domingo, 30 de novembro de 2014

Reposição/Renovação/Encontrar

    Nessa semana fui para a maternidade...sim...de novo fui pra lá. No começo fiquei chateado (quando vi a escala no final de semana passado) porque já tinha ido pra maternidade e não tinha gostado nenhum pouco =S tinha ficado sem jeito, deslocado e nada deu certo; dessa vez foi TUUUUDO diferente.
     Antes, vou falar uma coisa que me ajudou muito nessa semana...saber meus erros e buscar "arrumá-los"; na semana retrasada quando fui à maternidade nada deu certo, nada mesmo...quando vinha embora pelo corredor da maternidade eu escutei risadas dentro de um quarto e quando olhei tinha um povo do Caminho conversando e rindo com uma paciente, logo pensei "caraaaaamba é isso!". Isso o QUE?! Eu tava muuuito empenhado em fazer o povo rir, rir pra mim era o objetivo final...fazer os pacientes rirem estava sendo maior do que o caminho para o riso, estava sendo maior que o ENCONTRO...
     Falava muito "oi moça, tudo bom moça" e moças por ai vão, as vezes nem o nome da pessoa eu perguntava =S
     Essa semana foi a semana de buscar arrumar alguns erros, privilegiei o encontro *--* e foi EXCELENTE, perguntei o nome de todo mundo, brinquei com todo mundo e de forma natural fiz uns rirem kkk...foi simplesmente incrível poder reconhecer os erros e evitá-los =).
     Eu e minha MCM fomos de quarto em quarto, brincamos, rimos, fomos para outros andares, invadimos atuação de outros =P malz ae povo do 11º andar!!! kkk maaaaaaaaaaaas foi bem rápido e engraçado ^^. O melhor foi que no caminho pros outros andares, pessoas reconheciam a gente de outras atuações e começavam a conversar, tirar foto, perguntar pra onde estávamos indo....
     Ahhhhh uma outra coisa que notei...eu nao deixava minha MCM falar '-- eu falava muito ou sei lá...eu era MUITO ativo, até falei com Floribela Chambinho já, nessa semana já me "recolhi" mais, deixei mais espaço e não o tomei todo pra mim =D
     Desculpa por só postar agora '-- não foi culpa de Glória essa semana =P eu que acabei esquecendo meeeeeeeesmo!

"O essencial visível na ausência dos olhos"

"E até hoje, eu acredito que, na maior parte do tempo, o amor é uma questão de escolhas. É uma questão de tirar os venenos e as adagas da frente e criar o seu próprio final feliz"


Hoje foi o dia de fazer as pazes na nefro, retirar meus venenos e superar as frustrações inerentes ao papel que escolhi atuar. Bem lá fui eu com meu sentimento reciclado e meu olhar louco pra encontrar, começamos pela enfermaria, o primeiro quarto com dona verônica foi incrível e lá estávamos empolgadíssimas com a black friday, houve boatos que até galinha levaram do extra, mas todos já tinham garantido seus smartphones, então após algum tempo seguimos superando a black friday para aquela portinha, a tão temida portinha da hemodiálise, de onde saimos um pouco tristes na última atuação, entramos e seguimos "painho", o enfermeiro todo de branco haha lá fomos agraciadas com as histórias de Seu Gilberto, o terremoto do Ibura, seguimos para Seu Genivaldo e então chegamos nele: Seu Manoel Francisco, Seu Xico ou para mim Seu Bilu, quanto amor num mesmo sorriso, ele era cego e esse fato só contribuía para intensificar ainda mais sua curiosidade, seu xico apertava minha mão na curiosidade de quem quer descobrir tudo "Palhaça você é gordinha? É morena ou branca? Deixa eu pegar no teu nariz" e e assim seu xico conheceu Maribond e Maribond descobriu que olhos nunca foram e jamais serão indispensáveis para o encontro. Bond hoje descobriu o real sentido de "brilhar o olhar" e brilhou o seu "olhar" mais profundo, o mais profundo de todos para que seu xico o pudesse encontrar.

Ao essencial da minha Bond que foi visível aos "olhinhos" de Seu Xico, todo meu amor.

sábado, 29 de novembro de 2014

Explosão de energia!!!

A atuação essa semana aconteceu mais uma vez na maternidade!! Chegamos um pouco apreensivos por mais que já tivessemos atuado lá. Mas, sinceramente, a atuação foi linda, linda, linda!!
A cada sorriso que conseguíamos arrancar daquelas mães, das moças da limpeza, das acompanhantes, das enfermeiras, meu copo se enchia cada vez mais e a energia ia lá pro ALTO!! Até aqueles sorrisos arrancados durante minha queda kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Nossos babys (bolsas) que estavam no berço, as veeelhas cantadas do Caquitarado, o "volto já", enfim, tudoo!! 
Bicho!!! ao sair de lá me senti mais renovada que nunca, até eu mesma não conseguia mais parar de rir! Quero agradecer ao meu MCM, Caquito Grilo, por me proporcionar e viver momentos tão felizes como esses comigo!! A cada dia acredito que nossa "companheiria" (rs) vem dando mais certo!
E encerro esse DB, com uma explosão de energia, sentimento e tudo de melhor que poderia viver <3  

Valeu a pena

Algo meio novo, pessoas novas, novas regras... Tonico, Telma e Plínio.
O que faz você feliz? 
Incrível como isso se repetiu em todos os quartos.
Tonico casado com Telma, coisa rápida 1 ano e já foi, enquanto Plínio é o malandro, que deixa sua noiva em banho maria para aproveitar mais a vida antes de casar e isso causou uma repercussão em todos os quartos... 
Mesmo Martina não estando de corpo presente, ele se tornou parte da atuação por fazer parte da vida de Plínio.
Obrigado pela bela atuação, que me gerou varias risadas.
   

terça-feira, 25 de novembro de 2014

A manhã da sofrência no COB....

Oláaaaa DBBBB!!!!
"Hoje eu acordei me veio a falta de você, saudades de você, saudades de você..." hahahaha

Então, o último encontro foi dia de conhecer e prestigiar o COB!!!! \o/
Preciso desabafar antes: foi horrível ter que se vestir sem muita privacidade já que aquele banheiro era mais procurado do que um foragido. kkkkkkkkkkkk Mas, conseguimos!!!
Começamos nossa manhã com 'tudo sob controle', ou não! No primeiro quarto logo, fomos recebidas muito bem e como nossos dotes artísticos são mirabolantes, pediram que cantássemos PABLO, a voz romântica!!!! Eaí meu amigo, foi só emoção e sofrência!!! O repertório é muito variado: vai desde o "bilu, bilu, bilu", até "homem não chora e amor não se implora".
A coreografia deveria ter sido gravada e enviada para Pablo para ele nos contratar como dançarinas oficiais dele. hihihi
E em todos os quartos foi assim, Pablo, Sedutora... E altas dancinhas sexyyys!!!! Afinal Nivete e Odete são experts nisso!!!
Mas, como toda grande atuação, temos uma surpresa: dessa vez alguém começou a criticar nossas roupas lindas, maravilhosas e nossa maquiagem de última geração!!!! Avisamos a ela que levaríamos todas as dicas para nosso estilista principal, Gentileza vamos conversar com você em breve.

No mais, um grande beijoooooo!!!!!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

ZZZzzzZZZZzzzzzz

   Hj venho falar da minha primeira intervenção em trio.... E foi uma experiência bem inusitada. Mais uma vez nefrologia,  eu, livinha e tutu.. Pontos autos:
-virei pai ( de uma filha bem assanhada diga-se de passagem), E essa menina vai dar trabalho pra   casar (até rafa não quis) apesar de a festa ja estar pronta caso ele ocorra ( tem até a grinalda encomendada)... :p
-Fui esposo de umas 3 mulheres,  Me desculpem MCMs mas a dona Jacira que foi a sedutora do dia.
-Fui amante (sim, Pandolffo estava impossível na sedução, ele tava lindão).
-Fui mendigo, mendigamos comida e nem uma maçã ganhamos :(
-apesar do dia inspirado de Pandolffo o prêmio de Manjador vai para seu Severino.

e ja vou indo pra variar atrasado.... BJS

domingo, 23 de novembro de 2014

As portas se abrem automaticamente

Lembro me desse dia como se fosse ontem, bem, mais ou menos. Haha Lembro que quando estávamos nos maquiando Flora dizia estar bastante incomodada com as suas espinhas e estava se achando horrível, pra brincar e fazer com que ela nao se sentisse desconfortável sugeri que ela pintasse as espinhas dela com o lapis preto, afinal a gente nao esconde o que incomoda a gente, ne? Escancara! E não foi que ela pintou? Foi bem engraçado :)
A gente visitou muitos quartos nesse dia, e Flora com o meio de transporte dela de sempre, o jumento. Pense em duas doidas correndo pelo corredor, somos nós. Sempre! As pessoas sempre param pra ver o vulto que passa por lá e percebemos quem está disposto a nos receber dessa forma. As vezes as pessoas até chamam a gente pra voltar!
Nesse dia o que mais me chamou atenção foi no quarto de dois velhinhos bem calmos e quietos, mas que tinham as companheiras/visitantes mais animadas do hospital inteiro! Ficamos bastante tempo nesse quarto, pois o encontro foi tão espontaneo e inesperado que foi dificil pra gente perceber que tínhamos que visitar os outros.
No caminho também ganhamos bolo! Surdete é uma palhaça CARA DE PAU! Já chega entrando onde não é chamada e fingindo que é seu lugar comum e nem ligando. Nesse dia na salinha dos enfermeiros estava tendo uma despedida para Fernando, era seu ultimo dia de estagio/aula e ele ja ia se formar. Cantamos e tiramos fotos com eles como se nos conhecêssemos a anos. Flora ficou meio desconfortável por achar q nós estavamos incomodando eles, mas na verdade eles estavam apenas distraidos. No final eles até repararam no meu cabelo e ficaram perguntando se era de verdade. hahaha

Primeira vez na Pediatria!

PEDIATRIA


Nossa, que nervosismo! Primeira atuação do nosso trio do amor, que virou uma dupla do amor pela falta da nossa Carola Carambola, na Pediatria. Chegamos lá e trocamos de roupa bem rapidinho, assim que passamos pela porta o meu nervosismo ficou pra trás, e eu fui tomada por uma animação sem tamanho, uma vontade de explorar aquele novo universo, aquelas novas pessoas, aqueles novos olhares. Encontramos logo um olhar não tão novo, um olhar que econtrou o da gente lá no COB, enfermeira mais linda! O primeiro contato foi com as crianças que estavam pelo corredor, bem no comecinho do setor. Conhecemos logo a Ana [(ou tutui) ou ainda a fotógrafa oficial da pediatria], não parava um instante de tirar fotos,a danada. Também conhecemos Gabriel, e Sem Nome, isso mesmo, Sem Nome. Só por que ele tava todo emburrado e não dizia o nome a niguém, essa história ia mudar até o fim da atuação. Logo chegou pra pertinho da gente o Douglas, meu xodó, coisa mais linda. Chegou todo emburrado, com cara de choro, reclamando por que voinha tinha ido embora. A gente tentou que só interagir com ele, ganhar a confiança dele, mas tava dificil, a carinha emburrada não saia de jeito nenhum. O que eu notei na pediatria é que o teto é bem baixinho, tocava sem nem fazer esforço (ok, sou bem grande, mas mesmo assim haha). Então o que ele virou? O céu, é claro! E quando sugeri que Douglas me ajudasse a segurar/tocar o céu, ele não conseguiu recusar. Levantei ele até o teto e quando ele desceu tava com o sorriso aberto, um sorriso lindo, mas tão lindo que eu vou levar pra sempre comigo. A mudança na expressão dele me deixou muito feliz e emocionada. Depois de muitas subidas e decidas ao céu Douglas não queria mais fazer outra coisa. Mas a atuação precisava seguir, então o que eu fiz? Arrastei ele comigo (com a permissão da mãe, é claro haha). Fomos andando pelos quartos, e chegamos em um com a bebezinha mais linda, e a sua mãe. A bebê não conseguia tirar os olhos de mim, saimos de lá decididas que ela queria uma carreira no circo, e fomos autorizadas pela mãe a levar ela pra lá pra estudar palhaçologia (hehehe). O próximo era o da (meu deus,não lembro o nome de jeito nenhum ): ). Mas enfim, uma menina de 12 anos, tivemos que dar uma pulada nele, por que na hora ela estava tomando remédio, mas muita calma, por que a gente ainda volta lá. O próximo era o quarto de origem do Douglas, fiz Bette entrar sozinha, pq douglas começava a chorar só de chegar perto daquele lugar ( mais tarde a mãe dele contou pra gente que ele estava traumatizado com esses quartos, pois na internação anterior dele no Barão de Lucena, pelo que ela disse, muitas criaçasdo quarto dele morriam, e ele ficou abalado com isso). Nesse momento tentei devolver Douglas pra mãe dele, quem disse que ele queria ir? De jeito nenhum que ele largava meus braços, então continuei com ele haha. Encontramos com o futuro campeão brasileiro de joguinho de celular/arremesso de celular com o pé/joguinho de celular com o pé. Veja bem o gabarito do indivíduo. Ele disse que ia levar logo eu e Bette pra cuidar dele, aceitamos imediatamente. Daí conhecemos a mãezona dele. No mesmo quarto conhecemos uma criança com paralisia cerebral (acho que valeu a pena prestar atenção nas aulas de CoCo, ajudou a interagir bem com ele). Daí então alguém me cutuca: " a moça do 610 está esperando vocês, viu?" Eu pensei logo na mãe de Douglas, fiquei uma tempinho achando que tinha sido ela. Mas na verdade era nossa amiga de 13 aninhos que estava tomando remedio quando a gente passou. Entramos lá, depois de ter deixado Douglas, finalmente, nos braços da mãe (demorou um bom tempo pra ele parar de chorar :( ). Mas ai veio nossa amiga do 610, acho que nunca cantei tanto e tão "bem" (e com tão pouco mequetrefismo), na minha vida toda. Ah, disse que ia contar da reviravolta com Sem Nome. No final das contas, depois de ficar emburrado o tempo todo ele não resistiu e resolveu tocar o céu também, o dia já tava ganho, ganhei mas um tantão com isso. 

Que tarde maravilhosa, que pessoas, que encontros!

Um Beijo grande, Da Mari Malhação 


O que vem do encontro

Chegamos a enfermaria do sétimo andar. Passamos na maioria dos quartos, exceto os que todos estavam dormindo. Fora esses, os quartos em que passamos todos foram extremamente receptivos e brincaram junto com a gente. Um quarto em especial ficou, o quarto de Carlos Antônio, que visivelmente não estava bem, nem em termos físicos nem psicológicos. Esboçava o choro quase o tempo todo enquanto conversava com a gente. Fizemos com que enxergasse além do vivia naquele momento, nessa hora engolia a seco o choro. No final, ficaram ainda mais suas palavras de agradecimento pelo nosso trabalho e sua vontade não concretizada de nos acompanhar para animar o setor. Sua lição de vida levarei comigo seu Carlos. A confiança na gente e apesar de tudo que nos contou seguir em frente. Aprendemos imensamente. Nós que agradecemos. Nosso MUITO OBRIGADO!!   

Muito amor a Pediatria ! *-*



Nessa quinta-feira 20/11 foi nossa vez de atuar na tão famosa pediatria, tive medo no começo, meio que um frio na barriga de primeira atuação, acho que pelas experiências que tive com as crianças das intervenções externas, mas como tudo que planejo NADA deu certo e foi tudo ÓTIMO! Infelizmente só eu e Mari pudemos atuar e sentimos falta da nossa terceira “metade” Carol! Sobre a atuação em si, um turbilhão de emoções, criança é muito diferente de adulto MESMO, ou gosta ou não gosta, ou vc ENCONTRA ou vc NÃO ENCONTRA. É assim e pronto! (rsrsrs) Beth e Maria encantaram de cara várias crianças, e como não podia ser diferente, algumas foram difíceis mas looooooogo se tornaram extremamente receptivas e amáveis, Maria quase que leva uma delas pra casa de tanto grude, e olhe que esse no começo só fazia chorar por causa da avó que tinha ido embora. Me diverti horrores e sai com um coração leve e com as energias recarregadas, foi incrível! Sabe aquelas cartadas beeem bobas, aquelas que vc acha que não vai entrar e que vai parecer idiota?! Foram as que mais arrancaram sorrisos! Né lindo?! Né amor demais?! AAAAAH como eu adoro esse Projeto! Obrigada por TUDO MCM!

Fogo da Paixão


    Hoje um Fogo do Amor acendeu a rotina de Pandolfo e de Sebastiana, a resistente árvore do deserto com seu calor e energia veio embelezar nosso jardim. Nossa bela Martina Mandacaru nos acompanhou na sempre prazerosa Nefro.

   Hoje foram tantos estímulos que seria impossível escrever todos eles no diário, teve grinalda, teve convite para fazer festa de casamento, teve paciente virando padre, teve Pandolfo triste, afinal o” Bufa Flor com suas duas esposas” ia perder a amante se não desse conta do recado. Teve até noivo! Aquele cirurgião de verde de repente surgiu na brincadeira. DO NADA,  Martina queria que a brincadeira se transformasse em verdade. Teve reencontro. Aquele senhor continuava no seu intenso cuidado com a esposa, o tempo não destrói a dedicação. Dona Alta, Dona Alta que bom saber que finalmente está de alta.

    Teve Musa e seus companheiros ensinando a seduzir e renegando Pandolfo. Esse menino precisa ser mais sensual! Musa acaba de revelar que o homem de verde é na verdade compartilhado, eitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, B.A.R.A.C.O!

    Vamos lá para a hemodiálise. Dona Jacira, não adianta me cortar com essa sua conversa, eu sei que a senhora quer, e nos quer... e não é que ela quer mesmo, até com Pandolfo casou. Momento periguete do dia: que sorriso lindo o desses médicos, ai se não fosse comprometida com Pandolfo eu ia atrás... Marido chato esse meu deixa nem eu pegar o telefone desse lindo cara da hemodiálise de olhos azuis, amor se eu não pegar a enfermeira oferecida vai roubar ele de mim, já é o quinto que ela me rouba. Pacientes safados, prometem mundos e fundos para essas enfermeiras e elas caindo na lábia deles. Aiiii meu Deus, seu Luciano é cantor e tá só resolvendo os babados. Babados fortes esses, hein? Não é à toa que sua banda FOGO DA PAIXÃO é um sucesso.

    Homem de branco, homem de branco vai nos deixar para cuidar do quarto, pelo menos as pacientes vão ver coisas mais bonitas do que o senhor...

Ai meu Deus vamos para a sala de espera, calma momento vamos mendigar comida... é não rolou nenhuma migalha, vamos para a sala de espera...

   Rafinha, que bom te rever, quer casar com nossa filha Martina? Fecha as pernas Martina assim você perde outro casamento! Olha lá o seu Manoel... quer segurar minha mão, e a da minha filha? Ela é mais gorda que eu? Pega na barriga dela! Eitaaa é gorda mesmo... Como assim o senhor pegou na barriga de Pandolfo? Gosto de homem não... Pega na barriga dela mesmo... Opa é na barriga não na bunda, sua esposa vai brigar... Manoel se não parar de se amostrar vou te colocara na UTI... Por que seu Manoel, de repente o senhor está sussurrando? ... Rafinha ainda quer minha filha oferecida? ... Quero mais não... Não precisa fugir com ele na cadeira de rodas filha, desespero afasta mais ainda o amor...

   Sentido, fomos batizados pelo general do exercito, somos agora oficialmente palhaços em sentido e em ordem...

    Isso foi tudo por hoje pessoal... Ufa que dia intenso, muito obrigada, filha, amante do meu marido, amiga para toda vida, minha linda e intensa Martina Mandacaru, sua energia complementou bastante nosso chegar de mansinho da atuação, pode sempre nos visitar, quem sabe descolamos mais paqueras, tanto eu e Pandolfo, como você...

    É MCM o fogo é muito bom e foi muito bom vê-lo, melhor ainda para perceber como somos similares, e pode ter certeza que isso me deixa muito feliz!

Parabéns Elineide

Obrigada por que foi o teu abraço que me fez me sentir realmente bem.
Obrigada, dona Joana.
Não posso agradecer pela cara feia e groceirices de instantes atrás, mas te agradeço pelo resgate, pelo depois.
Obrigada Cíntia pelo enorme aprendizado.
"Quizera eu que todos os pacientes fossem assim como você!"
Obrigada pelo lindo sorriso Marcelo! Poucos foram tão acolhedores como o seu. E suas mãozinhas frias... tão frájeis, tão vulneráveis... Obrigada!
Obrigada Marcos, e obrigada senhor esfomeado kkkkk
Parabéééééééééééééééééns, Elineeeide!
MUitos anos de viiiiidaaaaaaaaaaa!!!! hahahaha
E que fqmília lindona, né? *.*


Não estou com muito tempo, mas é muito bom dizer o quão especial cada um de vocês são.
Bonzinhos ou não, estranhos ou não, receptivos ou não, aniversariantes ou não, são vocês.
Obrigada, Lindões.

Tatá.

Nada como uma boa atuação para melhorar o dia

A intervenção dessa semana, dia 19/11/2014, foi realizada na enfermaria do 7º andar. Confesso que não estava muito animado para a atuação nesse dia, devido a alguns acontecimentos em casa e  na universidade, porém meu MCM me ajudou a subir a energia e dar tudo de mim para os pacientes que ali estavam. A atuação foi muito boa, encontramos diversas histórias, umas que até nos deixavam meio desconfortados, como foi o caso de um homem de 54 anos que tinha cicatrizes enormes no peito e na perna, e que para levantar o seu ânimo foi bastante complicado. Entretanto, conseguimos levar um pouco de cuidado e atenção para aquele setor.

Mais um presente da onco...

"Cada riso bobo reflete o brilho em seu olhar..."



Mais uma vez na Onco.. é sempre desafiador, mas me sinto em casa.. sento, de banquinho em banquinho.. faço amizade entre vizinhos de leito, troco a conversa de um com a conversa de outro.. risos, piadas, mais risos.. Distração, curiosidade e mais risos.. o tempo? Que tempo? O tempo, quando encontrado, voou.. "O tempo passou a gente nem viu, menina?! Vocês nos distraem mesmo!!" Eles não sabem como é maravilhoso ouvir isso :) Essa semana nos despedimos de uma jovem senhora.. era a última seção dela! Encontramos alguns conhecidos, Mãe, a senhora espírita, dessa vez, estava cansada.. Ganhamos novos amigos, ouvimos música.. Que grande cantor é o marido de dona Helena.. Me fez lembrar meu avô (: Contadores de estórias. Dona Helena não conhecemos, mas percebemos o quanto ela é amada, Deus abençoe Dona Helena, sua família e todos os que fazem a Onco ser um lugar singularmente especial. 

Agradeço, mais uma vez, a Deus, por me permitir participar desse projeto, a minha MCM, por ser meu porto seguro e a minha lindivisora por ser quem ela é. 

Beijocas com muito carinho <3

Queda livre

"O único lado bom da queda livre é dar, a quem nos ama, a chance de nos pegar no colo."


A sala da hemodiálise representou pra mim um grande desafio, especialmente naquele local o encontro não foi possivel: "palhaça, vou dormir", "desculpe, mas nao estou bem para rir", "reze para nunca precisar disso", um clima pesado nos envolveu e antes que ele nos dominasse, resolvemos sair, reconhecendo nosso fracasso entramos no primeiro quarto, la estava D. Elaine e Seu Coisado, seu parceiro de quarto, lá fomos acolhidas e encontradas, a emoção foi tanta que Seu Coisado soltou um pum, foi então que reconheci o lado bom de se usar o nariz que prende a respiração, após algumas gargalhadas- minha mais espontânea risada de Miriam, não era apenas Bond que estava rindo- saimos para o outro quarto, lá fomos de fato "pegas no colo" após a "queda livre" na hemodiálise, Dona Maria José ou melhor Denise do pastel foi incrível, sua filha também foi maravilhosa e lá estávamos todas envolvidas na campanha "desencalha Bond", o doutor do quinto andar jamais esquecerá das técnicas da mais genuína sedução bondense, aprendi muito naquela tarde, aprendi a brincar com os diagnósticos que tanto levo a sério
"dona denise, pelo q o dôtor falou a sra tem uma sopatia na perna direita e pra nao doer mais ele vai passar um ramal pra sra., jajá a gnt liga pro ramal"
"ne tramal não minha filha?"
"É nao dona denise, sua calemia tb ta alta, devidos aos mts anos fazendo pastel e sem usar uma luva"

Como foi bom ouvir o sorriso dela, após ter tido uma conversa tensa com o médico, que saiu após deixar algumas más notícias com suas respectivas prescrições. Talvez tenha sido esse nosso momento de pegar Dona Denise no colo.


Ao carinho mútuo dessa atuação incrível no quinto andar, dedico todo meu carinho. 

Ô dia difícil! :))

Eu e minha MCM fomos atuar em setor que ainda não tínhamos o prazer de conhecer, o COB. Ao chegarmos lá, encontramos uma pequena dificuldade para nos arrumar, nos informaram o lugar errado e tivemos que nos virar nos 30! Nos arrumamos e enquanto isso recebemos uma bronca... Só por que a mulher levou um susto, pois não esperava ver ninguém daquele jeito no banheiro, kkkkkkkkkkkk, foi engraçado :X
Prontas e com os olhares brilhantes, partimos para os encontros. Quando chegamos nos quartos os discursos eram sempre os mesmos: perdi meu bebê... Foi difícil ver aqueles olhares tristes, mas o nosso objetivo era fazê-las sorrirem e graças a Deus conseguimos tirar alguns sorrisos bobos :))
O ultimo quarto foi o que nos marcou mais, havia uma mulher que começou a nos criticar, dizendo que nossa roupa era feia e a nossa maquiagem estava estranha :(( Mas nem ligamos, apesar das criticas criamos um jogo em meio a isso tudo e fomos embora depois.
Pensei que seria mais difícil receber critica sobre nossos Clowns, mas até que nem foi, se o objetivo era chamar a atenção então nós conseguimos! \0/
Niveta Toda Preta

Sobre ser intrusa sem ser!

Olá, DB!!

Belas lindas criaturas bonitas!

Hoje foi dia de reposição para Martina e a dupla que a acolheu foi a pra lá de dinâmica: PandolfoBuffaFlor&SebastianaTetinha! Ah, senti falta do meu MCM e, no próximo encontro, irei abraçá-lo e amá-lo demais, porque ele é muito importante para mim!

Nosso encontro se deu no 5º andar e reencontrar antigos amores e casamento desmarcado foi nostálgico! Rafinha continua lindo, doutores com olhar sensível, enfermeiros risonhos... O andar da nefro é encantador do início ao fim, nossa! 

Entreguei-me aos planos de Sebastiana e de Pandolfo e gargalhei muito! Descobri até que Martina é oferecida e, de tanto se oferecer, ficou sem ninguém para casar... Que clown esse que arranjei, hein?

Encontrar olhares de deficientes visuais é algo fantástico quando se permite viver a imaginação... 
Afinal, "o que se perde enquanto os olhos piscam?"... E, se um dia pensei que seria mais difícil, me enganei monstruosamente! 

Subir energia de forma diferente e encontrar uma energia diferente, porém que não e fez perder a essência do que eu sou! Ser uma Martina audaciosa e se redescobrir em outros jogos que jamais brincou... A tarde abriu um mar inteiro de novas brincadeiras e possibilidades para essa "palhacinha boneca"... Sim, é assim que me chamam!

Se Martina pula feito pipoca, os olhares e expressões silenciosas de Pandolfo, juntamente com o tagarelar de Sebastiana arrancaram sorrisos verdadeiros, altos e intensos! 

Musa é uma Deusa!
Homem de verde que flechou meu coração!
Agrinalda é vc quem vai fazer!
Vc é alta, nossa!
O padre, vc é o padre!
Homem de branco, cadê meu prometido?
Quero comer!
Pandolfo, venha cá!

Tutu aqui: atuar com os olhares que agraciam todos os dias na sala de aula é algo pra lá de legal... Livinha, como já falei um dia, é o meu anjo da guarda na minha linda 135. Caio, Coiote, é o gigante, mais gigante e lindo do mundo! Obrigada por me acolherem tão bem! 

Luzes em forma de beijos, 
Martina Mandacaru

... E, de repente, fez-se escuridão!


Or how my heart breaks...

Olá, DB!! 
  

...I will be right here waiting for you



Mil desculpas pelo atraso na postagem deste diário, mas foram dias bem difíceis que Tutu passou... 

Bom, o relato é sobre a sexta feira, dia 14/11/2014 no 10º andar do HC!

Encontrar bons olhares é algo não muito difícil de acontecer nesse universo e isso tem mostrado a Martina que existe tanta gente boa no mundo! Ela tem fé na humanidade e, a cada ida ao HC, essa fé só faz crescer. Martina acredita que esse constante questionamento sobre essa fé inabalável na vida, no amor e no homem tem permeado muitos dos pensamentos de Tutu e, a atuação da semana, trouxe muitas respostas para as duas... É como se Deus e os anjos de luz estivessem em constante conexão com essas duas! Inacreditável!

Em um dos quartos, encontrar com o senhor Visitante segurando a mão de sua esposa de uma forma intensa, completa e cheia de um amor jamais visto por Martina trouxe resposta para tantas dúvidas. Aquela cena, eternizada em uma fotografia na mente de Martina, foi a materialização do sentimento mais nobre do mundo: AMOR. A filha geógrafa era, ali, fisioterapeuta, e a cada massagem nas pernas de sua mãe, via-se muita devoção e carinho. A filha mais nova, psicóloga, foi a grande jogadora da tarde. Unindo Martina, Plínio e a senhora que mal respirava, mas que se manteve atenta ao que se passava naquela cena. Em toda atuação Martina desejou de forma intensa e silenciosa viver, um dia, esse amor, respeito, carinho e devoção que a família Visitante apresentou. 

Como se isso já não fosse o suficiente para Martina, o quarto seguinte a fez perder o ar e paralisar por segundos: Lu e Mionzinho eram um casal devoto. Ver que a invalidez motora, perda da fala e da visão não foram capazes de diminuir o amor que Lu sente por seu marido é acreditar cegamente nos votos que são feitos diante de Deus: na saúde e na doença, até que a morte nos separe. Entre um ou outro som inaudível balbuciado por ele, Lu conseguia traduzir de forma encantadora os sentimentos do marido. Bem cuidado, cheiroso e amado, Mion conheceu Martina através da descrição e do toque. Mãos tão delicadas percorreram o rosto de Martina... Segundos de entrega e olhos fechados transportaram-na para um mundo de agradecimento e de renovação de sonhos.

Nesse mundo da palhaçoterapia, as sensações são sempre intensas e, com certeza, inovadoras, ainda que resgatem sentimentos e pensamentos repetidos. É como se cada resgate fosse feito de uma forma diferente, mas sempre chegasse ao mesmo alvo... Já lhes contei que Martina chora a acada intervenção? Nessa forma louca de renovar as esperanças em um mundo melhor é assim que Tutu se renova. Esses dois casais de hoje ensinaram um pouco mais sobre o que é amar e o que é ser família. 

Luzes em forma de beijos, 
Martina Mandacaru



sábado, 22 de novembro de 2014

A acochada da redenção

A atuaçao do setimo andar foi especial. Muito especial. E em muitos sentidos.
Na semana anterior eu nao senti que fiz uma boa intervençao, estava cansado, com os pes em carne viva (vide diario anterior) e entristecido por coisas da vida... nao tinha conseguido dar 15% do meu melhor. Me senti na obrigaçao de dar meu maximo na proxima semana.
E dei. Subi minha mascara com a missao de me esgotar naquele andar, de levar (e ser levado) pela minha MCM ate nao aguentarmos mais, e foi uma das melhores atuaçoes que ja tive. Nao tive medo de me atirar no vazio, e é a melhor sensaçao do mundo quando vc percebe que, naquele momento, vc esta assim. Destaco ainda uma enfermeira que comprou gostoso o jogo e conversou bastante conosco, alias, os funcionarios do andar compraram bastante o jogo! Eu fiquei extremamente feliz quando nos chamaram pra dar um pedaço de bolo e um copo d'agua. Nunca, NUNCA, ninguem me deu um copo de agua no meio da atuaçao! Coisa linda demais rsrs. Ao fim, estavamos completamente sem energia, (telminha tava sem conseguir respirar até, a bichinha foi atuar doente), e aconteceu algo que me deixou um pouco chateado: apos horas de atuaçao e ja sem energia alguma, uma mulher bem animada dentro de um dos quartos (que ja tinhamos ido) parecia bem animada e disposta a jogar, e ficou nos chamando pra ir la. Nao tinhamos condiçoes de ir, e quando fomos pegar a chave do quarto, ja saindo, eu olhei nos olhos da minha parceira e falei: "Telma, CORRE!". Saimos literalmente correndo pelo corredor ate chegar no quarto. A mulher nos viu fugindo e eu acenei e mandei um beijo pra ela. Digo novamente: nao dava pra passar la! Nao sei se fiz errado, mas tive que prezar pelo bem de todo o contexto da atuaçao, e principalmente da minha MCM, que estava sufocada! Sem mais, eu sai com a sensaçao de dever cumprido, e de que havia, de certa forma, conseguido me redimir pela atuaçao insatisfatoria (para mim) da outra semana.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Onco sendo Onco

Por um problema de horário, eu e minha MCM tivemos que trocar de dia e também setor, nossa felicidade foi muito grande em saber que voltaríamos para a Onco. Que lugar mágico! Antes de escrever esse post, li o de alguns amigos e descobri que Mônica teve sua última seção essa semana, que notícia maravilhosa! É incrível como ainda lembro de muitos pacientes e tenho um carinho enorme por eles, assim como fico muito feliz em saber de suas recuperações. Nessa atuação, vimos Mainha novamente e sua filha, a fiel escudeira do seu lado, desejo toda saúde do mundo e torço bastante pela sua melhora. Também conhecemos novos pacientes, uma senhora, inclusive como Mônica, estava na sua última seção, felicidade não faltava.
É tão bom quando uma pessoa que você acha que não vai comprar o jogo, compra e compra mesmo! Vários pacientes foram assim. O senhor próximo à TV de riso frouxo, Valdete que só vê azul(só enxergava Marieta) e seu George com toda sua felicidade e uma senhora com sua neta à espera do seu primeiro bisneto!
Eu e Tai brincamos um pouco que somos a parte do Caminho do Perto, muitas vezes apenas ouvimos o que aqueles pacientes precisam externar e esse foi o caso de seu Ivo, sua história de vida e a confirmação do amor de Helena.
A manhã foi linda.

Resumo da atuação:
Faltamos FPM(não que seja um desperdício), última seção, almoço em São Paulo de jegue, nariz rosa com movimentos estranhos, televisão independente, momento 'O Caminho', o bisneto no caminho, Mainha.

Com muito amor,

Maroca e Marieta.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Atrasado Maternidade!

    Caramba! Esqueci de falar do dia 10/11, sim...eu esqueci de escrever meu DB essa semana :( culpa de Glória e sua terrível fama, culpa dos monitores que durante a oficina não fizeram (algumas vezes) e me influenciaram, não...mentira culpa minha mesmo =S tinha esquecido completamente!
    No dia 10/11 fui com minha MCM para a maternidade, sempre que é pra ir pra esses locais tipo maternidade, COB...eu fico meio com o pé atrás porque as mulheres podem ficar meio..."sem jeito" sei lá =S.
    A maternidade tava bem quieta esse dia, muitas mães dormindo, muitas mesmo =S e uns dois ou três quartos minha MCM achou melhor não entrar porque a mãe tava amamentando e ela podia ficar "sem jeito" (eu tava querendo outra palavra, mas não to conseguindo lembrar) se eu entrasse e tal...
    Fui um dia bem tranquilo, eu gostei ^^ principalmente quando encontrei uma mãe que tava no COB na visita que fui lá com Floribela Chaminho; essa mãe é muito legal, muito risonha, qualquer coisa que a gente fazia, ela ria kkkk qualquer coisa, levantar sobrancelha, rebolar...andar diferente ela já se acabava de rir, gostei MUITO de reencontrar ela =D e estou na torcida para que Miguel (seu filho) saia logo da UTI :D
    Tinha um menininho lá que se apaixonou pela minha MCM, ele deve ter uns 5anos acho, tava chegando com um homem lá e quando viu Floribela no corredor ele ficou logo todo desconfiado, mas minha MCM foi lá, devagarzinho...e conquistou ele...PENSE numa cena bonita *--* e depois toda vez que ele nos via gritava no meio do corredor "PAIAÇO! PAIAÇO!" bem fofo ele kkk.
    Eu realmente em algumas situações ficava meio sem jeito...uma mão dando de amamentar - eu não saber como ela reagiria - ou uma mãe que tá com o filho na UTI e ta totalmente pra baixo (nesses casos buscava apoiar ela, dizer que jaja ele vai ta ali...e apostava que na proxima atuação tanto a mãe quanto o filho ja estariam em casa e nem veria nenhum dos dois mais no hospital).
    Não foi uma atuação com VÁÁÁRIOS climax...foi uma atuação tranquila e agradável, foi boa pra eu notar algumas coisas que durante a oficina aprendi, mas nas atuações acabei deixando de lado,,,o ENCONTRAR, invés de ter como o objetivo o riso =D

P.S- DESCULPEM A DEMORA :'( não me matem, não me banam <- ta certo "banam"? deu pra entender ^^

Mônica, a despedida...

Niveta e Odete juntas na Onco novamente, aquele lugar é mágico!
Ao chegarmos pudemos ver várias carinhas já conhecidas, foi bom vê-los novamente! Porém, sentimos a falta de uma em especial, a Mônica, talvez ela tivesse tido alta ou algo do tipo... Mas, enquanto atuávamos Mônica chegou, e com ela vinha a enfermeira, com bolo e guaraná! Siiiim, era a despedida dela, seria sua ultima seção de quimioterapia, que feliiiz :))))))
Então começamos a cantar, nos seguramos para que a emoção de vê-la ir embora não transparecesse tanto, mas ainda faltava um figura, o enfermeiro da Onco, então ele chegou já tirando onda, e disse que tinha um presente para mim e um para Odete! Woo hooo... Ganhei um milhão, de fato, e Odete um carro (uma charrete!). Então saímos por aí mostrando nossos presente, e com cuidado para que ninguém o levasse.
Chegou a hora de ir embora e não poderíamos deixar de nos despedir de Monica, então demos um abraço nela e ela quis fotografar, criamos um jogo para foto e: Xiiiis! O flash registrou nosso último momento com ela... Vai com Deus Monica, e parabéns, você venceu!
Niveta Toda Preta

Encontrei! Me encontrei *-*

Niveta estava muito ansiosa para que chegasse o dia em que ela iria para a pediatria, pois é, esse dia chegou! Assim que eu e Odete nos arrumamos, ouvimos um choro, então fomos ver o que ocorria... Ao chegar na enfermaria nos deparamos com um garotinho que tinha implantado uma encanação no braço, segundo ele, ele estava com um cano, então logo imaginamos que se tratava de uma irrigação da Compesa...
Enquanto conversávamos com o garotinho, percebemos um olhar da janela do quarto, então decidimos sair todos juntos para encontrar mais um olhar. Era uma linda garotinha que tinha acabado de chegar na unidade, que simpática! Nos deu logo  a mão para brincar, quando estávamos saindo escutamos um grito: ei! Era o Roberto, um pequeno muito fofo que nos apresentou toda a pediatria, ele conhecia tudo e todos, quando terminamos de conhecer a enfermaria já tinha uma leva de crianças pra brincar, e assim foi... Criamos asas, brincamos com os legos, esconde-esconde e até de médico, e em falar em médico, quando o doutor chegou para avaliar Roberto ele se recusou a ir sem Niveta, só ia se Niveta fosse! E agora?! Niveta foi... E ele não a deixava ir de maneira e hipótese alguma! Até que minha MCM chegou, a visita do médico acabou e fomos brincar de novo!
Cada encontro, cada sentimento, cada olhar inocente, cada tentativa de fulga daquele ambiente fez Niveta se encontrar em si mesma, a pediatria tornou-se inesquecível, aquele dia foi insubstituível, como é a cada encontro!
(Postagem referente ao dia 06/11/2014)
Niveta Toda Preta.

COB - Cuidado Onde Brinca

Entendedores entenderão, 
contrapontos de união, 
o X não há de separar o que a história resolveu por juntar, 
em uma tarde de branco que cansava só um momento que salvaria minh' alma.

Energia X Espelho
Verde X Ornamentação
Beto X Expec3
Expec3 X Vou não
Come dentro X Come fora
Come dentro e fora X Mão rasgada
Tomar banho X Beber água
Gravata curta X Feira de Peixinho
Apagão X Balada
Riso X Risada
Foto X Raio x
Simpatia X Beleza

Fome X Comer fora

Enquanto isso no 11º andar

No 11º andar teria uma festa onde uns homens de branco se reuniam e discutiam como ia ser e quem iriam chamar... Claro que Plínio, Martina e prima Telma não queriam ficar de fora, e assim saíram à procura de informações e se depararam com muitas coisas interessantes.
Desde um amor que encontra-se parado n o tempo , 
um rolé na cadeira de rodas acompanhada de enxerimentos e risadas
até chegar na decisão final de que o cuzido da vizinha é mais gostoso.

Por fim agradeço a uma visita que nostalgicamente parece que sempre atuou junto a nós, e que sempre que Plinio precisar de ajuda para ser defendido ele procurará.

Na vibe do 10o andar.


Por Flora Pinica 

Esta foto representa o que há de melhor nas minhas terças. O 10o andar hoje nos reservou milhares de surpresas, como nunca havia esperado. Nos jogamos no vazio e acabamos por percorrer intensamente todos os corredores ali existentes, seja pro norte ou pro sul. Quando estávamos nos arrumando, Surdete deu a ideia de pintar minhas espinhas (estão sendo um dilema para mim). Curti e seguimos o nosso caminho. Também pedi auxílio, dizendo que não estava bem, blá, blá, blá... Saímos e fomos. Começamos em um um quarto em que havia uma senhora fazendo crochê! Tão fofa! Em um outro leito encontramos tantas idosas! Sei que uma delas paquerava com Neymar (estava passando o jogo do Brasil no momento), e que eu estava ontem com Júlio César aqui em casa. Foi muito divertido. Mais ainda quando conseguimos conquistar um sorriso de seu Biu! Recebemos dele nota 7 (Surdete) e eu, oito. Recebemos nesse mesmo quarto a fitinha do senhor de Paudalho, local em que uma das senhoras reside. Muito, mas muito amor (L)! Marcamos um churrasquinho com seu José também! Oooolhe, sei não. Sei que estou cheia de compromissos durante o mês de dezembro! Surdete conseguiu arregar dois pedaços de bolo de um enfermeiro que estava se despedindo! En en! Queria até pedir desculpas a ela, porque não estava me sentindo meio que à vontade com todos eles ali. Enfim, ela sabe. Descobrimos que temos 3 avós também no outro corredor. E sempre nos corredores correndo muuuuito com meu jumento! Sempre, sempre e sempre!

O que mais me chamou a atenção durante toda a atuação foi que conseguimos manter a energia lá em cima, que só teve que diminuir quando estávamos perto de ir embora mesmo, por conta da hora.

=)

Run, Surdete, Run!

Bom dia, Diário de Bordo!

Cá estou eu atrasada novamente pra escrever em você :( Desculpa. Sei que ficas extremamente curioso pra saber o que acontece nas minhas atuações. Mas não se preocupa, que eu vou te contar tudinho!

Sobre a atuação do dia 11/11 na enfermaria do sétimo andar

A atuação hoje foi show! Literalmente! Demos um show! Acredito que eu e Flora estamos cada vez mais em contato com o nosso clown. Cada vez mais temos menos inibições e entramos mais na jogada uma da outra. E ficou extremamente perceptível nesse dia, quando cantamos no corredor pra todo mundo ouvir, ambas! E performances e todo mundo rindo e interagindo conosco. Acho que nunca percebi um encontro tão grande (em quantidade de pessoas) em uma atuação nossa. Achei incrível que eu normalmente odeio a minha voz, mas no momento de atuação meu clown sabia cantar! Foi como ver a água virar vinho e conhecer um pedacinho a mais da minha querida Surdete <3

Tinha um menininha em um dos quartos (sou péssima com nomes e o meu clown tb), muito fofa, que assim que nos viu ficou nos procurando pelos corredores e pelos quartos e quando finalmente chegamos no quarto dela, eu e Flora decidimos fazer uma corrida com ela (é coisa de Surdete e Flora sair correndo pelos corredores, aumenta a energia da gente! :), pois Surdete sempre perde (ela taambem é uma sedentária como eu). A menina ganhou! Fiquei chocada! Mas ainda assim, fizemos um trofeu de luva de plástico pra ela (pq não, ne?) e ela ficou tão feliz! Foi que mais me marcou nessa atuação. Deve ser a vontade de atuar na pediatria, ne?

Lindovisores, nos coloquem pra atuar na pediatria! <3 Queremos muito!

Ale Hup!

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Desculpas

   Começo esse diário pedindo desculpas pelo atraso... :( foi mal! final de semana cheio... foi triste!
   A atuação em sim foi muito boa pelo aprendizado.... Afinal, houveram alguns momentos difíceis....
Um deles foi Luana, ela foi meio que a dementadora do meu palhaço... Explico: Ela além de não entrar em brincadeiras (não é obrigação dela, óbvio) ela puxava a intervenção para uma conversa, o que me exigia um grande esforço para manter a energia e não me render a ideia de ficar simplesmente conversando.... Em alguns momentos me senti na bolha da oficina (até  por isso ficava me movimentando para garantir tanto a energia quanto para verificar q a bolha não limitava os movimentos) pois, estava preso e não via saída pois luana sugava Pandolfo e  Pandolfo não conseguia meios de fugir.... foi triste...
   Outro momento marcante foi um deslize meu... No quarto de seu severino os acompanhantes presentes riam muito fácil e tal... Mas, faziam brincadeiras pesadas... O principal era o acompanhante de seu Severino que logo de cara nos propôs o jogo de eu ser um médico e "Sebinha" a enfermeira.. Até ai de boa compramos prontamente isso. Mas logo depois a brincadeira tomou uma conotação mais pesada... Ele propôs que eramos nós que tínhamos feito  a cirurgia de amputação apesar d não comprarmos isso imediatamente (momento deslize meu desculpa Sebastiana) não cortamos de cara isso (deslize meu eu estava conversando diretamente com o acompanhante e com o severino, mas em minha defesa achei que o acompanhante saberia até onde brincar com o seu severino afinal ele o conhece melhor do que eu e as feições de seu severino estavam difíceis de serem lidas). Não só não cortei como segui um pouco com a brincadeira e acabei fazendo brincadeiras que não devia e por conta disso talvez por isso tenha perdido a oportunidade do encontro com seu severino.... Realmente foi um baque para mim... Desculpas
   Houveram outros momentos, tantos ruins quanto bons... Mas dessa atuação esses dois quartos ficaram gravados em mim.... O primeiro, me ensinou a manter a energia e o segundo me lembrou que o dedo tem que ser apontado para mim!    

Corre, corre!

Por Flora Pinica


Mais uma vez, estávamos no sétimo andar. Vimos dona Marlene novamente, uma senhora da qual falei quando fomos pela primeira vez ao sétimo. Ela estava tão cansada, reflexos da cirurgia a que foi submetida. Foi meio deprimente vê-la desse jeito, já que há algum tempo antes ela estava tão bem. Mas seguimos o nosso caminho e paramos em um quarto em que havia uma família inteira dando apoio ao pai. Tão fofos! Havia uma criança, de aproximadamente 11 anos. Era perceptível o quanto que ela estava se divertindo com a nossa presença ali. Chamei-a para uma competição: correr pelo corredor do sétimo andar. Ela ficou meio assim no começo, sem acreditar, mas no final das contas fomos! Dei o meu primeiro passo, e ela hesitou, mas logo em seguida correu que nem um foguete! Hahaha, foi muito divertido. Já que ela ganhou, demos uma lembrança, uma luva mesmo cheia de ar, parecendo um balão. Disse para que tomasse conta do meu galo! Hhahaha! Ai, foi tão bom! No leito seguinte, conseguimos por para fora o nosso lado Fábio Jr! Cantamos Alma Gêmea com uma acompanhante do paciente, dançamos Calypso.. Pelo amor! Foi extremamente lindo! Hahaha! Surdete se superou cantando! Não tem ninguém que a segure!

Amei minha atuação da semana passada! De coração! Sinto que estamos progredindo! (L)

"Eu adoro quando vocês chegam."

Boa tarde, pessoal!
Não costumo me estender muito nos diários e hoje não vai ser diferente. Principalmente porque a atuação dessa semana foi meio conturbada para mim. Provas, trabalhos, afazeres, muita coisa e pouco tempo. Pra completar eu estava adoentada. Energia estava em falta. Como subir uma energia que provavelmente nem existia?
O setor dessa vez foi a enfermaria do sétimo andar. Era um dia diferente do usual para mim e minhas MCM’s. Não sei porque ainda me surpreendo, mas elas sempre me puxam e conseguem fazer com que eu tire energia de onde eu achava que não tinha. O aquecimento dessa vez foi corrida de olhos fechados. Loucura total!
Fomos muito bem recebidas desde o inicio pelas pessoas do corredor. É impressionante como a magia acontece quando as pessoas se abrem e dão oportunidade. Que atuação bonita! Ouvimos coisas encantadoras. “Parabéns por esse trabalho tão bonito”. “Isso que vocês fazem é incrível”. “Chegou a alegria do hospital”. “Eu adoro quando vocês chegam”.
Pontos altos tiveram muitos, mas se eu tivesse que escolher um, seria o que conseguimos arrancar um sorriso de Dida, que estava muito irritado por causa do atraso no seu exame. Relutante, ele se deixou contagiar, e quem acabou conquistada fomos nós. O quarto virou um verdadeiro ninho de gargalhadas.
Infelizmente não consegui entrar no ultimo quarto porque um mal estar me pegou desprevenida e tive que interromper a atuação por esse dia. Mas o sorriso dos que eu consegui atingir valeram demais. Que na próxima atuação eu possa ver mais, sentir mais e dar mais do meu olhar e da minha energia para quem precisar, e principalmente receber toda essa energia que essas pessoas sempre conseguem emanar pra mim.

Ansiosa!

O reENCONTRO com a Onco....

Olá DB!!!!!!!!!!!!!!
Quanta alegria poder compartilhar com você mais uma vez uma manhã incrível e de renascimento!!!!!

Primeiro por estarmos novamente na Onco; Segundo por termos voltado em uma manhã muiiiiiiiiiitíssimo especial para uma pessoa especial....
Beeeeem, poderia ter sido apenas uma atuação numa quinta feira com a minha MCM. Mas, como na onco nada se resume a "apenas uma atuação", nos deparamos com a surpresa: NOSSA MÔNICA ESTAVA FAZENDO SUA ÚLTIMA SESSÃO DE QUIMIOTERAPIA!!!!!! \o/ \o/ \o/
Nossos olhos ao vê-la dizendo com todo amor e alívio que era seu último dia ali, se encheram de lágrimas e inevitavelmente corremos para aquele abraço apertado e cheio de carinho.
Para quem não lembra, Mônica foi nossa primeira amiga na Onco, a primeira que nos permitiu o encontro e aquela que sabia exatamente começar, continuar e não deixar o jogo cair. O carinho por ela surgiu imediatamente e sabemos que foi recíproco, tantos encontros e sorrisos verdadeiros....
Enfim, a quinta teve um doce saber de despedida, mas não é aquela despedida ruim e triste, é aquela despedida feliz e sorridente, é a entrada de Mônica em uma nova fase da sua vida.
Bem, além de Mônica, nós também reencontramos as #enfermeiraslindasdaoncologia, Marília, Nossos santos Antônio e João, fizemos novos amigos, como a senhorinha de que mora ali pertinho. Cantamos, dançamos e compartilhamos segredos, isso mesmo, SEGREDOS! Para alguns era apenas uma caixa vazia, mas para quem realmente viu com o coração, conseguiu enxergar o tamanho daquele tesouro, afinal: "O essencial é invisível aos olhos.."
Após compartilharmos momentos de muita alegria como nosso jogo: diga uma palavra e nós cantaremos uma música - diga-se de passagem que é um sucesso com nosso repertório repleto de novidades e sucessos de todos os tempos e ritmos - nos despedimos apenas com o brilho nos olhos daquelas pessoas maravilhosas que estavam disponíveis para nos encontrar e viver aquela emoção conosco, olhamos mais uma vez para nossa Mônica e sorrimos a fim de dizer que um dia nos encontraremos novamente e que com certeza não será ali.

Entre tantos encontros e reENCONTROS na Onco, fomos embora, mas guardamos cada brilho no olhar e cada um que estava ali e que se tornou importante naquela manhã de quinta!!!

Com amor e carinho, Odete Spaguete!

Enf. 7º Andar

Depois de duas semanas de pesadelo na faculdade ter uma sexta como essa (de encontros e reencontros) com o pessoal do 7º andar foi mágico. Pro quarto das meninas, em especial, um chero pra vocês! haha :**

Uma grande abraço, Maria Malhação.

domingo, 16 de novembro de 2014

Um colo...


Nossa atuação dessa segunda (10/11) aconteceu na maternidade!! Ficamos um pouco apreensivos no começo, pois muitas das mães não pareciam querer conversa com a gente. Estava começando a ficar desanimada quando TCHARAAAANNNN!!! Uma mãe me pediu que segurasse seu bebê de três dias, sim.. só três dias de vida! Aquele simples gesto mudou completamente meu dia! Até hoje quando encontro alguém falo sobre isso! Quem me conhece sabe o quanto sou louca por bebês e a felicidade que esse colinho que pude dar, por menos tempo que tenha sido, me trouxe!

Beijos!

COB

Uma tarde incrível no COB. Fomos presenteados mais uma vez com a receptividade dos pacientes e acompanhantes no setor. Cada sentimento ali é compartilhado e cada expectativa de amor a um filho que se aproxima transmitido na eternidade.

“Para Sempre 

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento. 
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.”


Carlos Drummond de Andrade

Desculpe MCM por ser um fantoche teimoso


     Confesso que na intervenção de hoje cometi vários erros. Não que eu nunca cometa, nossas atuações basicamente são feitas de erros bem aceitos, mas o que falo são erros de condução dos erros. Complexo não é? Mas é mesmo.

    No décimo andar existem dois locais, um local destinado a algumas pessoas que esperam para fazer cirurgia de redução de estômago, e outro destinado para pessoas que creio possuírem problemas de diabetes, no qual se encontram várias pessoas amputadas. O clima como um todo é muito pesado nessa segunda parte do hospital, muitas pessoas idosas, que recentemente acabaram de fazer uma cirurgia.  Nos primeiros quartos, não conseguimos muitas brincadeiras, basicamente conseguíamos um contato maior com as acompanhantes e pouco com as pacientes. Ao seguirmos para um dos quartos, vimos um grupo que estava no corredor, eles nos chamaram e lá fomos nós. Uma delas estava no oitavo andar e subiu para fazer a caminhada, e os outros estavam internados no andar. Com eles desenvolvemos brincadeiras bem produtivas, sendo a maioria em torno de Verônica e sua timidez repentina que travou seu falatório constante. Nesse momento começou a trollagem. Eles disseram que no quarto 1004 tinha uma menina muito animada, que ela ria de tudo e que ia adorar nossa visita. É não foi bem assim que aconteceu.

   Como meu MCM Pandolfo descreveu muito bem, Luana era uma dementadora de palhaços. Ela não se contentava em não rir, ela realmente demonstrava que detestava tudo que fazíamos, mas ao mesmo tempo não nos deixava ir embora. Meu MCM menos inocente do que eu, já tinha percebido desde do primeiro momento que Luana realmente era o oposto do que nos falaram. Eu teimosa e inocente ao invés de ir embora ao perceber como Luana era, não me conformava em não conseguir fazê-la rir ao menos uma vez. Conseguimos duas vezes, e era perceptível que ela gostava de brincadeiras pesadas que tentávamos evitar. Ela constantemente tentava transformar a visita em um questionário de nossa vida, e foi um ótimo treinamento para realmente nunca deixar a vida de Lívia transpor a vida de Sebastiana. Por fim depois de meu MCM tanto tentar me chamar finalmente meu ego cedeu e fomos embora. Mais tarde fomos informados por aqueles que nos mandaram para lá, que Luana era uma menina muito mal humorada e extremamente difícil de estabelecer contato. Erros cometidos: Não ter percepção para não ser enganada, não conseguir me conectar com meu MCM e perceber as formas que ele tentava me mostrar de que estávamos entrando em uma furada, não respeitá-lo e permanecer muito no quarto. Foi muito bom perceber o quanto tenho o apoio dele, e principalmente o quanto essas atuações não são paninhos vermelhos que tentamos pegar. Risadas não são o foco.

   Vida que segue, fomos para os quartos, eu um pouco desenganada de minha vida de clown, chegava para os pacientes e dizíamos que não éramos palhaços, porque éramos muito ruins, até do circo tinham nos expulsado. Eles riram tanto disse que comecei a pensar que realmente eles concordavam. Mais uma tapa então. Em um dos quartos fugimos do nosso querido dono, o enfermeiro malvado que nos perseguia, nos salve por favor, ele passa e nos falamos, somos escravos, somos muito mal tratados, ele volta, eu amo esse local, nunca vi coisa mais linda.

    No quarto do seu Severino mais uma armadilha, os acompanhantes riam com qualquer coisa, e um deles nos tratou como médico e como enfermeira, e depois nos jogou uma bomba. Falou que nós tínhamos cortado o pé do seu Severino. Para que fez isso rapaz! Mesmo todos do quarto rindo, não compramos a brincadeira, mudamos de assunto, mas foi isso que ficou para seu Severino e junto com a dor que sentia, não quis mais nem olhar para nós, com um bico que acho que era careta nos expulsou de perto dele. Aceitamos fizemos nosso final e saímos. Hoje tá tensoooooooooooooo!

  No outro quarto lá estava seu Alcides, mais uma rejeição, mas pelo menos essa rendeu piadas. Ele não entrava nessas tabacas, ele falou essa ou outra expressão que significava coisa para enrolação. Assim não dá, outro tapa, não aceito seu Alcides que de mim o senhor não quer nada, prefere Pandolfo é? Não, prefiro você! Assim o senhor acaba com o senhor do lado, a mulher dele fica com Pandolfo e ele fica só? Me troca por muito dinheiro vai? Oxe ele não precisa disso não e tão doce, apesar de só muriçoca querer? Alcides: Vocês têm muita linha para pouco anzol! Assim não dá, só na tapa o senhor vai me matar. Vou atrás do netinho do outro senhor, que com seis anos já é vendedor.

      Deixámos o quarto, seu Alcides sem nos amar, pelo menos teve algo para conversar, acho que isso já agitou seu dia. E eu com mais um casamento com uma criança. Sebastiana é meio pedófila.

    E assim terminou a atuação, muito tapa, muito erro, muita tensão, se assim fosse na primeira atuação estaria devastada, mas posso te dizer querido diário que não estou. Acho que realmente evoluímos, aceito bem melhor e reconheço bem mais minhas falhas no dia de hoje e agradeço bem mais o MCM que me foi dado. Junto com ele tive o melhor momento da intervenção. No nosso primeiro dia falei para ele que se ninguém, se nem as moscas nos quisessem, íamos ficar os dois no corredor um tentando animar o outro. E assim foi. Depois de tanta coisa, me pego brincando com os enfeites de Natal do hospital, pulando pelo corredor para com minha cabeça tentar alcança-los, ao meu lado pulando mais alto que eu, Pandolfo. No nosso pequeno corredor de rejeição, cada vez mais chegamos mais alto do que achávamos que podíamos chegar.

Um PoUcO cOnStRaNgIdO :P

A intervenção dessa semana, dia 13/11/2014, foi no COB. Já na preparação para a atuação, estávamos descontraídos e alegres, apesar da prova que tínhamos feito. Uma vez prontos, estava um pouco constrangido em atuar naquele setor, um dos que eu não havia estado, o que piorou pela presença massiva de mulheres por motivo lógico :D Mas fomos e a surpresa veio, estava bastante a vontade e consegui olhares e sorrisos daquelas forte e guerreira mulheres que ali estavam. As suas histórias eram as mais variadas e dos mais variados locais (obs: nunca esquecerei de RIACHO DAS ALMAS..HAHAHA), porém algumas tinham perdido o bebê, o que nos deixou sensibilizados e com mais vontade de encontrá-las e poder aliviar, mesmo que pouco o sofrimento delas. Enfim, foi uma atuação maravilhosa e que nos deixou bastante revigorados pós-prova.

"Sejam Bem Vindos"

A atribulada sexta-feira na faculdade terminou de forma triunfante. Sim, estávamos cansados da maratona de provas; Tatá tava com dor de cabeça; acabei esquecendo meus sapatos em casa... Mas a energia era outra! Não nos deixamos abalar! Ajustamos os ponteiros da última atuação durante a preparação e na dança tropeçamos inesperadamente no vazio. E como foi bonita essa queda. :)

Após um mês, estávamos novamente na nefrologia. Guardo boas recordações daquela atuação. Ao invés de sonhar para acessar as memórias daquele dia, resolvi reencontrar com cada um dos pacientes e reviver as boas recordações. Como foi bom reencontrá-los e ser reconhecidos por eles! :) Além de reencontros, tive belos encontros, digamos amor a primeira vista, com a disponibilidade de Kátia, que sentia fortes dores depois do exame; com as limitações de Daci, que até se recusava a conversar com a staff; com o surpreendido Arnaldo, que a partir de agora espera mais visitas inesperadas, com a Joseane Carretel; com orientações de relacionamento dadas pela Rosângela e Irineu...

Entretanto, gostaria de construir meu diário de uma forma diferente, com algo inusitado e, ao mesmo tempo, memorável. Durante nossa visita na hemodiálise, chamou-nos atenção a intervenção de um médico para com os seus pacientes. Presenciamos seu cuidado em explicar suas situações clínicas, em consolar seus momentos de fraquezas diante da gente, atitudes até então nunca vistas por mim na academia. Até que no final da nossa visita na hemodiálise, ele nos abordou e perguntou se fazíamos psicoterapia. De imediato, pedimos discretamente para conversar com ele depois da atuação. E assim fomos. Com muita simplicidade e humildade, ele nos perguntou se fazíamos parte de um grupo de teatro. Sabendo depois que éramos estudantes de medicina, reconheceu que sentia até ciúmes da gente, pelo fato de obtermos muitas informações em tão pouco tempo, que ele próprio demora para conseguir pouco. Até nos recomendou a busca de apoio psicológico ao longo da graduação, para cuidarmos da nossa saúde mental. Além disso, nos apoiou em dar continuidade ao projeto, uma vez que o lado humanístico da Medicina está indissociável da parte científica, por isso o estudo deve ser valorizado e direcionado, não para o nosso ego, e sim para os pacientes! Devemos estudar por eles! Eles que precisam de todo suporte nessa fase da vida tão frágil e desnuda. E isso é o mais belo da Medicina: não é o fato de "darmos a vida ao doente" ou até mesmo "curar os mais necessitados", e sim prestar assistência para um ser humano desnudo de preconceitos e fracos organicamente. Isto é belo! Por isso, é tão fácil conversar sobre coisas inimagináveis com os pacientes, uma vez que eles estão carentes de atenção e apoio. Esse cara nos deu um banho de aprendizagem. Ao longo dessa semana, tive a última aula com o professor Petrus, e dentre os seus ensinamentos cristãos, após o fim da aula, ele me pediu para sempre encher meu pote com doses homeopáticas de "sal da terra". Como assim? É buscar temperar esse mundo sem sabor e sem graça; é fazer uma revolução cotidiana, mesmo silenciosa;  é imprimirmos às nossas ações aquela discrição e ao mesmo tempo doçura e firmeza essenciais; é sermos um pontinho de luz, suficientes para iluminar nosso caminho, que às vezes se vê ao longe, renova a esperança de quem o avista, e dá a certeza de uma caminho seguro. Sejamos a diferença nesse mundo sendo sal e luz, mesmo silenciosamente.

Acredito que a atuação dessa sexta-feira foi um marco para mim. Parece que comecei o projeto agora. Seja bem vindo, Tuberculino Bang Bang. Termino a semana levantando um pouco a minha cabeça e abrindo os olhos. O horizonte é distante. O pote ainda é pequeno. O caminho é longo. Recentemente venho passando metamorfoses. Segue um poema de José Régio de 1925, um português que descreve um pouco meu sentimento hoje.

Cântico Negro

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus ironias e cansaços)
E cruzo os braços
E nunca vou por aí...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca princípio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui!"
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!



Seeeeextou no 7º!

Bom diaaaa DB,
Parando aqui meu FDS de folga pra escrever um pouquinho sobre a minha sexta-feira, SÓ um pouquinho msm, porque não tem como explicar com palavras o que essas atuações fazem comigo. A enfermaria 7º andar foi nosso lugar dos sonhos essa semana. Depois de subirmos a energia correndo no quarto dos técnicos de enfermagem de olhos fechados, praticamente em círculos, SAÍMOS! Beth e Maria Malhação trataram logo de arrumar pra Carola um marido que sabe cozinhar muito BEM. Além da futura sogra de Carola, encontramos um supervisor muito gente boa, e uma auxiliar da limpeza que nos acompanhou por toda nossa intervenção!Encontramos um quarto cheio de meninos, cada um com seu time do coração, e foi muito bom ver que três meninas conseguem prender e fazer rir três homãos daqueles (kkk). Depois desse quarto, nossa amiga Carol não se sentiu bem e Carola teve que nos deixar. Foi uma pena porque ela não pode conhecer um dos quartos TOP do dia, com uma mãe maluca que joga as coisas nos outros quando ta revoltada e com ciúmes, uma senhora com trança de Rapunzel, duas amigas de Garanhuns (descolamos um convite de casamento pra Beth e Maria), uma senhora que não saía do telefone, além de muitas muitaaaaas fotos e uma delas especial, pois pra arrumar Maria pra foto fiz uma liiiinda trança nela (imaginem uma trança no cabelo de Mari rsrsrs).  Por fim, encontramos uma dupla de senhores e meio que fizemos uma ponte entre eles, porque saímos de lá um deles ficou mostrando as fotos da família pro outro *-* . O primeiro deles,tinha um sorriso típico de comercial de pasta de dentes, e o segundo nos mostrou fotos até de Clows de Petrolina. Foi uma ótima forma de começar o Final de Semana! Muito obrigada meninas por TUDO! 

sábado, 15 de novembro de 2014

Chave de ouro

Essa sexta-feira foi cheia de expectativas! Pela primeira vez iria atuar sem o meu MCM, Tonico Acochador. Fui de intrusa na atuação de Plínio Longilíneo e Martina Mandacaru! Além de ser uma experiência diferente nesse sentido, também foi de dar um friozinho na barriga quando vi que alguns amigos (e um professor) estavam naquele setor!

Me senti acolhida e entrei para a família desses meus melhores companheiros! E ainda pude incluir o meu MCM de sempre, Tonico, na brincadeira! Percebe somos todos, de fato, uma família (a família PERTO). 

Dois dos pontos mais fortes dessa atuação, foram a conversa com o Sr Visitante, da família Visitante (que apesar deste ser o sobrenome, tinha uma filha Acompanhante) e a conversa com um pastor e sua esposa. O "Sr Visitante" estava visitando sua esposa, de um casamento de 51 anos, um amor que colheu muitos frutos! A esposa do pastor estava a cuidar dele, que era cego, não andava e não falava bem. 42 anos de casamento, e muito carinho ainda estava ali, resplandecendo naquele lugar. Apesar de sua deficiência visual, pudemos dar olhos a ele, ao nos descrevermos. 

Um senhor que se apaixonou pela "boneca", que era nossa companheira Martina, também foi muito receptivo! Passeamos pelo corredor com ele; A "boneca", como ele disse, era baladiça (ou uma palavra parecida hehe) :P 

Quando encerramos nossa atuação, fomos abrir a porta do quartinho e: TCHARAAAANN, quartinho errado. E aí, a brincadeira que fechou o dia com chave de ouro foi a do rapaz que abriu a porta "Mas rapaz, vocês estão bebendo aqui no hospital é? Tá cheio de cirrótico aí!" - e saímos gargalhando abraçados como bêbados felizes em direção ao quarto. 

Muito muito muito obrigada, Dr. André!

" A gente tem o privilégio de cuidar das pessoas em sua fase mais bonita: quando elas estão desnudas e frágeis."
Com essa frase terminou o meu dia de ontem. E ela me marcou. Ultrapassou as barreiras de Tatá e de Maricota de uma forma inimaginável. Mais uma vez, obrigada, Dr. André.

Eu amanheci às 17:30 da tarde. Horário diferente para o que ela costuma amanhecer. Mas veio com tudo, sabe? É incrível como quando Tatá e Dudu estão bem, tudo parece fluir tão naturalmente! Eles chegaram, se desapegaram deles mesmos, e assim Tuberculino e eu entramos em cena. E que cenaaaaaaa! Era pura energia! Era nós dois! A gente não se prende, não pensa. A gente vai e 'pufooo' já foi! E foi melhor do que poderia ser.
Reencontrar Janete e RAINHAAAAA! #OMG! Bom demais!
Reencontrar o fofo do seu Manoel ( que senhorzinho lindo, incrível, maravilhoso...........) me entrego pra ele de toda alma e coração. Ele me cativou de uma forma que nem imagina!   LINDO LINDO LINDO! Esperava ansiosamente reencontrá-lo. Quando eu estava me preparando pra nascer, há alguns meses atrás, me falaram muuuito sobre a Arte do Encontro, mas esqueceram de me falar o quão incrível era a arte da arte. O quão incrível era a arte de poder ver de novo, a que eu chamo de Arte do Reencontro! Ela é linda e GENEROSA! Ela me fez transbordar ontem!
Seu Manoel, como o senhor me imagina?
Quantos anos eu tenho?
Sou bonita?
Pega no meu braço, sente como estou magrinha!
SENSAÇÕES
Uau, uma das melhores que já senti. Pena que ele não me perguntou como eu o vejo... E ele me vê desnuda, me vê com o coração. Sou lindona, Meu Deus! Me sinto assim perto dele.
Obrigada, seu Manoel!

E seu Vicente... quantos ensinamentos....
Não era Manoel, me desculpe. ( e obrigada)
Não chore mais, por favor! Eis um guerreiro!
Diga 'oi' pro Dr. André. Ele de fato AMA o que faz, e enxerga vocês com todo coração.
Obrigada, Dr. André!

Oi, Regina! Meus pesames :\
Sua mãe é uma fofa, e sempre será em nosso coração!
Obrigada por me deixar sentir sua força!

Oi, você que casou cedinho! Isso, você que não é melosa, e que ama tanto sua família!
Me desculpa por não lembrar seu nome??
Eis muito linda, sabia? Obrigada pelas dicas!

Meu Deus, seu Severino de novo!
Epaa, ele lembra da genteeee!
Como foi incrível o reencontro!
Tuberculino, percebeu o quanto conquistamos ele? Sem esforço, ele já era nosso: VIVA A ARTE DO REENCONTRO!
E sua companheira de leito sempre sorridente... L I N D O N A!

" Como uma Deeeeeeeeeeeeeusaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...."
Como foi bom te reencontrar! Quanto charme numa pessoa só!

Dona Joseaneeeeeeee! Fiu fiiuuuuuuuu!
Eis energia puraaaaaa! Eis fácil e sensível.
Eis nossa, ok?
A senhora que me conquistou quando passou desfilando pelo corredor!
Fiuuuuuu fiuuuuuuuu! Que gataaaaaaaa *.*
Volta, ok?
Deve ser uma das melhores acompanhantes do universo, porque você brilha!
Brilha o olha! Foca em Joseane! E desfruta o primeiro encontro.
De fato, eis lindona mesmo!

E todos os outros senhores que aqui não citei, como o rapaz chique que estava na hemodiálise, e como o sempre sorridente Rafael Gomes. Como a senhorinha aidética que, segundo a enfermeira, não falava com ninguém, mas conversou sim com a gente, me deixou fazer carinho e tudo mais. Assim como o senhorzinho que estava sangrando, ou o lindo seu Antônio: MEU MUUUUITO OBRIGADA!

Vocês são incrivelmente gatões!
Algo me apaixona na nefrologia. É sempre assim!

Tira a máscara, eu e Tuberculino anoitecemos. Tatá e Dudu foram conversar com Dr. André:
" O senhor é incrível, obrigada por tudo!"
O diálogo continuava...
E ele falou: " Estudem muito, e estude por eles! Eles merecem que você seja o melhor possível, o melhor médico. Não estude por você, estude por eles! A humanização e o estudo não estão separados, eles se complementam. Os pacientes dizem coisas pra vocês que nós médicos ficamos enciumados, pois passamos muito tempo pra conseguir bem menos informações do que vocês conseguem rapidinho. Parabéns pelo trabalho! "

Dr. André, eu e Tatá agradecemos do fundo do coração pelos ensinamentos. Eles de fato merecem muito, merecem tudo. Espero nunca esquecer disso!
Com todas a minha energia e minha gratidão:
Meu MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUITO OBRIGAAAADAAAAAAAAAAAAAA!

Assim encerro meu primeiro diarinho.

Com todo o amor do mundo: Maricota Cambalhota!!


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Véspera de prova..

Prova? Que prova?


A atuação era no temível 10º andar.. aquele dos NÃO's.. pra completar, era véspera de prova.. Uma vez me disseram que quando eu tivesse cheia de coisa pra estudar não deixasse de ir pq provavelmente seria uma boa atuação.. Eu fui, eu e ela, a MCM! Quando entramos para nos preparar, uma preocupação: muitas portas fechadas e muitos pacientes dormindo.. Íamos jogar com quem? N os arrumamos mesmo assim e quando saímos encontramos já 3 pessoas no corredor :o) Paramos, brincamos com elas e esquecemos de tudo.. da prova, do medo e das pessoas dormindo! No meio da farra um senhorzinho do interior fez a festa com a gnt.. Serra, Triunfo, Flores.. Depois paqueramos no corredor, torcemos por Tafaréu, Bebeto, Cafú e Raí (era dia de jogo do Brasil)! Nos despedimos desejando melhoras a um doce de senhora que não estava muito bem, mas que mesmo assim nos olhava com carinho! Que Deus a ajude com saúde e paz 

Beijocas com carinho ;o)

CADÊ O ÂNIMO?

A semana não está sendo nem um pouco fácil na faculdade para mim e a minha MCM. Hoje, véspera de uma prova horrível, estávamos lá, eu e ela, no 10º andar, aquele em que tivemos a nossa pior atuação. Achou que não tinha o que piorar? Em nenhuma das alas, norte e sul, havia porta aberta ou pacientes acordados... O que fazer? Se joga no vazio. Essa foi uma situação beeeem próxima do vazio.
Marieta e Tatá saíram em busca de uma porta aberta ou olhares disponíveis para o encontro. O nosso senhor dos Clowns interveio. Logo que saímos encontramos três pessoas assistindo a televisão. Depois encontramos um senhor que não gostou muito da nossa maquiagem nem dos nossos narizes. No próximo quarto, encontramos um pessoal de Serra Talhada e o MILHOnário de Camela.  E assim fomos, quarto por quarto, olhar por olhar, encontro por encontro, melhorando nosso ânimo.
Assistimos o início do jogo do Brasil como o melhor trio de torcedoras: Marieta de Azul, a Companhante de Verde e Tatá de nariz Amarelo. E, depois, entramos no quarto com quatro mulheres. Foi ótimo. Todas disponíveis ao jogo. 
Neste dia ótimo só uma coisinha atrapalho. Um tipo de profissional que NUNCA desejo ser em toda minha vida. Acho que esse projeto nos dá a oportunidade de querer ser um médico/enfermeiro/fisioterapeuta/psicólogo melhor para os nossos pacientes.
Ainda bem que achei esse ânimo que eu estava precisando pra estudar pra prova de amanhã.

Com amor, 

Marieta e Maroca.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Palavras de Regeneração

Que sexta-feira foi essa? Nunca estive tão cansado ao final de uma semana. Muitas provas, poucas horas de sono. Dor de cabeça chata...  Ingredientes que fariam da minha atuação bem mequetrefe, senão fosse minha companheira alto astral! :) E pelo incrível que pareça, não fiz meu diário no final de semana, como sempre fazia. Estranho né? Não tive tanta ansiedade para fazê-lo, talvez pela dificuldade de encontrar palavras balanceadas. Porém, vou retratar um pouco do que aconteceu naquela tarde.

Ainda nas rituais preparações, tinha dito a Tats: "Tatsss, hoje é contigo visse...". Fui muito precipitado e mequetrefe. A melhor graça dessas atuações é justamente essa incerteza que nos seduz para se jogar nessa piscina de bolinhas de plástico, sem esperar sorrisos pilambetáticos, e sim encontros puros de magia. Perdão Tatssss... :(( Era a fadiga falando! hehehehe

Ao longo da nossa atuação, encontramos companheiras fiéis que nos acompanharam em cada quarto, distribuindo conosco um pouco de afeto e da palavra de Deus. Sim, o nosso envolvimento com a religiosidade foi bem nesse evidente nessa atuação, pois foi algo bastante estimulado pelos próprios. Inclusive, tivemos experiências interessantes com rituais até então nunca vivenciados por nós. Participamos de tudo e respeitamos, pois foi uma forma de eles retribuirem nossa presença ali.  

Conheci dona Edilene em um dos quartos, entretanto ela não estava presente naquele quarto, seu pensamento vagava em outros caminhos. Perguntei-lhe: "Ei moça, qual é o nome? Por que estás tão caladinha?". Ela me encontrou e disse: "O filho que carrego junto a mim está morto". Eu realmente esperava qualquer coisa, menos aquilo. Me tremi um pouco, mas compreendi sua situação ali e recebi sua mãos quentes. E os nossos olhos seguiam de mãos dadas,  uma companhia que muito me satisfez, pois foi uma oportunidade de consolá-la, mesmo silenciosamente.

Além disso, essa sexta-feira foi uma dia de descobertas: consegui diferenciar se a Maricota estava grávida ou constipada (ou "cheia de miiiierda" rsrs); descobri que bebês de brinquedo podem matar, por isso devem ser despejados no fogo; já posso ser contratado para babá de Pedrinho; e se a Medicina não der certo, serei modelo da dona Evaneide! E a descoberta mais abençoada de todas (não é bem uma descoberta): Jesus nos ama!

Segue o trechinho do recado de Evaneide para mim:


"Deus é fiel. Jesus te ama. Continua alegrando a vidas das pessoas. Por Deus, se agrada muito. Deus vai te dar a vitória. Amém. Glória a Deus. Ass.: Evaneide - 07 de Novembro de 2014"

domingo, 9 de novembro de 2014

Onco

Xiiii... Maria Malhação quase esquece de postar!

Mas vamo simbora! O massa de Onco é que a sala é aberta, e dá pra interagir com todo mundo ao mesmo tempo. Ivanildo, um dos enfermeiros, é o palhaço sem nariz de lá, que alegra o pessoal quando a gente não tá lá... e quando a gente tá também! Enfrentei uma enfermeira baixinha que me chamou de palhaça, vê se pode! hahaha Conhecemos Dona Severina, com seus 11 netos (acho que era isso) e sua disposição. Ativades preferidas: arrumar tudo na casa (ô beleza). Ficou chocada com o meu hábito de comer ovo com casca, disse que não era pra eu criar nenhum menino desse jeito não (viix, sei fazer miojo também, Dona Severina!) Dona Carminha tava lá como acompanhante e poetiza oficial, fez uma rima pra explicar o nome dela ( e ficou devendo uma pra os nossos nomes, Vou cobras!). Dona Sorridente ( quem disse que eu lembro o nome?) disse que tava com saudade da gente, que tinha ido só pra nos ver. Deu um abraço gostoso danado nas três ^^. Conhecemos gêmeas (ou irmâs muito parecidas, segundo elas. Mas mantenho minha teoria), uma acompanhando a outra, e as duas com o sorriso mais bonito. Conhecemos também uma gêmea real, que teve filho gêmeos (digaí). Uma senhora de 70 anos que arrasou muito mais que Maria Malhação nas fotos. Um senhor de Tamandaré, que tava lá com a filha, um fofo. Conhecemos a mulher de Tarzan (aparentemente ele está domado hoje em dia, e vive na cidade grande ). A interação com todo mundo foi maravilhosa! Onco é só amor <3

Com carinho, Maria Malhação

Perfumes everywhere

     Essa sexta foi de longe  a intervenção mais cheirosa de todas!
     Explico melhor, encontramos 3 senhorinhas muito muito cheirosas (se quiserem saber o perfume, lote de fabricação e código de barra favor perguntar a Sebastiana afinal, descobri que ela decora os catálogos dos perfumes e também sabe toda a programação da TV), o cheiro era tão grande que invadia os corredores! Inclusive sobrou perfumes para os palhacinhos também! aew!!!!
    Essa intervenção além de cheirosa foi uma das mais produtivas, foi repleta de jogos e acho que o tempo de jogo esta melhorando além disso, está surgindo mais jogos e a entrada e saída dos quartos também estão vindo por meio deles! (na maioria das vezes) O que deixa a intervenção muito mais dinâmica e divertida.
    Intervir esta cada vez melhor. E estão vindo com vários rendibilizados...
bjs e tchau!

Brincando de ser criança na Pediatria...

Olá DB, há quanto tempo não nos vemos não é??? Já estava morrendo de saudades de você!!!

Bem, quando eu e minha MCM vimos onde seria a nossa atuação, foi uma mistura de alegria, encanto e "tem que comer bem pra aguentar tanta enrgia".
Na manhã de quinta não foi diferente, estávamos com tudo isso sendo que com uma dose de adrenalina. Chegamos, nos vestimos, subimos nossa energia e fomos a mais um encontro....

E aí começou todo o encanto da Pediatria.. Quanto brilhinho nos olhos daqueles pimpolhos, quantos encontros e quanta energiaaaaaa.... Odete muito gorda teve que dá shoooow com aquela energia toda.
Para começar, Odete perdeu as asas e lá vamos nós e um batalhão de amigos altos, fortes, dispostos e dedicados a procurar essas asas em todos os lugares. Nos contaram que estavam numa mala, depois disseram que tinham ido embora sozinhas, por ultimo informaram que ela foi pro lixo :(((((
Mas como poderíamos continuar sem as asas?????? Não podíamos fazer isso, mas também não queríamos que tudo aquilo acabasse, entããããããooooo... Adaptamos asas novas e elas podiam ser compartilhadas, Samuel adorou voar por aquele corredor.. Roberto não soltava Niveta, era um medo da gota dela ir embora... Ben 10 tomava insulina e compratilhava com todo mundo, como ele era simpático, mas o relógio parou de funcionar.
Foi muito bom e não poderia ser em companhia melhor desfrutar da pediatria com essa MCM!!!

Devo concluir dizendo que: por vezes nesse encontro, colocamos em prática o que aprendemos na oficina: uma hora alguém tem que ceder e jogar o jogo do outro, uma hora você tem que segurar seu companheiro e manter ele ali PERTO, MEU COMPANHEIRO É MELHOR COMPANHEIRO DO MUNDO e isso só ficou mais forte na pediatria.
Obrigada a Niveta e aquelas crianças lindas e totalmente disponíveis que compraram muito inocentemente nosso jogo e jogaram da forma mais linda e limpa que existe!!!!!!! Nos vemos em breve pediatria!!!


Com amor e muita saudade, Odete!

Recortes em uma folha de papel

Nessa sexta feira, ao atuar na enfermaria do décimo andar com mais de uma MCM, (Bond Maribond nos deu o prazer da sua companhia mais que perfeita), percebi o significado de um recorte numa folha de papel.
Por incrível que pareça, em cada quarto vivenciamos uma experiência inusitada e do início ao fim fomos presenteados pelo bom humor de todos, pelo encontro que parecia não ter fim.
Que delícia esse andar.
Foi então que fomos parar no quarto da princesa Luana, aparentemente presa e reclusa em seu castelo. Quanta carência pude ver dentro de seu olhar tristonho, mas quanta beleza transbordava de suas mãos para se transformar em arte.
O quarto todo decorado, cheio de telas, potes, pinturas. Quanto talento escondido naquela menina de 15 anos que em alguns segundos me amou. E me fez amar.
Lindo ser sua "picurruxinha", ouvir que sentiria minha falta, lindo abraçá-la e receber em troca o seu coração (um recorte em uma folha de papel).
Deixei ali um pedacinho do meu. Mas saí com mais completa do que entrei.

Número sete.

Começamos a atuação no sétimo andar. Tão incrível, tão renovadora, tão espiritual (por assim dizer) para mim.  "O número SETE é com certeza o mais presente em toda filosofia e literatura sagrada desde os tempos imemoriais até os nossos dias. O número SETE é sagrado, perfeito e poderoso, afirmou Pitágoras, matemático e Pai da Numerologia. É também considerado um número mágico. É um número místico por excelência.
O SETE é o número da Transformação, é a primeira manifestação do homem para conhecer as coisas do espírito, as coisas de Deus, a Criação. Ele é o número da Perfeição Divina, pois no sétimo dia Deus descansou de todas as suas obras."

Não imaginava que um número pudesse ter tantos significados. Ou melhor, que um andar, que uma enfermaria pudesse tê-los. Logo de cara, um paciente recém chegado da quimioterapia nos recebeu com uma energia transbordante, e falou, ainda que rapidamente: "O que importa é ter energia, a gente tem que se manter feliz." 
Que lindo, que perfeito, que sagrado. Viva o 7.
:)