sábado, 7 de outubro de 2017

Paixão de um Homem - música estourada dos anos 1970

Fala aí dBzão, hoje vou tentar ser um pouco mais sucinto nesse meu relato da terceira atuação, pois várias semanas com provas seguidas se aproximam. Misericórdia, sangue de Jesus tem poder... Mas enfim, essa rápida estadia no ambulatório de oncologia do HC foi de um aprendizado tamanho e que eu não esperava. Nunca pensei que ao me aproximar de um quarto onde a paciente estava dormindo, a acompanhante faria tanta questão de acordá-la para nos receber. Pois, segundo a acompanhante, fazia muito tempo que o PERTO não ia por lá, e há muito tempo essa paciente não dava um sorrisinho. Bem... não ganhamos aquele sorrisão que queríamos, mas alguns olhares, apertos de mão e agradecimentos valeram muito mais. Bicho, que sensação boa da peste. Só assim para perceber na pele o quanto a palhaço-terapia é necessária ao hospital e àqueles pacientes, especialmente os da oncologia. Nunca nunca imaginei encontrar umas pessoas tão peculiares naquele hospital, que apesar de tanta dor e sofrimento ‘teimam’ em serem felizes e espontâneos. Como um senhorzinho com uma lesão muito extensa no nariz dizia que seria um palhaço que nem a gente, pois o nariz ele já tinha como nós. Como, a simplicidade de pedir para ganhar saúde da gente pode nos colocar em enrascada muito boa. Como os corredores da enfermaria podem se tornar uma pista de dança para os mais diversos ritmos: desde brega, W. safadão, a Waldik Soriano e suas músicas de sucesso como “Paixão de um homem” (massa conhecer esse excêntrico cantor dos longínquos anos 1970). E por fim, como é arretado teimar junto com essa galera e sair, mesmo que por algumas horas por semana, dessa rotina torturante que é a universidade.

Vou deixando àquela indagação para ser discutida em outras possibilidades e com os meus Lindovisores: O que acontece já se passa em todos os quartos do setor, mas a energia continua altíssima, e vontade para ir em busca de outros quartos em outros setores é mais forte que você? 

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