sábado, 7 de maio de 2016

DAS AVENTURAS DE UMA DUPLA NO MUNDO NÚMERO 10, CHEIO DE BANANAS, CANA DE AÇÚCAR, VAQUEJADAS E... SEEEGUUURAAAAA PIÃOOOOO!

Olá, meu querido diário de bordo! 

A atuação hoje foi na enfermaria 10 e foi 10!
Mas, mais uma vez, infelizmente, nossa MCM Cassis não pode ir conosco. A atuação hoje foi em dupla, mais ainda assim, teve muito amor, cumplicidade, parceria e conexão entre Zé e eu.
DB, essa foi mais uma semana muito cansativa e exausta. Cada vez mais, as provas e trabalhos na universidade vão engolido a gente até cairmos numa rotina chata e enfadonha. Zé estava meio adoentado e com um pouco de torce. toff, toff!
Mesmo nessas condições de cansaço, passar a tarde da sexta feira cativando pessoas com os meus MCM's é gratificante demais. Não tenho duvidas do quanto todas essas minhas vivencias no Hospital das Clinicas irá contribuir com a minha formação enquanto estudante de psicologia. O Projeto PERTO tem me ajudado a ser uma pessoa melhor a cada encontro. 
Pois bem, assim que cheguei na enfermaria, senti uma sensação boa. Falei logo pra Zé: "Tô sentindo um clima bom aqui, acho que hoje vai ser muito legal".
Pedimos as chaves do quartinho para nos arrumarmos e depois de uns minutos de espera, finalmente, entramos no quarto. Eu já falei outras vezes aqui, que somos muito desengonçados. Pois bem, mal entramos no quarto e já começamos a fazer coisas mequetrefes. Zé derrubou o ventilador das enfermeiras! ui! :o Momento desespero!  ... ... ... ...   :o  ...
Mas no final de tudo, o ventilador ainda estava funcionando. URFA!

Enquanto nos arrumávamos, conversamos sobre nós e sobre nossa semana. Ainda ouvimos algumas musicas dos filmes da Disney como, o "Irmão urso" e "Tarzan. Zé ainda me fez lembrar do filme de Mulan. Cantei umas musiquinhas ainda. Depois de prontos, nos jogamos no corredor das infinitas possibilidades e dos encontros. 
Os primeiros encontros foram muito bons, os pacientes nos recebiam muito bem. De cara, uma paciente pedia alguma coisa que estava no banheiro. Tentamos ajudar mas a enfermeira (nada simpática com a gente) apareceu para ajudar essa senhora. Seguimos caminhando pelo corredor e pudemos jogar com algumas pessoas (Agora não consigo lembrar muito bem como aconteceu esses encontros). Sei que as pessoas se mostravam bem dispostas a nos receber. 

No último quarto do corredor, eu e Virgulino entramos de devagarinho pra não invadir o quarto nem ninguém. Mas, assim que as veretas de virgulino e as minhas bochechas apareceram na porta, um olhar bem aberto e um riso discreto, porém, espontâneo, surge dos rostos de um casal de marido e mulher. Enquanto isso, uma jovem senhora cochilava na cadeira mas percebendo a presença de duas pessoinhas no quarto, acordou. Ela saltou da cadeira e partiu para o encontro, afirmando ter passado o seu sono. Passamos um bom tempo nesse quarto. Essa jovem senhora das terras do "SEGUUUURAAAA PIÃÃOOO", não parava de dizer que eu era uma perversinha sapequinha! E que eu e Virgulino juntos éramos dois sapequinhas.  Ela fez questão de explicar o porque eu tinha cara de perversinha. 
Segundo essa jovem senhora das longínquas e forrosada terras do "SEGUUUUUUUURAAAA PIÃÃOOOO", eu tinha uma vitalidade, era viva! Disse que eu e virgulino éramos bonitos e trazia alegria! Aí virgulino e zefina ficaram bestinhas...  Ela até nos convidou para visitar as suas terras e ver as vaquejadas. Damos abraços coletivos e tudo mais. 
O esposa da paciente que estava internada, nesse mesmo quarto, disse que eu e virgulino pareciam atores de novela. Virgulino das novelas das nove e eu, das novelas das oito. Ele ainda disse que tinha gostado muito do meu cabelo e, com todo respeito, elogiou bastante virgulino, mesmo com suas varetinhas de fora. haha Ficaram tentando adivinhar as nossas idades. Me deram 15 anos e 20 anos a virgulino! hahah

AH! Entramos num quarto muuuuuito legaaalllll! Nunca descobri tanto sobre bananas e cana de açúcar antes. Entramos no quarto dos habitantes do interior de Chechênia: A CIDADE DAS BANANAS, ONDE TODOS MORREM EMBANANADOS! 
Lá tem bananas para todos os gostos... O encontro nesse quarto foi muito legal! Ainda consigo lembrar do riso de um dos senhores de Chechênia, ele só fazia rir da gente e das coisas que o paciente, conhecedor de bananas, falava para nós. Quando perguntamos a outro senhor morador de Paulista, o que sua cidade tinha, ele respondeu com uma voz rouca e cansada: Lá tem tecidos! Esse senhor, mesmo bem velhinho e cansado, entrou para o nosso jogo e o encontro foi muito espontâneo.

Nos despedimos deles e seguimos por mais encontros...

Entramos rapidinho no quarto em que tinha um rapaz cortando as unhas do seu avô. Claro que, Virgulino, arrasou com o coração dele,né! HAHAHAH Rolou até um convite no final da atuação para ir a Nárnia. uau!

AH! tinha uma senhora bem simpática que estava tomando suco de caju. Algumas senhoras estavam cirurgiadas e não podia sorrir, dai não demorávamos no quarto. 

Na nossa última atuação, entramos no quarto que tinham duas mulheres parecidas com POKARONTAS E MULAN! O encontro foi perfeiro e elas ficaram muito animadas. O perfume de uma delas ficou em mim. Ela me deu um abraço muito apertado e contente.
Quando voltamos pelo corredor em busca das chaves de Nárnia, brincamos com os enfermeiros que estavam no balção das prescrições. Eu percebi que aquela enfermeira que citei no inicio do diário, sempre tentava dar umas cortadas em mim e em Virgulino. Ela parecia se fazer de durona, mas no final, acabou cedendo um pouquinho! hahah 

Quando nos arrumamos e fomos embora, eu e zé, percebemos que faltou mais um quarto no final do corredor que não tínhamos ido. (Que pena)

É isso, DB! Eu agradeço a todos que estavam naquela enfermaria nos recebendo e aos que não queriam nos receber também. Cada um tem seu tempo e devemos respeitar sempre isso. Essas atuações me fazem crescer como pessoa e, eu descubro que Zefina é a parte de mim que mais gosto. 
Eu aprendo também que as pessoas são incríveis e cheias de histórias para compartilhar conosco. 
Esse Projeto de extensão é um dos meus amorizinhos que vou levar pra toda a minha vida e serei grata a cada encontro, a cada pessoa que conheci, a cada olhar, a cada "nãos", aos risos, as rejeições, os acolhimentos que recebíamos das pessoas... Agradeço por cada história contada e compartilhada... 
E que mais e mais encontros possam surgir e acontecer, a cada entrega minha, nesse tão e incomodo corredor das infinitas possibilidades, inclusive, das possibilidades de errar e de ser mequetrefes . Contudo, que eu possa fazer do medo de errar uma oportunidade de jogar, tentar, arriscar, de SER/ESTAR. 


Obrigada, Zé, por ser tão brootherrrrrr brodáaaassoooo!
E, Cassis, falta mais não se não eu te dou um cascudo! rsrsr Lindos! <3 

Até as próximas aventuras, Diário de Bordo! Fique ligado nesse mesmo horário e nesse mesmo local,  bye,bye! hehehe 

COM AMOR,  BEM PERVERSINHA E SAPEQUINHA DA SENHORITA ZEFINA FALAFINA!

 


  


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