terça-feira, 28 de outubro de 2014

Na Nefro, tinha uma pedra...

Por Flora Pinica

Gostaria de começar esta postagem, primeiramente, pedindo desculpas a mim (meu palhaço) e à MCM, Surdete. Hoje não era o meu dia: doente, cheia de dor no corpo e calafrios, que me incomodaram bastante durante a intervenção. Minha energia baixou rapidamente, não conseguia ficar em pé, não conseguia encontrar minha MCM e, principalmente, meus queridos paciente e clown. Foi terrível hoje. Também me senti um pouco mal com as suturas dadas nos pacientes por conta dos cateteres que antes havia em seu pescoço. Estranho isso. =(

Mas vamos lá resumir como foi a atuação... Chegamos, nos arrumamos, nos preparamos. Saímos e fomos direto para a área da hemodiálise. Achei dificílimo atuar lá. Poxa, muita gente triste, principalmente idosos, já sem esperança alguma no olhar. Mas houve uma senhora que me tocou, a dona Luíza. Me encantei por ela assim que entrei na área da hemodiálise. Desenterrei uma Luíza da história antiga para mostrar a ela que ela, ali, naquela situação, era uma guerreira mesmo há sete meses lutando contra sua doença. Minha MCM perguntou onde ela queria estar se não fosse no hospital; ela respondeu que não sabia, chutei que na igreja. Ela parou e disse: isso, na igreja. E então senti que a vontade dela de sair dali aumentou, pouco, mas aumentou! Estarei torcendo aqui pela sua recuperação! 

Em um outro leito, encontramos dona Edite (L), muito atenciosa e ama falar sobre a sua vida, principalmente sobre o ex marido, que adorava fazer filho com ela, KKKK... Mas foi aí que começaram a bater as dores no corpo. Não queria que a minha energia caísse de vez. Até que minha MCM disse: bora pra casa, Flora, você não está bem! Obrigada, Surdete!

Peço desculpas novamente ao meu Clown e à querida Surdete. 

Um comentário:

PERTO - Palhaçoterapia UFPE disse...

Flora, não se preocupa, você nunca decepciona! E que história é essa de que não nos encontramos? O encontro acontece de apenas entendermos que não era um dia de muita energia, mas ainda assim estávamos em sincronia. Acredito que fizemos a diferença no dia daquelas pessoas que tocamos, que ouvimos, que seguramos suas mãos, que olhamos, que encontramos!

Surdete Repete