quinta-feira, 30 de março de 2017

Um bigode e uma cicatriz

Preto,

Então, né?! Contar como é que foi a atuação e pá... Bom, gostaria de deixar claro que os momentos de espera desde a quinta até a sexta-feira, dia da atuação, foram... Um pouquinho... Difíceis... (Foi uma tortura, Narôco, vide DB anterior). Sabe quando um casalzinho novinho marca de ir """"dormiiiirrrrrr""""" na casa um do outro pela primeira vez?!?!?! VVVVRRRAAAAUUUU!!! Expectativas, fantasias, ENERGIIAAA!!!! Hahahaha... NÃO QUE ES ESTIVESSE FANTASIANDO COM OS PACIENTES, SÓ DEIXANDO CLARO, NER?! Com as minhas MCM´s (Dada e Tascha)... Huuummmm... Talvéz... hahahahaha... "Brincadeirinha..." Mas sério agora, aí cheguei nos anfiteatros sexta, local em que havíamos marcado. Sinto meus olhos pegando fogo, me evaporando por inteira... Olhos e lágrimas, pele e suor. Encontro os olhos de Dada, não pela primeira vez, inclusive. Sinto que a emoção não é só minha... Pressinto a atuação recheada de amor. Tascha estava com sono... Esperava que quando subíssemos, ela também pudesse compartilhar dessa sensação. A atuação foi na Onco... (Quanto amor... Ps. Nari virtual, desculpa! Eu não sei colocar emoji nesse bregueço...) [...] Mas bem, a verdade é que eu não lembro exatamente de cada momento da atuação! E NÃO FOI pelo atrasinho na postagem, viram, lindovisoras?! (Toni e Danda, viu, Nari?!) Sorry... Lembro de já ter terminado de atuar sem lembrar o que tinha acontecido... Mas algumas coisas marcam, justo? Hahahah... Primeiramente, o bigode. Um quarto nos escolhe. A acompanhante de um senhor (não tão receptivo assim - mas é que ele era o gestor e fiscal do setor, e por isso era assim sisudo, entendeu, Nari?) nos chama. Mal sabia ela que antes desse chamado (para uma foto - me senti prostituída), um outro chamado sinlencioso já havia sido feito... Um chamado bem brilhoso e sincero nos e através dos olhos. Era impossibilitado de falar por motivos de oxigênio e sei lá o que mais... Imediatamente pensei em brincar com ele de elefante (era um tubo para oxigenação), mas não sei porque depois essa ideia se esvaneceu de minha mente... Não me lembro de como nos tornamos parentes... Mentira! Lembrei! As meninas disseram que era devido aos nossos olhos... Lmebro ainda daquele olhar, sabia? Do olhar trocado ainda na porta, (eu pedia permissão para encontrar e dar um cheiro em sua alma...). Parece um pouco pretensioso se assim escrito... Mas é que é um fenômeno mútuo e sincero. Abro o meu coração o máximo que posso e me faço disponível. Não lembro sobre o que falávamosm mas tinha um bigode no meio. O seu bigodon, lindão e sedutor. Ele tinha um BIGODOONNN! (obs. Toda vez que escreve bigode, canto mentalmente "bigodooonnn" com aquele ritmo do comercial da skol eu acho, aquele do "bigodon", sei lá o que, "aperta o ON" Hahahahaha...). Aí sim! Em seguida, ele nos mostra (eu acho que foi ele... Ou foi seu acompanhante que falou, sei lá porque) o peito dele. Uma grande cicatriz de mastectomia (CA de mama). Na hora exata, entendi perfeitamente (após 1 milisegundo de frio na barriga) que na verdaaaaaadddddeeeeee, ele tinha um outroooo bigode no peito e que havia retirado para não ficar assim tãaaooo conquistador, afinal ele era casado... kkkkkkk (aff...). Foi muito sensacional!!!! Uma outra atuação fodástica foi a dos doidos... Hahahah. O último quarto. Ao estabelecermos o primeiro contato com os cerumaninhos, estes nos advertem que eram doidos! Dicemos qu que tínhamos medo de doidos e tentávamos nos comunicar da porta... Tascha disse que não tinha, e entrou. Depois de um tempo, Dada entrou e algum tempinho depois, elas me resgataram... O doido 1 via o nariz de Tascha como eu e Dada víamos. Tascha via errado e queria nos provar que estávamos errados. Ela era a doida da história... Até trocou a cor do nariz (foi muito massa!) e daí, eu e Dada vimos errado... Foi uma doidera no sentido real da palavra. Mas para mim, o melhor momento dessa atuação foi quando eu e Dada brincávamos com o doido 1 de que Tascha era a doida e tagarela... (Hahahaha). Ela falava alguma coisa com o doido 2 e não estava percebendo a brincadeira que brincávamos.Foi muito engraçado. Houve também a atuação com Rosa, mas acho que as meninas falarão sobre ela em seus DB´s. Para finalizar, gostaria de deixar meu enorme desejo de que nos integremos mais para conseguirmos nos comunicar melhor com o olhar e tudo fluir com mais amor e naturalidade e encaixar no tempo certinho.

ps. Obrigada Dada por ter percebido a história de COMER peixe frito!! hahahahahah

Beijooossss!

sábado, 25 de março de 2017

Alojamento Conjunto: O retorno das que já foram!

Olareees!
Faz um tempão que não venho por aqui, mas estou de volta. Hoje serei muito objetiva porque estou bastante cansada... Essa semana foi osso! Iniciamos um novo semestre acadêmico, daí veio reciclagem, nossos novos narizinhos lindos, a tão esperada formação das duplas/trios e, finalmente, as atuações. Vamos logo para a novidade... txan txan ram ram... Minha nova MCM é nada mais, nada menos que outra pinguinho, Valdete Tamburete, a própria, em carne e osso. Maroca é nossa nova lindovisora! Já adorei e tenho certeza que será mara! \o/
Minha última atuação havia sido no Alojamento Conjunto e não foi lá essas coisas, e foi para onde retornei para atuar com Valdete. Confesso que senti medo, muita insegurança e vergonha. Eu estava com muita vergonha! Mas, já que é para se jogar, me joguei e lá fomos nós. Conhecemos a tia do carrinho da alegria, que tinha um nescau cereal radical na bochecha (ela faz jus a sua função no setor: servir a alimentação dos pacientes/acompanhantes). Conhecemos também Damares, cuja vitória tem sabor de mel. Não esquecendo das nossas amigas que adoravam uma fofoca e que super aderiram ao jogo, bem como a outra amiga da limpeza. É muita amiga para muito babado! Visitamos a praia de Boa Viagem, onde muitos estavam fazendo bronzeamento artificial; fomos para a festa no apê e lá não rolava bundalelê, mas tinha choro sintonizado de recém-nascidos; participamos de uma reunião de condomínio, em que a pauta foi: “quem não sorrir, vence!” e nós vencemos, é claro. Além disso, foi uma tarde de lições... Aprendemos como faz para a mamãe passar açúcar no bebê, o que deu origem à célebre frase “mamãe passou açúcar em mim”. Aprendemos também que a vida ensina, então fomos atrás da vida, e nessa busca, conhecemos a mamãe e a vovó de ‘Vencedor’. Com esta descobrimos que todos somos vencedores. Por fim, nos mandaram ir em busca da felicidade. Não concluímos nossa empreitada, mas descobrimos qual a chave da felicidade. Inclusive, ela tem umas pedrinhas de diamante!
Foram poucas horas de atuação, mas muitas coisas aconteceram nesse curto espaço de tempo. Como costumam dizer que as palavras não dão conta, deixo apenas um simples registro de nossa tarde. Apesar do medo inicial, insegurança e vergonha, considero ter sido um dia legal e não só conseguimos dar conta do recado, como nos divertimos. E como disse minha MCM: “Isso aqui é renovador!”. Gostaria de agradecê-la pelo companheirismo na atuação, inclusive nas horas do “eu não sei mais o que fazer!”. Desejo que possamos CRESCER juntas, no sentido amplo da palavra!


Beijooos!

Se vir uma vassoura, corra! A injeção vem por aí.

Não tão querido DB eletrônico,

Quarta foi dia de voltar a atuar no setor! Depois de tanto tempo sem atuar, o percurso do térreo ao sétimo andar do HC pareceu mil e uma eternidades, e a cada eternidade eu ia ficando mais nervosa. Mas, eu estava com minha mais nova MCM e tinha motivo de sobra pra ficar feliz e me amostrar com ela por aí, por que é Camiii 💛 E lá fomos nós nos preparar e subir a energia. E lá vem surpresa! Pra subir a energia teve dancinha mexicana kkkkkk Apanhei pra tentar imitar os passinhos saltitantes de Cami, mas da próxima vez eu vou tentar me enrolar menos! kkkkkkk Socorro! Hora de subir o nariz e sair do quarto.

Logo quando passamos pelo corredor pra pegar/devolver a chave do quartinho já percebemos que estava bem cheio, e com pouquíssimas pessoas dormindo #milagre! Nosso primeiro encontro foi com Seu Moisés, um senhor super fofo que estava sentado com cara de desconsolado em um dos banquinhos do corredor. Ele nos contou o motivo da sua desconsolação e fomos prontamente notificar a responsável pelo corredor. A tarde foi cheia de #denúncias, mas os encarregados as resolveram quase tão prontamente quanto nós fizemos as reclamações. 

Corredor cheio, tivemos um encontro atrás do outro. Encontramos seu Oscar, pai de muitos filhos, inclusive de cinco Marias, e que já está na terceira esposa, encontramos Dona Suely, que está com muita saudade de sua cadelinha, Dona Ivone, senhorinha fofíssima que nos deu dicas de moda sobre nossas roupas, fez Doroteia considerar um toque a mais de vermelho na pele e eu um tou tou ainda mais volumoso... kkkkkk. 

Depois disso, tivemos um super encontro múltiplo, em um quarto lotado. 4 pacientes+ 4 acompanhantes, só uma mulher. Foi só a gente chegar e Webson voltar de seu banho ~ quase outorgado pela única mulher do quarto ~ que a baderna se instaurou kkkkkk. Primeiro, Seu Paulo disse que Webson era chato, depois Webson disse que ele era muito chato mesmo, mas daqui a pouco estava ele tagarelando com a gente contando do mistério ocorrido às 1h da manhã daquela noite. O problema foi o seguinte: Webson acordou se sentindo com febre e foi chamar a enfermeira e se deparou com um dos acompanhantes atrás da cama do outro paciente. Daqui a pouco Seu Paulo acordou também e testemunhou a cena. Segundo Webson, o acompanhante estava lá porque queria amarrar o paciente na cama (SOCORRO kkkkkkk), segundo o acompanhante acusado, Webson tinha causado baderna no quarto de madrugada só pra poder puxar conversa com a enfermeira, e segundo Seu Paulo, os dois estavam acordados porque eles ainda vão descobrir que estão in love um pelo outro. Resultado? Só Deus sabe! kkkkkkkkkk Daqui a pouco era leite de jumento ou de jumenta? quem era que tomava o leite? Me perdi, não entendi foi mais nada! E daqui a pouco tinha um acompanhante enxerido colocando Dorotéia em situação difícil, migo, se saia que ela é muito Pandeirão pra você!

Seguindo, teve suco de graviola, teve contenções de ataques de riso, teve paciente chato, e quando estávamos no último quarto do corredor, PAM! De repente aparecem dois homens de azul na porta do quarto dizendo que o horário de visita tinha acabado. Eu, cega como sou, estava muito longe da porta e não vi que tinha o símbolozinho dos seguranças na roupa deles e pensei logo que eles tivessem perdidos no meio do mundo, tivessem errado de quarto, sei lá, até que vi a cara de Doroteia. AI MEU DEUS! kkkkkkkkkkkk Mas aí eles disseram que era brincadeira e fomos prontamente arengar com eles por tentarem expulsar a gente. Saindo do quarto, encontramos um maqueiro em potencial varrendo o chão e quando íamos começar a dançar e varrer atrás dele chega um enfermeiro dizendo pra ele varrer nosso pés pra a gente não casar! NÃAAO, assim eu vou ficar encalhada! Corremos para pedir abrigo a (antes eficiente) encarregada pelo corredor que ficou demorando pra nos fornecer proteção só porque já tinha casado duas vezes! MOÇA! A VASSOURA TÁ VOLTANDO! Demora aqui, demora lá, vem uma voz: É pra essas meninas essa injeção? E lá estava ele, o mesmo enfermeiro que queria nos condenar a viver encalhadas pra sempre segurando uma seringa enorme. AAAAAAAAH, MOÇA, MOÇA!! Pegamos a chave e saímos correndo em direção ao nosso abrigo 

Fim de atuação com muitas emoções, precisou de concentração para baixar a energia que estava lá em cima! Foi uma atuação maravilhosa com uma MCM maravilhosa, foi bom matar a saudade assim! 😊

Energia é corpo em trabalho

Olar Bulbinha,
Essa semana foi marcada pelo início de um novo ciclo na palhaço terapia. E que início viu? Posso dizer que foi uma das melhores atuações. Consegui sentir coisas, inclusive técnicas, de qualidade de trabalho, que nunca achei que conseguiria sentir.
Minha primeira atuação desse ciclo foi no 11º sul, ao lado de MCM´s provisórios ( sim,eu estava de intrusa), Dinho e Cela. Dei o nome de " energia é corpo em trabalho" a esse post porque, muito embora palavras não sejam suficientes, acho que resume bem o que foi essa atuação.
Confesso que subi tomada por um misto de sensações: cansaço, ansiedade pra usar o meu nariz, empolgação pra tentar aplicar o que foi visto na reciclagem e um pouco de desânimo, já que as experiências que já tinha vivido no 11 sul não haviam sido as melhores.
Sobe a energia, sobe a energia, sob a energia e...PAM, sobe o nariz!! Os palhaços já estavam ali, naquele quarto da enfermagem e o simples fato de ter que desligar o ar condicionado do quarto mudou nossa atuação inteira: atuamos sem dar um só palavra, só trabalhando com os sons. Nunca estive tão presente. Meu corpo falava por mim, ele não tinha como morrer. Coloquei intensidade até nos gestos mais mínimos e me fiz entender sem precisar um elemento sequer de todo o vocabulário que tenho com meus 21 anos. Se alguém me falasse, eu nunca ia entender o quão gostoso isso é. Sentir o corpo vivo, entregue, aberto, pronto pra ofertar e pra receber.
No primeiro quarto que entramos,havia uma paciente meio sonolenta, acompanhada da filha.De início, ela não demonstrou estar muito aberta, mas começamos a cantar " nana neném" e ela foi se animando. Fomos subindo o ritmo da música conforme a energia dela ia subindo e logo estávamos cantando em ritmo de frevo enquanto ela caia na gargalhada. Escoltamos uma senhora que encontramos no fim do corredor até o quarto dela que, pra nossa surpresa, era o primeiro do corredor. O quarto dela tinha muita gente e me animou ver que conseguimos manter o foco bem aberto e interagir com todo mundo. A companheira de quarto dela vestia uma roupa de onça e isso foi o suficiente para transformarmos o quarto em uma selva e fazermos papel de cobras/encantadores de cobras.
Voltávamos pelo corredor quando uma senhora mexia no celular e não quis nos dar bola. Nos abalamos? Nãão. Pegamos o nosso celular imaginário e ligamos pra ela. Nas primeiras tentativas, ela recusou nossas ligações, mas logo resolveu atender e ( pasmem) até aceitou casar com Dinho!!
E por falar em casar com Dinho, ele arrasou corações no setor!! Casou em dois outros quartos: o que fomos depois desse, onde eu e cela nos desfizemos das alianças que firmavam nosso amor com ele - eu joguei a minha (imaginária) pela janela, e cela tirou um anel que tinha no dedo e entregou a Dinho- e fomos embora; e no último quarto, onde o casamento marcou o encontro mais lindo que já presenciei. No último quarto que fomos, tinha uma senhora bem debilitada, dona Francisca. Dona Francisca falava baixo, com muita dificuldade e era um pouco difícil a comunicação com ela. A irmã dela disse que ela tinha o sonho de casar e Dinho aproveitou a oportunidade para pedi-la em casamento. Tirou o anel de Cela do bolso e colocou no dedo de dona Francisca. Os olhos dela brilhavam do jeito mais puro que podiam. Ela sorria,um sorriso cansado, mas lindo!! Colocou o mesmo anel no dedo de Dinho, pra concretizar a troca de alianças, deitou a cabeça dele no colo dela e ali ficou, alisando a cabeça e a barba de Dinho. Até pedi um pouco de carinho, mas a atenção dela estava toda voltada pra o marido. Queria poder agradecer a dona Francisca : a negativa de me dar cafuné, me fez dar um passo pra trás e contemplar um encontro do qual nunca vou esquecer. Queria poder dizer a ela que o olhar dela me fortaleceu e trouxe sensações das melhores que eu poderia ter.  Era hora de irmos embora. Dinho se despediu dela e ouviu de Dona Francisca um pedido:" Se você me ama, volte aqui pra me ver!". Voltamos pra o quarto, abaixamos o nariz, guardamos o palhaço dentro de nós, mais uma vez, e, com o palhaço, guardamos o sorriso, o brilho no olhar, a energia, tudo num lugarzinho lá dentro. Espero poder buscar esse lugarzinho todos os dias. Espero poder lembrar que o palhaço é o que eu sou e ser grata por isso a cada segundinho.          

Antes do baile verde

DB, 
A atuação na clinica foi mágica. Tudo começou já na salinha. Subimos a máscara e tínhamos que desligar a música. Comecei a brincar com a dança de Cela. Desliga, volta. Desliga, volta. Pilé aponta para desligar o ar-condicionado. Respondo com ruídos. As meninas continuam a comunicação com ruídos. Saímos cantarolando: ruídos. Era aquilo mesmo? atuaríamos sem falar? Parecia desafiador. No primeiro quarto, colocamos o rosto. Agora é na base do ruído, sem falar. Lascou. A acompanhante nos olha e diz: "ela está com sono". A paciente vira. Estava acordada! Entramos cantarolando nana neném. Começo a maestrar as meninas. Mais agudo. Mas grave. Cíclico. Baixo. Alto. Depois é a vez de maestrar a acompanhante. Ela, rindo, não entra no jogo - mas era visível sua vontade de entrar. Pilé joga uma carta: nana neném em jornalismo. Cela completa: em rock. Eu lanço outra: nana neném em carnaval. E nana neném ganhou vários tons, embalados pelo riso das duas. Uma pausa pra uma desvantagem de atuar sem falar: não trabalhamos com nomes. Uma vantagem de atuar sem falar: os nomes são do nosso imaginário. Saímos do quarto e encontramos uma senhora. Fazemos um quarteto e ela nos leva a seu quarto. Cantarolamos o tema dos sete anões. "Eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou". É esse quarto? Ela, já falando em ruídos, aponta que não. Música cansada. Esse quarto? Ainda não. Música estressada. Esse quarto? Não! Música muito cansada. Esse quarto? Não!! Música em tom de socorro!! Depois entramos no quarto e estivemos em uma verdadeira selva, cheia de cobras que subiram ao toque da flauta (olhinhos do WhatsApp). Então veio um concurso de dança. Uma conversa no celular. Uma tentativa de sequestro. Uma pausa pra ouvir histórias. Um choro porque ia levar alta e deixar os amigos. Um divórcio com Cela, que me deu seu anel e o guardei no bolso. Até que no final: dona Francisca. Uma senhora que nunca tinha se casado. Prato cheio para o jogo. Pedi em casamento. Ela, muito seria, diz: "mas pra casar tem que ter aliança". Lembro do anel no meu bolso e olho pra Cela. Ela entende meu recado e diz que sim. Permite usar o seu anel. Que conexão linda! Que MCM maravilhosa! (E foi só nossa primeira atuação). Coloco em seu dedo a aliança e vamos para as fotos do casamento. Me agachei para falar com ela. Ela, me olhando cheia de amor, alisa meu cabelo e minha barba. Que olhar lindo. Que olhar feliz. Sinto uma troca de energias imensa e percebo o sonho que ela estava projetando em mim. Ela estava realizada. Não sei o tempo que passamos naquele encontro. Seus olhos estavam profundos e serenos, mas, apesar de carregar muita história, parecia só pensar naquele presente. Quem ganhou o presente fui eu.

Renascimento

Querido DB,

Tudo mudou. Sinto falta de Martinha e Páh e de conhecer o ritmo do meu MCM ao ponto de antever certas coisas que ele vai fazer. Volta o frio na barriga, volta o desconhecido e o medo gigante de errar, de perder oportunidades. Mas fico feliz! Tem que ser assim, faz parte! Foi massa atuar com Bia e Duda! A sensação foi de que atuávamos juntas há séculos. Mas, comecemos do começo...

Lá estava eu pleníssima tirando um cochilo do DAMUC enquanto esperava dar o horário combinado, quando chega Duda me acordando do jeitinho mais fofo da vida. Me levanto e sigo, ainda dormindo, com as meninas para o décimo primeiro NORTE (finalmente!!). Ficamos preocupadas porque vários quartos estavam em isolamento ou estavam sem clima para receber a gente. De toda forma, nos trocamos, levantamos a energia com a música mais apelativa do universo - culpa de Duda - e saímos.

Encontramos um rapaz sisudo que logo batizamos de fiscal da enfermaria. Um senhor de bigodón que, pelos olhos, poderia ser parente de Bia. Senhorinhas risonhas que estavam prestes a ir embora. Um quarto com um doido de Vicência e um não doido que, pela estripulia que fizemos, com certeza endoidou.

Mas o mais legal de tudo foi o reencontro com Rosa. Aquela Rosa da segunda atuação. Rosa limoeirense. Rosa que tem uma irmã maravilhosa. Rosa que gosta da cor rosa. Rosa que sente falta do culto e dos amigos. Rosa que vai fazer aniversário em breve. Rosa que já não come bode há um tempo. Rosa que surtou quando no meio da atuação eu troquei o lado do nariz vermelho, e ele virou rosa. Que maravilha que foi estar no quarto RENASCIMENTO!

Até mais, DB!
Tascha.

Marininha e Tascha Evans

Querido DB,

Tá indo tudo fora de ordem por causa da mequetrefice e a cabeça que não ajuda em nada. No dia do piquenique do MAIS fomos eu e Marininha, que carregava consigo cookies maravilhosos, para o décimo primeiro. Nunca vivi nada do tipo enquanto subíamos a energia. Foi uma conexão mental, telepatia, sintonia, sei lá o que, que a gente começou aleatoriamente a dançar e cantar bem alto HSM. Foi um show a parte! Bop to the top foi a pedida e a vontade de sair do quarto era nenhuma. Achamos por bem mudar a metodologia para subir a energia. Deu certo. Seguimos.

Conhecemos um casal de São Paulo apaixonado por Pernambuco e pelo nosso Carnaval (quem não?). Tentamos alguma interação com aquele chinês (esqueci o nome) bem famosão da CM, mas sem sucesso, ELE FINGIU QUE ESTAVA DORMINDO HAHAHA. Encontramos um suposto trapezista de circo e o clima no seu quarto foi SENSACIONAL. Curiosamente, era o mesmo paciente com quem tinha feito minha prova de IEC - pense no massacre que foi ele passar a manhã inteira para 13 alunos fazerem exame físico nele. Fiquei feliz! Ele merecia esse carinho imenso!

Ficamos presas do lado de fora do quarto com a energia no fundo do poço porque a enfa chefe desapareceu. Foi super tenso. Mas deu tudo certo!

Tudo novo, de novo



DB,

É tudo novo, de novo. MCM nova, experiências novas e, até mesmo, nariz novo! Acho que a única coisa velha foi o setor hahaha já fui tantas vezes no Alojamento Conjunto que, chegando lá para atuar, a enfermeira foi logo dizendo, quando nos identificamos como da palhaçoterapia: “Eu lembro de você!”

E apesar de ter feito tantas visitas ao AC, ainda acho esse um setor muito difícil. A atuação é mais basal, as mães nem sempre compram os jogos, muitas ainda sentem muita dor... É sempre um desafio. Dessa vez, ainda tivemos alguns pequenos picadeiros, sem saber bem o que fazer ou como sair de algumas situações.

Mas então. Nos trocamos, subimos a energia, de um jeitinho bem nosso, e saímos. Logo no primeiro quarto, encontramos um bebê (dormindo, claro), duas mães e duas acompanhantes. Todas interagiram bastante e entraram no jogo, mas uma das acompanhantes estava um pouco pra baixo. Dizendo que estava há 9 dias no hospital... rebatemos perguntando: imagina passar 9 meses numa barriga? Ela riu. Mas o ânimo ainda continuava lá embaixo... foi difícil convencer ela de que a vida era melhor que aquilo. E por falar em vida...

Em um outro quarto, entramos falando baixinho, em mímica, porque estavam todos dormindo. Exceto por uma acompanhante, que começou a conversar com a gente. Conversa vai, conversa vem, ela nos diz que a vida ensina. “Mas onde encontro essa tal de vida? Ela dá aula particular? Cobra caro?”

Saímos tentando encontrar essa tal de vida que ensina... E chegamos em nosso último quarto. A paciente nebulizava e sua mãe nos contou um pouco de sua história. Sua gravidez era de risco e ela não tinha previsão de alta... Nesse meio tempo, a nebulização terminou e Evinha se aproximou dela. Não falamos nada, mas, de repente, a paciente começou a chorar e dizer que queria ir para casa. PAM. E agora José?! Na dúvida, ASSI! Chegamos mais perto e começamos a falar sobre o hospital, sobre seu filho, sobre o quanto ela era vencedora e que em breve ela estaria fora dali. Não precisou de muito e ela parou de chorar. Deus é mais hahaha Saímos do quarto e a senhora nos disse: olha aí, a vida ensina!

E não é que ensina mesmo?

Leite de jumento

E preciso começar dizendo o quanto eu estava nervosa kkkkk minha nova MCM (Marininha ❤️) é uma das melhores que podia imaginar, fiquei realmente mttt feliz hahah
E então nos encaminhamos para o sétimo sul. Uma breve olhada. Setor LOTADO, vimos que era hora de visita. Levanta a energia ao som de uma dança mexicana, sobe o nariz e vai! 

E logo, um encontro: seu Moises. Um senhor suuuuuper fofo que tava sozinho sentado na mesa. Ele tava chateado e perguntamos o porque. Ele disse que toda vez que chega no hospital o seu sobrinho ta fazendo exame e nunca consegue ve-lo, absurdo... isso merecia uma reclamação formal! 
"TEMOS UMA #DENÚNCIA !!!!"
Só sei que nisso conseguimos descobrir que o sobrinho tava no terceiro andar fazendo exame e que ele podia ir la encontrar ele. Seu Moises ficou mttt felizo hahaha primeira boa ação do dia!
E quantos outros encontros tivemos... seu Oscar e suas 5 filhas Marias... soubemos da historia da sua vida com suas 2 ex e a atual esposa kkkkk
Entramos no quarto de Meire, sua mãe e Dona Ivone (fofissimaaaaaaaa), a qual tava sem companhia porque o trabalho da sua filha não tinha liberado ela :/ ficamos muito felizes em arrancar umas gargalhadas dessa senhora lindaa! 
E agora o quarto mais hilário do setor! Quarto lotadissimo, com 4 pacientes e seus acompanhantes, foi realmente um desafio kkkkk e ai, quando Webson sai do banheiro, um senhor chamado Paulo aponta pra ele e diz que ele era muito chato e cabuloso. Webson entao confirma com muita segurança a queixa kkkkkk terminou que ele era um tagarela que ficava entregando e acusando o acompanhante do outro lado do quarto, dizendo que ele saia no meio da noite tentando roubar as camas dos outros pacientes KKKKKKK foi realmente hilário, na hora me deu uma verdadeira crise de riso! Ele tava sendo alimentado por uma sonda que tinha um liquido branco, ai eu "esse eh teu leite eh?? É de vaca?"
"É não, é de jumento, quer dizer, de jumentA, pq so quem gosta de jumento eh o outro ali na frente" KKKKKKK
Apesar de ter sido um quarto mt bom, teve um momento em particular que foi tenso pra mim. Webson tava ajeitando a sonda olhando por um espelho que seu irmão segurava. Quando fui segurar o espelho, brincando pra ajudar, o irmao dele ficou tirando onda dizendo pra ele olhar pro espelho e nao pra cima (pros meus peitos #sos) pra não se desconcentrar.  Fiquei morta! Tentei dar um jeito e consegui sair dali e fomos entao andar o resto do corredor.
E ai no último quarto... dois seguranças entram e olham SÉRIO pra nós e dizem "acabou o horário da visita, podem se retirar por favor"
PAM KKKKKKKKK eu e Tutu nos entre olhamos rapidamente e começamos a tirar onda com eles (pedindo a Deus que eles estivessem brincando KKKKKK). E sim, estavam, UFAAA. Acabou que foi engraçado demais mesmo. 
Na reciclagem falamos muito de como era dificil acabar a atuação, mas fico feliz em dizer aqui que ela acabou da melhor maneira possível .
DO NADA o cara da limpeza tava com uma vassoura e virou pra a gente dizendo que ia varrer os nossos pés pra a gente nao casar!! Que absurdoooo! "MOÇA SOCORRO, PRECISAMOS NOS ESCONDEEER". E quando pegamos a chave e fomos pra o quarto, surge tambem um enfermeiro com uma seringa ENORMEEE e ameaçou nos pegar. Eu e Tutu demos foi uma carreira da gôta e entramos no nosso esconderijo. Tudo acabou com uma crise de riso e uma energia ainda ali nos 100% ❤

Aaaaaahhhhhh-tchim! (rinite!)

Ontem foi um recomeço, foi hora de revisitar algo que eu já conhecia, mas com tudo novo. Claro que foram outros encontros, outros mcm´s, outro andar do HC. Mas acho que no fundo mesmo, o "novo" que fez diferença foi eu ser outra, na mesma pessoa. A atuação, pra mim, reflete meus ânimos, minha energia "pessoal", reflete como eu estou, já que quando a gente se joga no vazio, o que se traz de bagagem, conta pra tudo. Já que não tem roteiro, aquilo ali acontece verdadeiramente e espontaneamente, não é uma "farsa", não é um personagem, não é montado nem planejado, não está dissociado do corpo. E meu corpo reflete meus sentimentos, meus ânimos, minha "vibe". Aí tudo se mistura, e pode dar certo. Acho que com a vivência, vai se tornando algo mais natural e menos intrínseco, mas não menos sincero, e sempre associado ao corpo e às emoções. E tudo vale, claro.

Ontem fluiu, fluiu demais, foi massa. De cara eu percebi que não auava a muito tempo, e não lembrava direito da minha make. Mas acho que saiu certinho. hahaha. ou agora mudou... Eu tava tão ansiosa que ia sair da salinha de se trocar sem nariz e sem subir energia. Acho que já tava meio alta mesmo, na vdd haha. Pela primeira vez senti a energia se manter num platô tão incrível, que eu curti cada minuto!

Fotos aéreas
80 fotos
Desfile de moda
Paixão de cristo
Pote de ouro + arco-íris
Dilúvio
Ouro em todo lugar
Aspirador de pó
Presente
Posto
de gasolina
de abastecimento
Agulhas e seringas
Mais comida - vai ter brigadeiro?
Rinite!

E essa duplinha linda de olhinhos amarelos e narizes redondinhos e vermelhos que me arrumaram? Eu queria estar presente no 1o momento, na 1a atuação juntas. Eu tinha que estar, poxa. Esse 3o elemento aqui tentará o máximo se fazer presente, na certeza que elas já são grandes juntas, e que minha presença é só um adendo [para mim!]! Esse ano de aventuras tá só começando, e já tô torcendo pra ser maravilhoso!!!!

Um novo mergulho

Começou um novo ciclo, companheiras novas, a alegria e expectativa pra essa primeira atuação fizeram com que a energia subisse rapidinho, o "problema" de trocar olhares entre o trio deixou de ser problema quando Aah sugeriu que a gente se aproximasse mais nossos olhos e fazendo com que eu amasse ainda mais aquele momento. Mergulhamos juntas no corredor do 10° como se fosse a primeira vez. De cara encontramos uma modelo fotográfica lá de Brejo da Madre de Deus, que dividia o quarto com uma senhora que nos confessou que ator da globo ela queria que fosse Jesus Cristo ( Reynaldo Gianecchini tem uma grande fã) e do seu passado como dançarina de gafieira. Assumimos a missão de encontrar um fotógrafo pra o ensaio da nossa modelo, e por sorte encontramos, no quarto ao lado, Sr. Júnior, especialista em aerofotografia e recordista de fotos de palhaças em uma atuação (83 fotos ao todo). Virou meu convidado oficial pra todas as festas de aniversário do ano na casa do seu colega de quarto. Depois da travessia de uma ponte, encontramos um arco- íris, e consequentemente o pote de ouro, mas não ele todo no fim do arco- íris uma senhora nos contou que o pote quebrou e o vento espalhou o pó por todas as direções, ela teve a sorte de poder receber o ouro diretinho na mão dela. Na cama ao lado descobrimos tudo, Carol comeu uma parte do ouro e agora a gente tinha que achar um aspirador de pó pra poder juntar todo o pó de novo. Nessa busca fizemos a entrega de uma presente que um admirador secreto mandou pra Japa que vestia branco e usava touca, um presente metálico que parecia ser muito valioso. No caminho conseguimos mais modelos pra o nosso desfile e até arranjamos uma viagem pra Campina grande no São João, mas essa não era tão fácil assim. Assumimos a missão de conseguir tirar nosso guia e anfitrião de lá até o São João e chegamos à conclusão que a única coisa que faltava era um tapete mágico, porque vontade já não falta por parte de nós três e nem por parte do anfitrião que me surpreendeu por lembrar que umas palhaças passaram por lá há um tempo atrás procurando o carnaval, e principalmente porque dessa vez ele tava muito mais comunicativo e parecendo gostar mais de receber visita de palhaços. Encontramos um pessoal que ia viajar pra conhecer as estrelas e articulamos nossas caronas. Depois de receber um presente da nossa amiga Japa enquanto a gente já via o céu escurecendo, aparece um espião: " vocês foram em todos os quartos, não vem aqui não??". Não só espião, mas também modelo (tivemos a honra de ver um pequeno desfile) e palhaço, fizemos questão de dizer a ele o quanto era a realização de um sonho conhecer pessoalmente um e que se não fosse por ele a gente nunca ia descobrir que palhaços iam visitar o HC. Depois da atuação um sentimento que tomou o resto do dia, que satisfação poder fazer parte de tudo isso, muito obrigada meninas por essa atuação maravilhosa. 

sexta-feira, 24 de março de 2017

Do novo

Chega um novo ciclo, e eu chego pra ele com uma sensação meio complicada de página nova mas de muita carga. Chego me sentindo pesado, como que carregasse comigo o todo das coisas que estão ao meu redor. Me canso por mim mesmo, e fico com receio de me fechar muito dentro de mim durante a atuação por conta desta sensação. Saio de casa quase perdido pela manhã, me atrapalho com o simples, perco uma aula, quase quebro o celular. Na aula me sinto distante, almoço pouco por medo de que a comida pese ainda mais e a energia toda corra pra barriga, deixando o olho mais fraco. Decido esperar por minhas MCMs no DA de medicina. Guga tava por lá, e o olho ligado faz contato. Bebo uma água, respiro, escovo os dentes. Sento e deixo o corpo descansar um pouco. Chegam mais rostos conhecidos, da palhaço e do passado de ensino médio, surpresas que carregam consigo uma mensagem bem clara de possibilidade, oportunidade, caminho.
É só estar pra ter. Mas existir é mais do que só ser. É só estar disponível pra ter jeito. Mas é preciso que se reconheça o que aparece por nossos caminhos para que essa energia potencial se transforme em força motriz. E daí se ri, se fala, se abre coisas e cantos e vínculos. Existir é perceber e reagir e esperar. É ser para além do seu pequeno espaço, do corpo casmurro, da pele como carapaça. Acho que existe uma carga bonita de significado que eu estivesse até semana passada descascando por conta do que me queimei pelas praias do litoral pernambucano agora enquanto minha irmã esteve por aqui. Retirando de mim camadas que me distanciavam do que está para fora desse organismo, do que é físico daquilo que sou.
A atuação foi mais um ponto dentro de um universo cade vez maior e mais interconectado de experiências. Parece todo dia mais difícil pra mim dissociar as coisas umas das outras.
Vi muita coisa boa na atuação da gente, desse grupo novo recém encontrado. Vi muita coisa pra crescer e fortalecer, e muita coisa pra repensar e ressignificar. Chego pra esse novo querendo que ele seja em sua verdade. Não, mais do que isso. Que ele exista. Que esse contato exista, que esse grupo exista, que venha de vida e resulte em mais vida ainda. Quero porque em muitos sentidos acho que nesses tempos preciso disso. De ver o trio como o resultado natural de um processo nosso de expansão e transcendência.
Hoje, de certa forma, acho que existo pra isso. Não apenas isso, mas isso com muita força. Sou palhaço. Acabei não dizendo isso às minhas MCMs após a atuação, mas daqui pra frente serei palhaço lá. Para todo mundo. Serei palhaço e mais coisas, claro. Mas serei palhaço. Isso eu não quero mais negar.

1ª atuação do segundo ciclo!

10º andar!
De início quando eu, Martinha e Ah chegamos, estava tudo mt calmo, tranquilo. Deu aquele medinho como sempre... pegamos a chave e fomos nós trocar. Todas felizes pq Ah conseguiu ir pra fechar o primeiro dia em grande estilo! De roupa e cara prontos, subimos a energia e saímos! O primeiro quarto já foi bem animado. Tinha uma senhorinha muito cheirosa e simpática, 2 adultas, 1 moça e um rapaz que a gente acha que tava paquerando a moça, pq depois ele voltou de outro quarto todo arrumadinho e ficou rindo quando viu que a gente percebeu.
Depois fomos num quarto de um senhorzinho muito lindo e fofo que era aerofotógrafo. Eu já o tinha visto ano passado em outra atuação, ele estava andando e sozinho, e tinha ficado mt felizinho pq tinha visto a gente. Hoje, no entanto, ele estava mais Magro e bem deprimido porque terá que amputar uma perna. A gente tentou colocá-lo pra cima, dizendo que ele ia ficar feliz, que a gente foi ali ver ele e etc. Tinha outro senhorzinho no quarto também, e a gente perguntou sobre as musicas que eles gostavam e tal. Depois a gente ficou na porta do outro quarto imitando uma senhora falando ao telefone, ela falava com "Carol". A outra paciente estava deitadinha. A gente começou com uma história que no final do arco-íris tinha um pote de ouro e foi perguntar a essa outra paciente se ela sabia onde estava. Dai ela contou uma passagem evangelica muito legal que eu não conhecia explicando o surgimento do arco-íris... no fim de tudo só lembro que a gente colocou a culpa toda em "Carol" pelo pote de ouro ter sumido e todas acharam a maior graca na história toda... depois a gente passou no quarto de um menino bem gordinho que só deu tchauzinho e ficou fazendo um "medinho" sobre outro paciente que tava no quarto que não deu mt bola pra gente. Mas depois quando voltamos lá pela 2 vez, eles dois conversaram muito e a gente sentiu que conquistou eles e isso foi bem feliz! Depois seguimos uma mulher no corredor e paramos no quarto de uma mulher bem gordinha também que foi uma linda!!!! Ela disse que achava lindo palhaços e tal, e a gente disse que nao éramos palhacas, que o nariz era vermelho porque a gnt tava gripada, sei lá, uma coisa assim, e ela fez uma cara TÃO linda ! "Ah, pensei que fossem aqueles narizes de palhaço" algo do tipo ela comentou, com aquela carinha de criança surpresa. Foi LINDO!!! Senti que precisávamos passar mais tempo ali só com ela, fazendo companhia, mas resolvemos ir para os outros quartos. No corredor ainda brincamos com as enfermeiras e com uns nutricionistas..
Sim, lembrei que na hora de entregarmos as chaves, Ah falou que tinha um "presente" pra enfermeira... era a chave do quartinho. Outra sacada muito legal que ela teve foi quando nos perguntaram porque os nossos narizes eram redondinhos e so o de Ah era pontudo, e então ela disse que era por conta da rinite! Kkkk Que a doença fazia era coçar muito o nariz e então ele ficou vermelho da irritação e deformado por conta de tanto coçar! Kkkk
Teve uma hora que quase que eu caio de tanto rir, quando uma acompanhante estava toda concentrada vendo novela no celular e a gente chegou e ficou quietinha só esperando ela notar.. e ela NÃO NOTAVA! Kkkkk a gente bateu na madeira da porta várias vezes até que ela enfim percebeu e se assustou e riu porque tinham 3 palhaças na porta Dela esperando serem notadas! Kkkk
Aí depois a gente percebeu que começou no meio do corredor e esqueceu dos ultimos quartos!! Aí fomos lá e eles estavam nos esperando! ❤❤❤
A gente fez desfile de Moda e tudo!
Por último fomos no quarto de duas senhorinhas que estavam uma dormindo com uma acompanhante e outra acordada. A gente chegou bem pertinho dessa e segurou na mão dela, ela reclamou de uma dor na barriga de tanto levar injeções, e então a gente fez um jeitinho e expulsou a dor com a mão e ela sorriu e disse que tinha passado! 😍
Em algum momento a acompanhante fez barulho e a outra senhorinha acordou, e a gente falou um pouquinho com ela e saímos distribuindo beijos e mais beijos.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Relato da véspera... (MCM´S SUPERPODEROSAS!)

Narizêeenhhhoooooo,

Ps. (Que nem eh ps. porque pra ser ps. - post script - eu tinha que ter escrito algo antes, massss... Você entendeu a mensagem!!!) hehe Vamos todos ser felizes e vai dar tudo certo porque o importante é o que importa! (Agora: 23/03/17, às 23:16h. Atuação datada: 24/03/17 às 15:46780h aproximadamente, com margem de erro de 24 horas porque queria que fosse agorrraaaaa!!!!!)

Escrevo esse bagulho agora porque tá na véspera da atuação de amanhã e eu to já com a energia alta que num tô me aguentando... Decidi escrever umas letrinhas aqui nesse DB (que eu nem escrevi em você de verdade) pra ver se eu melhioro porque tem condições não... A pessoa precisando estudar constipação dos pirralha (hehehehehe) mas não. Tamo aqui pensando (tava , na verdade, porque agora eu tô escrevendo então eh porque o pensamento já passou, ne?! Não que eu não pense enquanto escrevo, mas a lógica de agora não é essa, né?! Drrr... - foi um pensamento tão engraçado na minha cabeça que decidi compartilhar no grupo lá do grupo do whats mas acho que não fui bem compreendida (fiquei c vergonha... MENTIRA. Tô nemnhaíii, eles vão ter que me aguentar!!!) porque as galeras não entenderam a ideia da minha cabeça, só Rai e Caba, eu acho... É porque tava passando o jogo do Brasil aí eu pensei na gente como sendo os jogadores com nariz, sabe? - Sim!! Mas eu tava pensando no banho isso... Aí esqueci de dizer antes que eu tava atuando comigo mesma... Foi tão engraçado, Narizinho! E o pior eh que às vezes eu errava o jogo e ria de mim, tas sacando? Foi uma legalidade tão massa... Ai eu não tô me segurando...

EU VOU CHEGAR AMANHÃ NA FACULDADE SEM SER EU. Mentira! Eu vou chegar eu sim! Mas vai (vamos?) chegar eu e Risolina juntas. VAI SER MASSA. PPPassa tempo, que saco! Num guento mais olhar pro relógio e não ser amanhã...

O que será que as pessoas fazem, hein? Quando tão assim??? (Emoji pensando) Tô c vergonha de perguntar no grupo porque acho que as pessoas tão estudando e porque eu jã falei essa merda desse pensamento do banho e eu nem disse a eles que tinha atuado comigo hoje, só as minhas mcm´s e lindovisoras e Caio eu acho...Mar minha genteeeennnn!!!

Acho que foi essa reciclagem que foi um perigo mortal (PAN PAN PAN PAN... - Tentativa de sonoplastia daquele filme de terror que tem uma faca no banheiro e a mulher lá) pra mim porque eu to EXPRODINDO DE VONTADE DISPRUDIR CUMUNDO TODINHO DE DENTRO DE MIM PRA MI MISTURAR CUMUNDO IXTERIÔ!!! Vamo si misturrraaaaarrrrrr!!! Eu quero virar feijoaaaaddaaaa ou pirão ou purê ou canjica ou poção de bruxa!! Se misturar tudo isso fica um nojo mas vai ficar tudo bom porque quando você mistura tudo o que há de bom junto com açúcar, tempero, tudo o que há de bom e o elemento X nascem as meninas superpoderosas, vulgo MCM´s superpoderosas!!! Amanhã a GENTE VAI NASCCCEEEERRRRR!!!!!!!!!!! Aguardem os vilões do HC porque amanhã vai ser PEEEIII PAAAA PUUMMM BUFFFF FFFOOOIII!!!!

Beijos, te conto tudo amanhã, Narêeeee!!!!

Alguém ligou pra mim?!

           Minha primeira atuação do ano, e já é uma das melhores, ou seria a melhor? Difícil escolher a melhor. Mas com certeza esta vai ser lembrada pra sempre! MCM novo (Arcanjo Aggiogia) ❤️ E ainda teve MCM intruso (Sônia Sonolenta)!!
           Coloca a pele, escuta música, sobe energia, que saudade disso tudo! Quando eu menos espero, me jogo no escuro. Ninguém fala, só com sons. Foi difícil, realmente senti o que é energia, e como é difícil conseguir manter essa energia.
           Queria conseguir escrever tudo o que se passou nesta tarde, no 11º sul, mas, como sempre, palavras não dão conta. Só sei que foram muitas delícias. E eu nem saberia por onde começar. Mas, posso elencar alguns momentos. Logo no primeiro quarto, me vi dançando e cantando "nana neném" de várias maneiras e ritmos diferentes, mais parecia uma orquestra. E quem conseguia parar de rir com esta cena?
           Em seguida, me vi sendo guiada até o fim do corredor, sim, era o último quarto, com uma senhorinha bastante simpática e sorridente. Entramos no quarto, tinham muitas pessoas lá (logo imaginei o que diabos a gente iria fazer ali, tava todo mundo encarando a gente, esperando por algo, e aí?!). Logo avistamos uma senhora com roupa de tigresa, e isto foi o suficiente pra começar um jogo. Quando eu percebi, já não era mais um quarto, e sim uma selva. Teve até encantador(a) de cobras.
           Depois disso, fizemos vários contatinhos no celular. Foi tanta ligação e mensagem, inclusive teve ligação de vídeo, sim, nossa atuação estava sendo transmitida ao vivo!!!
Teve de tudo: um corre-corre porque o moço queria tirar sangue da gente; uma tentativa frustada de casamento arranjado, que só não rolou porque a gente não tinha dinheiro; dança valendo nota; beijinho da médica; término de noivado com alianças sendo devolvidas/lançadas do prédio do HC.
           Por fim, queria só reviver um pouquinho do último quarto que visitamos. O encontro mais lindo entre Arcanjo e uma senhorinha. Aqui, de fato, palavras não dão conta. Vou só ficar relembrando aqui na minha cabeça.
           P.s.: obrigada a esses 2 MCMs tão lindos que tornaram a minha tarde inesquecível!!! ❤️❤️❤️

Ambulatório de Onco: challenge accepted!

Paulinha arruma atuação no ambulatório de Onco. Memória volta imediatamente pra minha primeira atuação, quando falaram bastante sobre um São João épico que rolou lá. Desejo aumenta. Eu e Martinha chegamos lá. Olho em volta, só por cima, todos sentados esperando numa salinha. Penso que vai ser a atuação mais difícil da vida e me tremo toda. Salinha pra se trocar em que constantemente entravam e saiam pessoas. Energia difícil de subir. Tranca logo isso e pronto. Energia lá em cima. De volta pra recepção. Como sempre, uns mais receptivos que outros, mas TODOS, sem exceção, com os olhos fixos em nós duas. Partimos para encontrar os pacientes da quimio. QUE FRIO DANADO! Jogamos dizendo que, na verdade, aquilo que estavam recebendo era um super poder. O envolvimento deles foi sensacional. Recebemos um dos abraços mais gostosos da vida e ganhamos um chocolate revestido de carinho. Estivemos em vias de paquerar com um Doutor com a ajuda de duas pacientes. Conhecemos várias mamães noel cheinhas de amor pra dar. Foi maravilhoso!

sábado, 18 de março de 2017

Saudades atuações

Querido DB eletrônico,

Minha última visita ao setor foi com tascha de dupla, no dia do piquenique do MAIS. Subir a energia nesta atuação se tornou ainda mais especial por termos sido surpreendidas por "bop to the top", que começou a tocar do nada, e termos feito a coreografia inteira dentro do quartinho da enfermagem, quase que a gente não conseguia parar de dançar pra sair do quarto kkkkk. Nesta atuação conhecemos um casal de velhinhos maravilhoso, originalmente de São Paulo, mas que atualmente mora em Olinda. Tivemos um momento bem especial com eles conversando sobre as maravilhas daqui de Pernambuco e contando nossas aventuras palhaçais. Eles ficaram #chateadíssimos quando souberam que andamos aprontando inclusive em Olinda, mas que eles não nos viram por lá. O casal estava dividindo quarto com o Wu, paciente chinês que nós já havíamos ouvido falar dele, e que haviam dito que a atuação com ele era um desafio. Fiquei morrendo de vontade de atuar com ele, várias ideias de jogos surgiram na minha cabeça, mas, percebemos que ele fingiu estar dormindo quando nos aproximamos do quarto, ainda que estivéssemos conversando com o casal. Eles nos disseram que ele era muito reservado, e que não estava se sentindo muito bem nos últimos dias. Consideramos tentar conversar com ele, mas, lembramos do que aprendemos sobre respeitar o espaço do outro, e só "jogar" quando o outro estivesse pronto para receber. Concordamos que seria melhor deixá-lo descansando, e seguimos para outro quarto. Fomos então ao quarto mais populando do HC. Lá estava seu Aristides com seus parentes e um outro paciente também com seus parentes. Achei muito legal ter encontrado com seu Aristides em um momento que não fosse a prática de IEC, na qual eu ficava me sentindo culpada até o fim da aula por saber que deveríamos ser a zilionézima turma a ir incomoda-lo para fazer exame físico. Um de seus acompanhantes me enganou direitinho me fazendo acreditar que ele realmente tinha trabalhado em um circo, e que ele era o trapezista kkkkkkkk Sai da atuação muito feliz, e com uma receita de quiabada by seu Aristides para testar em casa! ❤

                                                   

Ps.: Só fiquei triste porque Risoleta estava enferma e não pôde fazer uma atuação de despedida comigo 😢

Atuação extra no HOF

Atuação extra no HOF

UMA EXTERNA PERTO DE CASA, ÊÊÊ!!!!
Enfim pude ir para uma externa por motivos já citados. Em primeiro lugar gostaria de dizer que o mapa de Filipe fez toda diferença porque o hospital tem muitos buracos. A gente que é acostumado com o HC acha mesmo os outros hospitais complicados de circular :P
Mas besteira, chegamos lá com muito cuidado por Filipe, nos montamos e saímos! Que tensão! A gente chega com a msg: "Vocês têm que fazer bonito, senão nunca mais tem nada desses projetos aqui", algo do tipo...
Mas tudo bem ne, fomos e foi muito lindo, COMO SEMPRE,
o corredor era imenso e tinham 2 lados assim como no HC, fomos eu, Tony, Cami e Caio; e gostaria de destacar 2 pessoinhas muito lindas que foi primeiro um homem em isolamento de contato que estava com depressão e que a médica disse que não dava um sorriso desde que havia chegado no hospital. Adivinha o que aconteceu?... ELE SORRIU! Com a gente ali contando histórias malucas e dando importância pra vida dele..
Foi lindo! Encontro lindo, recompensa linda! O outro encontro massa foi quando Filipe carregou a gente pra visitar uma velhinha muito linda acompanhada de sua neta, que é cuidada por Filipe e ele tem um carinho muito grande por ela. Ficamos ali um tempão, e depois quando fomos tirar uma foto com ela, Filipe entrou no banheiro como médico e saiu como palhaco, de nariz e com a camisa do PERTO e veio participar da foto também. Achei esse momento muito mágico pra senhorinha e eu fiquei bem feliz na hora porque achei muito massa isso de ele entrar uma pessoa e sair outra! kkk
O hospital em si é muito carente, assim como os Hosp Públicos da região né, e acho que fizemos um trabalho muito lindo e esperamos que mais turmas olhem pra esse lugar e queiram ir ''fazer bem" la também! :)

6ª e última atuação do 1º ciclo!

ENFIM, PEDIATRIA
Olá DB!
Jurava que estava em dias com vc, mas não 😬
Não acredito que esqueci de falar da melhor atuação que tive no primeiro ciclo. de antemão já estou toda tristinha pq não vou atuar mais com meus Mcm's 💔. Foi tão pouquinho tempo... mas de qualquer jeito, Dinho e Pilé sempre serão meus MCMs forever!
Bom, o dia na pediatria foi mtmtmtmt legal. No início da atuação nós vimos uma menininha de uns 5 anos sentada com a mãe toda quietinha. Ela nos olhou mas não foi muito receptiva e então nós a deixaremos no seu espaço. Depois encontramos mais 2, já maiores que a primeira, que logo começaram a brincar conosco, embora Ainda um pouco tímidas pela chegada surpresa. Nesse dia Rai tb atuou conosco, e o resultado foi uma bagunça só. Eu disse que a loirinha era minha irmã gêmea e que tínhamos nos separado na maternidade, depois a gente começou a andar junta, a gente dançou, pulou, divertimos muito eles. O que foi mais legal é que a bebê do início, depois que se acostumou com a nossa presença e nos viu com as outras, foi se aproximando e logo logo já estava brincando e nos contando histórias... essa nossa conquista foi muito marcante.
Teve um ponto também muito legal que acredito que meus MCMs nunca esquecerão: pilé usa um lacinho na cabeça e num momento ele caiu, dai uma das crianças apanhou e foi recolocar... Eulalya, como sempre mt invejosa, rapidamente tirou propositalmente a flor da sua cabeça e jogou no chão dizendo "nossa, a minha flor tb caiu, alguém poderia me ajudar?" , só para roubar a atenção. Essa cena foi muito lembrava por nós depois da atuação e marcou muito. Outra parte TOP foi quando Rai fez de Dinho seu boneco, e ficou mandando-o falar vários idiomas. As mães das crianças tb se envolveram nesse jogo e isso foi mt legal. Conseguimos jogar com todos ao mesmo tempo. Depois eles trocaram de papel e Dinho achou bem difícil ser o controlador da história. Muito fofo esse meu MCM ❤
Aí depois de jogarmos isso, uma das meninas bem mandona disse que era ela quem controlava dessa vez, e tava fazendo Dinho de brinquedo. Nesse momento eu entendi qd diziam que era bem difícil atuar na pediatria. Mas no mais foi tudo perfeito. Cheguei pra salvar dinho, depois fizemos uma competição dividindo o setor entre o meu grupo e o de pilé, eu sempre querendo pegar todos os pequenos pra mim e deixar pilé sem nenhum (hahahaha)
Aí depois a gente brincou de espelho e no fim tiramos fotos com todos os pimpolhos e essa foi a minha realização na palhaço, na última atuação obrigatória do ciclo, e aumentou ainda mais o meu amor pela pediatria! ❤

Deixa o jogo dizer - atuação extra

Tava de férias e louca pra atuar, foi ai que Niveta Toda Preta apareceu ❤❤❤ marcamos e lá fomos nós, pro COB! ❤
Tbm não lembro muito bem de tudo que aconteceu e todos os encontros, só sei que rolou bebe nascendo, comida pra todo mundo e muitas mulheres que tinham comido uma bola e engolido seus próprios bebês 😱😱
Mas uma em especial arrancou nosso sorriso: assim que chegamos a enfermeira do setor disse "não falem com fulana, o bebe dela nasceu completamente deformado e morto, ela não quer papo" e ai foi que Niveta Toda Preta e Felícia Deu Branco não descartaram uma jogada por medo, por pré-concepção! Claro, a jogada foi com 3000 milhões de cuidados extra, mas a gente viu que ela não queria mesmo papo, ela só queria um abraço! Daqueles bem longos, calorentos e que parece q chega na alma. Foi choro pra cá, risada pra lá, mas tudo graças aquee abraço ❤
Parece que aquele dia, só existiu para poder rolar aquele abraço

Fechamento de ciclo - 6ª atuação

Maquetrefísse ao extremo é o que vou fazer agora: DB meses depois 😔
Mas quem nunca mequetrefessou que atire a primeira pedra né?😁😁

Lembro bem que o clima tava meio bed que era o fechamento de um ciclo e nossa última atuação juntinhas! Mas pra fechar com chave de ouro, a pediatria veio com tudo!! Como eu não lembro de detalhes e de cada encontro, vou resumir falando que: esse pirralhos montam na gente num piscar de olhos e é difícil DEMAIS dar xau na pediatria 😩😩😩 eles tomam adrenalina na veia 24h 😂😂!

Massssssssss vou falar um momento que foi tudo pra mim, que quem tava na reciclagem já ouviu...Laura, a doce laura 😂😂! Laurinha já é minha parceira de longas datas e me conhece como ninguém, a gente até conversa no whats app e tudo! Kkkkk mas esse foi um grande problema pra mim, ela me reconheceu de cara quando me viu! 😱 E como criança não tem filtro foi logo gritando "TIA LALÁ!!!" E dizendo q n adiantava me fantasiar, ela sabia quem eu era! Eu, muito nervosa tentei conter as emoções e disfarçar tudo! Mas só depois de anos, ela entendeu que ngm ali poderia saber que era eu e começou a fazer sinal de silêncio pra mim kkkkkkkk mas o grande final de tudo, foi na despedida! Quando felícia deu xau pra ela, ela chamou discretamente com a mão e pediu pra contar um segredo! E foi ai que Felícia ouviu a coisa mais linda do universo! 
Laurinha no ouvido 🤚🏼👂🏻 "É segredo nosso tia lalá" 😍😍😍😍😍
Felícia se derreteu, morreu, viveu e sei que emoções foram aquelas! Mas foi assim que laurinha fez meu ciclo fechar com chave de ouro ❤