sábado, 2 de abril de 2016

UMA SAGA DE GIGANTES - Eps. I - A Origem na Pediatria - 29/03/16

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Chegou a hora de mais uma saga! Se joga!

Um novo ciclo se inicia. Como é bom começar de novo. A ansiedade pré-atuação. O lançar-se ao desconhecido. O deixar-se levar pelas infinitas possibilidades que se apresentam diante de nós. Um novo parceiro de aventuras, vindo de terras tão tão distantes, terras além de onde o vento faz a curva: Jason MoraLonge!!!

E onde se passaria nossa primeira atuação? Sim, claro! Na pediatria! E não podia ser melhor! Isso me fez lembrar minha primeira atuação no ciclo passado, que também ocorreu nesse 6º andar maravilhoso, ao lado da adorável Marieta Melhoral. E lá estávamos nós! Seria a primeira atuação de MoraLonge na pediatria de fato. Se eu estava ansioso, imagina ele! Kkkk Fiquei pensando se as crianças não se assustariam com esses dois gigantes. Mas vamo lá! kkkk

Tudo pronto. Energia no olhar. Nos lançamos no corredor. Olhos atentos. Sentidos despertos. E cara, foi massa! Muitos encontros, muitos pais, acompanhantes, funcionários, e claro, muitas crianças! Kkkk

Meu Estimado Diário de Bordo, me desculpe por não relatar as coisas na sequência em que aconteceram. Mas a ordem dos fatores não altera o produto! Por isso, falarei dos momentos mais marcantes dessa tarde de terça-feira.

Pouco depois de entregarmos as chaves do náutico para a enfermeira, fomos abordados por um pequeno , curioso e desenrolado fotógrafo: Ênio. Foi quase um ensaio fotográfico, varias poses, com direito à selfie fazendo careta.

Desfrutando de seu delicioso iogurte, estava Kevelly sentada na cadeira. Pedimos um pouco. Ela balançou a cabeça em negativa. Mas tinha um esboço de sorriso se formando. O engraçado é que a mãe dela é que estava no leito. E descobrimos que a mãe é que tava doente e Kevelly estava cuidando dela. Kkk Insistimos que estávamos com fome, e mais uma negativa. Perguntamos se ela sabia onde podíamos pegar comida pra gente. E ela se levantou e saiu do quarto para seguirmos. “Oxi, cadê?” Perguntamos. E rindo ela disse que só foi jogar o pote vazio no lixo. A partir dai não importava para onde íamos, Kevelly nos acompanhava e foi se soltando mais, falando mais, e rindo mais.

Entramos no quarto do Wesley Safadinho. E que sorriso de galã ele tinha com seus quase 12 meses. Medo de palhaço? Com Wesley não tinha isso! Também lá estava Marquinhos, que ate gostava da gente, desde que não nos aproximássemos muito! Kkkk  Na hora que estávamos com Safadinho, uma turma inteira de estudantes se materializou na sala acompanhados de seu professor, que me cutucou e pediu licença. Jason até estava prestando atenção na aula, mas rapidinho partimos para novos encontros.

Perguntas de sim ou não. Às vezes é a saída para os que não querem ou não podem falar muito. Aí é só balançar a cabeça! Kkk E quantos “nãos” recebemos de Davyson.
“Dá um biscoito pra gente?” E a cabeça balançava dizendo não.
“Tu tá com sono?” Novamente, não.
“Ele é bonito?” Apontei pra Jason. Aguardamos um instante e veio um sim (também com a cabeça)
“E ele? É bonito?” Jason apontou pra mim. Mais um sim.
E fazendo as perguntas certas, descobrimos que ele tinha um cachorro tão grande quanto Jason MoraLonge, e que às vezes até cavalgava nele. Kkkk

Ao lado estava Lara com sua mãe. Conversamos muito. Descobrimos que ali era um Spa em que quem ia ficava de regime e saia de lá mais magro.
“Sim, sim! Eu mesmo saí de um desse por esses dias! O resultado foi muito bom!” Falei.
Mas ficamos de mandar umas pizzas para o pessoal lá, usando o cartão de credito de uma das mães, é claro!

Um dos jogos mais legais aconteceu na parte da televisão. Tinha muita gente, e umas cinco crianças, todas sentadas nas cadeiras ou no colo de seus acompanhantes. Lá estava Ênio, Kevelly, Joaquim, Rafael, e depois chegou Douglas. E começamos a aula.

“Jason MoraLonge?” Perguntei, olhando a caderneta.
“Presente professor!” Respondeu.
“Ênio?”
Alguns riram. Outros ainda não estavam entendendo. Kkkk
“Ênio está presente?” Perguntei de novo.
“Presente!” Ele falou.
“Kevelly?”
“Presente!” Também respondeu.
“Rafael?”
Ele não respondeu. Levou falta. Kkkk

Perguntamos quem era que estava se escondendo e Ênio entregou que era Joaquim. Pense num timidez. Que aos poucos foi se desfazendo em troca de alguns “chegue batendo”.

“Joaquim?” Continuamos a chamada, e ele levantou a mão envergonhado.
“Douglas?” Ele não podia falar e se movimentava com dificuldade, e estava no colo da mãe. Mas toda vez que chamávamos seu nome, ele mexia o braço. Grande Douglas!

Depois da aula, conversamos com um grande jogador de futebol que ia nos mandar peças de cuecas da Calvin Klein, que é um dos seus patrocinadores.

Também esbarramos com a tia grudenta (que era responsável por tirar os grudes do lugar e jogar fora), com um vendedora de capacetes de moto (tava barato demais: 50 reais a unidade), com o policial que ia levar a tia grudenta e sua amiga pro xilindró.

E enquanto caminhávamos pelo corredor com Ênio e Kevelly, chegou Roberto!  De longe, Jason avistou o pequeno Roberto nos braços do pai nos chamando.

“Abençoa eles, papai!” Falou o pai de Roberto. E o pequeno e sorridente Roberto tocou em nossas cabeças nos abençoando. De repente estávamos todos nos abençoando mutuamente: roberto, Jason, Kevelly, eu, Ênio. E Roberto era tão desenrolado que ate beijinho mandava pras enfermeiras. Um conquistador nato. Kkkkkk

No meio das conversas ouvi o nome de uma menininha muito levada que eu já conhecia de atuações anteriores. A grande pequena Laurinha! Pedimos pra Kevelly nos levar lá! Fomos em comitiva, mas nos deparamos com uma porta fechada e luzes apagadas. Ela estava dormindo. Mas tudo bem, seguimos com mais encontros. E quase no fim de nossa aventura, ao retornarmos pelo corredor, adivinha quem estava na porta do quarto! Claro, Laurinha! Ela tinha acabado de acordar, mas rapidinho estava ligadona e louca pra nos mostrar sua força esmagadora. Varias vezes quebrou minha mão, e Jason a consertava com ajuda de Ênio (Que quase a quebra de verdade kkkk). Mas algo no conserto deu errado e a mão ficou descontrolada e sedenta por cócegas!

Numa conversa com a enfermeira, Laurinha disse que Jason e eu tínhamos que fazer xixi no lixeiro. Corremos então para o quarto onde nos trocaríamos e encerraríamos aquele dia. Mas Laurinha esperta disse:

“Não é ai não! Aí é pra trocar de roupa! É aqui!” E apontou pro outro quarto, o de materiais, que estava fechado. A essa altura Jason já tinha posto a chave na fechadura e destrancado o quarto.
“É lá naquele outro é?” Perguntamos. Ela confirmou e nos levou até lá. Tentamos abrir e estava fechado. Dizíamos que não era lá. Mas ela insistia.
“E cadê a chave?” Perguntamos. Ela então correu e voltou com uma colher na mão, e sem pestanejar colocou o cabo na fechadura e tentou abrir.
“Tá vendo?! Não é ai não! É no outro quarto. Tenta abrir lá.” Dissemos. Laurinha então colocou a colher na outra fechadura e a porta se abriu! Conformando-se que aquele era o quarto, ela no deixou ir fazer xixi no lixeiro.

Foi uma tarde incrível e intensa! Novas experiências. Muito bom atuar com meu novo MCM. 

Ansioso pelas próximas terças-feiras e pelas surpresas que nos aguardam.


Um grande abraço, Meu Estimado Diário de Bordo! 

Até a próxima aventura dessa longa Saga de Gigantes, que se originou na Pediatria!!!