segunda-feira, 30 de maio de 2016

O picadeiro da onco

Beree, eu sei eu sei sou um mequetrefe de carteirinha 
Mas vamos focar na atuação, porque dessa vez tem explicação nao euheuehuehe
Siiim, foi a primeira vez que senti como estar no verdadeiro picadeiro, porque lá na onco tem uma sala de espera com muitas pessoas (tipo assim tinha mais de 20 pessoas o que para mim é muito euheuhe). Eu e cambitinha (sempre fico em duvida se cambitinhA ou cambitinhO, mas o que importa é o amor euheuhe) ficamos meio receosos sabe antes de entrar e tal, aquele velho frio na barriga, tanto que a gente começou atuando lá dentro onde tinha menos pessoas e tal, lá era onde a galera já tava fazendo a quimio e tal, a grande maioria estava dormindo, mas tinha uma enfermaria muito simpática e linda que deu o nó  na minha gravata (o nó que maroca tinha feito se desfez na maquina de roupa e desde então tava atuando com um nó que não era bem um nó sabe, era um nó, mas ao mesmo tempo não era e tal) ai encontrei essa deusa no meio dos papeis que manjava dos paranaue e deu um nó na minha gravataaaa o/// ( ela deu um nó e a gravata ficou grande vou ter que ajeitar pra ficar pequena e pá). Vale ressaltar que outra enfermeira lá me enforcou durante o processo do nó , dia dificil euheuehuhe.
Uma das poucas que tava acordada era a maria lu ( o nome dela era bem peculiar lucindia ou lusindia até hj não entendi direito) ela tinha 4 irmãs e todas com nome com L euheuehuh achei engraçado, ela era muito alegre sabe, sempre sorrindo e feliz a quimio ainda nem tinha começado dela, e percebi que, as vezes, a gente fecha a cara e reclama sem muito motivo sabe, por quase nada a gente já se tranca e perde o dia, meio que a gente deixa o dia a dia consumir a gente, isso é muito comum na faculdade, esse dia a dia estenuante acaba com a gente. Tinha outros acordados, tinha Paulo euheuheuh ele tava com uma fístula do lado esquerdo e lembro porque ele sempre tentava guiar as enfermeiras pra ir pro lado esquerdo ai elas ficavam na direita e ele: ''vai ficar desse lado mesmo?tudo bem entao'' e começava a rir, acho que foi o que achei mais legal desse setor, o povo era muito feliz ( os que não estavam dormindo), diferente da maioria dos outros setores eles não se detinham a falar da doença e como as coisas estavam dificeis, eles só falavam das coisas boas e tal, do passado ou do dia a dia.

Depois do nó e tal e de conversar com o povo, a gente criou coragem e foi pro picadeiro da onco, chegando lá o povo já pediu café pra gente, na verdade  primeiro a moça pediu um copo porque não tinha, fui pegar lá dentro, mas ai tava faltando café e todo mundo pediu café euheuehuhe ( pesquisas indicam que 90% dos brasileiros adoram café) a gente tentou conseguir, mas tava sem mergulhador.(mergulhador  é o nome da parada que esquenta a agua pra fazer o café, eu não sabia, por isso vai ai o conhecimento).
Lá no picadeiro parecia um show de paparazzi euheueheuhue, no começo não, pois todos estavam meio receosos sabe, tipo eles riam e tal, mas não interagiam muito, mas devagarinho eu e cambitinha fomos garimpando e quando a gente menos percebeu já tava na 3ª gravação de palavras de apoio pra filha, neta, amiga de alguém uheueheuheuh, lembro que teve um momento que achei muito massa, a gente tava conversando com uma mulher no canto esquerdo da sala sabe ( ela era muito simpática deu altas dicas de culinária e de como passar minha blusa pq ela achou muito enchilhada e tal), continuando ela era de um interior ai por algum motivo eu perguntei ( acho que fui eu. não lembro se foi cambitinha, mas isso é o de menos) bem alto se alguém era daquele interior sabe, ai uma mulher do outro lado disse ''EU EU'' ai ela perguntou se conhecia a familia de sei quem ( coisa bem típica de interior ne, eeei tu é da familia de seu chico da padaria? eu sou da familia dos mendonça) ai a outra conheço e tal ai a mulher veio e sentou do lado dela, tipo achei massa porque elas vão todas as quartas para lá, provavelmente já tinham se cruzado antes e tal e nunca tinham se falado e nas próximas quartas que a gente não tiver por lá elas vão poder se sentar juntas e ficar conversando e passando o tempo. Caramba esse dia foi muito massa, eu cheguei atrasado sabe, o dia em si foi muito pesado acabei comendo a primeira vez só 3 da tarde, mas com certeza a atuação valeu muito a pena e podia ficar escrevendo e escrevendo e escrevendo, mas to com pena de Laurete que já vai me matar por tá escrevendo segunda euheuehue ( vamos fazer uma campainha e pedir pra laurete ter paciencia com Roberto, eu apoio )

Um comentário:

Anônimo disse...

O nome eh mergulhão hahahahhahah