Parece que todos os dias de oficina e todos os aprendizados sumiram, embora eu saiba que estava tudo lá, guardadinho em algum lugar do meu coração. O dia começou ansioso, fui colocando a pele na bolsa e fazendo uma lista mental de coisas para não esquecer (o que não deu muito certo). Coloquei a playlist de Rai para tocar... "Vamos subir a energia"! Saí atrasada para o hospital, pra fazer jus a minha fama, e chegando lá encontrei Dinho, Rai e Lori (minha MCM). Subimos em direção ao ambulatório de onco, lembrando que pra mim o HC sempre será um labirinto. Chegamos, Lori nos apresentou e de cara pude notar a receptividade o pessoal conosco. Fomos nos trocar, colocar a pele (também ao som da playlist de Rai) e, finalmente, subir a máscara. Contagem de 1 a 10. Minha companheira é a melhor companheira do mundo. Admito que no começo não sabia muito bem o que fazer, acho que Lori também não. Demos voltas e voltas até começar finalmente a interagir, de um jeito meio tímido. Conhecemos uma senhorinha de Garanhuns que nos prometeu casa e chocolate quente durante o festival de inverno, mas não sabíamos como chegar lá... Andando ou ir de jegue? Eis a questão. Ela disse que tinha que ser de carro, então fomos procurar o diretor pra nos dar um trabalho e conseguirmos pagar. Achamos uma mulher que se dizia diretora mas que só queria contratar a gente como cobaia, não como andadora. Continuamos, então, a procurar o bendito diretor. Avisamos todo mundo que estávamos procurando ele, pra caso alguém o achasse. Passamos de um cômodo para o outro, várias vezes, até que encontramos dona Silvia, que foi super simpática e até nos mostrou uma foto que o médico tinha pedido pra ela tirar. Ela ainda insistiu muito para que Lori dissesse o que ela fazia "de verdade". Depois de explicar várias vezes que era realmente uma palhaça, complementou com um "palhaça escutadora", o que foi suficiente para dona Silvia. Caminhamos mais um pouco e conhecemos também João Paulo, que parecia perfeito para o papel de amarrador de cadarços (prometemos que se a gente conseguisse encontrar o diretor pediríamos um emprego para ele também). Ainda buscamos água em uma fonte misteriosa, fizemos tatuagens sinistras (Mickey-beija-flor e barata morta de Baygon) e conhecemos uma mulher com uma blusa de Paris, que não estava tão aberta no começo mas depois acabou interagindo. Chegou a hora do almoço (minha barriga já estava roncando, inclusive) e com ela a nossa hora de ir. Deram risadas quando passamos, agora sem máscara e pele, pela recepção. Logo na saída, a mulher da blusa de Paris veio nos dar um abraço, o que foi bem inusitado já que ela foi uma das mais fechadas durante a atuação. O resumo do dia seria o meme do menino do ídolos, que usei uma vez durante a formação: UM TURBILHÃO DE SENTIMENTOS!
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