Db, a quarta atuação foi bem
diferente das anteriores mas isso não quer dizer que tenha sido ruim. Talvez
uma das melhores... vai ver porque quase não criamos expectativas. Eu e Vidal tínhamos
certeza de que seria muito ruim porque Carol infelizmente não pode ir, o que
fez muitaaaaa falta; e eu tinha brigado com minha mãe, enquanto que Vidal
estava muito cansada, ou seja, como e de onde iríamos tirar tanta energia.
Entre uma conversa engraçada e outra, uma música e outra, fomos aos poucos
relaxando e melhorando o astral.
JÁ! Óbvio que não estava nem perto
dos meus 100% mas enfim saímos do quartinho e entre um encontro e outro, a
certeza de que aquele dia seria péssimo foi caindo por terra! Talvez tenha sido
a atuação que mais desfrutei do nome PERTO – projeto de encontros e risos
terapêuticos. Batemos cabelo, corremos da polícia, conhecemos a dona do Spa, ao
passo que quando percebi, estava em plena sintonia com minha MCM e todo o
setor. De fato, terminei a atuação com mais energia do que comecei.
O que mais me chamou a atenção foi
ter me deparado com duas situações até então inéditas enquanto palhaço. Duas
senhoras começaram a chorar durante a atuação. Uma delas estava com o marido
internado com um problema cardíaco, e segundo ela os médicos já tinham
conversado com a família sobre a possibilidade de não reanimar mais caso seu
marido tivesse outra parada cardíaca. De início, ficou aquela sensação de
impotência, mas percebi que o momento era de escutar, abraçar, chorar... Pudemos
dar vários abraços nela, e ao final, essa senhora retornou para o quarto rindo
e dizendo: “Chorei de tanto rir com eles kk”.
A outra situação foi quando um senhor
que estava em isolamento insistiu para que entrássemos no quarto dele. De
início ficamos apreensivos e sem saber o que fazer, mas como tudo vira
informação, me aproveitei de uma fala de uma mulher que acabara de entrar no
quarto (não sei bem se era funcionária do hospital ou amiga dele), a qual disse
algo sobre “apanhar”. Foi à deixa que precisava para dizer que não podíamos,
pois iriam bater na gente. Não sei se foiaà melhor saída, mas senti que reforçou
o vínculo que criamos com ele, mesmo estando na porta do quarto.
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