domingo, 10 de abril de 2016

A Entrada para o Inferno

A quinta-feira parecia ser como qualquer outra, aula chata às 8h (professor pontual chegando às 7h53), aula às 10h cancelada em cima da hora. É, nada fora do normal. Quando vejo uma mensagem no meu celular, era Maroca perguntando se Vivi podia atuar com a gente. Nem pensei duas vezes, claro que ela podia atuar com a gente, quer pergunta! No começo não senti nada hehehe, mas depois começou a bater um nervosismo, nunca atuei com Vivi antes, além disso fazia tempo que não formava um trio na atuação.

A caminho do HC, encontro não apenas meus MCMs (Rai e Vivi), como também encontro Caba e meu lindo lindovisor Caio (postando atrasada de novo, eu sei, não sei porque coloquei na cabeça que podia postar até domingo, isso não vai se repetir, prometo, Emílio está de prova!).


Por algum motivo que desconheço, eu tinha gravado que Nefro era no 7º andar (na verdade, o 7º andar tem o setor de Psiquiatria, disseram que aquele é o meu lugar, haha que engraçado -isso foi ironia para quem não percebeu-), depois de perguntar a umas 5 pessoas, descobrimos que era o 5º andar.


Ao chegar no quartinho, que inferno! Sério, estava muito quente! Se o inferno tem alguma entrada, era ali com certeza! Tive que fazer minha maquiagem duas vezes! Normalmente nós somos bem tímidos para sair do quarto, mas nesse dia, ninguém estava tímido, todo mundo queria sair o mais rápido possível dali.

Primeiro quarto que entramos, Dona Severina, quanta alegria! Ela havia chegado naquele dia e o marido dela estava triste que ia dormir sozinho, oouuunn meu deus! Luigi, querendo mostrar que era tão prestativo quanto ao maridão de Dona Severina, tentou ajeitar a cama dela, mas não deu muito certo, para a sorte dele, Bete (ainda não descobri de quem ela era acompanhante, ela conhecia todo mundo de todos os quartos!) o ensinou a mexer na cama e ele ficou se amostrando pra gente, graaaande coisa.

Ao sairmos desse quarto, nos deparamos com uma menina (não consegui entender o nome dele, toda vez que eu a chamava eu falava um embolado parecido com o nome dela) que não falava nada. Até pra fazer sim e não com a cabeça era uma luta, deduzimos que ela estava soltando umas flatulências bem inconvenientes (nessa hora ela riu, o que confirma nossa teoria, eca!) e queria que nos afastássemos para não sentir nada, óbvio que quando nos tocamos, nós a deixamos bem à vontade e fomos a um dos últimos quartos do setor (nesse dia estava bem vazio). Lá encontramos Dona Aurene e uma outra senhora que infelizmente não lembro o nome (essa minha amnésia...). Elas foram as únicas que me apoiaram e que eu não deveria dar corda a Luigi, que ele tinha cara de ser enrolão ("Quando a farofa é muita, é porque tem pouca carne" Aurene, Dona). Mas Luigi para provar que não era enrolão, cantou uma música enquanto fazia a dança da minhoca, nooossa, que prova de amor (ironia detected). Como eu não havia caído na ladainha dele, decidimos que ele deveria fazer a música + dança da minhoca na Hemodiálise.




Na Hemodiálise, assim como o resto do setor, havia pouca gente lá infelizmente (eu diria que nesse caso é até algo positivo, não é mesmo?), e a maior parte estava dormindo. Encontramos Seu Paulo que ficou muito animado quando chegamos. Ele dividiu algumas de suas histórias conosco, disse que era baladeiro, não perdia uma festa. Como Chayenne queria ser mais festeira como ele, quem sabe um dia...

Ao sairmos de lá, percebemos que o jantar estava sendo servido, era a hora de irmos! Verifiquei se estavam servindo caldo vegetal (na outra atuação que tive lá, com Angelina, saudades :(, serviram esse troço para uma das pacientes, parecia uma delííííícia, ironia de novo, viu?) e felizmente só havia sopa, café, café com leite (parecia água suja) e umas marmitinhas que nem faço ideia do que tinha ali, não sendo caldo vegetal já está no lucro.


Voltamos à entrada do inferno, mas acho que o diabo transferiu para outro lugar, porque agora estava bem agradável. Baixar a energia foi bem difícil, acho que foi uma das vezes mais difíceis de baixar. O setor estava vazio, mas acredito que isso não afetou nossa atuação, as poucas pessoas que estavam lá possuíam energia para dar e vender. E se Versolina Atrasinha precisar novamente de Chayenne LoveStory e de Luigi Pequeno Horizonte, espero que ela saiba que eles estarão sempre à disposição dela!

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