Boa noite, DB!
Venho aqui
reafirmar minha mequetrefice em postar em cima da hora o diário da última
atuação. Quarta passada estivemos no setor de oncologia, mas não foi na
enfermaria toptop super chique do 11º, foi na parte da quimioterapia. Entramos
dentro da sala onde os pacientes estavam recebendo a medicação e depois fomos
até a sala de espera onde eles estavam aguardando sua vez, foi um momento bem
diferente de tudo aquilo que eu já tinha vivido nas atuações. Ir de quarto em
quarto ou encontrar pacientes e funcionários no corredor é bem diferente de ter
muitos olhos lhe observando numa sala de espera lotada enquanto você fala com
cada pessoa. Antes de entrar disse a Roberto que parecia que a gente tava
entrando num Picadeiro, de tão nervoso que a gente ficou, mas é preciso se
jogar nesse vazio inédito...
Não conhecíamos o local, na
verdade foi minha primeira vez em toda vida num setor de quimioterapia, quando
a gente entrou pra perguntar se tinha algum lugar pra se trocar logo bateu
aquela tensão quando vimos a quantidade de gente na sala de espera, eu pensei
que a gente ia atuar só por ali, não sabia que seria permitida a nossa entrada
dentro da sala onde os pacientes recebem a medicação, mas depois de subir a
energia, uma enfermeira nos levou até essa sala onde começamos a nossa “aventura”.
Esse é definitivamente o lugar mais frio do HC, nunca achei que fosse capaz de
sentir tanto frio naquele hospital, parecia algo tão improvável hahahahahha.
Conversamos com alguns pacientes, conhecemos algumas histórias e eu,
particularmente, me renovei com a garra e a perseverança de alguns ali, de
semblante firme (às vezes desacompanhados) com muita vontade de viver. A gente
pára pra pensar o quanto a gente reclama por problemas que podem ser resolvidos
facilmente, em comparação com a situação de uma luta contra o câncer. Eu vi nos
olhos de uma paciente com CA de mama a esperança por ter chegado num estágio
pós-QT que agora pode fazer a cirurgia para a retirada do tumor. Passei toda a
atuação observando e refletindo. O que Cambitinha tentou fazer ali junto com
Roberto foi levar um pouco de felicidade para que o riso acompanhasse aquela
batalha bastante árdua. Cambitinha costuma dizer que quando estiver caminhando
e aparecer algo que nos desanime na estrada, a gente muda o foco e pega um
caminho novo, mas não deixa de seguir em frente.
Pra gente sair da sala da
QT e ir pra sala de espera foi meio complicado, a gente ficou espiando a
quantidade de gente que tinha e na minha cabeça só vinha “Picadeiro!!!” A gente
foi pela parte de trás pra chegar mais disfarçadamente (como se fosse possível
kkkkkk) meio se tremendo, mas fomos. No final acabou que conversamos muuuuuito,
fizemos muuuuuitas amizades, cantamos parabéns pra uma aniversariante, tiramos
muitas fotos kkkkkkk (não paravam de pedir foto, a gente tava parecendo gente
famosa), mandamos mensagem num vídeo, um beijo pra querida Pábula Raniara e sua
irmã Enny Mayara (não consegui me agüentar com esses nomes e as historias de
onde eles surgiram, pense numa figura a mãe dessas criaturas), ouvimos uma
receita tiro e queda com cuzcuz antigo na geladeira, nos metemos no meio da DR
de uma paciente que tava bem irada com o namorado via Whatsapp, kkkkkkkk, foi
maaasssaaa! Roberto até conseguiu alguém pra dar o nó na gravata dele. Por mais
dias nesse setor, lindovisão!!!!!
OBS.: Perdi a
blusa branca da minha pele, atuei com a parte de cima do macacão, mas deu tudo
certo!! Segue uma foto desse dia tão maravilhoso. Mais uma atuação pras Top3!
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