quarta-feira, 26 de julho de 2017

Brincarolando mais Perto

Hoje foi uma atuação muito especial, sabe por que lili?
hoje o pssoal do brincarolando foi fazer a estréia no setor lá no HC. E pra me ajudar nessa missão cami apareceu tbm!
Nos encontramos fomos subindo e encontramos MUUUITOS palhacinhos a paisana no meio do caminho!
Entramos no quarto e fui explicando como aconteia lá. Trocamos de roupa, maquiagem... muito tempo... mas é normal no início. Daí subimos a energia, só teve um problema... não combinamos o número e as meninas do brincarolando subiram no 5 e vi e subi no 6 e cami se desesperou depois e subiu alguns números depois! foi engraçado!
saímos e tivemos muitos momentos mágicos! Teve uma senhora que não falava e ficamos "tentando" chamar a atenção da acompanhante no mudo. Começou bem sem querer e cresceu a ponto da paciente ficar mexendo as pernas ajudar... saímos depois sem completar a missão inicial mais muito felizes! Teve o senhor com o sorriso mais bonito, teve o senhor da tatuagem, teve a senhorinha da flores, teve o agente que tentou me paquerar mais perdeu pra leo, teve a moça que chorou, teve o senhor com Alzheimer que gostava de forró, teve até o Thiago Iorc que aceito minha meia de entrada! olha... teve muita coisa... Cami tá um orgulho de se ver! No tempinho certo! fiquei muito orgulhosa! E as meninas do brincarolando estão muito bem também, alguns errinhos de iniciante mais que aprendem logo depois de alguns PEINS! Da sempre sua,
Carlotina Samambaia

domingo, 9 de julho de 2017

Última atuação do 2º ciclo ❤️

Última atuação do 2º ciclo

Nem acredito que já acabou. Durante todo o ano achei chato a obrigação de ter que atuar toda semana mesmo cheia de compromissos também inadiáveis da faculdade. Não via a hora de chegar logo o fim do "ano obrigatório" para que eu pudesse atuar apenas quando tivesse vontade... mas já tá batendo saudade. Principalmente da minha MCM melhor do mundo mesmo, e mt feliz por ter tido a oportunidade de me aproximar mt Dela esse tempo! ❤️ 

Fomos para o 11º andar mais uma vez. 
O clima era diferente. A gente esperou umas 3 semanas para enfim sair essa última atuação porque a gente queria fechar com chave de ouro. Cacá veio junto dessa vez, e não sei se ela se sentiu muito à vontade, mas acredito que no final deu tudo certo. Os momentos parece que foram escolhidos para serem a "despedida", pq foi tudo muito lindo. 
A gente encontrou Joelma do calypso disfarçada num dos quartos do Spa, e logo entendemos que ela precisava de um pouco de paz para esquecer o ex marido que foi tão sacana... falamos com o segurança do lado de fora pra manter o quarto sob cuidados pois ela não queria ser atrapalhada... 
quando mudamos de quarto, incrivelmente estava tocando calypso na TV da senhora vizinha, e nos olhamos sem acreditar na coincidência!!!! 😂 Mas ficamos mt tranquilas, afinal a substituta da nossa famosa estava sabendo disfarçar bem e os fãs não perceberiam sua ausência! 
Depois fomos num quarto muuuuito especial, a mulher que estava andando com uma bolsa, e logo lembrei que tinha pedido umas encomendas a ela de Paris, e estava querendo saber se ela tinha trazido... descobrimos então que o senhor do quarto tinha trazido da Europa uma bolsa pra cada uma de nós, e que combinava direitinho com cada roupa! (Combinavam mesmo! 😅) Quase saímos com as nossas bolsas novas até que o moço do lado nos convidou para passar o restinho do São João na casa dele, então dispensamos nossas malas na frente e fomos atrás de ajeitar o resto das roupas logo para não perder a viagem. 

Depois encontramos duas amigas estátuas que despertaram depois de um beijo apaixonado do amor delas que até era o mesmo. Achamos lindo a amizade e queremos ser igual, menos a parte de dividir o bofe porque aí já é demais. 

Depois conhecemos Vanessa da Mata que estava acompanhando sua mami poderosa que nao quis de jeito nenhum trocar de sapato comigo. O Dela era de oncinha e eu gostei mais! 👠 Nesse encontro, houve o momento mais tenso da palhaço pra mim, quando de repente e sem eu sequer imaginar, olho pro lado e vejo Naiza, minha amiga da facul, me filmando! Eu gelei na hora primeiro do susto e depois porque não sabia o que fazer. Já havia encontrado conhecidos ou alguém da palhaço em atuações, mas nunca alguém tão próximo e que não era do projeto... tentei ignorar a sua presença e disse que tinha até fotografo registrando o nosso encontro com Vanessa da mata... ela tirou mais fotos e quando saímos do quarto ela começou a falar coisas de prova e num sei o que com a gente... kkkkk aí a gente distorceu a historia dizendo que fotografo de famoso era muito ocupado mesmo e num sei Oq e ela se ligou que não dava pra falar normal com a gente e ficou quietinha kkkkk  Mas pra mim foi muito difíiiiicil. Fiquei morta de vergonha!

E aí, fomos atras do caju sonífero já que estávamos mt cansadas e precisávamos de um descanso... (no começo de tudo, quando chegamos pegamos a chave do quartinho para se trocar que tinha um cajuZinho de chaveiro, e quando estávamos na atuação, a gente entendeu que o cajuzinho era um sonifero que estava fazendo todas as pessoas dali dormirem) Só que foi Mt engraçado porque o enfermeiro que estava na hora não entendia nada sobre o tal cajuzinho e eu tive uma crise de risos ouvindo Esmeralda tentar explicar pra ele o que danado era o caju kkkkkk 


Enfim, essa atuação não poderia ter sido melhor, pra fechar com chave de ouro o fim desse ciclo tão cheio de amor. O resumo desse ciclo foi isso: AMOR! ❤️

11ª atuação do 2º ciclo

Fomos para a enfermaria de Onco.  Muito difícil atuar nesse lugar que muitas vezes está sendo paliativo de alguém. MAs felizmente conseguimos levar boas lembranças dessa atuação. Fomos lá eu e martinha lindas e saltitantes tentando alcançar as bandeirinhas de São João do corredor. Dois quartos me marcaram muito. O primeiro foi o do senhorzinho muito muito forte, que quando passamos pelo corredor estava numa luta tentando fechar a porta do banheiro, mas ela sempre abria de volta. Ficamos olhando por alguns segundos até que enfim ele conseguiu de fechar e nos notou, achando graça. Fomos então saber o que danado ele queria manter ali dentro daquele quarto que precisava estar tão bem guardado. Descobrimos que ele era o guardião do monstro que ali habitava, e fazia a segurança de todos do quarto. Durante o momento que nos contava, chegou um moço que colocou algo que entrava direto no sangue dele. Descobrimos! Era essa coisa que deixava ele tão forte e pedimos várias dicas de como conseguir ficar iguais a ele. Depois desse encontro, fomos até uma senhorinha muito linda e charmosa que estava deitada na cama do seu spa. Queríamos muito nos hospedar também pois achamos o lugar mt lindo, então negociamos que se sorríssemos sem parar ela deixaria a gente ficar de graca. 😬 Mas não tava dando pra manter o músculo contraído por muito tempo, então pedimos para ao invés do sorriso, pagássemos com massagem! 💆🏻E então massageamos suas mãos e pés até ela se sentir satisfeita e liberar nossa estadia! ☀️ 
Depois cantamos músicas de São João para uma senhora mt tristinha q estava acompanhada da filha, e esta última começou a chorar quando viu aquele encontro lindo da gente fazendo a senhorinha, de olhos fechados, se sentir numa festa de São João, já que não poderia sair dali nem tão cedo. 
Depois combinamos as nossas roupas e iguais em dupla com duas moças bonitas de outro quarto e saímos em busca de uma costureira para completar nosso look de festa 💁🏼 

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Dezembro na Hemodiálise

 Coralinda e Suzi na Nefro !
Conhecemos pessoas muito legais , no entanto  , Sr. Anthelmo , Airton e Wilson são os que mais tenho para relatar .
Não encontro meus racunhos e sou mequetrefe !
Prometo voltar Db.

Com amor,
Suzi Tchutchu💙💗

O feriado de Dezembro com diretiro a muitas Tchtchuzadas

 Dia , de quinta , feriado, 8 de Dezembro e la vamos nós ...



Conhecer Dona Mariaa,  Amanda , Raquel e outras diversas pessoas que marcaram nosso feriado foi mt importante.
 Nessa tarde recebemos um  abraço memorável ,que ficava cada vez  mais gostoso a medida q chegava mais uma  pessoa para participar dele! Coralinda e Suzi, concordavam. que as mulheres daquele quarto compartilharam conosco uma energia  imensurável. 
 Suzi, então, fez uma proposta a Coralinda: Que tal cantar uma musica que nós adoramos ???? Proposta aceita !!
 "No meio da floresta tinha uma coruja... Tchutchu Tchutchu Tchutchu Tchutchu Tchutchu ". Os 100% foram alcançados . E saímos daquele quarto carregando o sentimento de que cada encontro guarda o inesperado dentro de si 💙💚💗

Com amor,
Suzi Tchutchu

Dezembro na ONCOO !!!

Minhaa gente essa história de ser mequetrefe é muiito ruim !
Essa atuação é de Dezembroooo ❤👀

Lembro bem de um senhor  que era bem quietinho e só interagia quando fazíamos pergunta. Vendo seus livros e sua bíblia , descobrimos que ele era cristão .
Ele achou que não sabíamos cantar hinos. Ficou surpreso quando aceitamos o desafio e cantamos oo que foi pedido, A letra da música fala sobre ter fé e que os propósitos de Deus são sempre os melhores   para as nossas vidas . Guardo o olhar daquele senhor até hoje, cheio de ternura , mostrou um pouco da grandeza q ele carrega dentro de si.

Quando lembrar do restante voto , aqui Db. Perdão !

Com amor,
Suzi Tchutchu 💙



07.07.17 - Revivendo o São João, mergulhando em olhares e muuuitos almoços .

 Olá Db !

  Esse ciclo atuei com muitos MCMs diferentes , devido a minha instabilidade no  horário. Foram experiências muito boas. Pude observar diferentes maneiras de atuar e a me adaptar a alguns jeitinhos diferentes. Cada companheiro carrega uma singularidade brilhante e é muito bom poder fazer parte de tudo isso. 💕
Hoje foi com  Xena e Vitor, subimos energia contando histórias  e penseee o quanto foi bom. Para chegar nos 100% cantamos : Última oração. Explode esse olhar e vamos simbooora😎😎

Ahhh já entramos no ambulatório , relembrando o São João ... Que falta sinto de um beeem , que falta me faz um xodó, mas como eu não tenho ninguémm, eu levo a vida assim tão sóooo 🎶🎶🎶🎶
Teveee  olhooos lindos, olhares bem concentrados na gente e até uns azuis que resolvemos mergulhar!!!
 A risada e  jeito vergonhoso da Dona Maria de Lourdes , nos chamou pra junto . E sua disponibilidade nos fez embarcar em sua vida , descobrindo a idade, criando aniversário para o seu fiho e até  a ideia de compartilhar almoçooo !
A gripe e anemia de Xena vinheram na hora CERTA , a acompanhante estava enxergando o nariz branco. Eu dei aquela uma filada  e disse : Ele tá ficando LARANJAA meio AMARELO. E logo , a oprtunidade de virar o nariz se encaixou direitnhooo 🎈🎉








     Foi uma despedida do CICLO EM GRANDE ESTILO .
AMEEI  a oportunidade de atuar com vocês e com todxs que fizeram parte desse processo até hoje .
GRATIDÃO A FAMÍLIA PERTO💗💙



 Com amor ,
Suzi Tchutchu

Sobre aquela tardeeee de verão !

Gentxeeeeeeeee !  Lembrei que atuei em Janeiroooo com Caio, Bru e Tali .
E foi AQUELA ATUÇÃO💣💝💥BOMBÁSTICA
De incio eu tava com muito medo, pensando na responsa , pois só tinha eu de novinhaaa. Mas a petecaa não caiu e me senti muito a vontade assim que entrei no quarto com esses velhinhos extraordináriooos 😍😎

Não lembro de muita coooisa , mas foi muito bom inciar o ano com  vocês . Hahahaha
- Odete foi paquerada pelo menino da manutenção.( Ele não viu limites em sua aliança ).
- Eu e Pandolfo fizemos um jogo com a tia sobre : A vida !!!!
" Mas vale a vida ser fácil do que difícil ". Ela nos disse o contrário , que esse negócio de ser fácil na vida não era vantagem.  Então resolvemos numerar alguns pontos para mostrá-la que a facilidade na vida é muito melhor ! hahahahaha
- Teve casamento .
- Teve revisão cirurgica marcada em pleno corredor.
Ninguém segurou a gente nessa tarde. Muitas horas de atuação. E a vontade era de anoitecer por ali. Os 100% rolou muuuuuuuito nesse dia!!!!!




Com amor,
 Suzi TchuTchu

23.06.17 - Uma nova pele na ONCO!

 Nesse dia , voltamos a onco e Safifi atuou com a gente e sempre é uma experiência muito  boa  atuar com outros MCMs.
  Foi uma tarde de gratidão, onde minhas MCMs tiveram  muito cuidado e Zelooo cmg 💖
Gente sabe aquela pessoa, que  dar umas voadas na vida? Que vai para um lugar e esquece a sua ferramenta principal ? É.. tipo , um cirurgião ir para o bloco e não se paramentar ou esquecer o bisturi.   Pronto!
Essa pessoa sou eu ✌😆
Gentxeeeee ,  eu esqueciii a minha pele em CASA! Isso mesmooo , como pode  ?
Na hora me bateu uma angustia e sabia que não poderia atuar mesmo depois de tudo que renunciei naquela tarde pra tá ali .
Mas quem disse que não rolou ??????
Minhas MCMs deram a ideia de montaar uma pele💗💗💗💗💗💗💗💗😍😍😍😍😍😍😍😍😍 E foi com pedacinhos de Pauli e Safifi que Lua conseguiu atuar ! GRATIDÃO AS MINHA MENINAS 💗💙💓💚💛💜💗
Suzi se sentiu muito bem com o seu novo LOOK  , ficou show galeraa !

No setor , entramos num quarto onde a vovó estava acompanhada pelos dois netos e sua filha. Os meninos gostavam dos jogos mas não desgrudavam os olhinhos da tela do celular. Prometemos voltar no outro dia, o encontro foi marcado as 03:00h, com os garotos vergonhosos , porém namoradores.
No corredor , conhecemos o farmacêutico com  o carrinho de remédios vazio. E surge, a ideia mirabolante de presentear a vovó. Advinha quem topou ? O seu neto , o timídoo !
 Foi muito inesperado  e a cara dela de surpresa foi a melhor hahahaha

No ultimo quarto um acompanhante , aparentava não querer entrar nas brincadeiras  Até que jogamos "qual é a música" e conseguimos advinha a musica de Marília Mendonça que ele tanto queria ouuvir: Beija flor !

Ao voltar pra casa , minhas meninas me levaram até a parada e me fizeram companhia na parada  !

Muitaa gratidão por esse dia 💘

Com amor,
Suzi Tchutchu .

Sobre muletas e queres...


"Tudo que eu quero, eu quero muito" - uma frase forte que a gente aprende na formação, que não é fácil de pôr em prática e que me assombrou (no bom sentido) durante essa atuação.

Eu QUERIA MUITO um registro fotográfico duradouro da minha vivência quanto palhaça. Não hesitei em levar minha câmera analógica junto à pele e à maquiagem, mas hesitei em usá-la: 

K: Tiraremos fotos com ou sem nariz?
S: Como interagir com uma câmera enquanto palhaço sem se transformar no palhaço fotógrafo mal das pernas apoiado numa muleta maior do mundo?
K: Nossa pele, nossa maquiagem, nosso nariz... também são muletas de certa forma...
S: Rai que é Rai teve dificuldades de atuar com a rabeca... Mas até que seria um desafio.
[E diante de tantos questionamentos a câmera ficou jogada na cama - uma pendência pros narizes]
Eu e Antenorio, que tivemos que resolver essa bronca, na real nos divertimos juntos por alguns minutos com o objeto não identificado que foi de espelho-para-fica-gordo à bomba relógio. E ai, a câmera ainda pegou com carona com a gente na atuação, o que rendeu: 1-umas 3 ou 4 fotos; 2-um entendimento de que minha câmera, na verdade, parece mais um artigo de palhaçaria do que um objeto exclusivamente funcional;  3-uma vontade ainda maior de brincar com a fotografia no universo da palhaçaria. 



São João barulhento

DB em tópicos :/

* Atuação no 7º!
* Fomos levemente atropelados por uma comemoração esdrúxula de São João (aparentemente era o caminho). À principio gostei da animação da música que eles cantavam, mas logo em seguida percebi que de alguma forma nem eles sabiam exatamente o que tavam fazendo ali. Eram muitos; entravam deliberadamente nos quartos cantando, dançando e convidando as pessoas para um suposto casamento. Me lembrei do nosso primeiro picadeiro

Overdose de onco


DB em tópicos :/

·         Primeira semana de reposições e minha agenda encaixou melhor com Pauli e Lua. Mais uma vez aquela sensação de atuar com pessoas novas! E bote novo nisso...Essas duas tem uma energia inacabável, um brilho no olhar e um processamento de interações na velocidade 5!

·         Atuação na enfermaria de onco (overdose de onco nesses últimos tempos.. :) ) – eu nunca tinha ido lá. Sempre tive um interesse especial pois é uma especialidade que me atrai muito.. Como seriam esses encontros de palhaço?

·         Rolou de levar um remédio especial para uma vovó no carrinho de remédios – era o neto dela dentro; rolou de ter conversas profundas e conhecer novas praias da região com o acompanhante de uma paciente teoricamente em isolamento (ele fez questão que a gente entrasse); e rolou até karaokê de brega, créditos para Lua que conhece absolutamente toooodas as músicas.

·         A onco tem seu peso, uma enfermaria que toda semana tem gente partindo, mas tem muita gente linda querendo se entregar e jogar! Que bom que pude ir lá ainda esse ano <3

Judith

Quem é Judith??


DB em tópicos :/

·         Atuação no ambulatório de onco! – eu sempre quis atuar lá, ainda bem que rolou de ir porque é uma delícia

·         Todo mundo lá foi muito receptivo. Chegamos e já foram nos mostrando tudo, apresentando os profissionais. Rolou um leve PEN, porque aceitamos conhecer o espaço do ambulatório em si (eu fiquei com medo de me perder no caminho, sei la..) e ai aparecemos na entradinha do lugar sem pele nem maquiagem para todo mundo. Foi bem estranho....

·         Lá é meio parecido com o COB, um ambiente quadrado, com um balcão no meio e picadeiro para todo lado. Até que rolou de “individualizar” as atuações e nessa conhecemos pessoas lindas, uma professora e contadora de histórias; um dançarino do clube belavista... Eu cheguei até a prescrever pipoca e cumbia para curar um momento meio triste.

·         A enfermeira de lá, assim como Marisol na nefro, ficou sendo um fio guia da atuação. Dessa vez, sob demanda nossa e foi massa isso de ficar retomando o encontro com ela, uma pessoa super aberta pro jogo que parece se dar de verdade para aquele ambiente.

·         Ao final da atuação, quando nos trocávamos de volta, Kinhos me perguntou quem era Judith. Ela era judia? Onde ela morava? O que ela gostava de fazer? O que veio na minha cabeça foi que ela era uma menina uma tanto ingênua, mas nada mais, não soube muito responder. De certa forma essa é uma identidade em processo, e bom, ganhei uma reflexão a mais sobre o projeto e a palhaçaria...



Judith

De volta a nefro ! 16.0617

   Confesso que estava feliz por estar tendo a oportunidade de voltar lá. 😊😍

Hoje foi a última atuação de Zá , surgiu a ideia de trocarmos o nariz. E Descobrimos que o das três eram rosa .  Coloca a pele , sobe a máscara e explode esse olhar !
Lá vamos nós , iniciamos pela hemodiálise. Ao chegar , já vivenciamos aquele momento PEEN😖 A tec. nos disse que sempre atrapalhamos pois costumamos chegar numa péssima hora. Foi muito difícil sair de lá 100%, mas Iolanda deu aquela força !
Saímos e em outros quartos tivemos a oportunidade  de jogar com uns pacientes bem disponíveis. Lá tinha um paciente surfista e todo o enredo surgiu a partir daí, Frida  virou uma seria e teve casamento SIIM. Apareceu um pescador  e relatou diversos tipos de peixes, teve até polvo zumbi. kkkkkkkkk
Final das contas o pescador topou ser da nossa família e pintar o nariz. Lá vamos nós atrás de tinta ou um batom para  , ele tbm ser palhaço.
  Reencontramos   Dr. Guilherme  e claro, cobramos o lux luxo, ele nos mandou ir no mercado e deixar em sua conta ! kkkkkkkkkkk
Conhecemos Dr. Floris , e esse também era muito gente boa . O seu presente pra gente foi uma FLOR! 🌹🌺
Encontrei a mãe de Renato novamente e dessa vez foi muito legal :)
Dona Vera foi uma paciente maraviliooooosa que estava lá no finalzinhooooo. Ela cantou em Italianoooo, tirou foto com  agente , falou o quanto gostava de Aldo. E até forró pé de serra , ROLOU!

Uma atuação recheada de desafios e muita ousadia !





Com amor ,

Suzi Tchutchu.💜




Limitações...

A atuação de hoje foi massa!!! Cacá trouxe uma leveza muito grande pra atuação. Chegamos ao setor e conversamos bastante enquanto nos trocávamos e depois fizemos massagem um no outro (a massagem de Cacá é exclenteeeee). Ficamos tirando onda com o pessoal do isolamento dizendo que eles tinham o nariz branco e depois de muita arenga Vitor acabou se casando com um dos rapazes do quarto (foi um momento épico!). Interagimos também com as meninas do posto de enfermagem, brincamos que elas estavam fazendo uma especialização em “Fofocaria”. Depois disso encontramos uma senhora que não estava muito afim de falar conosco, mas a filha dela tava looouca pra interagir com a gente. Ela tinha uma carinha de criancinha e toda vez que a víamos começávamos a falar como se ela fosse um bebê, e pra completar ela ainda disse que a mãe dela era uma vacaa kkkk! Um momento difícil da atuação foi encontrar com um senhorzinho que estava com uma cara muito triste e depressiva. Ele não conseguia sequer olhar no nosso rosto. Queria saber como ajudar, mas infelizmente temos muitas limitações...

Diana Duarrocha e Maurício Vendaval: a grande despedida PAM

atuação de hoje pra mim não foi uma despedida, mas um fechamento de um ciclo de amadurecimento enquanto palhaço e pessoa. Minha vida pessoal e meu modo de ver o mundo mudou muito após a palhaçoterapia e depois de ter deixado Diana Vendaval aflorar em mim. Agradeço ao meu MCM Vitor por ter me permitido acessá-lo de maneira tão íntima e por ter me ajudado a vencer o medo que eu tinha de me mostrar através do palhaço.
Mais uma vez fomos ao setor que marcou essa segunda metade do ciclo: o ambulatório da onco. Também tivemos uma convidada especial: Lua <3. Mais uma vez esse setor se mostrou um lugar maravilhoso, cheio de pessoas abertas e com olhares maravilhosos. Dancei um forró muito gostoso com uma senhora, depois encontramos uma mulher com um olho vindo do arco-íris, escutamos uma voz de veludo e ensinamos como se aquecer do frio com abraços. Também realizei o sonho de virar o nariz! Foi massa, a mulher disse que estava com inveja do meu nariz e que ele tava ficando branco... Aí de repente pra surpresa dela ele ficou todo amarelo e eu só voltei ao normal depois que Vitor fez um ritual contra inveja! Foi um momento único <3
Gratidão por esse ciclo e por Vitor ter vestido uma cueca de copinho especialmente pra mim! 

Que venham novos olhares!

Dando tchau pro ciclo

Já comecei saudoso. Vesti uma cueca especial (de copinho rs) pra presentear minha MCM e ganhei um cartão mais fofo do mundo da melhor companheira do mundo!!! Lua se juntou a nós hoje :D Alongamos e subimos das formas que elegemos as melhores do ciclo - contando história e cantando oração... subir a energia hoje foi incrível. Revisitar o ambulatório onco foi também. Senti muito a atuação de hoje e muito das atuações hoje. E apesar de cada dia no setor ser um dia novo, hoje foi um novo cheio de detalhes que marcaram o ciclo. Teve mudança de nariz CERTA. Teve telepatia com nena. Teve MCM novo na atuação (Lua, que abrilhantou muito o dia <3). Até São João teve na atuação de hoje. E a gratidão que sinto no momento não se coloca em palavras (é MUITO obrigado por isso, Nena <3). Bundinha bundinha rolou que a gente nem percebeu de tão natural. Amo minha MCM. Amo estar PERTO. E já amo os que tão pra chegar. VEM NOVO CICLOOOOO!

COB


Hoje eu não tava lá. Antes de começar a atuação, já sabia que não tava lá: o corpo tava presente maquiado e de nariz mas a cabeça tava longe. O fato é que nos últimos dias eu não tava muito bem mesmo, mas mesmo assim eu fui. As boas memórias do último COB com Pacheco e as palavras de ontem de Gentil me levaram a esse desafio de vivenciar o aqui e o agora para pelo menos tentar melhorar o meu dia. Bom, Kinhos carregou essa atuação lindamente, eu não conseguia falar muito...e quantos encontros lindos! Eles encheram um pouco mais o meu potinho de satisfação com a vida...

Sobre o COB, ele é um setor a parte. A experiência começou ao se arrumar sozinha, me senti órfã das deliciosas conversas pré-atuação. E ai, diferente dos outros lugares em que se tem um corredorzão para renovar os jogos e a energia, lá tem gente para todo os lados dentro e fora dos quartos!

Segura o feminismo

DB em tópicos :/

* Atuação no 11º
* A atuação começa com o encontro de Kinhos na salina do Damuc, ele normalmente está lendo ou dormindo. Isso rola toda semana e essa rotina que criamos dá uma sensação de start bem antes de subir o nariz...
*A maior parte da atuação rolou com um paciente um tanto peculiar. Fomos atraídos para seu quarto ao ouvirmos ele lendo alguns trechos bíblicos. "Ah, ele deve sérum senhorzinho desses fofos,  religiosos". Conversa vai, conversa vem... descobrimos que ele tem uma penca de filhos, com mulheres de cidades diferentes. Ele gostou desse assunto e foi se aprofundando, quando eu me dei conta, ele estava praticamente explicando a Kinhos como fazer para ser um belo de um machista assediador. Chegou a me explicar que as mulheres "tem que ter medo da cobra" - e nos dias de hoje, não posso negar que isso é verdade. Respeito que ele é de outra geração, veio do interior, teve uma criação bem diferente da minha, mas confesso que foi bem difícil segurar minhas crenças e, de uma forma Judith, explicar que mulheres são fortes e sabem se defender se for preciso.
*Ao final, entramos no quarto de Dona Marinalva. Uma senhora linda, com uma família linda. Ela era cega, mas com certeza mais lúcida que eu e Kinhos juntos. Foi um banho de água fria no pré-conceito de que deficiências físicas tornam as pessoas um tanto incapazes.

Judith

O meu nariz


Hoje era dia de pediatria e esse setor é sempre um mistério. As experiências da galera parecem muitas vezes meio assustadoras e ai desde que a escala saiu (assim como da última vez) fiquei com aquela pulguinha atrás da orelha: como será que vai ser?

Eu tinha um compromisso marcado Às 19h, então teria que sair umas 17:30h, só para piorar nossa situação com o tempo, uma reunião que acabaria às 15h, terminou durando um pouco mais e só conseguimos subir lá pras 15:40h. A atuação terminou ficando espremida entre dois outros compromissos meus, e por mais que eu tenha um MCM absolutamente compreensivo, não consegui me libertar da culpa/agonia/pressa...

Fiquei com o tempo em mente e quando eu me dava conta, já tinha me atropelado nos encontros. Assim foi com Thales, um menino daqueles magrinhos de regata verde e olhos tão expressivos que mal me lembro do resto da sua fisionomia. Quando estávamos siando do quartinho, disse a Antenório que lá encontraríamos crianças. Thales foi a primeira delas. Ele olhava pra gente fixamente como quem estudo um fenômeno curioso, mas não mudava em anda sua expressão. Eu me precipitei e fui até ele. Propus que brincássemos com seus carrinho, mas para minha frustração ele nem reagiu. (Acho que quando o não vem de uma criança é amargo de verdade) Antenório me resgatou do amargor e brincamos com o carrinho da limpeza – eu ainda tentando chamar sua atenção de alguma forma...não rolou!

Deixei de lado e continuamos pelo setor. Talvez pelo tardar da hora, muitas portas estavam fechadas e boa parte dos encontros se deram num quarto com 4 mães e seus bebês (teríamos voltado ao alojamento conjunto? Hehe). Elas não negaram o contato, mas de alguma forma, no olhar ou no tom de voz eu sentia que elas minimizavam nossa presença ali. Kinhos se manteve jogando e eu fui na dele. Depois realizei que na verdade elas tavam sim abertas para o jogo, mas aquele jogo que diminui o palhaço, que nos coloca naquele lugar de errantes. Nada mais justo...

No úlitmo quarto que entramos, encontramos uma menina muito fofa! Rolaram jogos de adivinhação, música, sorrisos... Num dado momento, para minha surpresa, Thales reapareceu no colo da sua mãe pelo vidro do quarto. Ele e Kinhos ficaram se comunicando através do vidro – dedinhos, agachamentos – até que eu, mandei um belo de um PEN! Eu tava muito feliz que ele tinha vindo e abandonei a menina para ir ao seu encontro...mais uma vez me precipitei com ele: enquanto eles curtiam o vidro, sai do quarto para tocar de verdade nele, fazer uma surpresa. Ele tava tão encantado com Antenório, que de novo nem reagiu à minha presença.

Amarguei e simplesmente voltei pro quarto. Nessa volta, me deparei com a curiosidade inspiradora das crianças.. a menininha bem delicadamente me perguntou se poderia tocar no meu nariz!!! Por um momento fiquei em dúvida, será que ela podia? Bom aquele era o meu nariz, e ela só queria tocar nele... Fizemos uma troca, cada uma tocava no nariz da outra ao mesmo tempo. E ai, logo em seguida, ela soltou: “Não é de verdade...”. Eu falei que era o meu nariz e era sim de verdade, talvez tenha deixado ela meio em dúvida. Mas o mais especial foi entender que aquele nariz, que representa tanto e esconde o mínimo possível, era de fato parte de mim....

Judith

Um pesamento merda!





C.O.B - 26.0517

 Olá Db !

Minhaaa primeeiraaa atuação da vida no C.O.B , estava muito feliz e querendo iniciar logo. Nesse dia Zá estava com a gente, foi também a 1ª atuação do trio 💕
 Subimos a mascara, explode esse olhar e vamos nessa!
Nós estávamos cheias de bolsa e a intenção era ir primeiro na recepção guardá-las , mas os olhares do primeiro quarto nos convidavam para entrar. :D Então, chegando de viagem conhecemos as gestantes daquele quarto e logo vimos q uma estava com a toalha da GOL... ahhh essa adorava viajar mesmo !
Nesse quarto tinham mulheres que adoravam viajar, outras que eram rainhas, umas adoravam comer.... Nessa história ,  tinha uma engoliu a melancia inteiraaa. Então surgiu a pergunta por onde essa melancia gingante entrou ??  E as outras comidas , entram por onde?
Eram barrigas imensas e não sabíamos ao certo do que se tratava, então perguntávamos : Como tudo isso entrou aí ? E logo, elas caiam na gargalhada.
Tinha uma puérpera na última cama q estava um pouco por fora dos nossos jogos. Me aproximei, ela explicou que não podia sorrir. fiquei conversando com a majestosa e logo ela me pediu para ajudá-la a ir no banheiro. Durante o caminho, perguntei  se a rainha estava indo para o seu trono( gentxee , juro que escapuliuuu) , essa mulher parou do corredor começou a rir com a mão em baixo ventre e ao mesmo tempo expressar dor (segurei ela e fiquei suando frio, lembrei do quanto é terrível sentir isso e de uma situação semelhante que vivenciei quando puérpera). Ao chegar lá, perguntei o tinha levado a rainha a estar morando atualmente naquele castelo, ela me contou que era um tesouro.
Suzi : Que  notíciaaa boooooa ! Você tem um tesouro por aqui ? E onde ele está nesse momento?
Ela : Não sei.
Suzi : Como não sabe ?
 Ela : Não sei onde colocaram, devem ter jogado no mato.
Os olhos dessa mulher se encheram de lágrimas.
Suzi : Ahhh, mas existe algo legal nisso, esse tesouro vai florescer e dar frutos. A mãe natureza tá cuidando muito bem dele e de todos que chegaram por lá.
Dava pra perceber o esforço daquela mulher para tentar superar a perda, voltamos para o quarto caminhando em silêncio e a cada passo que a gente dava eu pensava nos ganhos q ela teve , em tudo que ela construiu durante a gestação e a vida que foi amada enquanto existia. Passos alternavam-se ,e ainda em silêncio , pensei o quanto seria difícil seguir em frente. Já que o nascimento e a morte estavam muito próximos na vida daquela mulher, tanto q a perda não era espantosa e sim uma dor.
Os braços daquela puérpera não iriam mais se abrir para receber uma vida que ela tanto esperou, mas era nítido que o seu coração estava acessível para amar.
O mais cruel era saber que estávamos chegando na porta do quarto e aquela mulher teria que voltar a esconder sua dor , se preparar para , talvez, presenciar vidas chegando, sorrisos transbordantes de alegria e diálogos constantes sobre ter um filho.

      Frida e Iolanda , estavam por lá quando voltamos. Só sei o assunto era fogoo 💥💥💥💥
Nos outros quartos tivemos o prazer de muitos jogos que deram certo. E outros , nem tanto assim...
enquanto estávamos em outro quarto o médico foi nos avisar que precisaríamos voltar lá , pois de tanto sorrir a bolsa de uma delas tinha estourado!!!!💖💖💖💖💖💖


  E foi assim , que descobrimos a relação do liq. amniotico com estar PERTO💗💙💓


Com  amor,

Suzi Tchutchu .


quinta-feira, 6 de julho de 2017

Promessa: vou parar de comer nas atuações

Querido DB,
quase que não chegava, mas cheguei. Quantos abraços dados, quantos encontros legais. Achei uma foto minha estampada numa bolsa, queria ela pra mim. Em troca, ganhei uma empada: e cometi o erro de tentar comê-la, só pra passar os próximos 5 minutos com a boca cheia de massa e sem capacidade de falar. Fica aí de ensinamento: preciso parar com o olho grande de querer comer em atuação.
OBS: pensar em anexar algo na pele pra reservar as comidas pro pós-atuação



Sinal Fraco

DB,
se a minha primeira atuação no COB foi uma das melhores, a segunda serve de um bom contraste. Primeiro, o cansaço: provas e mais provas. Muita gente na sala, Biazinha não trouxe o nariz, vamos pintar. A energia não subiu direito, mas vamos nos jogar. Saímos: o susto de ver tanta gente no corredor. Nunca tinha visto aquele COB tão cheio. O que fazemos? Vamos conversar com a primeira.
- Fila de espera pro bebê?
- Não tem mais bebê, acabei de perder.
E aí vem o vazio, a tristeza. O que a gente faz agora? Sentamos, conversamos, escutamos. Para mim, esse foi o único encontro verdadeiro do dia. Talvez tenha me desestabilizado, não sei. Só sei que depois não estava lá de verdade, apesar de ter tido alguns momentos legais (fazer penteados bonitos com gel de COB, descobrir que sou de Orobó e ver Elisa Todabrisa virar vampira).
Por fim, a reflexão: como estar presente acima de qualquer fim de período?

Polêmica: a nefro é, definitivamente, o melhor andar

Querido DB,
na briga pelo melhor homem de ferro, Caca ganhou com os seus novos olhos azuis - só pra descobrir logo depois que olhos azuis são traiçoeiros. Outra disputa em outro quarto: quem será o vereador com as melhores propostas? E ainda, qual a roupa que devemos usar para ser sexys sem ser vulgar? Conclusão: melhor mesmo é comer melancia e escutar tudo o que Dona Vera tem pra falar. 


Atuação em camêra rápida

DB,
essa foi a atuação mais rápida da vida - mas não posso dizer que não foi intensa. Eu e Caca nos arrumamos, cansadas no pós-prova, e nos jogamos no vazio do Alojamento Conjunto. Confesso que estava um pouco preocupada: nunca tinha atuado lá, e todos diziam que o lugar não é o andar mais fácil e legal. Talvez tenha ficado com isso, ou não tenhamos dado muita sorte mesmo, mas poucos estavam abertos para o jogo - e esses jogos tinham curtíssima duração. Mesmo as mães que tínhamos visto no COB, na semana passada, não estavam querendo muito os palhaços. O melhor encontro, porém, foi com as meninas da limpeza. Sinceramente, um dos poucos ensinamentos que tive nesse pouco tempo de atuação, é que o pessoal da limpeza nunca decepciona. Fizemos uma guerra, com direito a roubo de informação, e agentes disfarçados: rosa contra azul, e aí então era rosa contra arco íris, e então todos éramos do mesmo time. No fim, acredito que tivemos uma atuação legal, sem deixar a energia cair - durando o tempo exato que a atuação precisava durar.




O alojamento conjunto é cintilante.


O alojamento conjunto é cintilante. É um desses lugares em que o que reina é uma calmaria, uma tranquilidade. Bom, boa parte dos andares do HC são calmos, mas nenhum deles te bombardeia com essa paz que reluz arco-íris. é, não poderia ser diferente, é o milagre da vida multiplicado, naquele dia, por 33!

Judith e Antenório, quando aterrissaram no setor, prontamente foram embalados pelas vibes materno-paternas e se desfizeram de seus pertences (vulgo mochilas) como se fossem crias a serem cuidadas pelo pessoal da enfermagem. - um jogo besta mas que rendeu um elo com aquele balcão até o último minuto da atuação quando fomos busca-los de volta e estávamos atrasados (o horário tava limitado por conta da reunião às 17:30h)...levamos uma bela de uma bronca destinada a pais irresponsáveis.
Já se foi uma pág do DB e talvez o que eu mais quero compartilhar sobre esse dia é a minha relação com bebês! Não sei explicar o porque, mas miniaturas, por natureza, são encantadoras. E ai, como um subgrupo mais que especial temos os filhotes dos bichos, até mini-sapos, que vale ressaltar, são do tamanho de uma unha. Mas me arrisco a dizer que não tem nada tão hipnotizante quanto miniaturas humanas. Se você coloca um deles no braço, então, parece que qualquer sofrimento vai embora e tudo o que importa é medir cada movimento para estar no “ali e agora” e cuidar, principalmente, para que eles não caiam. E ai, para complementar essa viagem toda sobre os nenis, foi inevitável pensar que essa magia toda de alguma forma vai se dissipando e se transformando em algo menos transcendente que é a vida adulta. Lá no alojamento conjunto isso tudo se materializou como uma vontade enorme de apertar cada um deles. Com a ajuda de Kinhos, eu me controlei...
Bom, além disso tudo percebemos que muitas crianças tem nomes compostos hoje em dia; que a moeda de ouro que minha avó colocou no meu primeiro banho até agora não fez efeito; que quando há grávidas internada no AC é porque elas estão fazendo estágio para virar mamães; e que o banho de luz azul é um procedimento para virar super-herói [a própria mama mandou essa e foi um dos encontros mais incríveis do dia: ela mantinha o jogo, se divertia e de alguma forma sonhava com um filho que fizesse a diferença no mundo]

Enfim, um dia cheio de ressignificações que trouxeram, literalmente, um pouco mais de vida à minha vida.
Judith

Dançando coco e falando árabe

Querido DB,
essa atuação no Agamenon foi longa e cansativa, mas foi bem recompensadora. Irei me lembrar sempre de Seu Válter, cuja vida transborda coco de roda; da ACS que vai proteger a gente no Ibura e já mandou a foto pra todo mundo de lá; da senhora que me adotou como filha; e de tantos outros encontros... Também sempre vou lembrar a conversa de Rai em árabe comigo, que terminou em sugestão de menage à 3 e a mãe de Kinhos expulsando a gente da sala dos residentes.

Eu luto pela imuno

Querido DB,
foi uma atuação legal, mas estranha. Tiramos muitas fotos, o que vai ser bom pra divulgação do projeto, mas não deixaram a gente fazer muito mais do que isso. Tirando essa parte, foi um dia bem legal! Professora Almerinda é maravilhosa, e ficou super feliz de nos ter lá. E o momento de maior conexão: recolher os desejos de todos, colocar num balãozinho, e mandar tudo pro alto, pra bem pertinho de quem pode realizar tudo isso.
Meu desejo, claro, estava lá bem ao meu alcance. Estou feliz de ter realizado ele imediatamente.
OBS: lembrar de não comer em atuação. Sempre me engasgo

Vínculos (e máquinas de hemodiálise)


Melca não foi atuar com a gente de novo. Aparentemente ela não vai mais se manter no projeto, ficaremos eu e Kinhos. Só chegamos a atuar juntas 1 vez, mas vou sentir falta de ter ela semanalmente comigo (a faculdade tá tão corrida que a gente nem se vê sempre).
A tarde começou com uma bela conversa com Kinhos que durou desde o momento que nos encontramos até a hora de subir o nariz. Isso também rolou das outras vezes...felizmente, me parece que tá virando rotina. É muito bom saber o que tem acontecido com ele e também compartilhar um pouco de mim...entrar em sintonia antes de atuar. E mais uma vez atuamos na enfermaria de nefro, um setor que já tem todo um carinho da minha parte.
A tarde foi recheada de momentos muito especiais! Primeiro que na hemodiálise rolou toda uma vibe com as máquinas de hemodiálise. De uma certa forma foi um jogo que carregamos de paciente em paciente, mas a ideia que ficou foi que há uma relação de amor e ódio dos pacientes com aqueles robôs filtradores de sangue. Eles têm um compromisso, há uma troca, o procedimento é um tanto invasivo mas traz muitos benefícios (às vezes a própria vida!). É um vínculo muito forte, quase um casamento, e ressignificar essa relação para eles e para mim foi bem especial.
Além disso rolou um momento de reencontros (ou reencantos): nos reencantamos com Marisol, a maravilhosa da limpeza da primeira atuação desse ciclo e eu me reencantei com um paciente que havia conhecido na primeira atuação do ciclo passado. Ele não pareceu lembrar especificamente de mim, mas Marisol lembrava até do meu nome e foi muito legal fortalecer esse vínculo.
É interessante que “vínculo” representa um conceito muito especial dentro da área da saúde e dos cuidados, e acho que pecamos em não discutir sobre isso quanto palhaços. É massa atuar em setores diferentes toda semana, mas e para onde vai esse tal desse vínculo? Esses reencontros inesperados foram boas surpresas, mas e se eles pudessem ser um pouco mais esperados?


Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieto e agitado: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração...”
(O Pequeno Príncipe)


Judith

Igualzinho é relativo

Querido DB,
atuamos eu, Biazinha (a dupla deboísta) e Lua, uma agregada cheia de amor. Avisaram que seria melhor não entrar nesse quarto - uma paciente estava em estágio terminal, a família estava triste. Ainda assim, chegamos cautelosamente na porta, e achamos muita gente aberta ao jogo. Achamos até um Roberto Carlos igualzinho ao real que estava lá no setor, e também um jumentinho, e todos estavam nesse quarto. O abraço na filha da paciente terminal foi inesquecível, assim como todos os sorrisos daquele quarto. Uma oração com todo mundo do último quarto do corredor também foi de encher a alma.


PS: essa última foto foi a surpresa! Depois de chegar em casa, uma postagem no facebook pela filha da paciente pra deixar a gente com o coração quentinho

Prato Cheio

Querido DB,
esse dia foi incrível! Acho que pude sentir o pouco que meu trabalho pôde mudar nesse tempo de atuação, mas que ainda estou beeeeeem longe de estar perto de pronta. Achamos um jornal mágico: tinha foto dos pacientes, da gente, do prato de comida que a moça queria (inclusive, levamos um prato igualzinho ao da foto pra ela), e do nosso amor em caruaru. Além disso, ainda estou em busca da chave que abria aquele quarto em que ninguém podia entrar, mas uma senhora aberta ao jogo queria que a gente fosse. Pela primeira vez, senti um pouco a sensação de conectar um setor - e que o tráfico de drogas no HC é real.

PS: ainda no tópico comida, lembrar que mandaram a gente comer merda e a gente mandou de volta - palhaço também é reflexo.

A valsa dos adeuses (e um até logo)

Olá, DB
Hoje foi minha última atuação do ciclo. Oficialmente, minha última atuação como novinho. Passa um filmezinho na cabeça, não vou negar. Minha primeira atuação com Myn. Se jogar no vazio. Tudo tão diferente, mas tão igual. Um Aldo tão diferente, mas tão igual. Hoje, desafio que tanto encontrei nessas últimas atuações: MCM novo. Beatan, maravilhosa <3. Revisitar um setor que há tanto tempo foi um dos meus maiores desafios: o ambulatório da onco. É impressionante ver a diferença daquela atuação para a de hoje. Que diferença! Encontramos pessoas incríveis hoje. Dona Marina, com seu barco de papel. A senhora não tem barco? Por que se chama Marina? Só sei fazer barco se for de papel. Não seja por isso. Dona Marina voltou a ser criança fazendo seu barquinho de papel. Foi uma lindeza. Outro encontro inexplicável, com a senhora do desmantelo. Vocês são um desmantelo! Olha esse palhaço com uma meia de um tipo e outra do outro! Esse nariz é muito grande! Ah, mas os outros pacientes também são um desmantelo, não? Sim! Olha o desmantelo dela! Parece uma cantora de brega. E o casal do lado, que só fazia rir. Acho que me ocupo demais com as leituras e perco a coragem. Beatan, ao contrário, era pura coragem. Fizemos uma boa dupla, ainda que se desentendendo vez ou outra. Depois, entrar na sala de espera. Muita gente! Expande essa entrada, eu pensei. Expande, expande, aproveita o momento. Beatan vai com tudo. Eu ainda estava saboreando ali! Vou atrás dela. A criança rouba todo nosso foco. Palhaços de picadeiro? Mas não estamos sempre em picadeiros? No fim das contas, foram só delícias nessa última atuação. Os vários tropeços me fizeram lembrar que não é a última e, sobretudo, que palhaço pronto é palhaço morto!

Carnaclown, Bandeira e reflexões

Olá, DB!
Sobre o carnaclown, acho que a maior dificuldade foi atuar com tanta gente junta. Mais de mil palhaços no salão. Quaaase literalmente. Foi uma dificuldade cheia das suas delícias. Só a lembrança de Rai fazendo o rei leão já vale um carnaval. Ah, dançar as escadas cantando marchinhas é uma grande dificuldade. Enfim, esse DB vai ser meio diferente. Tem um poema de bandeira que acho que diz muito a respeito das maravilhas e dissabores de se descobrir palhaço, e que acho que cabe para o momento:

“Entre a turba grosseira e fútil
Um pierrot doloroso passa.
Veste-o uma túnica inconsútil
feita de sonho e de desgraça…
o seu delírio manso agrupa
atrás dele os maus e os basbaques.
Este o indigita, este outro apupa…
indiferente a tais ataques,
Nublaba a vista em pranto inútil,
Dolorosamente ele passa.
veste-o uma túnica inconsútil,
Feita de sonho e de desgraça…”

Eu_amo_atuações_poliglotas.jpg

Olá, DB!

Minha última atuação com as minhas MCMs foi, nada mais, nada menos, que na pediatria! Foi só saber que a atuação era lá que já me enchi de energia. Eu amo aquele lugar! Subimos a energia de um jeito tão gostoso, tão nosso. Sério, acho que foi a subida de energia mais maravilhosa que já tivemos. Vou sentir saudade de Pilé sarrando nas paredes, Cela se alongando, a gente se encarando. Terminamos o processo ao som de Shakira e saímos latiníssimos do quarto. Desenterrei meu espanhol e encontramos logo com um zelador que estava sem palavras. Foi muito engraçado! Hablas español? Yo vine de España! Tú, que hablas? E ele começou a falar uma língua esquisita de um português meio tronxo. Saímos e encontramos com uma criança que só falava a língua do hã. Falamos a língua do direito com ela. Direeeeito! Foi uma atuação bem poliglota, do jeito que eu amo. Depois encontramos com um bombeiro, que de bulldog e poodle, virou quase um desfile de “poxas” muito bem ditos. Seguimos com nossa amada sol (todas as zeladoras são Soll, não é verdade?), e tentamos juntar ela com um zelador. Eles super compraram o jogo e foi outra delícia. A atuação terminou com um olhar que resumiu tudo. Pense numa criança linda! Ele não conseguia sequer nos xingar. Xinga a gente! Tá! Vocês são muito engraçados!! E não tinha ninguém mais apropriado do que ele pra cumprir a missão de abrir a porta do quartinho. Pense numa missão secreta!

Enfermeiras da Nefro e onde habitam

Olá, DB!
Mequetrefe que sou, hoje vou forçar a memória pra lembrar um pouco da atuação da nefro. A impressão que me dá é que foi uma atuação difícil. E de fato, foi. Começou cheia de delícias, num dos quartos mais gostosos do ciclo. A gente entrou num pedido de foto, e Pilé, cheia de criatividade no pós-reciclagem, já ressignificou tudo! Não sei como, mas acabamos colocando os acompanhantes para chocarem ovos, serem gaviões e ciscarem que nem galinha. Coisas de atuação, né? Depois conhecemos uma história linda de um casal que se formou na hemodiálise. Eles se conheceram lá, po! Depois desse quarto, começamos a encontrar as dificuldades – mais especificamente Pilé, que viu tudo. Entramos na hemodiálise e, desde já, percebemos os pacientes fechados. Uma paciente ou outra interagia conosco, mas uma enfermeira chata ficava reclamando da “bagunça”. Uma paciente até comentou que ela era realmente muito chata. Foi bem incômodo. A energia de Pilé decaiu porque, segundo ela, essa enfermeira tinha se queixado da nossa presença para uma paciente, o que fez com a paciente se bloqueasse para o nosso trabalho. Foi bem triste. Na verdade, essa situação de pessoas fechadas voltou a se repetir em outro quarto, no qual Pilé já tinha tido um encontro não muito produtivo. No mais, tivemos muitos momentos UAU. Foi divertido brigar de estalar os dedos com um senhor no corredor (que, embora muito aberto para esse jogo, parecia aberto APENAS para esse jogo, sabe como é?). Viramos extraterrestres por um tempo. Ah, e não dá pra esquecer quando encontrei com uma colega de liga no corredor e – pasmem! – jogo me fez dar em cima dela! Hahaha quase morri de vergonha. Mas quem tá na chuva é pra se molhar, né?

Pediatria e duas lições

Então, DB, hoje vou me deter à análise de dois aspectos importantes da atuação. A atuação em questão foi só com Pilé, na pediatria.
Primeiro: como “se livrar” do paciente que exige demais? Uma criança em especial tornou essa atuação muito, muito, muito difícil. Foi logo um dos primeiros encontros. Ele estava aberto. Desenvolvemos um jogo legal com ele. Massa. Depois o menino começou a nos seguir no corredor, tirando fotos nossas o tempo todo. Fazíamos pose, tentávamos despistar. Era difícil saber se nos jogávamos totalmente no jogo com ele, se o ignorávamos e seguíamos nossa vida. Que difícil! Acho que soubemos conduzir bem, mas, em alguns momentos, parecia que não estávamos nem lá, nem cá, sabe? Não conseguíamos seguir sem ele, nem dar atenção a ele. Não sei bem se foi uma forma certa, se haveria uma maneira mais apropriada. Mas essa situação é sempre delicada. Acho que, no final, deu tudo certo (embora ele sempre voltasse).
Segundo: Cuida do MCM!!! Pilé, da metade pro final da atuação, ficou exausta! Ela estava realmente cansada e eu me culpo um pouco por ter demorado a perceber isso. Não sei ao certo o quanto demorei, mas quando a vi, ela estava com cara de ‘alerta vermelho’. Obrigado, Pilé, por ter segurado a energia tentando cuidar de mim! Eu sei que rolou e, assim que eu percebi teu cansaço, tentei dar um jeito de acabarmos logo. Ficar mais atento ao MCM: fica a recordação.

A igreja mais linda que eu já conheci


Eu, Kinhos e Melca não pudemos atuar essa semana e para eu não ficar sem atuação combinei de ir com Zá. Hoje foi feriado e tava batendo aquela preguiça, mas por outro lado eu tava muito animada para atuar com ela, uma mistura de curiosidade e vergonha de atuar com uma das minhas melhores amigas.

Enquanto nos trocávamos chegamos à conclusão de que passamos por um processo parecido com as atuações: antes de ir bate uma certa preguiça, a gente tem sempre tanta coisa para fazer que priorizar o projeto toda semana não é tão simples; ai enquanto estamos no quartinho dá um medo, a apreensão de quem não tem ideia do que vai acontecer depois que o nariz subir, como se fosse, mais uma vez, a primeira vez; durante a atuação é uma delícia <3; e quando tudo acaba, vem aquela exaustão realizadora de quem gosta do que faz.

Bom, o primeiro momento dessa atuação valeu pela tarde toda. Assim que a gente saiu da salinha um senhor tomou um belo de um susto. Ele era o acompanhante de uma paciente que estava internada e, no momento, ela tava com muita dor na barriga. A princípio nenhum dos dois parecia muito aberto para o jogo, mas de mansinho a gente entrou no quarto e convenceu a senhora de que tínhamos uma técnica muito mais poderosa do que remédios para curar a dor na barriga. Ela cedeu. Eu e Zá seguramos, cada uma, uma de suas mãos e pedimos que ela passasse a dor para a gente. Em seguida, falamos para ela fechar os olhos e pensar num lugar que ela gostaria de estar. Prontamente ela falou na igreja que frequenta. Pedimos que ela descrevesse o ambiente: as portas, as paredes, os móveis, as imagens, as pessoas, ela mesma e sua roupa. Fizemos, as três, uma viagem para aquele templo que trouxe paz inclusive para mim. E para fechar com chave de ouro, assim que terminamos nossa viagem, uma enfermeira chegou trazendo o remédio tão esperado.

Além desse momento massa, chegamos a conhecer uma suposta dona do hospital que até tentou conseguir um emprego para a gente trabalhar por ali, nos transformamos em insetos e dançamos Anita. Enfim, a tarde rendeu muitos momentos especiais para guardar na coleção e um alívio de ter ido até lá em pleno feriado.

Judith