sábado, 18 de outubro de 2014

Estímulo


    Hoje o meu diário vai ser exatamente tão intenso e rápido como foi essa segunda intervenção externa. Troca a roupa no estacionamento, o seu espelho é o retrovisor. Vamos fazer uma roda. Quando vejo o meu lindo cabelo está feito em um nó na liga. Por que fiz um cabelo tão difícil? Vou fazer um nó no nó. Vamos subir a energia. Um, dois, três...dez. Sobe o nariz. Como assim meu sutiã abriu? Vamos mesmo assim. Temos que cantar, para nos comunicar. 

    A linda Chapelina canta e encanta uma senhora no carro. Chegamos na praça.  E lá estava um criança, duas crianças....100000000 de crianças. Meu Deus, quantos olhares, vou me perder neles e não vou conseguir me encontrar? Ainda bem que estamos juntos. Os caminhos me levam de criança em criança, algumas riem, algumas se assustam. Do nada estou segurando um bebê. Fazemos uma roda envolta de uma criança que tem medo de palhaço, acho que foi um passo errado. Bola para frente. De súbito, um lindo garotinho sapeca com uma arma. Ele atira em mim. Eu morri. E sem perceber estou sendo ressuscitada. Isso não vai dar certo com o sutiã aberto. Mas deu. Bolhas de sabão me acordaram da morte. E acho que fizemos um bom jogo.

  Crianças, muitas crianças. Vamos prender o palhaço com a fita da Sebastiana. Sem querer falo um palavrão. Sebastiana, aprenda a falar com crianças. Os MCMs me ajudam a contornar a situação. Vou com Plínio e Marieta. Encontramos uma pipoca no caminho. Plínio começa a cantar é um tal de ploc, ploc, ploc. E nessa vamos com Débora até acabar as nossas forças. Chegam reforços, mas o milho dessa linda não acaba. Mesmo cansada, sempre queria ver ela pular. Dançamos com um boneco. Imitamos meninos dançando. Palhaços viram obstáculos, o que você faz? Pula. Que lindo a senhora dançando, que lindo Plínio e sua nova parceira fazendo ciúme. Corrida, o atirador está de volta. E para fechar uma linda menina e sua avó, duas princesas com alegria e brilho no olhar. Acabou? Sério?Vou poder fechar o sutiã? Vou poder cortar o nó do cabelo? Posso sim. Posso deixar aquela energia lá? Posso deixar de me encantar com essa multidão que preencheu meu dia? Posso deixar de amar esses palhaços que enchem minha vida de amor? Não, nunca.

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