sexta-feira, 26 de agosto de 2016

xeroxeroxeroxero

Boa noiteee, DB!!

Hoje voltamos à ativa, no clima de seminovas! Sim... agora com Báh!! E as antigas borboletinhas no estômago, haha!
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 Antes disso, preciso comentar uma coisita... Para que eu -um dia quando for reler essas memórias- relembre do olhar de Báh me dizendo que eu seria sua new MCM, antes mesmo de eu saber. Um encontro clownesco só nosso!! Aprendi desde esse primeiro/velho momento. As melhores verdades são gritantes para a alma enquanto se apagam nas palavras. E se os olhos forem mesmo a sua janela, aí tudo se explica.
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Action time...
Depois de uma conversa boa, pudemos subir nossa energia... Embora depois de decidirmos como iríamos subi-la... foi de cara bem diferente das outras, kakaka. Ao invés das músicas confortantes de Bru, ou das construtivas frases de Tony, os momentos foram a essencia... e lembrando das sensações desses momentos, estávamos preparadas. Eu ainda não sei bem como. E fomos no 9 mesmo, kaka.

E Foi massa!! Teve tanta coisa,,, Alguns encontros liindões, como no quarto do 'isolamento'!! Sabíamos que era isolamento... então ficamos longinho, haha. Mas foi um encontrão, com direito a ligação pro boy que não era boy e super entrou no jogo, a lições de como ser diva até de toalha e selfies à distância!

Teve o quarto de seu Antônio e seu Paulo... quando eu pude me surpreender com seu Paulo, apesar de minhas expectativas iniciais estarem desviadas para seu Antônio.

O quarto do xeroxeroxeroxero! kkkkkk. A senhora e seu marido eram cheirosíssimos!! O tempo voou loucamente por lá e entre piadas e aprendizados, pudemos aprender até japonês. PS1.Ainda estou pensando nas comidas do pai de Chayenne, hein... hahahha PS2. Como lidar com um humor negro?! Acho q nossa falta de jeito é que foi ficando engraçada...
E o quarto de D. Maria do sorriso bonito e da outra senhorinha...? duas fofas, lindas e super receptivas!

Sei que estou me restringindo em te contar um milhão de outras coisas, DB. Mas foi sim um dia lindão, cheio de surpresas, aprendizado e sim, reafirmação de sentimentos. Como aquele friozinho na barriga que pude relembrar com o incrível pintor que pintava prédios muuuuitos altos sem medo algum, mas que se desmontava diante de uma bezentacil... Aliàs, quem nunca sentou de meia banda por causa da dor?! hahhaha.
E falando em desmontar, Chayenne entende bem disso... Talvez ainda melhor do que entende de cavalos, hahah.

Queria ter ficado mais. todos queríamos. Talvez essa vontade guardada vire combustível. Talvez até aqueles momentos de desconcerto e paradões tragam o seu aprendizado. Mas só sei que uma enfermeira sabida consegue lembrar beeeem de coisas, haha. E que esse poder é muito necessário, às vezes, haha.

Com o amor que quebra isolamentos convencionais,
Com o amor que pode vir exalado, visto num olhar ou num pequeno abraço apertado,
Com o encontro que vence a distância de um telefone ou com o amor que já dura mais de 16 anos,
E com o amor que tem uma vontade infinita de permanecer, mas que cede no auge,
Com todo esse amor, escrevo-lhe, querido DB.

Beijinhos, Antonela Duplicata.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Mequetrefisse 04

Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Repetindo pra ver se aprendo.

A última atuação que eu e Bah tivemos foi no 10º Sul. Eu tava mooorto, fazia 4 dias que não dormia direito devido a quantidade de provas, Bah não tava muito diferente. Mas fomos, é o que importa.
     Foi uma atuação meio morninha, nada de ruim, mas nada muito fantástico também. Na verdade lembro bem pouca coisa (vulgo, Bah me lembrou dessas coisas). Assim que pisamos fora do quarto encontramos com um chinês que começou a falar na sua língua nativa. Iniciamos um diálogo repleto de gestos, imitações e caricaturas até que entendemos o que ele estava falando: vocês são palhaços! Ou, como se diz em chinês, Xiaochou.
    Quando seguimos no corredor, encontramos uma velha conhecida minha,  a cearense. Eu e Roger conhecemos ela na nossa primeira atuação e, sendo compatriota de Roger, ela ficou conhecida por sua origem. É uma das enfermeiras mais gente fina que já encontrei no setor, compra demaaais os jogos.
   Quando entramos num determinado quarto, a médica que estava examinando o paciente começou a pertubar com a gente. Ficou dizendo que a gente falava demais, que não deixávamos o paciente descansar, que ficamos enchendo o saco de todo mundo... aí Bah respondeu "desde que a gente entrou foi a sra. que não parou de falar ainda". Essa mulher deu uma gaitada que surpreendeu até os pacientes kkkkkkkkkk
   Já no final da atuação vimos um homem consertando uma porta com seu parceiro. Rapidamente nos integramos a equipe e começamos a consertar a porta com ele. Cada muganga que foi feita ali, ou melhor, cada muganga que eu fiz ali e Chayenne reagia com uma carinha de desprezo beeem patognomônica dela...

Mequetrefisse 03

Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Repetindo pra ver se aprendo.

Eu e Bah fomos pro setor do qual mais tenho medo: COB. Sou meio traumatizado da minha primeira atuação lá, com Roger. Travei pra caralho e ainda mais depois que uma paciente pegou na minha bunda quando eu menos esperava. Desde então sempre que penso em atuar lá me tremo todo.
     Mas a atuação foi boa, afinal de contas. Encontramos logo no começo uma gestante e uma acompanhante que se chamavam Beth e Lourdes. Quando elas falaram isso Chayenne abriu uma lapa de butuca de oio... e ficou toda derretida dizendo que esses são os nomes da mãe e da babá que cuida dela desde beeem pequeneninha (até hoje...). As duas eram muuito gente fina e compravam nossos jogos fácil, fácil.
     Em seguida entramos no quarto de Rosinha. Rosinha tava esperando o menino nascer e ainda não tinha decidido o nome que daria, mas queria que começasse com a letra M. A quantidade de nome bizarros que eu e Chayenne sugerimos não tava no gibi kkkkk Foi de Marcos a Marciano, a Mequetrefe, a Malafaia, a Marombado e até mesmo Malamanhado (acho inclusive que esse último foi o favorito dela hehe).
    Num certo quarto tentamos distrair um pouco uma gestante que tava morreeendo de dor. Era foda porque eu tava quase que sentindo a dor dela, mas acho que conseguimos melhorar um tantinho de nada a situação dela.
    Já no finalzinho, quando chegou a comida, vimos uma baba beeem pichototinha. Chayenne na hora reclamou "e isso lá é tamanho de banana? Não dá nem pra encher a boca com isso, vai tudo numa bocada só...". Luigi não perdoou e fez todas as associações a banana que poderia ter feito. Finalizamos a atuação com uma enquete no setor: Que tipo de banana você prefere? Uma pequenininha e mirradinha ou uma bem grande e grossa?
    Me recuso a registrar as respostas que recebemos...

Mequetrefisse 02

Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe!Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Repetindo pra ver se aprendo!

Eu e Bah fomos pra o alojamento conjunto. Demoramos mttt tempo no banheiro e levamos algumas reclamações das enfermeiras... desculpa.
Começamos a entrar nos quartos e não demorou até as mães pedirem pra que nós segurássemos os bebezinhos pra tirar foto. Sempre que isso acontece eu e Bah nos olhamos com cara de "Fudeeeu!", porque nós dois morreeeemos de medo de um dia derrubar um menino desses, é bem tenso. Felizmente ninguém caiu e fugimos do quarto antes que pedissem pra tirarmos outras fotos com eles.
No corredor, muitas mães andando com bebês e Bah começou a fazer testes de reflexo com eles (sendo bem mequetrefe, inclusive) e praticamente me deu uma aula de pediatria --'
Num determinado quarto perguntamos a acompanhante o nome da paciente, ao que ela virou pro adesivo com o nome dela pra confirmar.  Na hora eu e Chayenne "você não sabe o nome da sua própria filhaa!?". Ela tentou justificar dizendo que era a nora dela, mas admitiu que já a conhece há alguns anos... achei bem escroto isso kkkkkkkk Essa nora tinha dois filhos já prontos pra fazer uma dupla sertaneja: Luan e Ruan. Como se não bastasse, ela disse que a irmã dela tinha duas filhas: Luana e Ruana... quem sabe um dia esse quarteto sertanejo não fica famoso?
Em outro quarto tinham 4 mães com seus filhos que tinham se tornado beem amigas (e eram todas beeem escrotas,  na verdade. Até algumas putarias surgiram no papo...). Elas também nos disseram que quando o bebê de alguma delas chorava, as outras não acordavam. Elas reconheciam claramente o choro do próprio filho e conseguiam meio que ignorar o dos outros bebês e continuar dormindo. Bah depois veio me dizer que os pinguins são assim, em meio a não sei quantos outros filhotinhos, os pais reconhecem o choro dos filhos deles. Momento Discovery Channel.
Por fim fomos no cartório do andar onde eu quaaaase ganhei minha certidão de nascimento, mas Chayenne não deixou... aquela chata!

Mequetrefisse 01

Que se inicie a série de DBs mequetrefes de Luigi (que os novinhos desse ciclo que vem agora não vejam esses...).
Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Não mais serei mequetrefe! Pra ver se eu aprendo por repetição!
Começando o DB propriamente dito... eu e Bah fomos pra a Pediatria dessa vez. Já falei aqui outras vezes que é meu lugar favorito pra atuar. Talvez a mente "viajada" das crianças me obrigue a trabalhar mais intensamente pra acompanhá-las, e esse é o tipo de desafio que mais gosto!
     Quando chegamos, estava no finalzinho do horário da Brinquedoteca. Quando chegamos lá só tinham 03 crianças, os 2 monitores de lá (que são uns fooooofos, adoro eles!) e uma médica que suuuper interagiu com a gente.
    Quando fomos pra o corredor demos de cara com quem??? Laurinha! A criança mais querida e mais temida do andar. Mais querida por interagir demaais com todos os palhaços que vão lá.  Mais temida por ficar querendo comandar esses palhaços e  meio que monopolizá-los. Se não tiver muito cuidado, fica "preso" a ela muito tempo e não consegue explorar outros quartos, outras pessoas. Dessa vez ela derrubou Chayenne quando ela tava agachada falando com outra criança.  Laurinha ficava meio que cuidando dessa menininha e as duas ficaram fissuradas na gente.
Quando essa menina saiu do quarto pela primeira vez depois que a gente chegou, nossos olhares se encontraram imediatamente. A partir daí parecia um jogo de xadrez. Ficamos encarando um ao outro, esperando pra ver quem faria o primeiro movimento. Eu fiz, me agachei pra ficar com o olhar no mesmo nível do dela. Ela largou a mão da mãe e deu um passo vacilante na minha direção. Fiquei imóvel só aproveitando o encontro. Ela deu mais um passo. Continuei imóvel. Outro passo. Dessa vez eu sorri, ao que ela deixou de dar passos vacilantes e veio super confiante pra um... abraço! Na hora não tive dúvida de que esse jogo de xadrez, eu perdi. Mas foi a derrota mais bem vendida que alguém poderia. Um abraço espontâneo de uma criança de uns 3 anos que você não conhece deixa qualquer um derretido... comigo não foi diferente.
    Em determinado momento Laura começou a dar uns tapas na gente, ao que nós e os enfermeiros reclamamos. A menininha viu e tentou seguir o exemplo. Quando a mãe dela viu o tapa deu uma super bronca nela. Depois disso ela não interagia mais ativamente com a gente. Ficava só olhando de uma distância de uns 3m, toda borocochô! Fiquei morrendo de pena, tentei bastante, mas não consegui mais me conectar com ela.
   Apesar disso, o abracinho que ela me deu valeu mais que 30 tapas que ela me desse... teria valido muito a pena!

domingo, 14 de agosto de 2016

Estava mega ansiosa pra atuar com Rai! Tinhamos sido monitores da oficina com Genti durante as férias e tivemos altos papos sobre atuação, a energia, trocando figurinhas mesmo sobre o processo da monitoria. Foi massa! Prontamente marcamos a atuação (sendo a minha ultima do ciclo passado e pra ele tb, q ficou faltando).
Como disse no DB anterior, essa semana foi PALHAÇO! Só teve palhaço! hahha Subi o nariz todos os dias dessa semana! E o Rai também! hahah E inclusive ele esteve presente em todos os momentos em que subi o nariz essa semana (exceto a atuação com Bru), pois até na minha atuação com Toni ele deu o ar da graça! hahah Subir a energia virou fichinha pra gente kkkk O estado de alerta, energico do clown estava sendo o modo normal. Em compensação ganhei umas dores nas costas e musculos doloridos durante a semana toda. Quero mais!!!!!!
Parece que quanto mais você atua mais vontade dá de atuar e foi com essa energia que eu cheguei pra me encontrar com Rai, mesmo com cólica, mesmo cansadona das poucas horas de sono. Tive que reduzir a minha energia um pouco por causa da condição de dores extremas que tava rolando, mas rolou, principalmente por que Rai respeitou super a minha condição e cuidou para que não nos excedêssemos (sei o quão dificil é pra ele isso, afinal o menino parece estar ligado no 220)!
O Rai me emprestou o nariz dele pois havia deixado o meu reserva (o outro foi estourado no dia anterior) em casa. Atuamos de narizes iguaizinhos. Momento fofura: Assim que subimos a energia Rai olhou pra mim e disse: teu nariz é igual ao meu! Nos olhamos e nos cumprimentamos narigalmente! 
Corpo vivo até pra abrir a porta! Disse Gentil na oficina de aprofundamento. Ouvia a voz dele até nos pequenos detalhes da atuação e via como pareceu que ressoava pra Rai também. A atuação foi cheia de efeitos especiais e sonoros! Chegamos a jogar tênis num dos quartos em que os pacientes estavam vendo o jogo das olimpiadas dessa modalidade. O jogo acabou com Surdete destruindo o teto e saindo de fininho para que ninguem visse. Foi legal ver como Rai comprava os jogos que eu sugeria por mais doidos que fossem.
Em um dos momentos no quarto seguinte, quando um dos pacientes apresentou-se, eu comecei a falar sobre a historia do nome dele e dos cristãos novos e... Surdete? O que você está falando? Rai pergunta. Mas os judeus e o nome e... Ham? Você está doida? kkkkk Deu a louca em mim e me percebi falando com palavras dificeis e coisas que poderiam distanciar os pacientes. Rai me deu uma luz e mudei propriamente de assunto.
Os jogos nesse dia foram incríveis e quase todos estavam abertos a eles! Foi um dia de sucesso o/ Acredito que para compensar a cólica (que por vezes eu esquecia) e a atuação traumatizante do dia anterior. hahha A velhinha que nos contou sobre a sua vida e suas netas e nos olhou tão carinhosamente, seus 5 abraços em cada um e o agradecimento que fez a gente foi um dos pontos altos do dia. O Residente que morava no hospital e que disse que sentia falta dos palhacinhos no setor e que gostava da gente (ele convidou a gente pra morar com ele no HC!) também foi outro ponto alto. Que abraço gostoso! Também encontramos com um moço que curtiu tanto nosso trabalho que quis pegar nosso numero para que atuássemos na TV jornal. Surdete e Luigi logo ficaram empolgados com a possibilidade de ficarem famosos e aparecerem na TV. Luigi deu o numero dele (de verdade), espero que ele entre em contato mesmo, seria incrivel a visibilidade para o projeto!
E me vi querendo ser amada pelos pacientes. E me abrindo para eles. Quando via alguem que retribuia o olhar logo dizia pra Rai: Olha, eu acho que ele gostou da gente! Vamo falar com ele!!! E a empolgação e a energia que vinha disso eram surreais! Reciprocidade! <3

O dia das atuações (parte 2): o grande baque

É possível ter atuações ruins na pediatria. Não pensava que seria pois sempre tinha encontros otimos com as crianças por lá. Esse dia em específico eu considero como "O baque", aquela famosa queda que te faz repensar as suas estratégias e mecanismos de atuação que Gentileza tanto fala.

Estava empolgada pois nunca havia atuado com Toni linda :) Sempre interessante observar as dinâmicas de contato de MCM pra MCM. Ainda que empolgada estava bem quebrada, pois foi uma semana intensa da palhaço pra mim. Havia participado como monitora da oficina de Gentileza (sabado, domingo e segunda), na terça e na quarta rolou aprofundamento do PERTO e quinta e sexta atuação nos setores do HC. Percebi uma facilidade maior de subir a energia, mesmo com o corpo cansado. A energia era uma dificuldade que eu tinha, principalmente para mantê-la durante toda a atuação. Pois ela tende a oscilar bastante. Mas agora me percebo mais estável e com o corpo mais vivo e alerta por períodos mais longos.

Tudo começou bem e tranquilo ate que decidimos obedecer aos comandos dos pestinhas. Até então estava ok, estavamos jogando COM eles e não PARA eles. Laurinha foi uma fofa dessa vez e eu amei revê-la. Já havia atuado com ela no carnaval e ela estava bastante reclusa no dia, mas ainda assim se abriu um pouco comigo no dia. Me preocupou a forma de falar e as brincadeiras que ela sugeria, pois ela sempre queria que alguem fosse a mãe e alguém fosse a filha e que houvesse um momento em que a filha morria e o médico tinha que dizer que a filha havia morrido para a mãe. Essa "brincadeira" se repetiu algumas vezes durante a atuação com diferentes configurações. Me senti um pouco desconfortável pois me percebi analisando Laurinha, o que poderia ter gerado esse comportamento, e a sua acompanhante.

Outra criaturinha característica foi a princesa. Sim, A PRINCESA. Olha como o nome já chega a ser sugestivo. Ao vemos que ela estava usando uma coroa instantaneamente atribuimos a ela o poder real. E ela aceitou. E ela se apossou desse poder e usou como bem quis conosco. Acho que nunca me senti tanto como um objeto como quanto fui pra aquela menina. Começou devagar e apenas nos prendia quando faziamos algo errado, depois começou a nos exigir coisas. Queria que a gente a colocasse no braço e fizessemos palhaçadas pra ela. "Você não é palhaça? Faz uma palhaçada entao!". Eu e Toni percebemos o quanto fomos BESTAS com ela e mais um menino que estava presente. Que eram os que queriam comandar o jogo.

Depois de um tempo fazendo o que eles queriam eles começaram a abusar da gente. SERIO. A puxar o cabelo, tentar pegar o nariz da gente. Houve um momento em que o menino agarrou o nariz da Toni e eu jurava que ia estourar, mas  ai eu fiz cocegas nele e ele veio pra cima de mim. POW. o elastico estoura e o nariz cai. A máscara cai. NO MEIO DA ATUAÇÃO. Na hora, eu lembrei do quanto eu atuei sem máscara na oficina da mesma semana e do quanto o nariz é um adereço, ainda que simbolico, do que o palhaço representa. Foquei nisso e disse: é só um nariz. O menino se sentiu mal por uns instantes e pediu desculpa. A toni ficou boquiaberta com a minha reação na hora e as outras crianças todas ficaram em pause observando a cena. Tive uma sensação de alerta aumentada daquilo e conseguiria descrever até a manchinha no chão do lado do nariz que caiu. Aquele momento em que as coisas acontecem em camera lenta. Virei de costas e tentei ver se o nariz segurava sem o elastico. Não segurou. Coloquei o nariz dentro da saia e me virei. As coisas haviam voltado à velocidade normal e Samambaia estava atuando a todo vapor com os pivetes novamente. Tentei me inserir no jogo mas fui percebendo a minha energia despencando. Toni percebeu e prontamente buscou me tirar dali. Caiu a ficha do choque do que a aconteceu e eu travei. Travei valendo. Apenas senti a mão de Toni me arrastando pras escadas e e via as crianças vindo atras da gente. De repente estavamos correndo e descemos as escadas pro 5 andar do lado do elevador. Lá, Toni vira de costas e desce a mascara. Percebi o cuidado que ela teve ao me perguntar como estava me sentindo e o que eu achava que devíamos fazer. Não soube responder. Tentar consertar o nariz? Como atuar de novo com essa energia? Finalizar a atuação? Decidimos voltar pro setor e atuar até achar a chave para irmos. A principio achamos melhor encerrar por ali. Toni tirou o nariz para atuar igual comigo, e a ela agradeço demais pela cumplicidade. Foi um dos momentos mais singelos de encontro que já tive com um MCM <3

Ao voltarmos para o setor, depois de subir a energia novamente (mas sem nariz), iniciamos a saga de busca da enfermeira com a chave. Ela estava fazendo um procedimento em um dos pacientes e tivemos que esperar. Por enquanto os pestinhas(haha!) nos encontraram novamente! A princesa começou a fazer exigencias cada vez maiores e eu e Toni nos recusavamos a obedecer. Ela fingia que chorava toda vez que ouvia um não ou nao davamos atenção ao que ela dizia. O menino que arrancou meu nariz queria tambem que fizessemos o que ela queria e se voltava contra a gente quando nao obedeciamos. A princesa resolveu empurrar a toni mas ela usou a tecnica do tronco duro e ela nao conseguiu derrubá-la. O menino viu isso e testou comigo. MAS EU NÃO ESTAVA ALERTA. Buft! Na parede. Alguns outros momentos PEM se seguiram ainda até encontrarmos a chave, como puxões de cabelo e amargar por que o menino disse que eu parecia um homem pois sou muito peluda. E entendi o que Gentileza falava sobre o quanto devemos ter consciência dos nossos "defeitos" ou coisas que queremos esconder, pois para o palhaço é aquilo que o torna humano e não motivo para se sentir mal. Sem contar que é bem possivel que os outros reparem e tentem usar isso conosco. Não pretendo deixar coisas desse tipo me afetarem. Ainda que na hora não transpareci. Continuei no jogo e disse que sim, sou homem. O problema foi quando a princesa quis tirar a prova e tentou abaixar a minha saia. Ah, crianças adoráveis!

Quando encontramos a enfermeira e entramos no quarto eles passaram o tempo INTEIRO que nos trocavamos batendo na porta e nos mandando sair de lá e voltar.


Momento PEM reflexivo: O menino olhou nos meus olhos e disse que eu tinha que fazer o que eles queriam. Perguntei o por que. E ele respondeu: Por que vocês podem sair da UPA (acredito que se referia ao HC) e a gente não. E isso partiu meu coração em mil pedacinhos. Tanto ele quanto a menina, a princesa, me lembrou do que acontece com as pessoas quando elas não recebem atenção. Do que somos capazes para desesperadamente buscar um vinculo com outro ser humano. É triste mesmo. Mas no fundo no fundo, todos nós só queremos ser amados.

Momento delícia: Foi encontrar com Rai no meio da atuação <3 Antes de tudo começar a dar terrivelmente errado. Brincamos de como ele era palhaço e a gente não. E foi a coisa mar linda! Percebi ele super querendo se juntar a gente e a energia subindo! Quase sugeria uma daquelas cabines telefônicas do Superman pra ele se trocar e se juntar a nós <3

O dia das atuações (parte 1)

Esse dia vim pra federal basicamente para fazer coisas da palhaço. Foi o dia das atuações! Atuei de manha e à tarde (a atuação da tarde ficará para o proximo DB). De manha foi com a Bru! Que muito lindonamente se dispôs a atuar comigo mesmo sem ter atuações pra repor <3

Fomos para a Onco ambulatório e no elevador mesmo encontramos com uma senhorinha que tinha medo de elevador e perguntou se íamos "descer pra baixo". Ela estava acompanhando a sua avó que não via muita coisa, mas ouvia tudo e super brincou com a gente! Rimos muito! (Descemos pq eu e Bru somos as perdidas nos andares do hc e acabamos tendo q descer todos os andares pra subir de novo pra onco hahah).

Quando estávamos nos trocando, uma das enfermeiras entrou no quarto e, quando nos viu com a maquiagem e as roupas, perguntou se a gente atuaria por lá. Falamos que sim e ela ficou toda empolgada, pois disse que nunca tinha visto as palhacinhas atuando. Ficamos tensas! kkkkk Havia toda uma expectativa ali! Mas achei muito amô começar a atuação com tanto carinho :)

Tivemos alguns encontros e muitas risadas. Foi uma daquelas atuações que você vai se deixando levar pelo tempo, pelos olhares dos pacientes e quando vê já passou uma hora. Também tinha gostinho de saudade pois já nao atuava com Bru a umas 3 a 4 semanas por causa das férias. Gosto muito da sintonia que acabamos criando através da palhaço e fora dela. Mesma coisa com o nosso terceiro pé, Zé (Rima não intencional hihihi). Pode manter o trio, produção? hahhaa

Atuando nas Férias!

O diário desse dia acabou ficando perdido na memória, hahah Eu e Zé, para completar as atuações decidimos marcar uma durante as férias. Bru havia se proposto a ir também, mas acabou que no dia não pôde :/ Pense num trio que eu amo! <3 Sempre adoro atuar com eles!

Chegamos no setor e já fomos nos trocar. A energia nesse dia estava bem baixinha. Havia acabado de acabar o período, pós provas e trabalhos, e estávamos bem cansadinhos. Mas conseguimos subir a energia legal :)

O setor estava quase que inabitado! Fiquei chocada e Virgulino também. Passamos em todos os quartos (que podíamos) e tivemos alguns jogos legais. No entanto, a atuação acabou sendo mais rápida mesmo assim. Um das moças que trabalhavam no andar fez café e ofereceu pra gente <3 sempre acho muito amor quando o pessoal que trabalha no andar para um tempinho pra dar atenção (pq normalmente elas ficam super focadas).

Obs: Não deveria ter demorado tanto para fazer esse diário! Agora não lembro muito mais :/ Caso lembre venho aqui adicionar.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

A Grande Queda! :/

Oi lili, fiz essa atuação pra ajudar Cassis a completar as atuações dela, marcamos na quinta e soube no final do aprofundamento que seria na pediatria. Eu pensei: Que massa! Pediatria é sempre bom, vou poder tentar colocar em prática os novos ensinamentos e tal... Na quinta acordo quebrada e penso que vou me lascar pra dar conta dos pirralhos da pediatria, mas tava empolgada. Fim da aula, espero Cassis, conversamos muito e fomos nos arrumar. Cassis me pergunta como eu subo a energia e falei que normalmente subo com uma contagem e intercalo com frases de incentivo. Cassis curtiu a ideia e decidiu tentar, mas ela não lembrava de nenhuma frase e acabamos rindo muuuuito e falei quase todas as frases :D Fomos pro setor e começamos com alguns encontros curtos até que encontramos um menino brincando de quebra-cabeça com a mãe, começamos perguntando se podíamos brincar e tentando entender o jogo. Daí chega laurinha e começamos uma brincadeira de matar e morrer, morri várias vezes, enterrei laurinha, escondemos chiclete das médicas (uma conseguiu achar e pediu um) e encntramos com outras crianças. Uma delas era uma menina que tava com uma coroa e começamos a dizer que ela era a pricesa, laurinha era a 'delegada' e coisas do tipo. Rai apareceu e passamos um tempo com laurinha dizendo que ele era um palhaço, mas que a gente não era. Depois disso tudo mudou! Rai foi embora e ficamos brincando de "não somos palhaças, somos gente, eu mesmo sou a menina que morreu"... Aí a menina que tinha a coroa e o menino enlouquecerame começaram a 'brincar' de bater, de prender a gente e coisas do tipo. Sim, sei que demos essa liberdade e que Gentileza sempre diz pra não deixar acontecer isso, mas só notamos depois. Eles começaram a dizer que estávamos mentindo sobre não ser palhaços e começaram a tentar arrancar os nossos narizes, conseguimos fugir disso por um tempo. Pega esse surdete que eu pego o outro, mas eles sempre acabavam juntos tentando matar uma de nós. O menino começou a bater muito forte e eu tava desviando dos golpes, até dei um de judô nele, mas fiquei com pena e coloquei eles no lugar de novo, começou a tentar tirar nosso poderes com uma pedra mágica (mas outro menino e laurinha ficavam ajudando a gente). Teve uma hora que o menino pegou o meu nariz e ficou segurando, eu tava morrendo de medo que ele quebrasse e fiquei segurando também e Surdete fez cosquinha pra fazer ele soltar. Finalmente ele soltou e enquanto eu colocava de volta, ele se voltou contra minha salvadora e deu um puxão forte em seu nariz. O nariz de Surdete acabou quebrando. Na hora todos pararam, não sabia o que fazer, sério. Surdete então falou: É só um nariz. Eu disse que era gente. O menino pediu desculpas e disse que não queria ter feito isso, mas durou pouco esse momento, logo eles voltaram a tentar nos matar. Ainda não sabia o que fazer, mas sabia que precisavamos sair dali e nos recuperar. Surdete começou a ficar pra baixo e eu peguei no seu braço e tentei sair para os elevadores, mas as crianças nos seguiram. O que fazer? A menina começou dizer que tinhamos que carregar ela e coisas assim. Pensei, esses pirralhos precisam de alguns Nãos! E foi o que fiz. Disse a ela: Não! Ela disse que eu tinha que fazer e eu: Não! tenho nada! Ela disse que ia contar pra mãe dela e eu disse que contaria a minha mãe também! Nisso ela ficou fingindo que ia chorar, aproveitei a deixa e tentei sair com Surdete, mas laurinha foi tentar nos ajudar e não quis dar um revés nela, ela tava tão fofinha com a gente... Mas esse tempo foi suficiente pra o menino vir atrás da gente. Peguei Surdete e tentei descer as escadas, mas Surdete parou pra perguntar se a menina tava bem e eles voltaram a tentar nos matar. Puxei Surdete pra escada e desse vez ela veio. A Menina tentou nos seguir, mas disse a que ia contar a mãe dela e ela deixou a gente ir. No quinto andar conseguimos fugir da loucura e pude conversar com Cassis. Tinhamos duas escolhas... Voltavamos sem jogo ou no jogo porque tinhamos que pegar as coisas. Decidimos voltar no jogo, tirei meu nariz pra ficarmos iguaise voltamos. Meu jogo era ignorar os pirralhos e assim o fiz. Quando voltamos eles tentaram interagir com a gente mas fiquei ignorando. A menina me dizia que tinha que escutar ela, respondi: Eu te escuto, só não presto atenção. Ela tentou de novo, eu: Já disse que te escuto, a surda é ela (pra Surdete), só não quero prestar atenção em tu! ela começou a puxar minha faixa, continuei andando, o menino se juntou a ela, continuei andando (com dificuldade, mas continuei), quando eles viram que não ia rolar comig, desistiram. Chegamos no posto de enfermagem, mas a mulher da chave não estava! E agora? Continua... Continuei ignorando eles, disse que a menina era muito chata e que o menino que tinha me ajudado antes que era legal, ele correu de vergonha, fomos atrás dele e acabamos conversando com laurinha, fiquei conversando com ela e a menina voltou. Ela me empurrou e eu caí na cama, reforcei a minha base e quando ela empurrou de novo e não caí, ela tentou vérias vezes e depois disse que eu não podia fazer isso porque ela tinha dor no braço, eu: Oxi, tô fazendo nada, quem tá me empurrando é tu! Ela fingiu que ia chorar de novo e eu fui fazer outra coisa. Surdete acavou levando um empurrão do menino... Não lembro o que aconteceu direito nessa parte, sei que eles disseram que Surdete era um homem (porque era muito peluda) fingindo ser um homem e eu era uma mulher fingindo ser homem (CRIANÇAS DO CAPETA!!), eu: Nossa, você descobriu meu segredo (bem sarcástica). Fui perguntar o nome de um outro menino que estava lá, Diego ou Diogo? Nisso o piralha capeta perguntou se meu nome era diega, eu: Não! meu nome é Carlotina! Ele: Carlotinaaaa.... Eu: Oooiii... (fazendo uma dancinha). Todas as crianças ficaram com vergonha da minha dança XD e falaram: tu não sabe que tem homem ali não? Eu: Besteira, tem homem aqui e apontei pra os meninos, Surdete então disse: Tem eu também... Me segurei pra não rir muito disso e segui. Laurinha ficou com raiva que a gente não dava atenção pra ela tentou ir embora, fui atrás dela e ela disse ia pegar o elevador (de mentirinha), os pirralhos também tentaram na brincadeira, perguntei se podia seguir ela na escada e comecei a fingir descer a escada bem rápido (quase caí) e ela apareceu na minha frente e gritou: Você chegou!!! e me abraçou! Vamos brincar de esconde-esconde? Eu e Surdete vamos contar... 1, 2, 3... e fomos pegar a chave. Os pirralhos tentaram entrar no quarto junto com a gente e eu barrei eles e fui fechando e tirando o braço deles do meio. Fechamos, mas eles continuaram a gritar e tentar entrar no quarto por uns 10 MINUTOS! Laurinha falou: É que elas já vão, aí elas entram aí e viram outras pessoas... <3 <3 <3 eu e Cassis conversamos e sobre nossa queda e fomos embora. Na porta do elevador a menina apareceu e ficou tentando chamar a atenção, ignoramos ela e no final eu disse que ela era chata xD e fomos embroa pra o encontro de palhaços ( que por sinal foi MUUUUUITO bom!!!)
Ainda me recuperando da queda, mas na certeza que virão outras...
Carlotina Samambaia

Atuação de emergência

Eu e Cassis precisando de mais uma atuação pra ficarmos em dia com o projeto, o que fazemos? Atuamos, ora.
Vamos pra a Nefro, não tá em reforma. Então Onco, Cassis atuou lá ontem. Pediatria? Ela também atuou lá ontem e está levemente traumatizada. Clínica Médica então, fechou? Fechou!
    A bichinha tava morrendo de cólica  então era minha responsabilidade garantir a energia dela (espero ter conseguido). Mas quando estávamos quase prontos a bomba: ela tinha esquecido de botar o nariz "saudável" na bolsa (um menininho tinha torado o dela no dia anterior). Mas Rai, sempre prevenido, estava com dois na bolsa hehehe
     Começamos e tivemos varios encontros fantásticos. Logo no começo já começaram a me zoar pq tinha posto o nariz do lado reverso (ops hehe). Ajeitei e fomos passando pelos quartos.
   Algumas pessoas me marcaram muito nessa atuação, uma delas foi seu Hélio. Um senhorzinho extremamente bem humorado que já comprou o jogo quando eu botei a cara no quarto. Ele foi girando a cabeça e eu girando junto até que ele voltou ao normal e deu um sorrisão *-*. Ele disse que me conhecia. Perguntei de onde. Ele disse que da minha casa. Perguntei se ele sabia onde era. Ele respondeu "lá onde tu mora, né  não?". Fiquei impressionado com aquilo, como ele sabia que era lá!?? Descobri que também sabia onde ele morava: naquele bairro, ali não muito longe. Você vai direeeto, vira a direita, vai a vida toda, faz o S, vira à direita e quando chegar na ladeira você não desce ela não. Sério, foi o cara mais bem humorado que eu já encontrei nas minhas atuações, e olhe que já encontrei muita gente massa nelas!
    Fomos também no quarto onde estava dona Luzia, uma senhora que faz trabalhos voluntários com a igreja. Ela contava das ações com uma paixão contagiante. Falou que o filho também participa como educador físico, que a neta mais nova é um prodígio da matemática, que uma sobrinha é neuro-cirurgiã em SP. De repente ela virou pra a gente e disse pra nós nunca pararmos de fazer aquilo que estávamos fazendo, que nada poderia nos dar mais satisfação que ajudar o próximo e nos deu um abraço. Um não, cinco em cada, que é pra fazer mais efeito, segundo ela. Quando vejo pessoas assim, entendo o que são os verdadeiros cristãos. Em nenhum momento ela me olhou estranho por ter tatuagens, ou por estar de maquiagem ou com uma roupa estranha falando besteira. Só conseguiu enxergar outros humanos que querem fazer o bem, e não podia nos dar melhor recompensa por isso que os abraços que nos deu. Cada um dos 5 teve um sabor especialíssimo. Depois disso ela nos expulsou do quarto porque já tinha nos alugado por muito tempo e a gente tinha que visitar os outros quartos kkkkkk
    Fora do quarto um paciente quis testar se o cabelo de Surdete era uma peruca, mas essa estava muito bem presa e não saiu quando ele puxou o cabelo dela. Um outro acompanhante veio nos dizer que trabalhava na TV Jornal e que achava que o editor iria adorar fazer uma matéria com a gente. Ligou pra ele na hora e pegou o contato de Luigi (o número era meu, mas não quis baixar a máscara pra me apresentar como Rai naquele momento).
     Já perto da hora de irmos, perguntamos a um residente se ele residia no hospital, ao que ele respondeu que sim e que nós poderíamos residir também. Ficamos bem animados com a possibilidade... até descobrirmos que não tem comida pros residentes, aí desistimos. Esse cara era muito fofinho, disse que sentia saudade das visitas dos palhaços no setor, que nós fazíamos muita falta, tanto pros pacientes quanto pra a equipe *--* Foi um dia de bastante  satisfação externalizada pelos outros sobre o trabalho do projeto,  e isso me deixa muito feliz, sério!
   Só mais 2 coisas:
1 - um momento meio pen do dia foi quando um médico pediu pra a gente ir num quarto onde a paciente estava meio mal, porque tinha descoberto um câncer de mama num estágio já avançado. Quando chegamos no quarto, a porta estava fechada. Confesso que a vontade era abrir a porta e dar um abraço em seja quem ela for, mas a gente tem que se segurar, né? :/
2 - senti muita diferença em meu trabalho cênico de corpo depois da oficina que fiz durante as férias e dos 2 dias de aprofundamento dessa semana. Percebi meu corpo beeem mais preciso e consegui utilizar sons de maneira mais específica. Sob esse aspecto, fiquei bem feliz com meu trabalho. Embora tenha detectado já várias falhas nele, é sempre bom perceber avanços :D  

Suado até a alma no arraía da onco!

Vou começar uma sequência de diários que sempre iniciarão por: Desculpa a mequetrefisse, DB ://
Tive 06 atuações que não escrevi aqui, e tenho que resolver esse problema hehehe, mil perdões

Começando o DB propriamente dito, Muri e Paulinha convidaram a mim e Nathy pra atuarmos com ele no ambulatório da Onco, já que ia rolar um arraiá por lá. Jà tinha ouvido falar bastante do setor e tava bem curioso, topei sem nem pensar. Caio Pandolfo e Bah LoveStory cabra-safadearam com a gente e não foram, restou nós 04 pra trabalhar o setor... mal sabíamos o quão bom seria.
     Quando entramos no setor, ficamos impressionados com o que fizeram lá. Reorganizaram tudo pra que a festa rolasse forte. TINHA ATÉ BANDA DE PÉ DE SERRA!!! O grupo Chinelo Véio fez bonito lá, ahazaram! Juro que não me lembro da última vez que dancei tanto forró. Suei que nem um pooorco (e cheirei que nem um também). Lá rolou de tudo, dancei com 30 milhões de pacientes, casei Bocalarga com uma paciente que ele engravidou ( :0 ), já que tinha feito um curso de casamentos online, tive a minha bunda secada e tocada algumaS vezes e até anunciei a atração principal do evento. Mandei logo um "RRRRRRRRRRRRESPEITÁVEL PÚÚÚBLICO.." pra me impor e chamei o cantor Cesinha, que foi fazer uma participação especial naquele arraiá mara!
   No meio do forró, vimos uns olhinhos brilhando mais que farol alto no retrovisor: Tatá foi fotografar a gente e tava doidiiinha pra entrar no meio. Não pensamos 1/4 de vez e puxamos ela pro meio do forró! Ela é muito fantástica, sério. Um dos meus melhores exemplos de energia, dedicação e animação com o projeto. Se eu for metade do que ela é como palhaça e coordenadora tô mais que satisfeito!
    Começamos a quadrilha, com direito a todos os passos mais tradicionais: túnel, balancê, grande roda, serrote, e a cobra! A galera tava numa vibe muito boa, sério! Cheguei a dançar forró com uma senhorinha que não podia levantar, me abaixei do lado dela e dançamos com as mãos mesmo. Coisa mais linda ela sorrindo enquanto a gente aproveitava. Depois de tudo isso passeamos por um tempo pela quimio interagindo com o pessoal e fomos, por fim, comer. Roubei, depois de permitido pelos funcionários, uma caixa de achocolatado (tomei toda no mesmo dia, inclusive hehehe).
   Foi incrível  e extremamente cansativo. Ainda bem que pude estar lá ^^