sábado, 28 de outubro de 2017

#5 É culpa da Reciclagem

Sexta, 27 de outubro,
Dessa vez a atuação foi no Ambulatório de Onco, e já começou bem com nós dois perdidos tentando achar o lugar e passando um olhar de confusão para as enfermeiras. Entramos no vestiário e nada como NÃO achar seu nariz, né non? Tínhamos esquecido de pôr de volta na bolsa depois das Reciclagens, então foi de nariz de blush vermelho mesmo. Todos os pacientes foram muito gentis e super participaram dos nossos jogos. Conhecemos uma atriz de São Paulo, e uma estilista que me disse que precisava malhar. Mas aí outra disse que eu era perfeito assim, e o que ela falou acho que era o que eu tava precisando no momento. Dançamos, desfilamos, e cacarejei pra uma lua rosa de papel. Ué, galo também cacareja pra lua, né só lobo não. Depois chegou um casal de músicos pra tocar pros pacientes e a proposta era dançarmos também naquele momento. O chato foi que um senhor começou a gritar e reclamar que ‘não queria ouvir zuada na sua última semana de vida’. As enfermeiras foram acalmá-lo e tentamos seguir com a atuação mas os pacientes não queriam mais porque ‘iria incomodar’ o senhor estressado. A energia baixou e nos restava mais nada além de voltar pro vestiário.
Apesar de tudo, não foi uma atuação chata. Eu me diverti muito, e foi além das expectativas que eu tinha para o Ambulatório, que Anne constantemente substituía por Laboratório sem querer. Ah, e tive a oportunidade de reencontrar a Rainha de Marte lá da primeira atuação na Clínica Médica e dançar com ela de novo. Xonei.


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