segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Ubuntu: eu sou porque nós somos!

Rapaz, faz tempo que não posto nada aqui, né?
Fui mequetrefe e perdi o costume de escrever o costume de escrever dbs das atuações pela falta de obrigatoriedade. Perdão pela falha, universo.
Esse ano especificamos um pouco mais as regras pros lindovisores atuarem com os lindovisados pelo menos 1x ao mês e postarem dbs, então aqui estou.
Foi a primeira atuação com essa duplinha de baixo peso molecular formada por Lori e Sabris. Foram pessoas que me passaram boas vibrações desde a seleção, confesso que isso aumenta ainda mais minha vontade de atuar com elas.
Nos encontramos (atrasados, claro) e subimos pra clínica médica. Nos indicaram o quarto que poderíamos nos preparar e fomos lá.
As meninas pareceram achar meio estranho meu modo de aquecimento. Sempre me mexo muito (nada muito diferente do meu normal...) e faço minhas dancinhas pra ajudar a acordar o corpo e ir entrando no clima com minha playlist maravilhosa (modéstia beeem à parte hehe). Aaah sim, e estreei a nova peça da minha pele. Uma touquinha de lã feita por uma paciente que nos deu de presente (a mim, Martinha e Madada). E a experiência de subir a máscara com Sabris cantando foi foooooda S2.
Pouco antes disso li um trechinho do livro de Chacovachi sobre como o palhaço é, e não interpreta. Se lembrar de que fazemos o que fazemos com verdade é sempre importante. A liberdade de ser quem realmente sou com o nariz ainda me encanta como nas minhas primeiras atuações, acho que até mais pela consciência que tenho disso hoje.
Finalmente subimos a máscara e saímos. Já fazia algum tempo que eu não atuava em enfermaria também.
Alguns momentos foram bem marcantes pra mim, por motivos bons e ruins. Logo no começo tivemos um começo de interação bem singelo com dona Maria (?), que estava bem hiporreativa, talvez até pela condição clínica dela, não sei, mas senti que poderia ter aproveitado melhor aquele momento. Foi bem interessante ver a defesa dela com a gente ir caindo devagarinho, lembrando que a nossa verdade acessa as pessoas, e ganhamos até beijinho no final. Fizemos um bolinho aniversário de algodão e água destilada para a companheira de quarto dela. As enfermeiras ficaram um pouco chateadas porque a moça quebrou a vela/água destilada quando soprou o bolo, mas remendamos com esparadrapo e ficou tudo certo!
Um momento que ficoi guardado quentinho em mim foi o encontro com uma moça em isolamento. Sempre tenho dificuldade em interagir com.pacientes em isolamento, mas conseguimos criar um link legal com ela, que não falava, mas sabia levantar as sobrancelhas e mostrar a língua que era uma beleza!
Minha impressão geral da atuação foi que as Lorinalda e Samara acabaram ficando um pouco de expectadoras na atuação e perdiam muitas chances de participar dos jogos, em vez de só observar, mas também compravam os jogos. Talvez elas tenham ficado meio encabuladas por estarem atuando com o lindovisor (o """""superior"""" que """fiscaliza""" elas). Mas de fato senti elas bastante passivas. Sei que proponho muito durante as atuações e talvez isso tenha invadido um pouco o espaço delas as feito se retraírem, perdão por isso, meninas. Ficarei mais atento nas próximas. Com o tempo espero que elas vejam que não existe antigo e novinho, macavo véio e novo, superior e inferior nas atuações. Somos todos palhaços nos doando ao presente e a nós mesmos. Todos no mesmo patamar. Eu preciso delas pro jogo rolar, e elas de mim.  Ubuntu: eu sou porque nós somos! O palhaço não existe sem o outro, a quarta parede está atrás do público.
Vamos todos brincar de existir juntos ^^

Nenhum comentário: