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Chegou a hora de mais uma saga! Se joga!
Um novo ciclo se inicia. Como é bom começar de novo. A
ansiedade pré-atuação. O lançar-se ao desconhecido. O deixar-se levar pelas
infinitas possibilidades que se apresentam diante de nós. Um novo parceiro de aventuras,
vindo de terras tão tão distantes, terras além de onde o vento faz a curva:
Jason MoraLonge!!!
E onde se passaria nossa primeira atuação? Sim, claro! Na
pediatria! E não podia ser melhor! Isso me fez lembrar minha primeira atuação
no ciclo passado, que também ocorreu nesse 6º andar maravilhoso, ao lado da
adorável Marieta Melhoral. E lá estávamos nós! Seria a primeira atuação de
MoraLonge na pediatria de fato. Se eu estava ansioso, imagina ele! Kkkk Fiquei
pensando se as crianças não se assustariam com esses dois gigantes. Mas vamo
lá! kkkk
Tudo pronto. Energia no olhar. Nos lançamos no corredor.
Olhos atentos. Sentidos despertos. E cara, foi massa! Muitos encontros, muitos
pais, acompanhantes, funcionários, e claro, muitas crianças! Kkkk
Meu Estimado Diário de Bordo, me desculpe por não relatar as coisas
na sequência em que aconteceram. Mas a ordem dos fatores não altera o produto! Por
isso, falarei dos momentos mais marcantes dessa tarde de terça-feira.
Pouco depois de entregarmos as chaves do náutico para a
enfermeira, fomos abordados por um pequeno , curioso e desenrolado fotógrafo:
Ênio. Foi quase um ensaio fotográfico, varias poses, com direito à selfie
fazendo careta.
Desfrutando de seu delicioso iogurte, estava Kevelly sentada
na cadeira. Pedimos um pouco. Ela balançou a cabeça em negativa. Mas tinha um
esboço de sorriso se formando. O engraçado é que a mãe dela é que estava no
leito. E descobrimos que a mãe é que tava doente e Kevelly estava cuidando
dela. Kkk Insistimos que estávamos com fome, e mais uma negativa. Perguntamos
se ela sabia onde podíamos pegar comida pra gente. E ela se levantou e saiu do
quarto para seguirmos. “Oxi, cadê?” Perguntamos. E rindo ela disse que só foi
jogar o pote vazio no lixo. A partir dai não importava para onde íamos, Kevelly
nos acompanhava e foi se soltando mais, falando mais, e rindo mais.
Entramos no quarto do Wesley Safadinho. E que sorriso de
galã ele tinha com seus quase 12 meses. Medo de palhaço? Com Wesley não tinha
isso! Também lá estava Marquinhos, que ate gostava da gente, desde que não nos
aproximássemos muito! Kkkk Na hora que estávamos
com Safadinho, uma turma inteira de estudantes se materializou na sala
acompanhados de seu professor, que me cutucou e pediu licença. Jason até estava
prestando atenção na aula, mas rapidinho partimos para novos encontros.
Perguntas de sim ou não. Às vezes é a saída para os que não querem
ou não podem falar muito. Aí é só balançar a cabeça! Kkk E quantos “nãos”
recebemos de Davyson.
“Dá um biscoito pra gente?” E a cabeça balançava dizendo
não.
“Tu tá com sono?” Novamente, não.
“Ele é bonito?” Apontei pra Jason. Aguardamos um instante e
veio um sim (também com a cabeça)
“E ele? É bonito?” Jason apontou pra mim. Mais um sim.
E fazendo as perguntas certas, descobrimos que ele tinha um
cachorro tão grande quanto Jason MoraLonge, e que às vezes até cavalgava nele. Kkkk
Ao lado estava Lara com sua mãe. Conversamos muito.
Descobrimos que ali era um Spa em que quem ia ficava de regime e saia de lá
mais magro.
“Sim, sim! Eu mesmo saí de um desse por esses dias! O
resultado foi muito bom!” Falei.
Mas ficamos de mandar umas pizzas para o pessoal lá, usando
o cartão de credito de uma das mães, é claro!
Um dos jogos mais legais aconteceu na parte da televisão.
Tinha muita gente, e umas cinco crianças, todas sentadas nas cadeiras ou no
colo de seus acompanhantes. Lá estava Ênio, Kevelly, Joaquim, Rafael, e depois
chegou Douglas. E começamos a aula.
“Jason MoraLonge?” Perguntei, olhando a caderneta.
“Presente professor!” Respondeu.
“Ênio?”
Alguns riram. Outros ainda não estavam entendendo. Kkkk
“Ênio está presente?” Perguntei de novo.
“Presente!” Ele falou.
“Kevelly?”
“Presente!” Também respondeu.
“Rafael?”
Ele não respondeu. Levou falta. Kkkk
Perguntamos quem era que estava se escondendo e Ênio
entregou que era Joaquim. Pense num timidez. Que aos poucos foi se desfazendo
em troca de alguns “chegue batendo”.
“Joaquim?” Continuamos a chamada, e ele levantou a mão
envergonhado.
“Douglas?” Ele não podia falar e se movimentava com dificuldade,
e estava no colo da mãe. Mas toda vez que chamávamos seu nome, ele mexia o
braço. Grande Douglas!
Depois da aula, conversamos com um grande jogador de futebol
que ia nos mandar peças de cuecas da Calvin Klein, que é um dos seus
patrocinadores.
Também esbarramos com a tia grudenta (que era responsável
por tirar os grudes do lugar e jogar fora), com um vendedora de capacetes de
moto (tava barato demais: 50 reais a unidade), com o policial que ia levar a
tia grudenta e sua amiga pro xilindró.
E enquanto caminhávamos pelo corredor com Ênio e Kevelly,
chegou Roberto! De longe, Jason avistou
o pequeno Roberto nos braços do pai nos chamando.
“Abençoa eles, papai!” Falou o pai de Roberto. E o pequeno e
sorridente Roberto tocou em nossas cabeças nos abençoando. De repente estávamos
todos nos abençoando mutuamente: roberto, Jason, Kevelly, eu, Ênio. E Roberto
era tão desenrolado que ate beijinho mandava pras enfermeiras. Um conquistador
nato. Kkkkkk
No meio das conversas ouvi o nome de uma menininha muito
levada que eu já conhecia de atuações anteriores. A grande pequena Laurinha!
Pedimos pra Kevelly nos levar lá! Fomos em comitiva, mas nos deparamos com uma
porta fechada e luzes apagadas. Ela estava dormindo. Mas tudo bem, seguimos com
mais encontros. E quase no fim de nossa aventura, ao retornarmos pelo corredor,
adivinha quem estava na porta do quarto! Claro, Laurinha! Ela tinha acabado de
acordar, mas rapidinho estava ligadona e louca pra nos mostrar sua força esmagadora.
Varias vezes quebrou minha mão, e Jason a consertava com ajuda de Ênio (Que
quase a quebra de verdade kkkk). Mas algo no conserto deu errado e a mão ficou
descontrolada e sedenta por cócegas!
Numa conversa com a enfermeira, Laurinha disse que Jason e
eu tínhamos que fazer xixi no lixeiro. Corremos então para o quarto onde nos trocaríamos
e encerraríamos aquele dia. Mas Laurinha esperta disse:
“Não é ai não! Aí é pra trocar de roupa! É aqui!” E apontou
pro outro quarto, o de materiais, que estava fechado. A essa altura Jason já
tinha posto a chave na fechadura e destrancado o quarto.
“É lá naquele outro é?” Perguntamos. Ela confirmou e nos
levou até lá. Tentamos abrir e estava fechado. Dizíamos que não era lá. Mas ela
insistia.
“E cadê a chave?” Perguntamos. Ela então correu e voltou com
uma colher na mão, e sem pestanejar colocou o cabo na fechadura e tentou abrir.
“Tá vendo?! Não é ai não! É no outro quarto. Tenta abrir lá.”
Dissemos. Laurinha então colocou a colher na outra fechadura e a porta se
abriu! Conformando-se que aquele era o quarto, ela no deixou ir fazer xixi no
lixeiro.
Foi uma tarde incrível e intensa! Novas experiências. Muito
bom atuar com meu novo MCM.
Ansioso pelas próximas terças-feiras e pelas
surpresas que nos aguardam.
Um grande abraço, Meu Estimado Diário de Bordo!
Até a próxima
aventura dessa longa Saga de Gigantes, que se originou na Pediatria!!!
Um comentário:
<3
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