Não teria como tu entender a intensidade do que foi a última atuação se não soubesse o contexto de toda a história: Eu tava estuprado, arregaçado, esfolado, descabaçado de uma semana que foi, de perto, uma das mais pesadas de toda a história universal de uma faculdade localizada em Recife. Pois é DB, o negócio tava dooooido, doido! Depois de um estupro coletivo numa certa prova, fiquei por alguns minutos desnorteado andando pela federá como um zumbi de The Walking Dead, só que um zumbi que tava tossindo sem parar. Encontrei com BRUTHER nos anfiteatros proseando com Vivi e já vem logo um abraço coletivo. Tenho que admitir que tinha pensado até em nem ir pra palhaço naquele dia... Me bateu uma vontade danada de ir pra o Hospital deitar num leito pra me entubarem e eu entrar num coma eterno (pensei na possibilidade). Mas não! Tais doido é, mininu? Com certeza, e hoje eu digo com mais certeza ainda, esse matuto PRECISAVA ir pra palhaço, precisava ir pra essa fuga certa da mesmice (vide Clarice Linspct.) do dia-a-dia cansativo da faculdade.
Encontrei com Bruuuuuuther e a gente subiu pra o 10º. Logo de cara a gente se deparou com uma enfermeira chata que só a gota serena e Bru já deu logo uma olhada pra mim "como que não quer nada". Minha MCM maravilha ainda usou todo o seu sexto sentido pra predizer: "To sentindo que hoje vai ser foda!" (ela n disse foda, mas o dia foi foda, então usei foda, com toda licença poética, Bruu). Logo de cara quando a gente entrou no quarto, minha bolsa bateu sem querer no ventilador que se estourou no chão todo espatifado. Tenho que admitir que ia pedir a Bruu pra não contar isso aqui se o ventilador realmente tivesse quebrado. Mas como não quebrou ne? hehe. A gente se arrumou ao som de um montão de música famosa da disney como Tarzan, Irmão Urso, Mogli e System of a Down (esse último com certeza não é disney). Tiramos umas fotos, levantamos a energia e...Simboraraaaa!
Assim que abrimos a porta, encontramos uma senhorinha, que eu vou chamar de Dory, um pouco muito perdida que não parava de repetir "Quero uma cadeira de banho/ quero uma cadeira de banho". Até tentamos criar o jogo do "também estamos perdidos, dona Dory", mas a bendita enfermeira supracitada se atentou a entrar nessa exata hora e atrapalhou foi tudo! Aí tivemos que dar no pé. Mas a partir desse leito...foi tudo muito fantástico! Entramos num outro leito que tinha 2 senhoras e 1 senhor e eles foram incríveis!!! Uma dessas senhoras, que era também visitante, estava meio que cochilando, mas quando percebeu que a gente tinha chegado deu um pulo do tamanho do mundo da cadeira e, invés de ficar mau humorada porque a gente "atrapalhou" o soninho dela, já veio logo chamando a gente de lindo e que a gente tinha chegado pra alegrar o dia dela. Ficou chamando a gente de perversinhos e de lindos ao mesmo tempo e disse que a gente estava obrigado a ir pra Surubim, puxar no rabo dos bois! Virgulino ficou logo doido de peda e disse que só aceitaria se ela também fosse pra festa pra dançar forró. Tudo ficou acertado pra a próxima vaquejada! O casal que também tava no quarto não ficou atrás e logo entraram no jogo. A senhora era mãe de 3 filhos e tinha 5 netos...ia ganhar presente que só a gota hoje, viu?! O marido dela analisou a gente assim, com um olhar de raio-x, e disse que eu parecia um ator da novela das 9 (fiquei me achando, db). Zefina também não poderia deixar de ser global e logo disseram que ela parecia com uma atriz, só que da novela das 8. Saindo do leito com um montão de abraço coletivo com a senhora de Surubim, a gente foi direto pra outro quarto que tinha dois senhores e um rapaz. Ri demais lendo o db de Bru porque ela disse que a cidade dos caba era da Chechênia, quando na verdade era bem mais pertinho daqui, Zefina... era Xexéu, interior daqui de PE KKKKK. O rapaz começou a nos dar uma verdadeira aula de geografia e de frutografia (n sei se isso ecsistiiiii). A gente descobriu que tem banana prata, penca, nanica, da terra, maçã, ouro e os cambau todo... Logo a dúvida que rolou no setor foi: "Quem aí aguenta banana de manhã, de tarde e de noite? É pra o caba morrer embananado mesmo!!!". Os velinhos ficavam bolando de rir com a gente e, especialmente um deles, tinha uma risada inesquecível! Caminhando pelo espaço, a gente ainda brincou com uma senhora que assistia casos de família e um rapaz que cuidava de seu avô. No começo ele não pareceu gostar das varetas de Virgulino, mas acredite, db, ele realmente tava olhando de um jeito meio doido kkkkkkkkk, Zefina até chamou ele pra o quarto de Nárnia, mas fiquei com um medo danado de ele TARAR nós 2 lá dentro. Já em outro leito, a gente abriu só o sorriso da porta pra ver se o pessoal de dentro ia aceitar a gente e eles...mais que aceitaram! Duas moças! Uma parecia uma índia e tinha uma trança do tamanho de um peixe gigante (???) e Virgu e Zefina chamaram logo ela de Pocahontas. Em milisegundos, a gente percebeu que a acompanhante tinha os olhos meio puxados e já foi logo perguntando o que Mulan fazia ali! Ela se abriu na hora porque disse que Mulan era o desenho preferido dela. A gente tirou foto e fez a bagunça inteira dentro do leito! Pegamos o face delas e tudo!!! Palhaços modernos... nos despedimos com mais abraço coletivo e voltamos pra pegar a chave de Nárnia. A bendita enfermeira chatona estava lá ainda, mas com todo o resto da equipe de funcionários. Fiquei meio assim de brincar e levar um fora coletivo, mas a gente acabou indo e deu cedo. Cheguei logo esculhambando a tabaca de xôla, dizendo que ela parecia Deborah Secco (só que numa TPM forte da gota). Todos riram e nos entregarama chave! Em Nárnia eu pude perceber que tudo, tudo, tudo aquilo ali valeu a pena. E o cansaço foi laaaaaaaaaaaa pra looooonge. Termino meu db com esse trecho: Obrigado bruuuuuuuuuuu!
O correr da vida embrulha tudo; a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. Ser capaz de ficar alegre e mais alegre no meio da alegria, e ainda mais alegre no meio da tristeza...
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