele jeito?
E seguimos assim, impulsionadas por esses e por todos os outros pacientes que encontramos nesse dia. Foi um presente lindo!

P.S.: gostei de como interagimos com o "exterior", com o que se passava do lado de fora. Sempre que passava alguém com um rádio, pensavamos ser algum tipo de segurança, querendo nos retirar do andar "vip". Notei que estávamos bem atentas às pessoas lá fora, inclusive, percebendo quando uma de nossas colegas de turma apenas passou e sorriu. Acho que estamos aprendendo...:)

10º Sul - o que esconde?

DB querido,

primeiramente, tenho que me redimir com você. Sim, você está sendo postado com duas semanas de atraso. Cara de pau? Mequetrefice? Tudo isso e muito mais. Um milhão de desculpas.
Segundamente, ai vai um breve resumo do dia no 10º sul.
Quando olhei a escala, me perguntei: o que danado funciona lá? Nunca havia ido, nunca tinha ouvido nenhum comentário a respeito hehehe totalmente se joga no vazio. Bom eventualmente descobrimos que era o andar para transplantados e cirurgia bariatrica. Ok, deu pra situar um pouquinho mais.
Iniciamos a atuação e entramos no primeiro quarto. De cara, deu pra perceber como o introsamento com as minhas MCMs cresceu. Fazia algumas semanas que não atuavamos as 3 juntas e acho que só agora conseguimos perceber isso... o jogo fluia mais, uma comprando a carta da outra. Acho que estamos aprendendo! \o/
A tarde seguiu com dança, música e muitas, mas muitas risadas. Especialmente com a acompanhante de um paciente, que não parou de nos seguir depois que seguimos ela pelo corredor.
Momento UAU do dia: encontramos uma sala de cinema, digo, clube do boné, digo, área de churrasco. Um mesmo espaço, que se transformou em tantos outros, simplesmente porque os 2 pacientes que o ocupavam nos conduziram e foram conduzidos por essa caminhada <3
Momento PAM: um certo paciente saiu de seu quarto e veio ao nosso encontro. Parecia não estar muito bem e veio conversar comigo, dizendo o quanto nosso trabalho era bonito e etc. No meio da conversa, "passou a mão" em mim, displecentemente. Na hora, não entendi se aquilo realmente tinha acontecido ou se eu simplesmente estava viajando. Não fiquei para descobrir... na mesma hora sai de junto, até porque ele estava passando algo muito pesado. Deveria ter ficado, porque depois descobri que ele fez o mesmo com Cacá, que acabou ficando sozinha com ele :((

Pipoca mágica

Essa semana minha MCM biazinha não pôde atuar, mas como cacá ia nos acompanhar, acabei atuando com ela. Fomos para o 7º andar, até agora não sei de que é essa enfermaria, mas acho que tem de tudo... logo de cara já demos sorte. A enfermeira deu um quarto enorme pra gente se trocar, tinha até ar condicionado haha. Enfim, colocamos a pele, caca botou uma playlist e subimos a energia.
Saímos para o setor super empolgadas e recebemos na mesma intensidade. Logo quando fomos devolver a chave uma senhora veio falar com a gente. Falando de outros palhaços que estiveram lá. Fomos até onde estava a cama dela e começamos a conversar, ela disse que o palhaço que tinha ido lá essa semana deu um bolo nela que ele combinou que iria encontrar com ela na praça e não apareceu. Entramos no jogo e dissemos que nós éramos diferentes, que nunca daríamos um bolo nela. Ao contrário nós poderíamos fazer um bolo pra ela. Foi então que fizemos um bolo de chocolate com corbetura. Depois disso saiu nossa pipoca. Ainda fizemos a encenação de alguns filmes, fingindo que no quarto tinha uma TV enorme de cinema.
Fomos pra outro quarto e la encontramos uma paciente bem debilitada. Ela estava toda inchada, inclusive nos lábios, oq dificultava ela de falar. Mas Elisa Toda Brisa teve uma ideia genial, nós podíamos nos comunicar por gestos. Estávamos adivinhando oq cada uma queria dizer. E foi assim que descobrimos que a paciente estava grávida. Ela disse que não sabia ainda se era menina ou menino. Perguntei quais seriam os nomes e tentei falar com o bebê, e quando eu disse o nome do menino o bebê mexeu, foi então que disse com toda certeza que era um menino. Foi massa. Ficamos conversando com as outras pacientes do quarto. Fizemos de novo nossa pipoca e foi quando uma delas disse: mas essa é uma pipoca de mentira! E nós respondemos: nada disso, é uma pipoca mágica! Saímos do quarto dizendo que íamos buscar milkshake pra todas.
Entramos em outro quarto que tb foi massa. Era um quarto só com mulheres, inclusive as acompanhantes. Lá conversamos com todas e até daçamos Musa com uma acompanhante. Tinha uma paciente que estava fazendo tratamento de câncer no hc, por isso estava com uma touca. Nós dissemos que ela tava fazendo um tratamento secreto no cabelo e que não queria que ninguém visse pra não copiar. Ela entrou no jogo, pedi muito uma touca mas ela não tinha outra pra me dar.
Enfim, ainda voltamos em alguns quartos, fizemos mais pipocas mágicas e depois estava na hora de baixar o nariz. Fomos de volta para o quarto e baixei junto com caca. Sem duvidas foi uma das atuações mais legais, nem tanto por nós, mas pq todos estavam abertos ao jogo e todos queriam jogar, ou pelo menos a grande maioria.
Semana que vem já é a última atuação desse período. Já to começando a ficar com sadudade.

Quero mais encontros como esses, mais, muito mais! ❤

Olá queridões,

Peço perdão pela mequetrefice, pois mais uma vez, deixo para escrever no fim do prazo. Apesar da greve na universidade, minha rotina permanece quase a mesma, tendo em vista que o estágio não para. Mas, enfim, vamos ao que interessa...
Esta semana retornamos a hemodiálise. Eu estava bem desmotivada nesse dia e já preocupada em como seria a atuação. Porém, fui assim mesmo, pois sabia que ao fim do dia estaria melhor e feliz pelos novos encontros. Chegamos um pouco atrasadas no setor (por minha causa... perdão MCM), mas de todo modo, fomos mais cedo que da vez anterior e pudemos aproveitar mais. Conhecemos a tão famosa Dona Vera, que nos recebeu com tanto carinho e de brinde cantou para nós. Inclusive, me ensinou umas canções, que eu até já esqueci. Hehehe... Reencontramos o tio da tapioca, Joel, que mantinha seu jeito brincalhão. Ganhei logo um abraço bom! Ele entra facinho, facinho no jogo e faz isso com alegria. Adoroooo! Havia um senhor lá que chegou ao mesmo tempo que nós, ele era tão bonitinho. Queríamos muito ter jogado com ele, mas a única coisa que consegui foi acenar assim que entrava na sala. Suas mãos tremiam, sua respiração falhava, mas ele retribuiu o gesto. Ele não estava muito bem, mal podia respirar, então, o médico foi chamado para ajudá-lo e realizar os procedimentos necessários. Enquanto isso, fomos visitando os outros leitos, na esperança de que até o fim da atuação pudéssemos falar com ele. Mas, não rolou.  Ele me fazia lembrar do meu avô e Ursulina também disse recordar o seu. Esse era o motivo pelo qual desejávamos tanto ter um encontro mais profundo com ele. Espero revê-lo e que eu possa encontrá-lo em melhor condição. Num cantinho, encontramos Edson, não tenho certeza se este era seu nome, ele tremia, dizia sentir frio, mas permitiu o nosso encontro. Ele era gentil e até me alertou quanto a outro paciente que lá estava. Não havia compreendido bem, até que notei que este outro paciente estava nos xingando. Eu fiquei bastante impressionada quando notei, sem reação, até que tio Joel falou para não nos preocuparmos quanto a isso. Tratava-se de um paciente psiquiátrico, não sei ao certo o que ele tinha, mas compreendi que naquele momento o seu comportamento era sintomático. Não se tratava de algo pessoal. Até porque nem havíamos nos dirigido a ele. Fomos para o leito do senhor Ivanildo 1, pois ele disse que havia outro com o mesmo nome lá. Ele já estava de saída, se arrumava para subir para outro andar. Muito vaidoso, penteou o cabelo, pôs um chapéu. Falou que voltássemos outro dia às 11hrs para que pudéssemos passar mais tempo juntos e disse que nos daria almoço! Hahahaha... Ele era uma graça! Encontramos uma senhora simpática que acabara de chegar e conversamos um pouco com ela. Entre uma conversa e outra, voltávamos em Dona Vera, que sempre tinha algo a nos dizer ou a cantar. Por fim, saímos da hemodiálise e fomos para as enfermarias da nefro. Foi então onde encontramos o homem da voz de trovão. Inicialmente, deitado em seu leito, parecia dormir e por um momento achei que não estivesse aberto ao jogo. Quando saímos do quarto, ele me acompanhou com o olhar, foi a primeira fase do nosso encontro. Bastou segundos para que eu compreendesse que ele estava disponível para nos receber. Sorrimos bastante, ele fez inúmeros jogos de adivinhações e lógica. Ele sorria como criança e o que me deixou mais feliz foi ao ouvi-lo dizer que nossa presença o deixava alegre. Foi um dos momentos mais lindos do dia pelo significado atribuído àquele encontro. Ele não tinha acompanhante, então, eu gostaria que o tempo que passássemos ali fosse especial o suficiente para que ele se sentisse bem acompanhado e soubesse que não está sozinho nunca. Pessoas como ele, faço questão de guardar bem direitinho no coração e mesmo que não estejamos lá todos os dias, estaremos em sua memória, assim como outros palhacinhos que já haviam passado por lá e que ele lembrava com carinho. Eu adorei conhecê-lo. Chegou no quarto um dos senhores que estava na hemodiálise, e mesmo que indiretamente, ele estava no jogo. Ao deixarmos o quarto, ele estava gargalhando com algo que Ursulina havia feito. E foi assim que saímos daquele setor, deixando um pouco de nós e levando um pouco de cada um dos seres iluminados com quem nos encontramos. Quero mais encontros como esses, mais, muito mais! 


Beijos, 

Quitéria Pinguinho. 

Elisa Todabrisa e Frida Maximiliano no setimo andar

Olá pazzz!!! Boa noite! A ultima atuacao foi num mundo diferente. Elisa atuou com Frida Maximiliano, no setimo andar! Na ultima quinta feira (24/11). Quando subimos a energia, saimos do nosso esconderijo secreto. No comeco foi aquele feeling: e o que fazer? Olaaa boa tarde. Meu nome é Elisa. Qual o nome de voces? Ta e depois? O que a ggente faz? Tava nervosa, ambiente com pessoas diferentes. Mas dai vem a pergunta "e vcs sao de onde..?" E a paciente come ca a interagir com a gente. E a partir desse segundo: acabou qualquer angustia e uma coisa que eu posso dizer: FLUIU. fluiu demais, o jogo comecou naquele segundo e de repente passamos muito tempo la, e muito tempo em cada quarto que entramos. Todos os quartos entraram no jogo, todas as pessoas brincaram e encontraram a gente. Tantas amizades, novas relacoes.
Foi tudo lindo. Fizemos pipoca magica, com chocolate, leite moca, com direito a coca e bolo, muito milk shake, atuamos em filmes. Todos os quartos tomaram milkshake! Ahahahhaa a senhora apaixonada por BocaLarga nao parava de falar dele! E que tinham abandonado ela na praca.. Mas
Com a gente ela comeu pipoca, viu filme e foi super legal! A senhorinha da toca que tava criando nova moda, a musa do calypso que criou raizes.. Foram tantos tantos encontros, que nao conseguiamos sair dos quartos. Inclusive foi a vez que fui a menos quartos, porque em cada um uma nova historia se criava, uma nova relacao era formada, e era muito dificil sair dali. Foi massa demais atuar com Frida, e eu espero de coracao que role de novo. "O que é que voces tomaram ppra ficar ativas assim? Tambem quero!" Hahahahaa
Fica em paz, paz. Tava com saudade em te escrever, que eu to super mequetrefe. Me perdoa?

Oh Doro, mas não tinham dito que a gente não atuava na psiquiatria?

           Mais um dia de protesto, mais uma atuação, a gente tá com uma sorte danada. Mas fomos, e ainda bem que a gente foi, porque foi muito bom. Se arruma, sobe a energia ao som de "Livin' la vida loca". Se joga. Tem alguém aí? Tá todo mundo dormindo, por que o pessoal só vive dormindo? Acho que vou começar a dormir também, sério kk Eita, tem uma moça dormindo nas cadeiras perto da TV, olho para Dorotéia e logo tenho uma ideia, vamos nos sentar perto dela. Quando ela acordou levou foi um susto kkkk Entramos em um quarto, achamos Rose do Titanic e a "senhoroncinha". 
           Depois entramos em um quarto que tinha um senhorzinho, ele tava lendo a bíblia, sozinho. Demos tchau, ele acenou também e abriu um sorriso. Entramos. A irmã dele - que era sua acompanhante - tinha descido para marcar um exame, e ele havia ficado sozinho; dissemos que faríamos companhia a ele até a irmã dele voltar. A cama dele estava bem alta, parecia mais uma rede; comecei a dizer que eu estava me sentindo na praia, o vento, o som dos coqueiros balançando, do mar; ele disse que só tava faltando a "gelada" haha Combinamos de voltar no sábado, com um galeto, para pegar um solzinho. Ele disse que iria nos esperar.
           Entramos em outro quarto, e que quarto. Encontramos seu Fernando, conhecido como "Policarpo" - o burro da novela "Êta, mundo bom" -. Ele era muito engraçado, que pessoa maravilhosa, e a mulher dele era tão incrível quanto. Fizemos alongamento, tiramos foto, rimos muito, a energia ficou nas alturas. Ele disse que era meio doido, e aí saímos correndo. Achamos um senhor na copa, e ele disse que também era doido, caramba!!! Corre de novo!!!! Achamos outro senhor perto da TV, perguntamos se ele era doido, e ele disse que não era doido, mas que tinha uns probleminhas de cabeça...CORREEEEE!!! Corremos para o esconderijo!!! Caramba. e eu achei que a gente não atuava na psiquiatria.
           

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Achei que não podíamos atuar na psiquiatria

Percebi uma coisa: eu e Cela amamos aturar em dia de protesto, visto que é o terceiro dia que vamos em meio a um KKKKKK mas somos brasileiras e desistimos nunca! Subimos a energia ao som de viva la vida loca e nos jogamos de novo na onco. No começo confesso que pra mim tava muito difícil. Tinha MUITO paciente dormindo e falamos com algumas pessoas que não estavam tão receptivas conosco, cheguei a bocejar (vergonhaa). Mas vamos lá que se Deus quiser vai chegar alguém! Kkkk
Encontramos então dona Maria de Lourdes e sua filha, Rose que, quando perguntamos onde estava seu Leonardo Dicaprio, ela relatou que o mesmo tinha morrido, assim como no filme, e que era melhor ficar sozinha do que com homem que não prestasse KKKKK partimos então para encontrar um novo Jack para Rose, contudo sem que o titanic afundasse, lógico.
E então, vimos um senhor sozinho dentro do quarto lendo sua bíblia. Seu Severino. Ficamos na beira da porta e ele nos faz um gesto com o numero 2 na mão. “Tranquilidade, irmã”. Foi nosso convite e entramos. Ele estava sem camisa, com a mão cruzada atrás da cabeça e logo perguntamos se ele tava na praia. Bingo! E não é que ele amava uma praia?? Pedimos pra ele fechar o olho pra sentir a brisa marítima e o som do balançar dos coqueiros... que paz! Após nos contar sobre suas aventuras como caminhoneiro e nos alertar sobre os diversos ataques de tubarão nas redondezas da zona sul, combinamos de levar ele pra praia um dia, com direito a um galeto com farofa, caldinho e, a seu pedido, uma breja bem gelada, mas não muita hahahah vivido!! PS: Mais tarde nos oferecemos como garçonetes pra moça que servia os lanches e pegamos os dois copos de suco e a melancia de seu Severino e fomos lá entregar a ele a breja, o caldinho e o galeto, como prometidoo! Ele abriu um sorriso enorme, foi realmente muito especial.
                Fomos até o ultimo quarto do corredor e lá estava um senhor e sua mulher. O mesmo logo se apresentou: “Meu nome é Policarpo e eu nasci do avesso”. Eu e Durvalina nos olhamos curiosas e perguntamos como a pessoa nasce do avesso. “Tem que ver no dicionário dos burros” respondeu seu Policarpo. QUE OUSADIAA! “Burro é o senhoooooooooor!!!!!!”. Começamos então praticamente um diálogo pra ver quem dava o fora maior. Nessa hora lembrei muito da troca de xingamentos da reciclagem, incrível como até com isso, quando sentimos que podemos usar, dá pra fazer um jogo massaaa! Sua esposa nos adorou, tirou um milhão de fotos kkkkkkkk Depois dela dizer que ele era doido, ele disse que antes dele tinha ali um cara que era realmente maluquinho. “Doroteia, acho que estamos no setor errado, era pra estar na enfermaria mas acho que isso aqui ta mais pra psiquiatria”, disse Durvalina. O casal morreu de rir e então fugimos de lá dizendo que íamos procurar o lugar certo!

                Voltamos a andar no corredor e achamos um enfermeiro e dissemos que estávamos na psiquiatria. Ele disse que não tinha tomado o remédio dele hoje e perguntou se íamos o tratar, ingressamos uma nova corrida em disparada para longe desse malucoo! E então, vejo uma senhora e uma moça na porta de um quarto e, entre nós um imenso corredor, ou era uma passarela? Confesso que realizei o sonho de desfilar, fazendo pose e tudo o que tem direito, digno de Gisele! A senhora era minha plateia e não precisava mais de nada, o olhinho dela brilhava e o sorriso dela era o que me chamava em sua direção kkkkkkkk também foi um momento bem especial.
Como esse quarto era do lado do de seu Policarpo, voltamos lá. E, não lembro como, sua mulher, dona Kayla, nos disse que tinha tido um desafio de educação física mas que ela não tinha participado. Não seja por isso, faremos um agora! Fizemos então com ela uma sessão de alongamento, contudo eu, com minha flexibilidade vergonhosa, não conseguia me alongar direito. Seu Policarpo então me desafiou: “Dou 100 reais se você colocar a mão no chão sem dobrar o joelho”. Nem pensei, sentei, estiquei a perna e botei a mão no chão. Bingoo! Ele disse que dessa vez eu tinha pego ele HAHAHA Durva tentou me levantar, colocando toda sua energia para isso, foi uma cena maravilhosa #SQN e seu Policarpo disse que ela estava me chamando de gorda (--‘) que absurdoooooo! Após Durva mandar eu fazer uma dieta (--‘) sai do quarto brigando com ela. Quem já se viu??
*SEI QUE NÃO DEVERIA TER SENTADO NO CHÃO DE UM HOSPITAL, ME PERDOEM. NÃO CONSEGUI EVITAR, MAS JÁ COLOQUEI A ROUPA PRA LAVAR.


                Vimos um maqueiro na recepção e perguntei se a enfermeira da frente era namorada dele. “Fala baixo porque o marido dela é residente desse andar e ele dá dois de mim, cuidado pra ele não vir pegar eu e vocês”. SOCORRO! MOÇA, ARRUMA UM LUGAR PRA A GENTE SE ESCONDER ANTES QUE SEU MARIDO CHEGUE, PORFAVOOR! Ela demorou um pouco pra raciocinar nosso pedido, droga kkkkkk ai então, um susto! O enfermeiro doido que não tinha tomado seu remédio aparece de repente pela porta! “MOÇA, RAPIDOO! PRECISAMOS FUGIR DELE TAMBEEM”. Ela se ligou, entrou no jogo e procurou com a máxima urgência que podia a chave do quartinho! Estamos salvaas!

*Tudo isso aconteceu incrivelmente em uma hora. Rai me perguntou porque fomos tão rápidas, mas ai respondi que realmente não precisamos de mais tempo que isso, tudo foi muito especial do jeitinho que ocorreu. Outra coisa que percebi nessa atuação é que quando o paciente está aberto e entra de verdade no jogo, TUDO fica extremamente mais fácil, mais natural. No fim eu deixei meu bocejo de lado em lugar do cansaço por conta da máxima energia que demos naquele momento. Amei muuuuuito mesmoo!

                

5° ENCONTRO!!

5º encontro
Hoje foi o dia de ir pra hemodiálise!!
Rai foi com a gente e pile também. Nosso grupo tá aumentando!!!! No inicio achei muito difícil porque, como Rai tava com a gente e até ele percebeu, a gente ficou meio que esperando sempre que ele começasse a interagir, e ele era sempre o que tinha a iniciativa mesmo... no começo, também achei complicado ser 4 pessoas, era difícil até de se posicionar na sala... ficava apertado e acabava que e sempre ficava mais atrás sem nem conseguir ver o paciente...  mas aí depois acho que foi rolando e como sempre deu tudo certo no final. Esse encontro passou super rápido! Nós falamos com poucas pessoas e nem vimos o tempo passar. A primeira foi uma senhorinha que tava deitada quietinha e Rai usou um jogo muito bom de dizer que o celular que tava tocando era uma bomba... achei muito legal as ressignificações que ele fez. Tentei aprender ao máximo com ele. Depois tinha outra senhorinha do lado, bem debilitada e a gente ficou elogiando ela, dizendo que ela tinha um brilho diferente... achei muito importante pra ela que estava naquela situação. Depois tinha um homem do lado muito simpático e alegre, que ficou muito feliz porque nós estávamos ali, e conversamos muito com ele... ele tava bem quietinho lá e vimos sua roupa assim do lado da cama, e como também tinha um chapéu, perguntamos se ele gostava de pagode, se gostava de cantar, e dai a gente foi divertindo ele. Foi muito bom.
Depois falamos com outro senhorzinho bem assanhadinho 😅 que estava lá deitadinho. Ele contando que largou a mulher por outra e brincou muito com a gente. E nessa hora os meninos puxaram a gente como se fosse pra não deixar ele nos fisgar tambem kkkk aí foi massa. Nessa hora, alguém me chamou dizendo que uma senhora estava me chamando...
Quando saí de lá estava a linda Vera Lúcia! Uma senhora maravilhosa, alegre, faladeira. Nos apaixonamos por ela! Ela já começou falando como se já nos conhecemos há anos. E preciso contar logo que me "arrupiei" da ponta do dedão até a cabeça porque ela começou a cantar pra Arcanjo em espanhol, italiano, sei lá, não tava entendendo nada mesmo kkkk mas foi linnnnnnnnndo. E a carinha dele pra ela também foi linda e eu fiquei assim 😍😍😍 caladinha só olhando, lógico né, porque era um momento só deles. Pronto. Poderia resumir meu DB em apenas esse momento porque foi o mais lindo das nossas atuações até agora ❤️. Mas aí vou continuar dizendo que ela também tirou fotos com a gente, e nos contou que ficava vendo as fotos em casa sozinha, lembrando da gente, que pensava muito nos palhacinhos e sentia muita falta da gente. Meu coração partiu 💔 nessa hora né, me deu uma vontade de levar ela pra casa pra ela não ficar sozinha. Mas fiz o que pude pra deixar ela mais feliz enquanto estava ali. E daí brincamos com o sobrinho dela que a estava acompanhando, com os funcionários que passavam por nós, foi muito lindo!!!!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O resgate da cachorra Bola de balão voador


Nova externa em Olinda, só que dessa vez um encontro muito especial, nós a UPE e a FPS, e como foi gostoso! Mas primeiramente preciso dizer que a semana foi bastante difícil pois além de ter prova quarta, quinta e sexta ainda inventei de pegar uma gripe que quase me derrubou pois tive febre de terça a sexta, logo passei a semana me entupindo de remédio, tanto pra poder estudar, mas acima de tudo porque não queria faltar de jeito nenhum essa atuação e deu certo!

Peguei aquela carona marota com Caio e assim que chegamos tivemos a brilhante ideia de nos maquiarmos no carro, naquele friozinho gostoso só pra quando chegar lá ter que ouvir de Tati que iríamos fazer uma seção de fotos sem make e depois com make(kkkkkk) pqp....

Meu quarteto: Choraminga, Toboágua e Leôncio, missão: passar pela alfândega para achar o melhor presente e a melhor pessoa!

Nosso primeiro encontro foi com uma menina fedorenta que tinha ido roubar água na casa de baixo,logo, não tivemos como adquirir um bom presente e fomos embora.

Então encontramos uma mossa bonita de um bar, Toboágua perguntou onde era os quatros cantos e se nós poderíamos ter ele de presente, a moça bonita nos disse que ele estava logo alí na esquina, mas que para levarmos teríamos que pescá-lo(kkkk). Não tivemos dúvida, preparamos as varas e juntamente com ela lançamos as linhas lá na esquina! Mas que esquina pesada, parecia que era de concreto pois a linha acabou torando e tivemos que desistir.

Seguindo nosso passeio vimos de longe uma senhorinha dentro de casa com sua cachorra Bola, após falar a história da procura do melhor presente perguntei se poderíamos levar Bola como oferta, a senhorinha disse que só poderíamos se chegássemos lá de limusine( pia pá isso!). Então virei e disse:

- nada de limusine, a gente vem buscar ela de BALÃO!!

A senhorinha ficou louca de alegria! Disse que era um plano maravilhoso, que  quando estivéssemos passando era pra jogarmos a corda e que ela amarraria na cachorra(kkkk). Combinado isso, disse que esperasse pelo sinal de fumaça e fomos pegar o balão.

E não é que encontramos com outro grupo de palhaços numa loja de bonecos?! Pois bem, tinha uma bonecona imensa sentada na janela, e eis que o desafio era dar um beijo tão apaixonado e carregado de magia que ela seria capaz de virar humana. O primeiro a tentar foi um magrelo bastante cético, tão cético que após o beijo acredito que a boneca tenha se tornado mais boneca ainda. Já a segunda a tentar foi uma palhacinha carregada de emoção que inclusive pediu trilha sonora da rádio perto, então começamos a cantar bachianas de Villa Lobos(brinque com o nível), e aconteceu! Foi rápido, mas todos vimos a boneca piscar!!

Mais a frente encontrei Benedito e sua mãe, ele era um boy de uns 6 anos de bike  todo equipado(capacete, luva, óculos escuros...) e ao meu lado estava a mesma palhacinha do beijo mágico da boneca. Foi então que descobrimos que Benedito era dono de um zoológico, tinha de tudo, cavalo, cachorro, zebra, leão... mas uma coisa ele não tinha, não tinha um palhaço no zoológico dele, então perguntei se ele queria levar a palhacinha do meu lado(kkkk), ele foi logo dizendo que sim com aquele sorriso perverso de criança, pausa, queria deixar registrado agora a genialidade dessa menina, porque ela fez um jogo que poucos estão acostumados a fazer, na verdade muitos até fogem dele, que é dar a cara a tapa, levar a porrada para o jogo atingir seu ápice, entregar o posto de heroína, trabalhar com o erro. Pois bem, eis que ela vira e pergunta a ele:

- então que tipo de animal eu seria?

- um sapo!

(claramente quase caí no chão de tanto rir nessa hora)

- então me dá um beijo pra eu virar uma princesa

- não!

(mermão, o boy lacrou com a cara dela kkkkkkkkkkkkkkkk)

E não satisfeito ele começou a pedalar e foi embora!

Um pouco mais a frente encontro Toboágua e Leôncio com nada menos que uma mulher que estava fazendo aniversário com direito a festinha e tudo, logo, claramente nos convidamos a entrar na festa e demos a ela o melhor presente de todos, um gostoso tchu tchu da família perto!

No caminho de volta ao aeroporto encontramos pessoas que desenhavam mangas e tetas, pessoas gaiudas com chifres gigantes que podia dar eles a quem quisessem e um senhor que fazia bolsas artesanais a partir do cabelo dele, muito louko o cara, ainda fez dancinha com a gente na rua(kkkkkkk).

Logo na chegada tivemos seção foto noiva sensual na parede, acredito que tenhamos feito um belo trabalho.

Obs: gostaria de deixar registrado que Choraminga é LOUCA, por várias vezes tive que ir correndo atrás da menina(kkkkkk)

Sim! ainda apostei corrida de costas com Toboágua!

Foi uma manhã muito gostosa e BEM quente, mas acima de tudo, foi muito legal atuar e trocar experiência com pessoas de outros projetos, de veríamos fazer isso mais vezes. Por mais Olindas...


Muri

terça-feira, 22 de novembro de 2016

back to the future

E mais uma vez me vejo sofrendo de amnésia pós a atuação, impressionante como me esqueço. Mas, hj fui atuar com uma velhinha do meu ciclo, e que saudades eu tava de Miroca a maldjita :p (ao possível novinho ou semi-novo q for ler, embora ache que não vai ter desses, ela falava muito isso na oficina de modo que por vezes esse nome virou vocativo)! Fomos atuar no 10º sul, fazia muito tempo que não ia lá, ou seja foi um dia de revisitar varias coisas, durante a atuação me vi num fluxo de pensamentos estranhos de revisitar na minha mente antigas atuações desde atuações do primeiro ciclo com lLivinha, a atuações mais recentes com Tuts e Gabi. Mas tirando essses momentos de viagem interna a velhinha que msm estando a muito tempo sem atuar tava MUITO bem!! #voltamiroca. E como de costume em minhas atuações tive momentos de alta de baixa energia, não consegui por vezes fugir do caminho mais fácil ficando em um esquema de conversas (sei que por vezes esse tipo de situação é uma necessidade do paciente mas acho que não era o caso). E por vezes me demorei muito a sair do quarto, e rolou aquela parada do ciclo que kinhos já relatou. Mas houve grandes acertos tbm!! Desenrolei até um autografo (Luiz que tem a cara de Roberto Carlos, com os olhos de Chico Buarque, as musicas de Fagner e a dança de John Travolta! ou seja quatro em um. E não me lembro muito mais o que rolou. Maldita amnésia :(

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O palhaço também é filho de Deus - Oncologia S2

Esticando os narizes e lançando o olhar através do espaço que separa o quarto da nossa passarela (por vezes pista de 50m rasos), encontramos um olhar sorrindo, em meio àquelas pessoas peculiarmente posicionadas e voltadas a olhar-nos. Todos sorriem, contudo aquele olhar sorridente se esticando em nossa direção, intrigou-nos. Fomos ao encontro. Todos sorriam, algo interessante acontecia naquele lugar. Não sabíamos ao certo o acontecia, mas ali morava a esperança. Certa hora, o lindo senhor da cama ao lado e suas visitas, saíram do quarto... Aquele olhar meio tímido, e cheio de vida e alegria agora poderia ser tomado plenamente por Coralinda e TchuTchu. Ora, ora, ora... Como vai você? Eu vou bem! (soltando um riso frouxo e com o olhar tímido) Ah, você gosta de ler? Pergunta Coralinda ao ver um livro sobre a cama. Gosto sim, gosto muito de ler a palavra do senhor. Sou evangélico e gosto de coisas da igreja. Aaaah, então você canta louvores... Diga um para a gente, para que possamos cantá-lo junto contigo! Eu não lembro de nenhum agora... Hmmm... Deixe-me ver, deixe-me ver... Coralinda lembrara, então, de uma música... Tal música fora tão importante no processo de planejamento da Coralinda... Talvez pudesse ser importante para alguém também... Chegava ao quarto, o pai daquele tímido e vivo olhar... Ele feliz com nossa presença, perguntou o que estávamos fazendo ali... Vamos cantar agora! Grita Coralinda animada com Susi TchuTchu. E começaram a cantar...

Os Planos de Deus são maiores que os meus

Ele vai fazer o melhor por mim
Ele vai além do que eu posso ver
Ele faz o que eu não posso fazer



Deus Vai cumprir os seus planos em mim
Ele vai fazer o que lhe apraz
Sou pequeno e falho, mas Ele é Deus
Ele só faz o melhor pelos seus



Acredito sim, acredito sim
Acredito sim
Que Deus vai fazer impossível em meu viver

O pai daquele tímido e vivo olhar, impressionado, mas não mais que emocionado, disse: Olha, elas sabem cantar mesmo... Claro que sabemos, palhaço também é filho de Deus e sabe de uma coisa...?! Quando tudo parecer difícil de superar é só lembrar, repetir e cantar com fé o refrão para nunca mais esquecer:


Acredito sim, acredito sim
Acredito sim
Que Deus vai fazer impossível em meu viver

Saíram cantarolando e perceberam, então, a grandeza do quarto da esperança... Saíram acreditando que aquele olhar tivera mudado suas vidas.

Enxeriram os narizes em uma porta que, naquele mesmo dia, tiveram o olhar negado. [Não saberemos dizer jamais, qual o motivo pelo qual não nos queriam por perto... Saberemos somente que não poderemos saber, se tivermos esgotado a nossa tentativa na insistência em querer permanecer e partilhar daquele encontro.] Até que um dedinho se levanta, em meio aquele olhar do gato de botas que lançamos, insistentemente, no ar. Esse dedinho, nos convida a entrar e romper aquela distância. Seeeu Joséééé Ribeeeiro, como vai o senhor? Eu vou bem vocês são irmãs gêmeas se parecem muito?! Pergunta ele como se fosse pegar o trem que já estava de saída. Hmmm... Reduzimos ainda mais aquela distância rumo aquele olhar com dúvidas... O senhor Acha que temos alguma semelhança?! (Perguntamos como faz Mr. Bean com o nariz quando tem uma dúvida) Ele, que até o momento estava de olhos arregalados e de prontidão para a ocorrência de eventuais surpresas, sucumbe ao riso e pode, dessa forma, relaxar aquele olhar, franzindo seus olhos para os vermelhos narizes de Coralinda e TchuTchu, resultados de uma queda estabacada. 

Sabe o que é o melhor disso tudo? É poder compreender que acreditar no impossível, muitas vezes e quase sempre, é acreditar nas pessoas e não desistir delas. É  acreditar que o palhaço também é filho de Deus e que para encontrarmos aquele olhar que tanto sonhamos, só basta insistir em encontrá-lo. 

O encontro não está, apenas, no compartilhamento... 

... Está no respeito... 

... Está no silêncio...
... Está no espaço que nos separa. 

O encontro é, acima de tudo, reconhecer que o outro tem para oferecer, não somente aquilo que ele tem para dar, mas, também, aquilo que ele descobrirá (porque alguém despertará a existência) que possui e, que porventura, escolherá compartilhar com quem despertou o que, até então, era desconhecido.

P.S.: Seu Samuel, o senhor é muito lindo! E o seu sorriso bobo e galante, ao me ouvir falar isso, torna-o mais lindo ainda.

Hemodiálise: o retorno

Querido DB,

Quarta-feira, 16/11/16, lá estava de volta a hemodiálise. Mesmo lugar, novos desafios. Dessa vez com as minhas parceiras de sempre... que saudade que eu tava! Já no primeiro paciente, momentos de tensão. Uma situação chata e inusitada atropelou a nossa energia. Não sabíamos como lidar, ficamos atônitas. O próprio paciente resgatou o restinho de energia que ainda havia e fez o que pode pra subir novamente. Infelizmente, não voltou igual. Seguimos ao encontro de Dona Vera. Encontro esse sempre cheio de boas risadas! Inclusive me envolvi num relacionamento bandido com seu sobrinho. Conversamos com um rapaz, de qual nome não me lembro, que nos convidou pra uma festa, falou de seu gosto pela música e nos revelou as histórias amorosas de sua sobrinha. Encontramos Dona Luzinete, nossa última vítima do dia, que nos compartilhou histórias de seu filho André, do seu netinho ou netinha que estava por vir e da sua filha de Brasília. Foi uma tarde top e que fez esquecer total da bagagem emocional que pesava em mim antes da atuação. Meus sinceros agradecimentos a todos os responsáveis hehe.

Xêro.

domingo, 20 de novembro de 2016

De volta à Hemodiálise & Mequetrefice

Querido DB eletrônico,

Primeiramente, desculpe pela mequetrefice;
Segundo, meu lindovisor é lindo, maravilhoso e perfeito e sabe que depois do erro não há nada😁;
E terceiro, a última atuação foi um bis da hemodiálise com uma porção de Antonieta Cegueta pra acompanhar 😄.

Fiquei feliz em voltar para a hemodiálise, foi só chegar lá que as lembranças da outra atuação começaram a brotar na minha cabeça. Pegamos nossa já conhecida amiga corujinha, que abre a porta mágica, e nos preparamos para atuação, dessa vez com Tascha nos acompanhando também. Subimos a energia e o nariz e seguimos! 
Logo no primeiro quarto descobrimos que não é só no décimo andar que tem guerreiras, lá na hemodiálise também tem gente matando onça pra fazer cobertor e calça! Mas o que gerou o maior bafafá no corredor não foi essa descoberta, mas sim a descoberta de que tem um cupido trabalhando no HC que vai de andar em andar distribuindo presentes de admiradores secretos para suas respectivas admiradas! Uma das vizinhas da nossa guerreira, Tupi, nos mostrou o colar que ela tinha recebido do cupido. Ficamos sabendo que tem uma lista onde as pessoas registram seu interesse em serem admirador ou admirado e, então, fomos atrás! Nos dirigimos então para o balcão onde ficam diversos papeladas e formulários e pranchetas e não sei o que mais, vai que algum desses papeis era a lista do cupido. Perguntamos e ninguém sabia onde estava a lista! Mas todos demonstraram interesse em colocar seus nomes nela também, inclusive, nos disseram até as descrições dos pretendentes: "mais ou menos 30 anos, bonito e bem resolvido", prometemos que se avistássemos algum potencial pretendente avisaríamos. Andando pelo corredor encontramos uma potencial cupida, a moça do carrinho de lanche! Ela pareceu não saber do que estávamos falando, mas se ela sai de quarto em quarto levando lanchinhos pra todo mundo, porque não poderia levar presentes de admiradores também?
O corredor estava bem movimentado, e não demorou para que encontrássemos mais pessoas querendo colocar seus nomes na lista. Um deles, inclusive, se apresentou pra cada uma da gente com um nome diferente, Bryan, Justin e... Nick?, ótima estratégia pra colocar o nome três vezes na lista e conseguir mais admiradores... esperto! Bryan/Justin/Nick só fez se apresentar e foi indo embora sem nem querer saber nossos nomes, lógico que briguei com ele, porque isso não se faz! Ele se desculpou e perguntou meu nome. "É Tutu Tiramisù", falei. E então ele ficou #chateadíssimo porque descobriu que não era só ele que podia brincar com seu nome, dizendo que nem sabia pronunciar o meu, hihihihihihi 😇. Depois de "três em um" conhecemos Tia Jaci, que brigou com a gente por chegarmos tarde, quando ela já estava de saída. Mas, isso não foi motivo pra que ela começasse a nos contar várias histórias no corredor mesmo. Antonieta resumiu bem dizendo que ela era a revista tititi do HC em pessoa, Tia Jaci não só conhece TODO mundo como também sabe de TODAS as fofocas do hospital, inclusive de outros setores, mas ela não sabia do cupido! Enquanto ela nos contava várias aventuras também  falava com todos que passavam por a gente no corredor. Além de super bem informada, ela ainda arrasa muitos corações, como nos contou em várias de suas histórias! Foi só passarmos um tempinho com ela que descobrimos o porque, além de ser super engraçada e meio doida, ela ainda é chiquerrima, e estava usando um lindo colar de pérolas, uma bengala dessas que só gente importante tem e uma sandália com fios de ouro. Um arraso, ótima pretendente para ser colocada na lista do cupido. Depois de nos contar várias histórias, prometer que ia dar pra gente uma torta de 5kg de abacaxi no dia do palhaço se déssemos presente a ela no dia dos professores, ela se despediu da gente nos deixando com invejinha branca da sua programação de praia, vinho e outras coisas ainda não lícitas para o sábado de sol. 
Depois disso, entramos na salinha da hemodiálise propriamente dita, onde logo ao entrar já nos deparamos com Dona Luci... Lucinalda? sou péssima com nomes, nunca consigo gravar o nome dela 😢, a mãe de André! E de Andrea, que mora em Brasília, e tem dois filhos, Pedro e Gabriel. Dessa vez encontramos André também, que estava aguardando sua mãe conseguir uma caminha. Ela nos disse que lembrava da gente, e que estava muito feliz em nos ver! Também fiquei muito feliz em reencontrá-la. Bem pertinho dela estava também Veruska Popoviska, ou Dona Vera! Ela ficou surpresa ao ver que eu lembrava de seu nome artistico, e perguntou porque ela tinha nos contado sobre ele. Relembramos a nossa última visita à hemodiálise, quando a conhecemos, e contamos para Antonieta que ela era artista, que falava muitas linguas e que cantava também. Não demorou muito para que começássemos a cantar várias músicas, com direito até a ciranda. Dona Vera me advertiu sobre a minha saia, disse que ela era indecente e que mostrava tudo!😦Disse até que dava pra ver que minha perna e meu bumbum eram verdes e que não era pra ficar aparecendo assim 😳. Reparei que o braço dela também era verde e perguntei porque ele podia ficar aparecendo sem ser nada demais, e aí ela concordou comigo. Depois de muita cantoria ela pediu para anotar nossos nomes para não esquecer e para tirar foto nossa. Nos contou dos nossos primos que haviam a visitado depois da gente e disse que queria guardar o nome de todos. Enquanto conversávamos com ela, Dona Lucinalda conseguiu sua cama e quem estava preparando sua maquininha era um admirador de Veruska! Ele negou, disse que só queria o cartão de crédito dela, dissemos que na verdade o que ele queria era o seu coração, mas ele disse que já tinha um e não queria outro! 😲 Mas todas, inclusive Dona Lucinalda, percebemos que era só conversa dele para disfarçar. Perguntamos a Dona Vera se ela queria que colocássemos seu nome na lista do cupido, mas ela disse que não. Uma pena! Porque ela teria uma lista enorme de admiradores. 
O sol foi se pondo e nossa hora foi chegando, pra fechar o dia, recebemos mais alguns conselhos maravilhosos de Dona Vera, que sempre tem tanto pra nos dizer, nos despedimos, e fomos atrás da nossa segunda corujinha preferida, porque a primeira é minha MCM maravilhosa 😍 . Spanish girl pra cá, spanish girl pra lá, baixamos a energia, tiramos o nariz, e acabou!         

Em tempos de eleição

       Hoje foi dia de atuar na hemodiálise, não sabia o que esperar, mas estava com um frio na barriga. Nos arrumamos, subimos energia ao som de uma música que não me lembro bem o nome, mas era um estilo bem Havaianas :) Me senti no Caribe, dançando Hula-Hula. Saímos. Temos que ser apresentada, quem vai nos apresentar? Não tem ninguém, entramos mesmo assim. Chegada dos pacientes, colocação de cateter, todo mundo bem ocupado, e vários pacientes sentindo dor. Como começar um jogo neste momento? Vamos sair um pouquinho, esperar as coisas se acalmarem. Vamos passear. Encontramos uma senhorinha assistindo TV, mas tá em preto e branco. Calma, joga tua energia aí, vamos la. Colorido. Tiramos as mãos. Preto e branco. Colocamos novamente. Colorido. Fica. Colorido. Êêê!!! Pronto, vamos voltar agora. 
        Chegamos. Entramos. Dona Sol. Pega um bronze. Ui, que sol quente danado. Ela estava sentindo um pouco de dor. Vamos encontrar outra pessoa. Encontramos um senhorzinho, mas ele não estava muito pra conversa. Vamos para a senhorinha do lado. Dona Luz, conhece todo mundo da hemodiálise, parece a prefeita. Eita, vamos fazer uma eleição. Cadê a campanha? O slogan? O número? "Dona Luzinete, a luz do povo." 1515 :) Entrega os papéis, opa, tô sentindo que ela vai ganhar!!! UHUUU 
         Encontramos dona Sol, que pessoa iluminada viu? Já trabalhou em vários Portos da vida, e nunca andou em nenhum navio, pois tinha medo. Uma pessoa bastante peculiar. Cantou bastante, em várias línguas, um amor de pessoa. Tiramos uma selfie pra ela, ela coleciona fotos da gente. Tem várias no seu celular. Saímos.
         Vamos para o corredor. Fomos requisitadas por sr. Marinho, uma pessoa que odeia futebol. Não entende como 22 homens ficam correndo atrás de uma bola. Por que eles não comprar uma bola para cada? Depois o jogo começou a ir para outro lado, e eu e Doroteia fomos embora. 
          Nos despedimos de dona Luz e dona Sol e voltamos para o Caribe. Que sol. 
          Hoje foi uma tarde bem difícil. Assim que entramos na hemo, eu fiquei querendo desistir, eu e Doroteia não sabíamos o que fazer, mas jogamos um "Ah, Shing Ling Ling" e fomos para o corredor, tivemos um encontro lindo, e voltamos como nossa energia em 100% para conseguirmos jogar com as pessoas na hemodiálise. No fim, acabou sendo um dia como muitos encontros.    

sábado, 19 de novembro de 2016

Agora entendi

bem, 7 sul e vamos la. tava bem relex p essa atuacao. nos arrumamos e fomos. PS: tava sem ver nada, tinha esquecido a lente e n podia atuar com oculos; isso me assustou bastante, afinal, como poderia ir p uma atuacao  e nao ver nada? nao saber como eram as pessoas, ver coisas que poderia usar como brincadeira? no final das contas, foi a melhor das 4 atuacoes que ja fiz. Xena foi liderando essa atuacao, oq foi massa, ela quebrava o gelo e eu ja ia entrando na brincadeira dela. foi mt mais esponataneo, nao sei, acho que a gente se conectou mt mais, num dia que teoricamente era p dar errado, afinal, tava tudo borrado hahaha. fomos em varios quartos, entravamos , a energia subia e saiamos...nao deixamos a energia baixar em nenhum quarto..simplesmente saiamos e fim e iamos p outro e dps voltavamos... e assim foi nossa atuacao. me senti bastante livre, a tensao diminuiu muuuito. agr entendi oq significa "nao deixe a energia baixar"... agr sim , tio gentis. :)

PED

pelo contrário! pediatria foi mt massa!! as criancas e maes foram super receptivas, rolou ate pega-pega e estátua... achei bem leve, conseguir me soltar bem mais, simplesmente fluiu. teve ida a praia, mas cuidado com o tubarao, remada olimpica...ida ate o polo norte, com casacos bem pesados, cuidado com os ursos raivosos e a arvore de papai noel. acho que conseguimos nos divertir bastante. :) foi a primeira atuacao que realmente gostei

Dia 100sacional! ❤

Olá galeriiis

Esta semana houve um imprevisto e acabamos atuando na quinta-feira, fomos para o 10º andar, sul. Para não perder o costume, eu estava um pouco nervosa. Mas, tudo sob controle. Fomos nos arrumar no quartinho da enfermagem e, detalhe, não tinha água. “Então, já sabe o que vai acontecer se errar a make, né?” Pensei! Enfim, deu tudo certo. Quando estávamos já concluindo para começar o processo de subir a energia, adivinha? Chegou um enfermeiro no quartinho para trocar de roupa. “E agora? Como vamos subir a energia?” Solução: Subir energia no banheiro. E foi assim que a energia subiu. Ser palhaço é também dominar a arte do improviso e saber lidar com o imprevisível. Bem, parecia que havíamos aterrissado na sonífera ilha porque quase todos dormiam. Encontramos a linda mãe jovem de 42 anos, que mais pareciam 24, e que acabara de chegar à enfermaria após um procedimento cirúrgico, quer dizer, de amor. Ela havia retirado um rim para doar ao seu filho de 24 anos. Que coisa mais linda!
Encontramos o senhor simples e carismático que mora na cidade da pipoca gravatá, seu Edgar. Ele era muito fofinhooo! Outro encontro do dia foi com “Acompanhante”, como passei a chamá-la. Ela entrou rapidamente no jogo, e uma das que mais interagiu conosco, porém foi bem desafiadora. Em determinados momentos, parecia que a situação fugia do nosso controle e o jogo corria o risco de deixar de ser jogo. Acompanhante passou a chamar Ursulina de “mainha”, referindo-se à sua tatuagem e nos levou de cadeira de rodas para passear pelo corredor. Estava no hospital acompanhando seu pai, cujo leito se encontrava na mesma enfermaria da pessoa mais encantadora daquele setor, era seu Hermínio. Até agora não sei explicar bem o que aconteceu, mas este senhor me cativou. O encontro com ele foi o melhor momento do dia, para mim. E provavelmente, o melhor da minha semana porque até agora ao recordar dele, meu coração se enche de afeto... como eu gostaria de voltar a vê-lo. Ele transbordava alegria ao nos ver... eu me senti tão acolhida, que sensação incrível. Carinhosamente ele me apelidou de Quiqui e pediu para tirar fotos. Concedemos a permissão e não é que seu Hermínio é um bom fotógrafo?!  

 
Depois, ele queixava-se de dores. Havia feito uma cirurgia e mencionou que estava sendo difícil a recuperação, muito dolorosa. Apesar disso, entre um sorriso e uma queixa de dor, permanecia firme e forte, sem desanimar. Dirigimos a ele palavras de apoio e encorajamento e nos despedimos. Fomos chupar laranja no quarto secreto. Depois que nos despedimos de todos, fomos nos trocar. Por fim, retornei ao leito do senhor Hermínio para pedir as nossas fotos que ele havia retirado. Eu não estava mais como Quiqui, mas fui recebida tão bem quanto, e o meu sentimento por ele era igual, afinal, eu e Quiqui somos a mesma. Conversamos por uns minutos, o suficiente para admirá-lo ainda mais. Ele me contou um pouco de sua história e se despediu de mim com um beijo na mão e dizendo: “Eu amo muito vocês!”

Como cada novo encontro, estes traziam dentro de si o inesperado. Foi um dia lindo. Percebo que há, de fato, um propósito em tudo que fazemos. Os maiores recompensados somos nós mesmos porque é indescritível a sensação que permanece depois de um dia desses. Mas, não vamos nos preocupar em entender tudo, certo? Porque, como diz Clarice Lispector em um de seus escritos, “viver ultrapassa qualquer entendimento” e eu estou satisfeita com isso! 

Beijos, 

Quitéria Pinguinho 

É real: palavras nunca vão dar conta!

DBzinho,
Que saudade que eu tava de te escrever!! Tanta coisa aconteceu e tanta coisa mudou em mim desde a última vez que eu me vi Sônia Sonolenta!Tanto tempo eu esperei e tantas vezes eu calculei os dias para minha primeira atuação até que,finalmente,esse dia chegou.
Eita que sensação doida que dá!Já acordei sentindo todas as borboletas do mundo no estômago.Escovei os dentes,tomei banho,me troquei,tomei café e elas continuaram lá.Fui pra faculdade,e elas lá.Tentei assistir as aulas,e elas lá.Elas conseguiam me fazer pensar o tempo todo em como ia ser e esperar com uma projeção imensa!
Chegou a hora.Subo pra o 9º e encontro meus MCMs. Que energia massa! Cada peça da pele que eu colocava me trazia uma sensação diferente:  tive ansiedade, tive medo, tive vontade de ir, tive vontade de ficar, me senti despreparada. Colocamos músicas, dançamos, nos olhamos nos olhos. Se der medo,vai com medo mesmo. Subimos o nariz e...lá fui eu,com a responsabilidade e a delícia de ser Sônia Sonolenta.
Confesso que quando cheguei no primeiro quarto não sabia muito o que fazer. Mym e Dinho começaram jogando sem falar nada e eu entrei o jogo deles, mas fiquei bem insegura. "Meu Deus,será que não pode falar?",eu pensava. "Claro que pode né?", eu mesma respondia. "Melhor continuar jogando e esperar pra ver", e seguia no jogo. Até que Mym falou, aí eu percebi que podia jogar como quisesse,me soltei e me entreguei. Tchau, insegurança!
De quarto em quarto, visitamos todas a mães e suas "bonecas da black friday". Teve imitação de pai que tava dormindo e roncando. Teve conversa com ventilador. Teve bebê de dupla personalidade ( Marília Luana, duas em uma: quando tava dormindo era Marília,quando ameaçava acordar e chorar era Luana.A gente morria de medo de Luana hahaha). Teve explicação sobre como sentar no banco de leite. Teve encontro com " aquela atriz daquela novela daquele canal que morava numa casa e dirigia um carro". Teve música e dancinha da pantera cor de rosa. Teve jogo de siameses. Teve até velório da morte da bezerra.Foi incrível reallll!!
Em alguns momentos senti minha energia cair e,as vezes, ameaçava me desconectar do jogo quando saia do quarto. Repeti várias vezes para mim mesma que o jogo só acaba quando termina.Não senti que isso chegou a me prejudicar,mas acendeu a luz de alerta e sei que essa análise vai me ajudar a me entregar cada vez mais.
Outra coisa que senti foi que, apesar de termos feito muitos jogos diferentes, repetimos muito o mesmo jogo, e aí chegou um momento que não vinha mais com a mesma energia.Mas também não foi nada que chegou a prejudicar.
Em resumo,foi perfeito!! Muito muito muito obrigada a Mym e Dinho por serem tão incríveis e estarem comigo em um momento tão singular. Vocês foram minhas pernas, o impulso que faltava pra mandar aquela insegurança doida embora.E,se nas oficinas eu já desconfiava,agora eu tenho certeza absoluta de que palavras não dão conta!❤❤❤

Álbum dos palhaçinhos crescendo na hemodiálise (16/11)

A atuação começou com eu, Martinha e Tascha subindo a energia ao som de Elephant Gun, a música que tem um significado especial pra mim: além de ser a música do meu primeiro picadeiro, em que pessoas cantavam enquanto eu dançava feito bailarina, é a música de alongamento da oficina e por isso enquanto estávamos de olhos fechados foi incontrolável a vontade de se alongar - a música estava guiando meus movimentos.

Novamente, estávamos na hemodiálise, eu, Esmeralda e Cegueta. Um, dois, três recusas "hoje não". Respiramos, não insistimos e assim seguimos até reencontrar um rapaz, um encontro meio difícil. Ele acabou sem conter as lágrimas contando da perda de seu filho e a conversa logo se enveredou para a tornozeleira que ele vestia e começou a pressionar Cegueta para dizer o significado daquilo. Ele carregava um peso enorme sobre a adolescência que ele dizia não ter aproveitado da melhor forma possível... A conversa não estava muito confortável mas me senti bem depois pensando que talvez ele precisasse de alguém para desabafar. A comida chegou e fomos andando pela hemodiálise... E nessa caminhada que alegria ao encontrar Dona Vera novamente!!!!!! Que alegria! Atualizamos Cegueta dos babados sobre a viagem para América do Norte (ler meu DB passado) e logo depois seu sobrinho chegou usando um boné de NY! Cegueta desenrolou um esquema e já garantiu seu lugar no avião também. Tivemos a oportunidade de ver a foto de Pandeirão e Durvalina no álbum dos palhaços do celular de Dona Vera. Que lindas! Tivemos a oportunidade de reencontrar seu Ivanildo, que não estava com seu chapéu sedutor hoje, mas que trazia uma alegria enorme dizendo que estava quase roubando a gente de Dona Vera. Encontramos duas enfermeiras (gente fina) que entraram no jogo com a gente quando estávamos conversando com uma senhora que não me recordo o nome, infelizmente.

Guardo bons momentos no coração dessa atuação.

Beijo,
Severina Disparada. :🔴)

A máquina de fazer dólar (09/11)

Hoje foi um dia diferente: estava só eu e minha MCM Martinha, Tascha não estava presente e sentimos a sua falta logo no primeiro momento. Mas pulamos no vazio mesmo assim.

Subimos a energia olho-no-olho e foi impossível não me emocionar e logo meus olhos encheram de lágrimas com nosso encontro ao som de "durma mundo meu" que me fez lembra do ultimo dia da oficina em que todos estavam abraçadinhas, chorando e olhando um para o outro num movimento e de vai e vem lateral.

Na hemodiálise, senti inicialmente um clima pesado mas logo fui me adaptando com o ambiente e lá conheci uma senhora encantadora, Dona Vera. Ela estava super aberta ao jogo, já contando fofoca sobre o casal de palhaçinhos que apareceram semana passada e que, segundo ela, a palhaçinhos traia o palhaçinho direto. Dona Vera sabia de todos os babados não só da hemodiálise, mas também do mundo internacional. Que bom que eu e Martinha garantimos nosso lugarzinho no vôo para a América do Norte e nossa foto foi a primeira do álbum dos palhaçinhos que ela queria criar em seu celular. Como necessitamos de dólares para essa viagem, disse a Dona Verá que estavam dizendo que a máquina de hemodiálise na verdade era uma máquina de dólar e eu fomos logo atrás de descobrir como se tira dólar dessa máquina com a  encantadora faxineira. Com sua touca rosa, super fashion, limpava a pia rebolando de uma forma magnifica, que sorriso lindo, como ela conseguia deixar aquilo tudo nos brilhos e... Ela sabia como tirar dólar mas não iria nos contar infelizmente. Encontramos também Seu Ivanildo, com todo seu charme segurando seu chapéu para encantar todos dali: descobrimos que ele namora varias ao mesmo tempo e que ele é a favor do poliamor, não tem ciúmes delas e nem elas dele. #chocada Fomos logo perguntar às enfermeiras se elas também eram namoradas de seu Ivanildo e elas confirmaram!!!!!

Descobri que na hemodiálise tem muito babado rolando e que estou ansiosa para poder ir lá novamente.

Abraço e desculpa por ser mequetrefe e só postar agora, mas sempre esqueço 😖
Beijo,
Pah

"Fazer o riso tremer o medo, fazer o medo vira sorriso"

Querido DB, essa semana foi a nossa quarta atuação, sinto que a gente tá ficando cada vez mais conectadas, a ponto da gente falar a mesma coisa ao mesmo tempo kkkk Hora de subir a energia, fizemos um alongamento com as mãos dadas, e pra mim esse momento funcionou quase como o jogo, o que uma fazia refletia no movimento da outra e mostrou como a gente tá conseguindo se complementar e conectar bem <3 Entramos no corredor da hemodiálise e começamos a conversar com um rapaz, um encontro com alguns desafios, depois de alguns sermões meio religiosos dos quais eu, particularmente, não concordava e nem tenho muita tolerância pra ouvir, ele nos mostrou a tornozeleira eletrônica dele e contou que estava cumprindo pena em regime aberto, se não fosse pela carga pesada que ele levou a conversa, nenhum problema, eu até tentei em jogar em algum momento, mas ele claramente não tava aberto pra jogar sobre esse assunto então ficamos nós três sem reação e bem tensas por um tempo. Depois ele mesmo percebeu que a gente tinha ficado desconfortável com a conversa e mudou de assunto, depois até conseguimos jogar com ele e tivemos bons momentos. (Re)encontramos Dona Vera, nós três tínhamos ido na hemodiálise semana passada e ela logo lembrou da gente e falou "ainda bem que vocês  vieram, tava precisando pra me alegrar, já chorei e tudo aqui", pelo que ouvimos depois acho que ela vai precisar fazer uma cirurgia, mas não tocamos nesse assunto. Conversamos, cantamos e acho que pelo menos por aquele momento a tristeza e o medo deram lugar a sorrisos. Quase que Tascha conquista de vez o sobrinho de Dona Vera. Daqui a pouco chega Dr Diogo, na outra atuação a gente descobriu que ele tinha muitas admiradoras lá no quinto andar dissemos a ele e no fim todo mundo ficou com inveja de Dona Vera porque ele fez o que todas do quinto andar sonham: pediu o número dela e prometeu na frente de todo mundo que ligava. Encontramos de novo Seu Ivanildo e já temos convite certo pra uma festa no nono andar, convecemos ele a tocar numa banda de pagode e tudo. Depois encontramos Dona Rosinete que nos prometeu apresentar seu neto que tava completando 18 anos no dia e que segundo ela era lindo, só sei que quem tiver interessada vai ter que aprender a cozinhar de verdade pra agradar Dona Rosinete. Enfim, mais uma atuação que mudou o meu dia e o restinho da semana.

Muito Obrigada!

Encontrei-me com Melca para nossa quarta atuação. O medo, a ansiedade e o frio na barriga ainda estão em mim. Acho que nunca vou me acostumar a ir para as atuações: a dúvida sobre o que ocorrerá no setor sempre vai existir.
Enfim chegamos ao 7° Sul, fomos nos trocar e conversamos bastante sobre as atuações. Superar a timidez e se jogar no vazio têm sido um grande e maravilhoso desafio para nós duas. Além disso, tivemos um grande obstáculo: Melca esqueceu as lentes. Nessa atuação eu teria a responsabilidade de conduzir minha MCM míope. Confesso que fiquei morrendo de medo, mas no final das contas esse desafio foi superado e auxiliou bastante nossa entrega no setor.  Nos alongamos enquanto rimos dos nossos ossos estralando... subimos a energia e entramos no setor. Encontramos uma senhora que nos entregou um mapa que indicava dois caminhos: o do bem e o do mal. Saímos pelo setor buscando informações sobre o melhor caminho a seguir e realmente fomos feitas de bobas indo de um lado para o outro. Depois veio o melhor: uma paciente nos disse que no caminho do bem havia pipoca, pula-pula e algodão-doce. Precisávamos encontrar isso!! Não demoramos a encontrar outras interessadas em achar esse tesouro. Nesse jogo acabamos interagindo com várias pessoas do setor ao mesmo tempo. Fiquei surpresa com a quantidade de pessoas que estavam envolvidas naquilo, algo que transpassava os limites dos quartos do setor. Enfim veio a denúncia: a moça da limpeza tinha comido o bolo!! Fomos atrás dela para pegar nosso bolo de volta... sugerimos fazer uma cirurgia para retirar o bolo da barriga, mas a danada além de desdenhar de nós ,fugiu dizendo que ia roubar a Coca-Cola também (ela estava com um copo de café na mão kkkkk). Ficamos então com o desafio de achar o danado do bolo. Saímos para procurar no quarto ao lado, onde encontramos uma senhora que estava com muita dor. Ao nos ver ela não hesitou em dizer que éramos lindas e que gostava muito dos palhaços. Agradecemos e ficamos muito sem graça, mas conseguimos seguir com nossa busca por comida. A senhora riu bastante e disse que sentia muito dor quando ria, mas que não queria que nós saíssemos de lá. Nesse momento Melca disse a ela que ser bonita doi, por isso que ela estava assim. Começamos outro jogo sobre nossas dores de beleza, a minha era no pé e a de Isolda era no corpo todo (se acha). Depois tiramos uma foto exibindo nossas dores de beleza e concluímos que o acompanhante da senhora não sentia dor em lugar algum. Ele ficou revoltado e disse que nós merecíamos ao invés de bolo, um prato de fígado acebolado (x.x). Antes que nós pudéssemos sair do quarto a paciente nos agradeceu e disse que sentia muita dor quando entramos lá, mas que agora ela estava com um sorriso no rosto e que a dor dela não importava mais. Isso me marcou bastante e eu senti muita gratidão por estar ali naquele momento.
Muitos pacientes estavam saindo para fazer exames naquele horário, percebemos o que se passava: eles estavam indo pra uma festa usando aquilo de desculpa... Ninguém nos chamou!! Uma paciente nos disse que o ticket para entrar na festa era pegar uma carona na cadeira de rodas. Fomos procurar pelo ticket e encontramos uma moça que estava no esquenta para a festa ouvindo um brega na TV (Melca dançando brega <3), mas ela também não nos deu o ticket de entrada. Nessa hora vinha um maqueiro com carona disponível. Rapidamente fomos atrás dele, mas ele fugiu de nós muito rápido e já no fim do corredor zombou da gente porque perdemos a carona. Na volta encontramos um pobre rubro-negro, todo elegante esperando carona para a festa. Ele também fora excluído da farra!! Antes de sairmos do quarto desse rapaz ele nos agradeceu e disse que gostava muito do nosso trabalho (<3).  Depois encontramos no corredor um grupo de visitantes que vieram energicamente em nossa direção. Tiramos algumas fotos com eles e após a foto percebi que um dos homens estava mal intencionado e queria me dar um soco. Nesse momento ficamos nos desafiando em posição de luta, ele claramente me provocando. Como eu não conseguiria sozinha, Melca veio para me defender e ele medroso escapou de nós (afff... a raiva tava lá em cima!  Projetei taaanto aquele soco). Notei que a mulher que o acompanhava tirou várias fotos da nossa luta e depois me abraçou com muito carinho ao se despedir. Seguimos pelo corredor, até encontrar nossas colegas que ainda esperavam o bolo. Elas ficaram com ciúmes e exigiram uma foto também, Melca inclusive ofereceu autógrafo (depois de tantas fotos cobraríamos cachê pra quem fosse nos fotografar). Passamos mais algum tempo no setor, mas como não conseguimos ir a maldita festa chamada “exame” resolvemos ir pra nossa casa... entramos no vestiário, baixamos a energia e sentimos uma grande satisfação por aquela atuação. Conseguimos manter o jogo sempre alto e tudo fluiu muito bem. Foi maravilhoso!!
Gostaria de utilizar esse DB para agradecer aos meus MCMs pelo trabalho incrível que vocês fazem no setor. Todos os elogios e agradecimentos que recebemos nessa atuação é o resultado do trabalho de todos vocês. Muito obrigada! E às pessoas que nos disseram “obrigada” hoje: eu que sou grata por eles estarem tão abertos ao jogo e por nos receber com tanto carinho. Muito obrigada!


RECICLAGEMMM 👏🏼🎉💘

Reciclagemmmmm 🎉
A princípio achei que estava cedo demais para já ter mais uma oficina, mas logo percebi a saudade que eu estava e o quanto é bom compartilhar e conviver com o PERTO.
Não pude ir no primeiro dia pois estava no plantão, fui só no segundo e achei bem cansativo! Definitivamente, não estou em forma! Sem falar no calor que aquela Universo faz, SEM ORRR. O calor me atrapalha muito, pois me deixa desconcentrada, agitada. No mais, foi legal principalmente ver a evolução do meu MCM, o quanto eu vejo que ele está gostando e se divertindo com o projeto, e isso me motiva a me dedicar cada vez mais pra melhorar também. Dai então, começamos com ritual de ler os DBs e depois começaram as atividades de se aquecer contando uma história, muito legal, inclusive preciso colocar isso quando vamos nos aquecer para entrar no setor também. E daí que houveram vários jogos para testar todos os sentidos e, como sempre, o significado deles é sempre muito relevante para a nossa vivência no setor. Também teve o jogo da "foto", em que você deveria ter noção do jogo e do que o seu amigo estava pensando e querendo montar na imagem e completá-la, sem se preocupar apenas em ser o destaque na imagem, mas compondo-a. Isso é muito útil pra gente que já está atuando, pois nos faz perceber que precisamos entrar no jogo do MCM, completando-o e ajudando-o. Aí depois teve mais calor, e mais jogos como o que não sei o nome mas era pra desafiar o outro e conseguir toca-lo antes dele tocar você. Lógico que perdi né kkk mas é muito legal participar do momento e ver os outros jogarem, tem gente que realmente incorpora o espírito e vai com tudo. Um dia eu chego nessa entrega... mas tudo no seu tempo. E depois foram os desafios com os narizes, e aí é muito mais legal porque vc se solta mais. Teve também o jogo do encontro, e eu morri de rir com o povo lá se encontrando depois de 2segundos. Estava louca pra ir mas não fui chamada :/ e foi lindo ver Dinho atuando e eu vendo como ele tá se entregando e fazendo tudo tão lindo. Foi o resumo dessa oficina. ❤️

4° encontro na enfermaria das mamães

ENFERMARIA DE OBSTETRÍCIA
Como sempre deu aquele friozinho na barriga porque sempre é um lugar novo né, mas como sempre também deu muito certo. Estava muito feliz porque enfim Pilé atuou com a gente e achei ela muito confortável. Achava que seria mais difícil, mas usamos muito o jogo do bonequinho, perguntando às mães onde tinham comprado aquele boneco, de foi na Black Friday, se conseguiram promoção, se veio com fraldas grátis, ou roupinhas, e conseguimos divertir muito desse jeito... Apesar dos meus MCMs acharem que no final dos quartos a energia já estivesse caindo, eu infelizmente não percebi e continuei do mesmo jeito. Mas já estava no final então acho que acabamos na hora certa. Também teve um acompanhante que estava cochilando num quarto e ficamos imitando ele, achamos uma mamãe loira e dissemos que ela era a Barbie, aí perguntamos pelo cachorrinho, pelo Ken, pelo carro rosa e ela não tinha nada, então ficamos dizendo que na verdade ela era Susi e não a Barbie, que ela estava nos enganando... depois passando de novo por esse quarto ela estava com uma acompanhante que tinha um cabelão, então dissemos que até o cabelo dela era falso e foi muito divertido. Eu particularmente me diverti muito brincando com ela. Ahh, e teve uma hora que fomos até o banco de leite e tinha uma funcionária lá muuuuito simpática que entrou completamente no nosso jogo, quando perguntamos se esse banco era feito de leite, se ele derretia, se podia comer... aí depois a gente usou o jogo do "aquela" com ela e ela super entrou no jogo também, dizendo que era a atriz protagonista da novela. E ai a gente disse que tinha um monte de câmeras na salinha onde ela tava, e ficamos fazendo poses para as "câmeras". Foi muito legal. E aí antes de chegar nessa salinha, encontramos uma mamãe no corredor, e simulamos que estávamos com vergonha dela e fomos chegando bem devagarzinho. E aí Dinho teve uma sacada MASSA que eu entendi rapidinho e Pile também , que foi pq a gente chegou de braços dados até ela, como se estivéssemos juntando forças para falar com ela, e aí e disse "oi" e ele "tudo" e pilé "bom?" E começou o jogo dos siameses!!!! Foi fantástico. Nós nos atrapalhamos, rimos, e o melhor, divertimos muito a mamãe que estava tão tristinha porque seu bebê estava na UTI. Esse para mim foi o melhor encontro do dia e a nossa interação, de ter entendido oq o MCM propôs e ter jogado o jogo dele valeu muito o dia e mostrou que esse enlaço tem tudo pra dar muuuuuuito certo! ❤️

Como se faz um bebê?!

E mais uma atuação... dessa vez fomos ao alojamento conjunto. Me atrasei um pouco para encontrar biazinha, mas consegui encontrá-la no damuc. Subimos para o nono andar e logo que chegamos no setor já veio o primeiro desafio. O quartinho que usaríamos para subir a energia e colocar a pele estava ocupado. Tivemos que ir para o banheiro, nos trocamos lá mesmo. Eu deixei minha lente de contato na outra bolsa e atuei sem enxergar muita coisa mesmo. Ficamos apreensivas para subir a energia pois já estavam batendo na porta. Não dava pra esperar mais, subimos. 
Ao sair do banheiro tínhamos que dar um jeito de guardar as bolsas, e já foi nosso primeiro jogo. As bolsas eram nossos bebês que precisavam de uma luz azul, igual a dos bebês que estavam lá. A enfermeira entrou no jogo. Mas realmente não tinha onde guardar e demos um jeito de colocar debaixo do banco no postinho da enfermagem.
Em meio a isso já começamos a jogar com duas crianças que estavam visitando uma gestante. Elas estavam indo embora pois tava acabando o horário de visita, mas elas não queriam ir, aí dissemos que poderíamos esconder elas na nossa barriga, assim como os bebês. Foi massa.
Depois fomos em todos os quartos. A nossa pergunta do dia era como se fazia um bebê. Onde podia comprar, ou com quem poderíamos conseguir. É disso, saíram respostas muito boas. Com algumas mães a gt perguntou se ela não podia dar o bebê dela pra gente pq a queríamos muito um. Chegamos a segurar alguns bebês. Teve um até que tava chorando e quando peguei, ele parou de chorar na hora. Foi incrível. Biazinha tb fez um jogo muito massa em um dos quartos que foi perguntar ao bebê que estava pra ter alta se ele tinha gostado dos pais, que qualquer coisa ele podia falar com a gente que nós iríamos providenciar outro pra ele. Os pais super entraram no jogo também. 
Uma paciente em específico foi meu núcleo do dia. Sou monitora de obstetrícia do hc e já tinha visto ela antes no COB, mas pra nossa tristeza ela tinha perdido o bebê. Encontrar com ela ali, naquela situação foi bem marcante. Não chegamos a conversar mesmo com ela, pois ela não estava tão aberta, mas ficamos junto, olhando pra ela e dizendo o quanto ela era forte. Ela ficou falando algumas coisas com a acompanhante e não conseguiu segurar as lágrimas. Senti um turbilhão de coisas ali. Nos despedimos dela, mas senti que parte de mim ficou lá. 
Ao fim, quando já estávamos pra ir embora tinhamos que pegar novamente as bolsas. Fomos lá e dissemos que estávamos indo levar os bebês pra mamar, todas as enfermeiras entraram no jogo e ficaram nos ajudando. O banheiro estava ocupado e mandaram a gt ir pro banco de leite kkk mas tava fechado. Acabamos indo no banheiro quando ficou vago.
 Baixamos o nariz. Ainda conversamos sobre a atuação e discutimos alguns pontos altos e algumas coisas que precisamos melhorar, biazinha me deu uns toques que pretendo por em pratica nas próximas atuações. A experiência de atuar sem a lente foi desafiadora, mas no final eu gostei. Ansiosa para a próxima vez...

O circo

Estava aguardando muito essa atuação. Com a reciclagem da terça fiquei querendo colocar as coisas em pratica depois de relembrar alguns pontos. Biazinha estava meio mal nesse dia, com muita cólica, mas ainda bem que ela conseguiu ir, foi muuuuuito massa.
Assim que chegamos na enfermaria do 10º sul já estávamos sentindo que essa atuação ia ser boa, e acertamos. Subimos a energia sem música dessa vez, só se concentrando no olhar e uma sendo espelho da outra num alongamento improvisado. Rolou.
Dessa vez tive minha MCM comigo em todos os jogos, sempre juntas, prontas pro jogo. Conseguimos sair bem de cada quarto, sem deixar a energia baixar muito pra poder sair.
Alguns jogos foram bem massa. Em um dos primeiros que entramos tinha uma senhora com as duas pernas enfaixadas devido a trombose. Biazinha disse que ela era uma bailarina internacional muito famosa que tinha ido se tratar lá no HC, junto c sua empresária (que era a acompanhante). Enquanto biazinha narrava sua história eu ia interpretando e funcionou muito! Fiquei mt feliz que conseguimos nos conectar entre nós e com as pessoas que estavam no quarto. Todas entraram no jogo. Logo após também encontramos outra paciente acamada e dissemos que ela era equilibrista. A acompanhante começou a filmar a atuação, ficamos um pouco inibidas no começo mas depois fluiu. No fim, biazinha queria um autografo dela mas a paciente mal conseguia segurar a caneta, eu fingi que meu autógrafo só era visto pelos fortes haha mas aí biazinha conseguiu fazer um jeito com que ela escrevesse no braço, e deu certo, foi mt show.
Uma parte ruim foi que teve reciclagem logo após a atuação e devido a preocupação com o tempo às vezes ficava pensando na hora. Mas tinha um relógio no posto de enfermagem e quando passávamos por lá Dava pra ter uma ideia de quanto tempo ainda daria pra ficar. Conseguimos ir em todos os quarto e até voltamos em alguns.
A atuação como um todo foi mt boa, ainda precisamos ter mais tato para sentir o jogo em alguns momentos, mas já consigo perceber uma grande evolução.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Circaria!

Narêeeeeeee,
E aí essa galera?! Bem vibes cachorral hoje... Caramba, foi fera... Meta: fazer com que as príximas atuações sejam tão boas quanto essa... Hahahahha... Entrando já no espírito Frida já... Hahahahaha... Mas não consigo parar por aqui, porque ainda sou Risolina, tenho necessidade de falar! Pô, Nari, foi sensa, sabia?! A gente chegou no quartinho, tinha uma residente de Nefro, ficou coma gente lá em quanto nos trocávamos, perguntou várias coisas da palhaço... Bem fofa, mas queria dormir... Aí a gente saiu. Brincamos de circo no setor... Achamos uma bailarina em um quarto que tinha levado uma queda e por isso tava com as pernas quebradas... Tinha equilibrista que também tinha caído e os braços estavam pagando o preço... Conseguimos autógrafo da equilibrista mais famosa do mundo. Era russa. Até filmaram a gente... Pô, foi um negócio mágico... Até suco de pitanga Frida bebeu... Foi enraçadíssimo... E ela nem gosta de pitanga... Eu ri tanto... Acho que foi um espírito meio sádico que me invadiu e fiz a bichinha beber o suco... Mas rimos tanto... Aposto que nunca mais um suco de pitanga será a mesma coisa, nem pra mim, nem pra ela... Mas pior eh que eu gosto tanto dessa criaturinha... Toda boba... Bom, não sei bem o que dizer, (até porque eu juro que não lembro bem dessa atuação... Num me lembro das coisas... Só flashes) Só sentir.
Um cheiro, preto!