sábado, 14 de novembro de 2015

Hoje é dia de COB

Olá DB,

Pense como eu fiquei a semana todinha esperando por essa atuação, estou pagando obstetrícia na faculdade e visitar o COB com outros olhos pra mim seria algo totalmente diferente. Fiquei pensando: "Como é que eu conseguir jogar numa situação dessa, com a mulher cheia de dor?" Resolvi seguir os conselhos de Gentileza e não arquitetar muito porque na hora o corpo fala mais alto.
Quando terminamos de colocar a pele, na hora de sair deu um friozinho, mas aí a gente seguiu assim mesmo. Quando estou com minhas MCMs Margarida Falamuito e Amara MuitasLéguas, me sinto mais leve e com a energia nas alturas, falando nisso, ontem tivemos que subir a energia num lugar bem inusitado. Hahahahaha, aí como eu amo esse projeto.
Na porta do banheiro começamos os encontros com duas mulheres, uma que estava ostentando porque ia receber alta e sua acompanhante. Elas nos elogiaram tanto, fico muito feliz quando escuto isso e ao mesmo tempo sinto o peso da responsabilidade que carregamos.
No quarto ao lado encontramos uma acompanhante, vovó de João Gabriel que nos falou das grandes belezas doutoranticas que existiam naquele COB, minhas MCMs com certeza vão entender. Hahahaha Na cama ao lado estava uma mãe e um bebê doidinho pra sair, ficamos um pouco travada com a situação, não sabíamos muito bem o que fazer então desejamos que ela tivesse um bom seguimento do TP, trabalho de parto, desculpa, DB. (Menina, tu não ta evoluindo paciente agora hahaha).
Essa atuação eu fui premiada para levar foras, pense como estava com sorte, mas não me importei, minha palhaça nem liga pra essas coisas, ela entende que mulheres com dores as vezes não tem paciência e que acompanhantes podem ser bastante desagradáveis.
Tendo em vista a grande crise no mercado, já organizamos um casamento no futuro de Jade e Vitor (se não me engano). A mãe dele prometeu que ele vai ser um menino organizado, direito na vida, a sogra aceitou.
Outro momento que travei foi quando uma mulher falou que tinha ido ali para fazer uma curetagem, tentei falar dos outros filhos dela para que ela ficasse menos triste, mas mesmo assim me senti invadindo aquele espaço, como poderia estar ali tão feliz num momento tão triste para ela?
No mais, foram esses os fatos que mais me marcaram. Reencontrar minhas MCMs sempre me alegra, dessa vez tivemos tempo de conversar um pouco e descobrir mais coisas em comum.

Beijos

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