domingo, 26 de outubro de 2014

Cativar e cultivar tuas rosas

Não foi só o celular que descarregou as suas baterias. Eu também! Essa segunda-feira na pediatria foi cansativa!

Mais uma vez, estava na aula inquieta, esperando que terminasse logo para que eu pudesse subir para a atuação. Minha bateria (do celular) estava quase descarregando, então eu desliguei o celular por um tempão, para quando sair da aula ter como me comunicar com meu MCM... Quando saí da aula, mandei um wa pra Matheus avisando que estava subindo para a pediatria, mas ele não recebeu. 9 tentativas de telefonar e mais umas 10 de mandar mensagem: todas falhas! O celular não chamava e a mensagem não ia (sempre dava falha ao enviar). Sorte que mandei mensagem para o grupo e alguém conseguiu avisá-lo.

Chegando lá, pedimos ao pessoal da recepção um lugar para nos arrumar e depois de ir e voltar no corredor, encontramos a sala de enfermagem. Depois de prontos e maquiados, com a energia lá em cima e a máscara-nariz posicionada, fomos falar com a criançada! Pensei em descrever passo-a-passo como foi em cada quarto, mas como faz quase uma semana da atuação, esqueci de alguns nomes, e então a descrição ficaria um pouco falha. Mas o mais importante seria dizer que, apesar de no início termos dificuldade de ter um encontro com as crianças, pois elas estavam um pouco desconfiadas, saímos da atuação com todas elas nos seguindo! E as mães já #xatiadas com a criançada correndo e fazendo zoada no hospital. No fim, todo quarto que nós visitávamos, as crianças do anterior vinham também. E muitas acabaram conhecendo umas as outras nessa brincadeira. No fim, era "tia" pra lá, "tio" pra cá. "Palhaça" pra cá, "palhaço" pra lá. (Não adiantava dizer o nome 20 vezes, eles sempre esqueciam! hahah). Fizemos a "mágica" do nariz, alterando a cor. Acharam o máximo. "Tia, faz a mágica de novo!".
A única parte que me chateou um pouco, foi um rapazinho um pouco maior que trapaceou no jogo e olhou enquanto viramos de costas, quando era pra eles estarem de olhos fechados, para fazermos a "mágica", Ele percebeu que havia duas faces e quis porque quis tirar o meu nariz. E, de certa forma, começou a me agredir.
Uma mocinha muito fofa que grudou nos nossos pés (acho que foi ela que saiu puxando toda criançada de um quarto pro outro), me deu um bombom quando estávamos perto de ir embora. Tivemos que dizer que o ônibus dos palhaços estava nos esperando lá embaixo! Ela queria nos acompanhar até o último momento, e para que ela não perdesse o encanto, tivemos que pegar nossas coisas e ir embora pelas escadas vestidos dos nossos clowns, perdidos e sem saber onde nos trocar. Na hora que peguei as minhas bolsas (uma com a roupa do palhaço e a outra sendo a bolsa da faculdade), a mocinha ficou desconfiada e disse "Tia, essa não é a tua bolsa!". E eu disse "É minha sim!". Ela "É não, é a bolsa da doutora.". Aquela não poderia ser a bolsa de um palhaço, né? Bolsas de palhaços supostamente deveriam ser engraçadas e não sérias. E acho que isso quebrou um pouco o encanto dela. Mas não o meu! Porque ri muito no momento e caio na gargalhada até agora com a astúcia da menina.
Estava com a energia lá em cima, apesar de muito cansada, e até havia dito ao meu MCM que eu ia escrever o diário naquele mesmo dia. Quem disse que eu aguentei? Foi capotamento total quando cheguei em casa! Depois de quatro horas inteiras naquele setor, não havia quem aguentasse mais nada! Mas como está no nosso amado livro do Pequeno Príncipe, "Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante" (frase do livro que li no dia seguinte e foi muito cabível ao momento).

Tive como saldo ao fim da atuação, um bombom e muitos encontros!

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