Meu estimado Diário de Bordo, essa atuação foi
muito especial! Tivemos a ilustre presença de Margarida Falamuito, que veio nos
agraciar com sua espontaneidade e alegria. Foi uma experiência ótima tê-la conosco!
Essa história que “um é pouco, dois é bom e três é demais” é balela!
Comprovamos isso! Kkkk
Pois bem, vamos lá! Viagem número quatro. E dessa
vez ao mundo da Oncologia!
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Se joga! (dessa vez em trio!!!)
Estávamos no setor. E rindo descontroladamente já
de início. Olhamos para o longo corredor. Para os dois lados. Que maravilhas e
surpresas aquele lugar nos reservava? Só descobriríamos de um jeito:
explorando!
Pela primeira vez tínhamos uma chave para devolver.
E jogar com ela foi massa. Chegando no posto enfermagem, tava tocando uma
musica muito dançante e começamos a demostrar nossas habilidades. As enfermeiras
riram e diziam que só a gente mesmo para levar alegria para aquele lugar. Ao
mostrarmos a chave (sacudindo-a ao ritmo da música), uma delas disse.
“Coloca aí em cima.”
E na mesma hora Marieta pôs sobre a cabeça. Kkkkk
Chave entregue. Partimos para os quartos.
Uma coisa era certa: todo mundo estava ligado no
vale a pena ver de novo! Caminho das Indias estava na tv de quase todos. Vimos
a cena de um nascimento na novela e perguntamos de quem era o menino. As 3
mulheres que estavam no quarto começaram a nos explicar e aos poucos fomos entendendo.
Uma ria descontroladamente. A outra estava no celular e Priscila (se não que
engano) estava dividida entre a novela e nossa presença. Ao longo de uma breve
conversa descobrimos que ela gostava de jogos. Mas só se fosse para ganhar!
Decidimos então jogar pedra, papel e tesoura. E incrivelmente ela ganhou em
todas! Rimos muito, pois de fato ela não perdeu em nenhuma rodada. E assim
ficou atestada sua invencibilidade em jogos. Ainda fui chamado de pirangueiro
pois não aceitei pagar a conta de telefone delas. Segundo as meninas, que eram
maioria, o homem tem que pagar tudo. E chegamos a conclusão que ser homem na
Índia dava mais prejuízo ainda, porque vimos a quantidade de joias que as
mulheres ganham lá de seus companheiros. Depois de descobrirem que eu vim da
Rússia, demonstrei um pouco do meu “russês”. E ao fim convidei todas para um
jantar na minha casa. O menu seria: cuscuz com “sassissinha”!
“Skovisk” – Falei despedindo-me delas. Skovisk, é
claro, significa “Até logo” em “russês”.
Em seguida, encontramos duas irmãs em que a Mais
Velha era mais nova e a Mais Nova era mais velha. Fizemos um jogo de
adivinhação de idades e chegamos à conclusão que a Mais Velha (que parecia mais
nova) só podia fazer uso de algum elixir da juventude! Mas na verdade o segredo
estava na alimentação! E ela nos passou sua dieta. Depois para nos deixar ainda
mais admirados, a irmã dela nos desafiou a acertar a quantidade de filhos que a
Mais Velha possuía. 5. Eram cinco! Elas perguntaram o que fazíamos. Eu era
professor de Russo e Marieta e Margarida minhas alunas, que inclusive mereciam
fazer uma prova bem difícil.
“Skovisk” para elas também!
“Skovisk!” – responderam.
No espaço da tv no corredor, encontramos três
enfermeiras sentadas conversando. E vendo que eram todas lindas explicamos que
eu era um caça talentos vindo da Rússia ao Brasil e já havia selecionado
Marieta e Margarida como minhas modelos. Mas ainda precisava de mais uma
modelo. Enquanto isso vinha andando no corredor uma promissora modelo e começamos
a observa-la.
“Olha que beleza! Como ela desfila!” – falei.
E de imediato ela soltou o cabelo e começou a
desfilar. Todos batemos palmas, enquanto as enfermeiras riam. Uma delas daria
uma boa modelo fotográfica.
Continuamos nossa saga e uma outra enfermeira nos
perguntou de que curso éramos. Eu fazia astronomia e saia ao redor dos planetas
explorando-os. Marieta e Margarida faziam Besterologia. Uma outra enfermeira,
tinha cílios belíssimos como de uma princesa e ela aguardava um príncipe
encantado. Minhas MCM’s falaram que eu poderia ser tal príncipe. Mas eu
precisava buscar meu cavalo.
Encontramos Seu Manoel (mais um com um nome
belíssimo). Já eh o segundo encontro seguido que temos com um Manoel. O
anterior nos presenteou com uma música personalizada. Esse nos levará para o
céu de foguete para comermos nuvem de algodão doce. Ele é uma empresário muito
rico e importante. Quando chegamos no seu escritório, ele estava ao telefone
acertando assuntos burocráticos. Sua assistente e esposa também era muito
responsável em manter o tesouro da família guardado. Ela era que fazia a
contabilidade e organizava os dólares. Perguntamos se dava trabalho cuidar de tanto
dinheiro.
“Dá não! O problema é arrumar as ligas para prender
o dinheiro todo” – ela respondeu.
Após entendermos que se você come em pé, fica com
as pernas grossas, porque a comida desce para elas, combinamos de viajarmos
para o céu de foguete no dia 32 de novembro. Quando estávamos saindo encontramos
o rapaz que tinha ido buscar uma jaca mole e uma dura para todos nós. Mas ao
reparamos em suas mãos vazias perguntamos onde estavam as jacas.
“Eita. Eu comi!” – disse ele.
Mas não tinha problema! Resolvemos ir lá pegar as
nossas. Segundo Margarida, eu poderia pegar sem nem precisar de escada. E
fomos.
Vimos no corredor uma cama de rodas e um foguete
verde no lado. E ficamos criando ideias de como fazer uma cama voadora.
Coloquei o foguete nas costas de Margaria e voando ela carregou Marieta até o
ponto de ida para Nárnia.
“Queremos ir para Nárnia. Você tem a chave de lá?”
Ao nos aproximarmos do ponto de partida para
Nárnia, fomos parados por duas pessoas. Uma era a moça que ria descontroladamente
do início e a outra era a assistente-esposa de seu Manoel. Elas nos disseram para
tomar cuidado com o homem do saco. Agradecemos pelo aviso e Margarida abraçou
uma delas. Marieta prontamente agarrou a outra e depois elas trocaram. Eu
fiquei olhando com olhar pidão e disse.
“Quero abraçar as duas de uma vez só” – E num abraço
MÁXIMUS envolvi as duas. “Agora um abraço coletivo!”
E lá estávamos nesse aglomerando quentinho de
abraços.
Ok. Entramos no quarto da enfermagem. Ainda elétricos. Nunca falo
do momento em que baixamos a máscara, mas esse precisa ser registrado. Passamos
um bom tempo rindo, nos olhando, rindo descontroladamente e tentando nos olhar ao mesmo tempo (como que cada olho olhasse para uma pessoa kkk), e rindo ainda mais. Não queríamos tirar o nariz. Não queríamos ir
embora. Foi o momento que mais tive dificuldade de relaxar e baixar a máscara
objeto. Sinto até que foi um pouco doloroso. Mas a energia continuava pulsando
dentro de mim. E eu conseguia observar a mesma pulsação no olhar das minhas mcm’s.
A onco se
revelou um lugar mágico! Cheio de possibilidades e das mais variadas. Saí com muito mais energia do que quando cheguei!
Obrigado Marieta Melhoral! Obrigado Margarida
Falamuito! Vocês são lindas!
E, Meu Estimado Diário de Bordo, nos vemos na próxima
aventura!
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