domingo, 29 de maio de 2016

Manhã de atuação na Onco!

Boa noite, DB!

Venho aqui reafirmar minha mequetrefice em postar em cima da hora o diário da última atuação. Quarta passada estivemos no setor de oncologia, mas não foi na enfermaria toptop super chique do 11º, foi na parte da quimioterapia. Entramos dentro da sala onde os pacientes estavam recebendo a medicação e depois fomos até a sala de espera onde eles estavam aguardando sua vez, foi um momento bem diferente de tudo aquilo que eu já tinha vivido nas atuações. Ir de quarto em quarto ou encontrar pacientes e funcionários no corredor é bem diferente de ter muitos olhos lhe observando numa sala de espera lotada enquanto você fala com cada pessoa. Antes de entrar disse a Roberto que parecia que a gente tava entrando num Picadeiro, de tão nervoso que a gente ficou, mas é preciso se jogar nesse vazio inédito...
Não conhecíamos o local, na verdade foi minha primeira vez em toda vida num setor de quimioterapia, quando a gente entrou pra perguntar se tinha algum lugar pra se trocar logo bateu aquela tensão quando vimos a quantidade de gente na sala de espera, eu pensei que a gente ia atuar só por ali, não sabia que seria permitida a nossa entrada dentro da sala onde os pacientes recebem a medicação, mas depois de subir a energia, uma enfermeira nos levou até essa sala onde começamos a nossa “aventura”. Esse é definitivamente o lugar mais frio do HC, nunca achei que fosse capaz de sentir tanto frio naquele hospital, parecia algo tão improvável hahahahahha. Conversamos com alguns pacientes, conhecemos algumas histórias e eu, particularmente, me renovei com a garra e a perseverança de alguns ali, de semblante firme (às vezes desacompanhados) com muita vontade de viver. A gente pára pra pensar o quanto a gente reclama por problemas que podem ser resolvidos facilmente, em comparação com a situação de uma luta contra o câncer. Eu vi nos olhos de uma paciente com CA de mama a esperança por ter chegado num estágio pós-QT que agora pode fazer a cirurgia para a retirada do tumor. Passei toda a atuação observando e refletindo. O que Cambitinha tentou fazer ali junto com Roberto foi levar um pouco de felicidade para que o riso acompanhasse aquela batalha bastante árdua. Cambitinha costuma dizer que quando estiver caminhando e aparecer algo que nos desanime na estrada, a gente muda o foco e pega um caminho novo, mas não deixa de seguir em frente.
Pra gente sair da sala da QT e ir pra sala de espera foi meio complicado, a gente ficou espiando a quantidade de gente que tinha e na minha cabeça só vinha “Picadeiro!!!” A gente foi pela parte de trás pra chegar mais disfarçadamente (como se fosse possível kkkkkk) meio se tremendo, mas fomos. No final acabou que conversamos muuuuuito, fizemos muuuuuitas amizades, cantamos parabéns pra uma aniversariante, tiramos muitas fotos kkkkkkk (não paravam de pedir foto, a gente tava parecendo gente famosa), mandamos mensagem num vídeo, um beijo pra querida Pábula Raniara e sua irmã Enny Mayara (não consegui me agüentar com esses nomes e as historias de onde eles surgiram, pense numa figura a mãe dessas criaturas), ouvimos uma receita tiro e queda com cuzcuz antigo na geladeira, nos metemos no meio da DR de uma paciente que tava bem irada com o namorado via Whatsapp, kkkkkkkk, foi maaasssaaa! Roberto até conseguiu alguém pra dar o nó na gravata dele. Por mais dias nesse setor, lindovisão!!!!!
OBS.: Perdi a blusa branca da minha pele, atuei com a parte de cima do macacão, mas deu tudo certo!! Segue uma foto desse dia tão maravilhoso. Mais uma atuação pras Top3!
Até a próxima, DB! Tentarei ser mais pontual.


Tudo com o riso fica mais fácil!

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