Fala aí dBzão, hoje vou tentar ser um pouco mais sucinto
nesse meu relato da terceira atuação, pois várias semanas com provas seguidas
se aproximam. Misericórdia, sangue de Jesus tem poder... Mas enfim, essa rápida
estadia no ambulatório de oncologia do HC foi de um aprendizado tamanho e que
eu não esperava. Nunca pensei que ao me aproximar de um quarto onde a paciente
estava dormindo, a acompanhante faria tanta questão de acordá-la para nos
receber. Pois, segundo a acompanhante, fazia muito tempo que o PERTO não ia por
lá, e há muito tempo essa paciente não dava um sorrisinho. Bem... não ganhamos
aquele sorrisão que queríamos, mas alguns olhares, apertos de mão e
agradecimentos valeram muito mais. Bicho, que sensação boa da peste. Só assim
para perceber na pele o quanto a palhaço-terapia é necessária ao hospital e
àqueles pacientes, especialmente os da oncologia. Nunca nunca imaginei
encontrar umas pessoas tão peculiares naquele hospital, que apesar de tanta dor
e sofrimento ‘teimam’ em serem felizes e espontâneos. Como um senhorzinho com
uma lesão muito extensa no nariz dizia que seria um palhaço que nem a gente,
pois o nariz ele já tinha como nós. Como, a simplicidade de pedir para ganhar
saúde da gente pode nos colocar em enrascada muito boa. Como os corredores da
enfermaria podem se tornar uma pista de dança para os mais diversos ritmos: desde
brega, W. safadão, a Waldik Soriano e suas músicas de sucesso como “Paixão de
um homem” (massa conhecer esse excêntrico cantor dos longínquos anos 1970). E
por fim, como é arretado teimar junto com essa galera e sair, mesmo que por
algumas horas por semana, dessa rotina torturante que é a universidade.
Vou deixando àquela indagação para ser discutida em outras
possibilidades e com os meus Lindovisores: O que acontece já se passa em todos
os quartos do setor, mas a energia continua altíssima, e vontade para ir em
busca de outros quartos em outros setores é mais forte que você?
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