A pediatria de fato é um setor diferenciado, se por um lado é fácil manter o jogo, por outro fica difícil atender às expectativas, principalmente quando o cansaço bate forte. Eles não param! E também não querem que você canse, aaaaah crianças, sempre tão verdadeiras: "Que palhaça gordinha!"
São olhares minuciosos, curiosos e um olhar, em especial, triste. Notei desde o começo que aquele menininho tinha um lado triste, não jogou comigo, mas minha MCM o cativou, que sorte a minha de tê-la, pois de todos aqueles pequenos, era ele quem mais precisava de um afago. Descobri que ele houvera sido oferecido à mulher que estava do seu lado pelo seu pai, que o abandonou; sua nova mãe foi quem me contou, pois eu estava sentada com ela, brincando com a cadeira e os pequenos rindo da minha inabilidade de mexer na alavanquinha (pilombetando, eu admito). Nesse momento senti uma vontade tão grande de abaixar a máscara e abraçar aquela mãezinha, mas me mantive no jogo, fiz cara de triste e a olhei nos olhos, bem no fundo, nas retinas.
A "ped" como eu chamo normalmente é mágica, pois crianças também o são e é aproveitando o 12 de outubro que dedico todo o carinho daquela atuação, que não foi marcada por boas jogadas ou risadas intensas, mas sim por um momento breve de uma verdade tão linda (e triste, de certa forma), àquela mãezinha que viu numa palhaça um refúgio para desabafar e a Ryan, seu novo filho.
Aprendi sexta que Bond Maribond pode ser muito mais do que pensei.
Boa noite, meus amores
Com todo carinho e gordice (haha, fiquei marcada), Miroca.
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