quarta-feira, 29 de novembro de 2017

5 - COB é amor

Chegamos no COB e já encontramos vozes que nos faziam querer voltar atrás. “Muita gente aqui acha uma falta de respeito vocês virem com brincadeirinha numa hora de dor”. MAS PRECISO DIZER QUE: Atuar no COB foi massa!!!!!!!
Saber dosar e entender que a energia pode estar alta mesmo em movimentos mínimos foi essencial. Aquele lugar de alegria e tristeza (sim..... mulheres frustadas com o serviço prestado e aquelas que sofrem a perda do neném) me fez conhecer um novo modo de lidar com o outro. Foi preciso saber quando e como devemos interagir com o outro.

Nós conseguimos. E foi lindo.

domingo, 26 de novembro de 2017

Vai tomar no cú!

Db, pela segunda vez, fomos atuar na nefro. Dessa vez, estávamos apenas eu e Dani Longuistrada. Logo de cara, levamos um fora de uma enfermeira mau humorada, dizendo que ele teria muito trabalho durante a tarde e que nossa atuação iria acabar atrapalhando ela. Tivemos que esperar a enfermeira chefe chegar pra perguntarmos a ela se poderíamos atuar no setor e entrar na sala de hemodiálise, pois aquele mesma simpáticaaa enfermeira nos disse que estavam barrando a entrada das pessoas lá. Enfim, um tempinho esperando e pimba! Nossa atuação foi “liberada” e fomos nos arrumar ao som de Adelle J
Ao mergulharmos no setor, nos dirigimos a sala de hemodiálise, onde tivemos encontros muito agradáveis. Conversamos com irmão Wedson, que acabou me casando com Dani; reencontramos o senhor Vampiro, descobrimos o paradeiro de Emília do sítio do picapau... ganhamos autógrafo e tudo... Na realidade, beijógrafo. Interagimos com Dona Perpétua, Seu Pesadelo (um senhor da equipe de saúde muito massa que super jogou com a gente)e por fim kkkk quando lançamos um jogo com um senhor que estava no finzinho do corredor, levamos um baita “VAI TOMAR NO CÚ”! kkkk No momento, eu fiquei bem surpreso, mas nem um pouco triste. Muito pelo contrário... Aquela ordem emitida por Seu Paulo nos deu a possibilidade de jogar com as outras pessoas da sala sobre como se fazia pra tomar no cú. O melhor de tudo é que pudemos ver a mudança no “padrão” de risada das pessoas. De início, era um riso DE nós dois, de dois palhaços que tinham quebrado a cara e que não saberiam o que fazer, entretanto, ao fim, as risadas eram “conosco”, e desse erro, fizemos um belo paço de dança, pois os encontros que não fluíram tanto de início foram resgatados tão só e simplesmente pela curiosidade de dois palhaços que não sabiam como se fazia pra tomar no cú. Eu até tentei mas nem perto da minha bunda cheguei...
Acabou que ainda nessa procura sobre como cumprir a ordem de Seu Paulo, ao sair da sala de hemodiálise, encontramos a tão falado Dona Vera Lúcia, mas conhecida como Verusca Popovisck (pseudônimo). Teve música, dança, abraço e um beijo gostosoooo dessa senhora incrível, que mesmo diante da sua doença, emanava paz e sabedoria pra todos que passavam.
Pulando como cangurus, seguimos pelo corredor a fim de chegarmos na Austrália. Tivemos ainda encontros muito legais, principalmente em um quarto, onde só tinham mulheres. Conseguimos jogar e arrancar até um sorriso de uma senhora que estava prestes a dormir e acabou despertando diante das nossas conversas e explicações malucas para um roubo de uma aliança, que eu executei kkkk Quando estávamos reforçando ainda mais o vínculo, uma senhora do lado começou a chorar, pois ela tinha perdido a visão, acredito eu recentemente pelo problema que tinha levado ela ao hospital. Naquela hora, foi um banho de água fria em todos nós, até mesmo nas demais pacientes. Dani até interagiu com ela, tentou confortá-la, mas acabamos seguindo com um ahhh Xing ling ling. Não sei se foi a melhor saída, mas acho que ela precisava daquele momento e tivemos de reconhecer que o momento era de choro e dor.
Por fim, fomos atrás de um anel, no qual tinha uma chave pendurada, para irmos embora pra Joaquim Nabuco, interior onde estavam duas crianças lindas, filhos de um casal que encontramos ao fim da atuação. Como eles tinham chegado a pouco tempo no hospital, fomos em busca das crianças pra criarmos já que agora, graças a benção de irmão Wedson, nós éramos um casal. Resta saber se encontraremos ou não aqueles pimpolhos lindos... 

Eu, caixa de chocolate de mim - Plagiando Tadeu

DBzinhoo, tentarei parar de ser mequetrefee e postar você nos dias certinhos (#Raimelhor lindovisor hehe). A última atuação minha e de Sabris foi massaa! Atuamos na clínica médica. Nesse dia Sabris não conseguiu resgatar o seu nariz que estava com Ru Drigo, então atuamos com os narizes pintadinhoos. Foi diferente pq não tínhamos narizes para subir... Senti que demorou um pouco até minha energia aumentar, lembrei do que tony tinha falou sobre romantizar o nariz.. hahaha Mas minha energia chegou lá, com certeza com ajuda da melhor companheira do mundo! Nesse dia relembramos alguns momentos que tivemos com Rai lá, nos comunicamos só usando a língua e as sombrancelhas com uma senhorazinha de lá e conseguimos um bolinho de algodão e água destilada (Rai nos ensiouu)  para o marido de uma senhora muito simpática de lá. Ahh, esse tal marido era o senhorzinho mais fofo que já vi, demos muitos abraços de feliz aniversário! Nesse dia a gente também ganhou uma caixa de chocolates :o Deixamos guardadinho com uma das enfermeiras. Me senti como naquele dia de oficina... onde havia uma cadeira de chocolate nos fazendo dar cada vez mais energia (Tem uma frase que Tadeu falou que descreve muito a sanção e dizia mais ou menos assim: Eu, cadeira de chocolate de mim)!! hahahha Eu e minha MCM ficamos bastante felizes!! No final comemos nossos chocolates e ainda fortalecemos nossos laços com a enfermeira que tinha guardado eles p a gnt, dando um chocolate para ela. Esse dia foi delicioso dms! <3

Sr Jung

Oi, DB. Tou devendo te contar alguns momentos maravilhosos de atuação… Sorry por isso (RAI É O MELHOR LINDOVISOR kkkkk). Pois bem, vamos lá! Vou te falar hoje do dia em que eu e minha MCM (Sabris) atuamos na enfermaria de onco. Devo dizer que criei um pouco de expectativa para atuar lá, pois já tínhamos atuado no ambulatório, e foi uma experiência massa, apesar de ter me tocado bastante. Chegando lá na enfermaria eu e Sabris fomos para o quartinho das enfermeiras, nos trocamos, aquecemos e fomos direto encontrar os olhoraresinhos! Já no primeiro quarto fiquei muito feliz de conhecer um coreano que se chamava Jung, eu tou bem na vibe Psicologia Analítica <3 então achei uma coincidência incrível hahaha Porém, esse mesmo Jung que me deixou maravilhada com seu nome, disse que alí era o corredor da morte. Acho que nesses momentos quando a gente está atuando vem uma carga de realidade e te puxa para estar mais presente ainda... Seu Jung estava naquele tal corredor, o que falar depois de uma declaração dessas? Mas ele mesmo respondeu... Disse que jaja sairia de lá porque já estava ficando bom. Fiquei feliz em ouvir isso e foquei nesse sentimento. O próximo quarto foi muito maravilhoso, DB!!!! Lá tinha um senhor e seu filho como acompanhante. O senhor disse então que seu filho era dono de um CIRCOO!! Será que eu e Sabris finalmente conseguiríamos um emprego?? Ficamos empolgadas com essa possibilidade e gastamos um bom tempo batendo um papo com o filho que era dono do circo e seu pai. Duas pessoas maravilhosas de se conhecer. Porém, não nos deram o emprego... Só Sabris que acabou lucrando com um lacinho rosa de presente. Um dos quartos que mais me impressionaram naquele dia foi o de uma senhorazinha que estava em isolamento e já estava muuito fraquinha. Lembrei do que o Sr Jung tinha nos dito nesse momento... Mas mesmo assim ficamos mais um pouco ali na frente daquele quarto. Essa senhora estava com sua filha como acompanhante então conversamos um pouco com ela... No final demos um abraço apertado e seguimos, porque essa é nossa tarefa alí... A gente vem e vai...
Esse dia foi muito bonzinhoooo, quero maaais!!

Tomamos no cu!


Olá DBzitoooo!! Que lindo dia para se tomar no cu não é verdade? kkkkkk Pois foi isso mesmo que fizemos hoje com toda nossa elegância palhaçal! Já começamos o dia bem… a enfermeira da nefro, a bruxa keka, foi logo dizendo que não era um dia bom pra gente atuar porque ela tinha muitos procedimentos pra fazer com os pacientes e a gente ia atrapalhar. E disse mais… se quiséssemos atuar na hemodiálise tínhamos que pedir autorização pra outra enfermeira que não estava lá na hora. Ficamos lá com cara de cu esperando a enfermeira. Mas quando ela chegou foi bem mais simpática e liberou a nossa atuação. Hoje fomos só eu e teuscrush… logo no começo já viramos irmãos siameses, mas depois viramos marido e mulher… não tínhamos aliança pois o irmão edson (?) disse que o que importava era o amor. Encontramos Emília do sítio do pica-pau amarelo, pesadelo, e até vovó benta (que não quis revelar sua identidade secreta)… descobrimos que estávamos num grande restaurante e todas as pessoas estavam comendo comidas deliciosas…. fomos perguntar a um senhorzinho se ele já tinha feito seu pedido ao garçom mas eis que ele nos respondeu com o mais audível e claro: VÁ TOMAR NO CU. ME DEIXEM EM PAZ! Dani longuistrada ficou meio confusa na hora e acabou comemorando junto com teus crush esse momento tão especial! hahahaa “Eeeeita… ele mandou a gente tomar no cuu!!! Ebaaa… vamos tomar no cucu!!”. Mas nos deparamos com uma dúvida intrigante… teuscrush tentou, mas por limitações físicas não conseguiu tomar no seu próprio cu. Eis que fomos em busca de ajuda de todos do restaurante pra saber como fazíamos pra tomar no cu! As respostas foram as mais imprevisíveis hahaha Prosseguimos nossa jornada e nos encontramos com mais um bocado de gente… grata a surpresa de encontrar a tãããão famosa dona vera lúcia, que nos encantou com sua cantoria… desde fado até samba. Levamos conosco um beijógrafo dessa senhorinha maravilhosa. Virei de coelhinha a canguru. Fomos pinotando até a austrália e acabamos parando em marte. Encontramos no caminho uma odalisca, a dançarina do calipso dos cabelão, dona menina dos cabelos de neve que não quis cantar pra gente, seu menino que disse que tinha cabelo de bombril, as safadas que queriam roubar ernando de mim, o casal fofo que resolvemos roubar os filhos…. e assim por diante. Na hora de sair eis a nossa terceira tomada de cu do dia. Não achamos a chave do quartinho (que dissemos que era aliança que ernando tinha roubado pra me dar). Procuramos loucamente quem estava com a chave e ninguém estava com ela. Acabamos perdendo 90% da energia nessa busca. Estávamos presos do lado de fora. Até que depois de uns 15 minutos (ou mais) de desespero ernando teve a brilhante ideia de ir no quartinho e batemos na porta…. e eis que txanrammm! Tinha um ser lá dentroooo!! A moça deixou a gente entrar e a gente morreu de vez. Sim…fomos vencidos pelo cansaço. Parece que enfim aprendemos a tomar no cu e de lá não conseguimos sair kkkkk

Yeyyy!!! O trio tá de volta!!!


Hoje foi dia de atuar com a lindovisora maaar fofaaa das galáxias! Se bem que depois q sobe o nariz ela nem é tão fofa assim haahaha O trio estava completo e ainda com reforços! Foi incrível! Encontramos muitos pacientes, a equipe de enfermagem, a moça do carrinho da comida e ainda enchemos o bucho! Tivemos umas convesas bem safadas no quarto do povo de Jesus, quase fomos levados pela tempestade de vento de dona mãe natureza, quase arrumamos uns cortes de cabelo de grátis, quase tivemos uma aula de num sei o que da professora que tinha nome de alguma coisa do mar e que não quis nos ensinar foi nada, quase explodimos o tórax costurado de seu menino que não podia falar mas não fechava a matraca, quase roubamos o carrinho da comida, quase aprendemos a como fazer fezes pra nos redimir dos nossos pecados, e quase vimos uma imagem bem constrangedora de como fazer fezes! No fim ainda sofremos os efeitos do furacão de dona mãe natureza e terminamos a atuação no chão, com crises de riso, como a gente adora terminar! 

Uuui, velhinho na área!!


Ola DB! Hoje a atuação foi bem diferente... vidal não pôde ir e eu e teus crush atuamos com um velhinho! Ficamos bem nervosos pelo fato de atuar com alguém tããão experiente quanto daniboy... nossa ele é incrível. Uma energia que parece ser infinita e as sacadas dos melhores jogos. Eu e teuscrush acabamos nos acomodando um pouco com isso talvez e apesar dessa ter tido tudo pra ser uma atuação incrível, talvez não tenha sido tanto. Eu e teuscrush estavamos cansados, pra variar, e acabamos deixando a difícil tarefa de manter a energia lá em cima apenas com o daniboy. Ficamos mais quietos e pouco participativos. Mas mesmo assim foi um aprendizado incrível. Vimos que não precisamos manter a atuação inteira baseada num jogo que criamos no início, e se pararmos pra observar o momento, cada quarto pode nos abrir espaço pra um mundo novo de possibilidades de jogos. Aprendemos também que falar menos pode ser mais e que nosso corpo tem muito a falar mesmo quando nossas bocas não se movem. Tivemos muitos encontros gostosos com as puérperas e as famílias do AC. A maioria do pessoal foi mto receptivo e isso foi mto massa. Enfim, foi uma honra aprender com um velhinho. Volte sempre daniboy!

#7 B*TCHES, WE'RE BACK

Sexta-feira, 24 de novembro, Enf 11 Sul

oi sumido, rsrs. QUANTO TEMPO! Depois de 3 semanas sem atuar, I’M BACK BY POPULAR DEMAND! Dessa vez foi de novo na Clínica Médica, e essa enfermaria continua sendo uma das melhores pra atuar. Eu tava bem cansado e desanimado, com a sensação de que não sabia mais como era, mas foi maravilhoso! No segundo quarto fizemos a maior gritaria do universo, cheguei causando como um professor de dança espanhol e a mãe da paciente super entrou no jogo e logo as filhas também. Em outro quarto Anne tinha roubado minha voz, e foi a primeira vez que eu atuei sem pronunciar nada, e deu muito certo. Acabei matando ela com uma metralhadora hehehe. Ainda conseguimos atuar com algumas pacientes em isolamento, que eu já tinha falado que tinha dificuldade nesse aspecto, mas foi tudo tão orgânico e simples que o efeito foi muito especial. Conhecemos a rainha da Inglaterra Elegante (esqueci o nome dela mas realmente soava como Elegante kkkkkk). Ela ficou tão feliz com a visita da gente, tiramos até foto e tudo! Depois, dei uma de imigrante mexicano no próximo quarto, só que uma senhora ERA CUBANA, e eu ARRANHAVA MUITO MAL O ESPANHOL. Enfim, a carapuça não serviu bem, e logo fui desmascarado mas segue o baile. Ainda procuramos o céu (que estaria dois andares acima, virando à esquerda e depois pegando a 13ª à direita, e achávamos que tínhamos perdido o busão), mas descobrimos que o céu era ali, com o sol para derreter a lua de queijo. Ah, e no céu tem pão sim (morri)!

Enfim, foi espetacular, e Anne, você é a melhor MCM do mundo (aquela redundanciazinha). Não fique em silêncio nunca! Hahaha

sábado, 25 de novembro de 2017

AEHO CLÍNICA MÉDICA (talvez, minha memória é ruim)

(Insira aqui outra desculpa por ser mequetrefe). Oi oi DB!! Na atuação dessa semana minha MCM está de volta, AE LORI. Sobreviveu à prova, uhul. Nossa atuação foi lá no andar de Clínica Médica. Ru Drigo pegou meu nariz semana passada, e como não consegui pegar de volta, nossa atuação foi com OS NARIZES PINTADINHOS (assim que conseguir passar pro computador venho atualizar aqui com uma foto nossa). O aquecimento dessa vez foi bem cult, com umas músicas francesas (a gente realmente tem que lembrar de trazer música) e seguimos pra atuação. Passamos em vários quartos, em um dos primeiros as moças já nos ensinaram como sobreviver aos vampiros que passavam de branco e tiravam sangue do pessoal! Seguimos andando, passando à frente os conhecimentos, e conhecemos várias pessoas legais. Um senhorzinho, em especial, estava fazendo aniversário no dia! Arrumamos um bolo, cantamos um animado parabéns e ele gostou muito. Aprendemos a fazer massagem de um jeito legal. Já disse que ganhamos chocolate também? Uma mulher estava dando alguns lá, nos parou e disse "estou dando isso aos médicos, mas vocês que são responsáveis por trazer alegria no dia-a-dia também" - ps. dividimos o chocolate com uma enfermeira-. Lembrei também daquilo que Gentileza disse nas oficinas, sobre estar atuando e encontrar pessoas conhecidas no corredor... Bateu um leve desespero quando esbarrei com um grupo de pessoas que conhecia, mas ficou tudo bem haha Foi uma manhã muito legal!! Baixou a energia, seguimos eu e Lori para nos trocar. Dissemos até logo às nossas palhacinhas, tiramos a máscara e corri pra faculdade a a aa

Ah, o COB...

(Insira aqui uma desculpa por ser mequetrefe). Oi DB!! A atuação dessa semana foi diferente... Começando que assim que saíram os locais de atuação eu chega gelei: O TEMIDO COB! Só lembrei de todas as reclamações do COB durante a reciclagem... Mas aí vem Rai, que ama o lugar, e diz que vai atuar com a gente. SHOW! Chegou o dia e, infelizmente, minha MCM não conseguiu ir (malditas provas). Fomos eu e Rai, então, caminhando para a mort.. digo, COB. Até roupinha P tinha nesse dia. Fomos nos trocar e subir a máscara em um corredor do outro lado, o que fez com que algumas pessoas acompanhassem nossa dança louca (experiência nova). Elephant Gun, e... Samara Soprano. A atuação dessa vez foi incrível, não estava mais tão intimidada pela presença de Rai. Logo no começo já tivemos a oportunidade de conhecer esterzinha, que nem tinha nascido ainda, mas já trazia uma alegria enorme pra sua família. A partir dali saímos passando nos quartos: rolou show gospel, rolou ensaio fotográfico, rolou beijinho na testa, mulher em trabalho de parto, enfermeira fantasma (sumindo com as pessoas), escalamento de parede... Dona Maria disse que a gente podia visitar ela na casa dela, enquanto a outra dona Maria era deixada por seu eterno amor, Fábio. Fábio, bobinho, nem pra segurar a mão de Maria... Ainda conheci Bah, amiga distante do meu companheiro Luigi. Quando a energia foi baixando, era hora de ir embora. Dessa vez foi bem difícil baixar a máscara, ENTENDI PORQUE RAI AMA O COB. Lavei a maquiagem (com sabão legal), e me despedi do COB com um “até logo”. Que dia, Db, que dia...

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

COB FALADO




COB COB COB COB,

Todo mundo fala do pobi! Misericórdia! Tava com um pouquinho de medo mas tudo bem, vamo lá. Eu e Alice trocamos de roupa, vestimos o pijaminha confortável rsrsrs e... ganhamos um balde d´água fria logo na entrada:
Estávamos de costas
- Vcs são residentes?
A gente vira o rosto
- Ave Maria, palhaço! Acho isso uma falta de respeito com a dor do outro! Pediatria tudo bem, mas as mulheres sofrendo aqui?! Devia ser proíbido.
Cara de bosta... Caladas... Com um risinho dolorido no cantinho da boca...
Entramos com os dois pés atrás. Parecia que estávamos entrando num tribunal em que éramos culpadas.
Com muita cautela e praticamente na base de olhares fomos conseguindo interações. Poucas, verdade, mas conseguimos (êeeeeeee!). Aceitamos o momento de dor de muitas, que por vezes até o olhar eu evitava passar, por empatia mesmo. E conseguimos pequenos, médios e grandes encontros! Grandes por ter passado mais tempo interagindo e grandes por ter ganhado um olhar atencioso de alguém que primeiro menosprezou. 
Fico feliz e satisfeita em poder levar essa figura de uma palhaça cautelosa, desmitificada, não babaquizada. O COB é massa.

Núcleo do dia: Apaguem as luzes que Luiz quer dormirrrrr!



OBS: ALICE FOI UMA ÁRVORE DE NATAL LINDA E MEIGA E MARAVILHOSA E MELHOR COMPANHEIRA DO MUNDO!



domingo, 19 de novembro de 2017

Revisitando a ENF 7 SUL

Grande DB, tava meio nervoso a voltar às atuações, já fazia mó tempão que eu e Mocinho não atuávamos e por isso estava bem nervoso. Sem falar que a nossa última atuação tinha sido na pediatria, onde a dinâmica é bem diferente e os jogos e os encontros são bem mais "fáceis" e duradouros. Eita que medinho bom antes de atuar. Foi massa. Nos arrumamos ao som de Kelly Kye (não sei se escreve assim) e seu clássico Baba Baby, e também aos embalos contagiantes de Diego e a RAGATANGA. (PAN! porta do dormitório se abriu... e agora? O que fazer?
Da última vez que tivemos nesse setor estávamos "auxilíados" pela ilustríssima Martinha e tinham bem menos pacientes. dessa vez todos o quartos estavam ocupados e sentimos o dever moral de dar uma passadinha em todos, mesmo que só para dar um tchauzinho. Que atuação topzera. Muitos pacientes agradecem-nos por tá ali trocando umas palavrinha naquele momento de tanta dor, mas esse projeto também faz o mesmo por nós: aprendizes de palhaços. Depois de aulas tão desestimulantes dentro de um período horrível como o M3, entrar no hospital e subir a mascara nariz é de um poder terapêutico importantíssimo para quem tá atuando e para que ta transitando no hospital.
Conhecemos um senhor que se dizia o irmão perdido de Eduardo Campos, e sua acompanhante que não parava de rir da nossa cara (pedimos a ela para ser palhaço com a gente, mas ela não quis :( ). Conhecemos uma senhorinha que era muito semelhante a rainha da Inglaterra, e negou até o final que era, até consentir que tinha sido desmascarada e nos concedeu  títulos de nobreza... hehehe tamo virando importante. Encontramos um rapaz que era dono de uma companhia de ônibus, de viagens aéreas e agiota (acho que de verdade ele só era a última coisa, pelo que ele deixou a entender kkkk). Nos esbarramos com uma senhorinha que dispensa comentários (segue fotos abaixo) aaaaaa, um amor de pessoa, já chegou dançando tango com a gente. E por último foi um prazer encontrar com minha esposa, dona Constantina, que nos recebeu com grande amor, digno de um marido que volta do front com os olhos marejados. KKKKK brincadeira, ela desceu a sarrafo em mim e reclamou da minha ausência (de uma mês) e disse que nosso filho já tinha nascido e já tava solto no mundo... Que emoção que deu (e a sensação do quanto a nossa antiga passada naquele quarto foi importante) quando ela lembrou do meu nome, e inclusive botou como nome do nosso filho. fiquei muito espantado dela ter ficado esse tempo todo no hospital, mas muito alegre em saber que esse sábado (18/11) ela recebeu alta. Infelizmente não pude visitá-la :(

Até a próxima atuação.




Entre pecados e fezes!

     Db, há muito tempo esperava por essa atuação na oncologia. De início, eu estava muito nervoso, pois seria nossa primeira atuação com biazinha, e logo passou pela minha cabeça o medo de fazer alguma merda na frente dela kkkk doce engano. Foi talvez a melhor atuação até hoje. E ainda bem que aprendi que EU POSSO RIR, pois foi o que mais fiz kkkk Atuar novamente com minhas duas MCMs e biazinha me fez enxergar um novo leque de possibilidades frente ao setor. Os nossos jogos deram muito certooo e conseguimos de alguma forma unir a grande maioria dos quartos da enfermaria.
     Ao fim dessa atuação, me sinto bem mais confiante e certo de que devemos nos arriscar sempre para não cairmos nas muletas. De fato, fica difícil eu numerar e destrinchar sobre os sabores de ontem (sim, só sabores), mas não posso deixar de mencionar uma de nossas descobertas em um quarto com a mãe natureza: Para ter-se o perdão dos pecados, devemos fazer fezes. Até pedimos ajuda aos profissionais do setor mas sem sucesso. Ainda assim, biazinha fez dentro de um quarto, na frente dos pacientes kkk que horror... Ainda bem que Dani limpou antes que fossemos expulsos de lá.
     Ainda teve ensinamentos com nossa Tia ITIARA Cavalo Marinho; um role no são de beleza de Dona Tá Bem e Dona Fera;  o roubo do roubador de voz (perdi minha voz e ganhei a voz do cachorrinho de uma paciente) e uma aula de sensualidade com Dani Longuistrada hahah.
     
Também queria também ressaltar a participação dos profissionais de saúde, que super compraram nossos jogos e nos encontraram diversas vezes no setor. Mal posso esperar pelo nosso próximo encontro, MCMs; e sua maravilhosa visita, melhor lindovisoraaa! <3  

E não é que o COB não é tão ruim?

Começo logo dizendo que eu estava com a expectativa zero quando soube que atuaria novamente no COB. A nossa outra atuação lá tinha sido terrível, eu tinha pisado na bola dezena de vezes e o clima estava super pesado. Contudo, assim que começamos a atuar dessa vez, notei que tinha algo diferente. O clima dessa vez estava muito melhor e, todos que estavam presentes no centro, estavam muito participativos. Brincamos com todo mundo, pulamos fogueira, fizemos amigos, conhecemos uma moça com 17 filhos entre tantas outras coisas.
Sim, nunca devemos nos preocupar de antecipação, cada dia é um dia diferente.

sábado, 18 de novembro de 2017

Hora de ficar sério

Não posso mentir, estava morrendo de medo para atuar novamente no COB.
Mas como ninguém passa no mesmo rio duas vezes, me joguei no escuro. Melhor escolha do dia.
Não posso dizer tudo o quanto foi fantástico, mas posso listar os ganhos:
- Tchau muletas
- Sentir (realmente) estar no aqui-agora
- Subversão
- Brincar de ser
- Estar com o outro
 E como consequência dessa conquista, veio risadas, olhares e a tão desejada frase: "Só vocês para me fazer rir a essa hora." e isso valeu muito mais por saber a história por trás dessa frase.
Spoiler do dia: Depois que a mãe disse essa frase, não tinha como resistir né: "Ahhhhhh, então é hora de ficar sério? Então tá! Valendo!" E a brincadeira de ficar sério começou entre dois palhaços e uma recém-mamãe (claro que ela perdeu logo no primeiro segundo).
Não pensei que diria, mas: Quero mais COB!

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Rosas ou margaridas?

10/11/17 - CLÍNICA MÉDICA

Houve encontros e desencontros, conhecemos pessoas como Hulk, lindas senhoras e um belo cartão de despedidas de um quarto. No entanto, posso resumir como o dia que valeu por uma simples conversa de Severino Pangaré e sua maneira de confortar uma pessoa tão naturalmente. Saímos com uma boa dívida de algumas rosas e esperamos pagá-la.

Quebradores de correntes


Nessa atuação, expectativa e realidade dos setores foram coisas bem distintas. Após ouvir muitas opiniões sobre setores, vi que uma experiência pode ser muito diferente em cenários diferentes e para pessoas diferentes.  Foi uma das melhores atuações para o menino magreleto catarrito, que estava vestido com uma roupa de bloco que cabiam dois dele, coitado...
Foi um misto de boa aceitação dos funcionários com um desafio de interagir com pacientes e acompanhantes. A sintonia entre o trio estava boa e, até em alguns deslizes, conseguimos nos manter no jogo de maneira legal, mesmo quando tivemos que lidar com a perda de um bebê.
As funcionárias direcionaram um dos nossos MCM's a psiquiatria e nos ajudaram com o seu problema, um grande gesto de assistência a um pobre palhaço. Com isso, nós pudemos quebrar as correntes de tristes estudantes de medicina que estavam sendo escravizadas até às 19h por um médica muito legal, que no final decidiu não nos escravizar (obrigado, dona médica!).


COB, 01.11.2017

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

11

Lista de casos acontecidos:

- banheiro dos funcionários
-calor da gota
-fica mudo
-acena
-hulk
-medo da morta
-calma, rosas vermelhas, margaridas pra você.
- paciente peidão
-moça qual seu nome?
-bainhero dos funcionários
-calor da gota

-thcau.
COB.
                Vou me ater a uma cena. Uma cena muito especial e antagônica. Em um dos quartos que visitamos no dia do COB, talvez o terceiro ou quarto, havia algo muito diferente, havia um clima muito duvidoso. Isso porque, não dava pra ter certeza se era alegra ou triste. Se era frio ou quente aquele momento. Mas entramos na dúvida mesmo. Optamos por começar nosso jogo com a paciente da direita. EITA QUE ALEGRIA! Como é o nome do bebê? E esse pai com cara de fome? Gestos, palhaçada, tropeços, Houve muita risada. Foi massa!  

Voltamos o olhar para a segunda paciente.

PERDI MEU BEBÊ.

PERDI O PALHAÇO.
Doce, musica e vergonha.
                Nessa atuação só havia dois palhaços. Severino e thomzino. Entramos no setor, 10 andar, enfermaria. Nos preparamos em uma sala muito iluminada, havia uma linda vista pelas grandes janelas dessa sala. Estávamos animados, empolgados para atuar. Por instantes me senti pronto. Pena que palhaço pronto não existe. Pena que não é assim tão fácil.
                Os primeiros quartos que entramos, foram fantásticos. Houveram momentos que os palhaços fizeram rir. Houveram momentos felizes. No primeiro quarto fizemos um número musical dançado, imaginamos uma festa de roça, uma quadrilha, um teatro. No segundo quarto, ensaiamos entradas, entramos alegres, saímos felizes. Além disso, brincamos com algumas acompanhantes e funcionários na entrada do setor. Nesse momento, havia uma moça que estava vendendo doces. Foi massa!
                Mas, nem tudo é rizo... o nariz vermelho não foi feito para a graça. O nariz vermelho é um sinal de encontro. Uma pequena luz acesa dos atos verdadeiros. Pois bem, encontramos muito silencio sob a moça que estava sentada no corredor. Houve muita dureza no não que recebemos de uma das acompanhantes de um dos quartos. Eita, nesses momentos até pensei na moça dos doce e em como cairia bem um dos seus doces. E pensar que achei que estava pronto momentos atrás.


PALHAÇO PRONTO É PALHAÇO MORTO.

sábado, 11 de novembro de 2017

Dois lados da mesma moeda

Duas palavras sobre a última atuação: Sabores e Dessabores. Nunca foram vividos tão nitidamente.

O dia em que a gente quase não atuou

Hoje a gente tinha tudo para não atuar, viu, DB? Mas, enfim, conseguimos e foi maravilhoso!

Nossa atuação seria na Onco, no 11° norte, nos encontramos, eu, Carlinha e Duda e subimos até lá. Chegamos e o clima já no corredor estava bem pesado, com muita gente chorando na frente da porta de um dos quartos. Fomos, então, falar com a enfermeira e ela disse que achava melhor que não atuássemos naquele momento e que voltássemos outro dia, porque tinha uma paciente terminal já bem debilitada e aquele era o momento de despedida de sua família.

Ou seja, fomos barradas na Onco ):

Por uma situação completamente plausível, é claro, que entendemos e respeitamos. Mas a gente queria tanto atuar! Eu pelo menos queria muito, tinha saído de casa só pra isso (e nem por isso que eu queria tanto, era aquela vontade de brilhar o olhar, encontrar e me renovar, porque eu tava precisando disso).

Fomos atrás da escala da semana, para ver se tinha mais alguma dupla atuando hoje e também do pessoal da coordenação, para ver se tinha a possibilidade da gente ir atuar em outro setor. Vimos que Lari e Shica estavam escaladas para ir pro COB, mas descobrimos que elas não iriam porque Lari não podia. Então, liguei para Vitor e pedi para irmos para lá, com Shica, ele nos deu o OK (obg, migo (: ), esperamos que Shica chegasse e quando ela chegou, subimos.

Chegando no COB, fomos animadas pedir a roupinha de bloco e a aí veio o banho de água fria:

- NÃO TEM ROUPA PARA AS QUATRO!

É, tava difícil pra gente hoje, DB!

Tentamos insistir e ela nos deu duas roupas e disse para gente perguntar à enfermagem lá dentro se poderíamos entrar com apenas a blusa do bloco, que ela nos daria.   
Carlinha entrou para conversar com alguém da equipe e cada segundo de espera foi uma aflição, mas ela voltou para dizer que estávamos autorizadas.

FINALMENTE UMA NOTÍCIA BOA, OBRIGADA!

Entramos e nos arrumamos rapidinho, já que tínhamos perdido bastante tempo com toda nossa saga para conseguir atuar e contamos com a presença ilustre de Tatá <3 que apareceu no vestiário, enquanto nos arrumávamos e nos deu aquele abraço pré-atuação que foi maravilhoso para se sentir acolhida depois de tanto NÃO que recebemos até ali (obg, Tatá!).

A atuação foi bem rapidinha, mas foi maravilhosa! <3

Destaque para o momento em que Carlinha perguntou para uma mulher o porquê dela estar ali e ela disse que tinha tido um feto morto e tinha feito cesárea para retirá-lo. Todo mundo ficou em silêncio sem saber o que fazer ou o que falar. Fiquei feliz de ter tomado a iniciativa para mudar de assunto para tentar quebrar a tensão, porque sinto que na maior parte das vezes espero muito a iniciativa das minhas MCMs , espero que elas tomem a frente e se arrisquem, enquanto eu só compro o jogo delas, sem talvez propor tanto.

Outro destaquezinho vai para a moça que disse, quando entramos no quarto, que seu sorriso era para esconder a sua tristeza. Vê-la no final do nosso encontro com os olhinhos mais brilhantes e menos triste, depois da nossa visita, foi lindo!

Sempre me surpreendo com o como a gente transforma o setor (senti muito isso nessa e na primeira atuação no COB, talvez porque eu ache que esse setor precise muito, de muito cuidado), principalmente quando vejo o quanto a gente é importante ali, de certo modo e o quanto a gente é capaz de fazer com tão pouco.

Percebo que no fim, apenas vale a pena e que vale muito a pena!


Grata por hoje, DB, apenas, muito grata por esse dia.

Registro de hoje para provar que foi difícil, mas conseguimos!

Cirurgia, Cirurgia, mude seu corpo com cirurgia!

Saladino e Helga desenrolaram umas mascaras maneiras e umas seringas com agulha invisível e saíram correndo pelos corredores oferecendo procedimentos cirúrgicos para a maioria dos pacientes. Infelizmente, a grande maioria se recusava a receber tal procedimento e preferiam uma injeçãozinha de amor e felicidade. Ah, também viramos nutricionistas e passamos dietas ricas em hamburguer e milk-shake para todos os paciente hehehe. Em geral foi um dia bom, não sei dizer muito bem, mas também achei um pouco difícil. Notei os pacientes meio fechados, porém, os que conseguimos atingir, foram ótimos!

Com agulha, faca e mascará na mão...

Tínhamos tudo para fazer um procedimento perfeito: máscara, uma um tubo de agulha e uma faca emprestada de uma senhora que comia maça. Mas isso não foi suficiente para o setor. Injetamos amor, fé, fizemos nosso melhor para dançar balé, além de contratarmos um assistente: o maqueiro Bruno da perda quebrada. Não rolou. Mesmo assim recebi uns abraços apertados, e isso foi tudo.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Manda uma pizza, aqui pro 11° sul, por favor!

DB, hoje vamos em tópicos, porque fui mequetrefe, esqueci e deixei pra escrever muito tempo depois da atuação, mas precisava registrar aqui alguns momentinhos, porque a atuação de hoje foi especial:

- Eu tava ansiosa para atuar com Lua e Safifi (que bom que esse dia chegou!)
- Minhas lindovisoras são lindas MESMO
- Minhas MCMs são as melhores mesmo e Carlinha fez MUITA falta
- Aquecimento com Academia e muita conversa
- “Suzi Txutxu ou Luana?” (maior dúvida do setor haha)
- De quem é esse sapatinho?
- Cadê a princesa?
- Cadê o príncipe?
- Hoje, Magnólia desencalha, tenho fé
- Magnólia enganou todo mundo, não tava encalhada e ninguém sabia
- PEEEN: senhorzinho pedindo strip-tease como se fosse nada de mais
- PEEEN: Magnólia apenas “sorri e acena, sorri e acena...”
- PEEEN: Minha MCM tá com tanta energia, ela quer tanto mais um quarto, que só vamos (Ops, só que não) – precisamos melhorar essa comunicação, MCM kkk

- Suzi pedindo comida antes de irmos embora, para encerrar o dia com chave de ouro

Crianças são como palhaços

Eu juro que tentei não criar expectativas e não estigmatizar nenhum setor, antes de conhecê-lo. Lembro que eu inclusive escrevi um lembrete sobre isso para não esquecer depois que me surpreendi com aquela atuação maravilhosa no COB. Mas talvez não tenha funcionado, DB, porque, no fundo, quando eu vi meu nome do lado de “Enf 6 sul (pediatria) ”, eu não curti. Confesso que eu não conseguia parar de me lembrar de Biazinha me contando da primeira atuação dela na pediatria, em um tempo em que ela era novinha (e que eu ainda jurava que nunca entraria no projeto) e de como aquele dia tinha sido horrível para ela. Lembro que na época eu tinha achado péssimo, mesmo sem entender ao certo o que ela estava sentindo, por não me imaginar naquela situação, mas agora compartilho do mesmo sentimento da minha amiga, pois a atuação de hoje foi na pediatria e a primeira coisa que pensei quando saí foi que tinha sido mesmo horrível. No fundo, acho que eu sabia que esse dia ia chegar, mas queria que tivesse sido mais adiado, se eu pudesse escolher, não vou mentir.

Eu e Duda nos aquecemos ao som de Novos Baianos hoje: “Besta é tu” foi a música que tocou enquanto nos alongávamos, já anunciando o mal presságio (que inocentemente ignoramos) de que seríamos feitas de besta naquela tarde. E fomos, como nunca antes.

Saí com a sensação de que aquela atuação que eu não tinha gostado no 7° sul me parecia maravilhosa agora, quando eu comparava com essa. Saudades daquele povo que nos mandava ser engraçadas e fazer palhaçadas, porque aquilo tinha sido difícil, tinha sido ruim, mas não tanto quanto lidar com criancinha do mal. Pelo menos lá no 7° não tinha ninguém que me batia, me empurrava, me dava bolada e puxava meu nariz (não sei se na hora me doeu mais o fato de perder o nariz ou o elástico batendo na cara ou a raiva que eu tive do menino na hora, não sei mesmo).

Sempre achei que lidar com crianças era algo difícil, mas depois de meses na Brinquedoteca do HC, eu achei que tinha aprendido alguma coisa e me livrado de alguns preconceitos que eu tinha com elas. Depois de atuar no HR, no dia das crianças, eu achava que tinha mais certeza, pois lembro, DB, que te contei o quanto tinha me encantado, me surpreendido positivamente com as crianças e o quanto tinha sido muito melhor do que eu esperava.

Mas hoje foi tudo por água a baixo, DB, por isso que acho que inconscientemente, criei expectativas para essa atuação. No fim, achei que foi muito desgastante física e emocionalmente, e não daquele jeito que me fazia sentir renovada, porque no fim de tudo eu só me sentia destruída e esgotada, por causa do cansaço mesmo e também de todos os jogos que pareciam não entrar de jeito nenhum.

Percebi que as crianças exigem muito mais da gente, é preciso mais paciência, mais jogos, mais disposição, mais dedicação, mais presença, mais TUDO da gente.

Não sei era o dia, se era eu que não tava nos meus 100%, se era o setor que não estava muito receptivo, só sei que não rolou, as coisas não fluíram como a gente queria, me vi muitas vezes perdida, sem saber muito como lidar, como reagir, como atuar... pensando muito e vivenciando e desfrutando pouco.

Saí de lá bem mal e confesso que não conseguir parar de pensar no menininho que perseguiu a gente a tarde toda, perturbando, atrapalhando, batendo, o que me deu logo um abuso e que me fez não gostar tanto dessa atuação.

Mas depois que a raiva passou, fiquei pensando se no fundo, ele não era só como a gente, ali naquele setor. A gente só queria ganhar um pouquinho de atenção. E ele também. A gente só queria brincar com alguém que comprasse nosso jogo. E ele também. A gente só queria ser amada e receber um tantinho de carinho. E ele também.

Acho que por isso ele nos perseguia.

Acho que no fim das contas, ele só queria muito o mesmo que a gente. Mas nenhum de nós cedeu um pouco, nenhum de nós disse sim para ideia do outro, não nos abrimos, nem nos permitimos. Nem nós, nem ele. Por isso esse sentimento de que não foi, de que não deu.

Precisamos melhorar isso para a próxima atuação, DB, principalmente lá na pediatria (que eu espero que demore para me reencontrar, mas que o encontro seja mais gostoso da próxima vez).

Do gospel ao brega

Olaresss, DEBÊ!!! Hoje o registro por aqui será bem musical. Vou colocar alguns momentos marcantes nessa atuação (10/11/2017) e suas respectivas musiquinhas (as que eu lembrar hehe).

1º: SUBINDO A ENERGIA: eu e Lana fizemos uma performance incrível ao som de "Umbrella" (https://www.youtube.com/watch?v=CvBfHwUxHIk) para nos aquecer e subir a energia para a atuação.  Porque nem só de sarrada no ar vive o homem, né mesmo?

2º: Uma paciente + duas acompanhantes cantaram para nós alguma música gospel que mexeu muito com meu coraçãozinho (não consegui segurar o choro, fui junto). Não sou uma pessoa religiosa, mas ver o vínculo delas com o espiritual me tocou profundamente. Além disso, uma das três cantava com a alma, passava tanta força no seu canto... Chorei mais um tiquin com isso, rs. Eu só não conheço a música. :\

3º: Já estávamos indo embora quando Lana viu um homem passando com o celular no ouvido e ela falou "Alô". Na hora, só veio essa música na cabeça (https://www.youtube.com/watch?v=8Cq4Eh1FRec) e começou o seguinte diálogo entre eu e o moço:

Mica: Oi, amor. Tudo bem contigo?
Moço: Tudo bem.
Mica: Só liguei pra perguntar se foi divertido.
Moço: Divertido?
Mica: Me trair.
Moço: Te trair, amor? Eu nunca te traí!

Fui no céu e voltei por ele ter comprado esse jogo. HAHAHhaAHAHAhahaha

Com amor,
Leonina Virgulina.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Bora pra São Vicente Ferrer!

Db, hoje atuamos eu, Carol e Daniboy no alojamento conjunto. A atuação foi muito tranqüila. Propomos jogos muito legais e não só os pacientes, mas também os profissionais de saúde estavam super abertos e foram muito receptivos com a gente. Gostei muito de atuar com Daniboy. Fiquei super à vontade, aprendi com ele coisas que irei levar pra as minhas próximas atuações.
Achei muito incrível as diversas situações em que ele foi contra a lógica, fazendo-me lembrar que, apesar da técnica, nós não podemos perder a ternura e que somos improvisadores. Então, antes de se preocupar com a próxima jogada, devemos aproveitar os caminhos que o presente nos tem a oferecer. Se eu disser que me arrisquei como sempre me arrisco, estaria mentindo. Mais pelo cansaço do que por qualquer outra coisa. Acho que acabei me acomodando e perdendo muitas sacadas que poderiam se tornar jogos incríveis. Mas acontece. Atuação boa é atuação feita. A próxima será melhor. De mensagem pra casa, fica o contínuo exercício de corpo em trabalho, até porque minha energia não é uma bolsa de valores como Gentis falou kkk e palhaço pronto é palhaço morto.
Sobre os encontros de hoje, pude encontrar duas mulheres com quem me deparei uma semana atrás no COB. Fiquei muito feliz não só por uma delas lembrar de mim e jogar com a gente sobre isso kkk, mas também por ver que os bebês delas nasceram saudáveis. Além disso, encontramos a chefe do alojamento conjunto...Uma senhora maravilhosa,  com um senso de humor invejável, vinda diretamente de São Vicente Ferrer, cidade essa que fica depois de Itambé à esquerda. Depois tivemos que apagar um incêndio no quarto ao lado, mas na verdade já estava tudo sob controle porque um casal que estava no banheiro tratou de debelar o fogo... A pergunta que não quer calar é se esse fogo era do quarto ou era da mulher...
No meio disso, ainda fomos chamados pra tirar foto, roubamos uma chave do carro de uma senhora pra falar com o pessoal da “direção” a fim de reclamar da comida, mas Batoré tratou de quebrar a chave, a qual teve de ser enterrada. Não foi tão triste porque o carro tinha um tal de seguro. Aliás, teve muito enterro nessa atuação... A chave, o ventilador e o Seu SUS. Esse último ganhou até um velório em Latim.
Ainda encontramos uma senhora que comia o lanche de todas as outras mulheres do quarto... Até tentei me oferecer de segurança, mas ela não confiou. Só nos restou ao fim de tudo pegar nossas malas, ir pra estação e arrumar um jeito de ir pra São Vicente Ferrer... 




O diretor tentou se esconder...

Oi DB, olha eu atrasada de novo! (DESCULPA RAI LINDOVISOR VOCÊ É 10). Nossa última atuação foi na enfermaria de Onco, e acho que tenho um amorzinho pelos lugares de onco já que gostei muito de lá. Chegamos, nos trocamos, Lori tem um novo risquinho no braço, aquecemos e fomos atuar. No primeiro quarto já achamos um moço que veio lá da Coreia do Sul 40 anos atrás, seu Jung, que tava com a filha Sarah. Logo no começo, enquanto brincávamos com ele, ele mencionou que aquele era o “corredor da morte”, o que acabou contribuindo pra uma energia meio baixa... De fato, era um ambiente meio pesado. Mas fomos passando de quarto em quarto, com a proposta mais de ir conversando com os pacientes, e foi bem legal. Teve um quarto com 2 homens que eram donos de circo ou algo assim, que tentaram nos contratar (acabei ganhando um lacinho do outubro rosa). ACHAMOS O DIRETOR QUE TANTO PROCURAMOS LÁ NO AMBULATÓRIO DE ONCO, ele foi se esconder lá na enfermaria, vê só. O quarto mais impactante pra mim foi de uma senhora que estava em isolamento, já muito fraca. Demos um confortante abraço e beijinho na acompanhante dela, que era sua filha... No geral foi uma atuação que, apesar do clima, me encantou muito. Ansiosa pela próximaaa 

Sendo expulsos da pediatria.

Era pra ser um dia "normal" na atuação. Quando de repente  PAAAN, enf 6 (PED). que mistura de felicidade e medo bateu na hora. Um local onde os encontros e os jogos são totalmente diferentes. Lagrimólia e eu já sabíamos que tentariam nos fazer de marionetes e arrancar nossos narizes e por isso pensávamos que estaríamos preparados. Que nada, pronto nunca, movei. Arrancaram nossos narizes e nos fizeram de marionete igual. Chegamos na pediatria e pensávamos que seria muito tranquilo, pois só tinham apenas 3 crianças maiorzinhas, e o restos abaixo de 1 ano de idade. Estávamos mais uma vez errados. Conhecemos primeiro Diogo (aka: cabelinho/errado) que nos fez correr 34 km em volta do setor atrás de sua bola, que na verdade era um cubo de pelúcia. Depois conhecemos T-H-A-L-I-T-A, (aka: tartaruga) que nos ensinou a andar como modelo. E não me recordo o nome da última, mas era, graças a deus mais quietinha. A gente correu, brincou de esconde-esconde, tiramos onda um com a cara do outro e brincamos de verdade e consequência (essas crianças estão muito precoces, no meu tempo não era assim uahsuash).
Quando  falam que crianças no início serem muito fofinhas e terem certo medo da gente, e após 2 minutos já estarem totalmente desinibidas e já querendo arrancar o seu nariz é totalmente real, acreditem!! No início estavam todos se divertindo e brincando, no outro estavam pulando como gremlins na gente, nos expulsando, e dando língua kkkk. Foi tão louco isso que não deixaram a gente nem trocar de roupa e ir embora, tivemos que sair andando com a mascara nariz pelo hospital, como se nada, atrás de um refúgio.
É muito bonito perceber o como o ser criança é diferente do ser adulto. Na pediatria todas as crianças se conhecem e brincam entre si, mesmo muito doentes, querem brincar e aceitam o jogo com mais facilidade. Foi arretada a pediatria, e se nos permitirem voltar, quero o mais rápido possível. 

Eu sou o avô de Marizinha

    Oi, DEBÊ! Turu bom? Tava meio preocupada como iria ser a atuação dessa semana porque Lana tava dodói. A solução que ela encontrou foi usar uma máscara para proteger os pacientes do veneno dela rsrsr. Pois bem, essa máscara acabou virando jogo. Entramos em um quarto onde estavam três mulheres e ficamos por lá até que... APARECE JURACI! Juraci trouxe consigo toda uma empolgação que deu um up sem igual ao jogo. Ela é apaixonada por flores e logo montou o seu jardim ali, naquele quarto mesmo. Fui batizada como Vitória Régia (por ser a flor da Amazônia e eu ter dito que era Leonina) e Lana foi batizada como Flor da Manhã. E quando eu falo batizada é BATIZADA mesmo. Com direito a cerimônia e tudo! Até aí Lana não tava falando nada, né? Só na mímica. Mas, aparentemente, o batismo de Juraci devolveu a voz a ela. E, depois, foi a vez de Juraci ser batizada: giramos, giramos, giramos até que... ELA VIROU UM GIRASSOL! 
     Depois disso, fomos divulgar no corredor o poder de cura de Girassol. Na porta de um dos quartos da enfermaria, tinha uma mulher encostada. Falamos da cura de Pernélope. Ela nos disse que tinha uma rosa (mãe) e três cravos (pais), além de um botão de rosa (sua filhinha). Era pra cuidar de um desses cravos que ela estava no hospital (ele estava com linfoma). Eis que esse cravo levanta e vem falar com a gente! Na apresentação: seu nome completo e, com orgulho, acrescentou "AVÔ DE MARIZINHA!". Foi tão impactante pra mim a forma orgulhosa com que ele se referiu à neta. Senti como se fosse uma forma de reafirmar que ELE É, que ELE ESTÁ. No presente, no aqui, no agora. Isso  acabou abrindo margem pra ele falar da sua família até que... meu coração começou a quebrar a partir daí  ele não aguentou de saudade e começou a chorar. Primeira vez que um paciente chora assim, na minha frente. Ele acabou se retirando e voltando pra sua cama. Fiz o que pude: respeitei o espaço dele, mas ainda consegui demonstrar apoio com gestos e sorrisos. Conversamos um pouco mais com sua filha e, com ela, deixei meu desejo que as coisas melhorassem. Disse que o melhor adubo que o seu cravo poderia receber já estava sendo dado por ela. Fui embora torcendo para que "o avô de Marizinha" consiga voltar para o seu jardim.


Com amor,
Leonina Virgulina. 

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

#6 Quebrei duas novas regras de Gents Lipa

Segunda, 30 de outubro, Enfermaria de Onco
Essa atuação, em si, foi bastante rápida, a menor que já tivemos; só atuamos cerca de 30 minutos! Foi bem rápido, a maioria dos quartos ou estavam fechados ou seus pacientes estavam dormindo. Tinha uma paciente em isolamento, mas ela estava dormindo também, o que me deixou um pouquinho aliviado, porque ainda não sei lidar bem com pacientes em isolamento, e sinto que isso compromete um pouco o modo como atuo e isso é algo que venho constantemente tentando melhorar. Nós dançamos Gangnam Style para um coreano, tentamos salvar um cara do aquário, e buscamos a saída para casa pelo Mestre dos Magos mas ninguém queria dar a senha pra gente. Ah, e DESCULPA GENTS LIPA MAS EU COMI NA ATUAÇÃO. As enfermeiras tavam lanchando aí fui brincar e pedi um pedacinho e uma delas me deu laranja mas eu não podia comer porque era uma das regras e eu nem tava com fome mas eu comi e não tem como comer laranja no meio de uma atuação andando por um corredor mas aí virou meu jogo e eu virei um cara guloso e não sabia o que fazer porque tinha laranja presa no meu aparelho e AAAAAAAAA DESESPERO (ler isso bem rápido para demonstrar desculpa esfarrapada). <insira aqui a montagem que eu teria feito de Dua Lipa com a cara de Gents>. Ah, e eu também rolei no chão. Pois é né, o buraco é sempre mais fundo. Enfim, acho que foi isso e... é, foi isso mesmo.