quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Um COB que eu não conhecia

Por Flora Pinica

Posso dizer que hoje, o dia de minha primeira intervenção, foi uma caixinha de surpresas! Fiquei muito nervosa, estava sentindo tudo muito intensamente (quero ser bem enfática mesmo!). O nervosismo começou desde a primeira reunião com os velhinhos, que nos esclareceram milhares de dúvidas. Hoje, eu me perguntava mil vezes: como vou intervir com todas aquelas pacientes sentindo dores ou preocupadas com os seus bebês? Como poderei me chegar nelas, sendo a mais delicada possível, com todo aquele cuidado para não deixá-las mais tristes ou irritadas? Todas essas minhas perguntas foram resolvidas com uma única resposta: se jogue no vazio. Minha MCM, minha querida Surdete Repete, foi tão atenciosa comigo! Nos maquiamos e nos vestimos ao som das músicas que embalaram a oficina e, já quando colocamos a máscara, ela olhou para mim e disse: é apenas você aqui. E, quando ela me disse isso, por incrível que pareça, fiquei muito mais calma. Surdete puxou a carroça, dando boa tarde aos familiares que esperavam ansiosamente por alguma novidade, mas foi ela indo na frente e eu atrás pegando o embalo e sentindo o clima de estar ali, naquela sensação totalmente desconhecida até então. Quando abrimos a porta do COB, as impressões foram as mais diversas possíveis: eram sorrisos, eram perguntas com o olhar... Na intervenção, fomos desde o céu até o uso das tecnologias. O quarto que apelidamos de Céu era lindo: três grávidas que as chamamos de Anja, Maria e Jesus. Já o quarto das tecnologias foi repleto de fotos de celulares. Confesso que houve um momento em que não aguentava mais ficar como modelo saindo em fotos (espero melhorar nas próximas). Além desses quartos, ficava muito divertido quando algumas pacientes me reconheciam, dizendo que eu era a médica dali (kkkk..). Meus olhos riam tanto nesse momento, eu não conseguia esconder. Em um outro quarto, já conhecemos também nossas sogras! Médicos e enfermeiros também participaram dos nossos jogos e encontros. 

O que eu achei mais difícil no COB foi manter a energia. O COB é pequeno, são poucos quartos e havia mulheres que estavam mais fechadas, sem querer papo. 

É tão maravilhoso estar atuando! Obrigada à Surdete Repete pelo apoio! Ele foi fundamental para que mantivéssemos os nossos encontros e a energia daqueles momentos!







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