quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Lágrimas

14 de outubro de 2017

Querido DB, 

Nesse dia, me senti abandonada, pois Carol foi mequetrefe com seus MCM's e não pôde ir S/2.

Eu e Theus Crush seguimos pelos corredores do andar de clínica médica, os dois, acabados, no meio de uma semana difícil sem NENHUMA energia p poder subir. Paramos, respiramos, dançamos e fomos.

O setor, dessa vez, estava MUITO diferente. Tiveram muitas situações difíceis, de choro, de morte próxima de um parente, de casos irreversíveis, de pessoas que não conseguiam encarar a situação em que estavam. E, por mais que eu achasse que quando essa hora chegasse (a hora de consolar tão só e simplesmente) ia ser difícil, foi, na verdade, consoladora e aconchegante. No meu abraço em todas essas pessoas ficou também uma parte de mim que estava precisando e, por mais que estas pessoas achassem que eu as estava dando força, era muito o contrário. Ver naquela vulnerabilidade o poder que o palhaço tem de "transformar" a situação foi incrível e traz muito a reflexão para o meu curso e para a médica que eu quero me tornar. Sejamos todos palhaços, sempre. Sejamos todos mais humanos. Um abraço não custa nada de ninguém e tenho certeza que tirar energias das cinzas foi muito melhor do que ter ficado em casa descansando.

Um comentário:

PERTO - Palhaçoterapia UFPE disse...

Talvez esse poder transformador do abraço que comentaste, lindona, seja na verdade o poder transformador da empatia e da honestidade... Reconhecer a situação sem negá-la, procurar entender o outro e buscar de alguma forma, seja através de uma abraço, um olhar, um aperto de mão ou qualquer elemento de contato interpessoal, demonstrar que "eu estou aqui agora, apesar de tudo". "Sou palhaço porque sou sincero, sou sincero porque sou palhaço." Beijos, Biazinha!!