Começando outro ciclo já que a vida é feita deles. Agora minha parceira é a linda Versolina Atrasadinha, que já ganha a gente com um sorriso leve. Subimos para o andar mágico ou tenebroso diria alguns: a Pediatria. Mágico porque nossos principais encontros seriam com crianças, e criança é sinônimo de mágica e imaginação; tenebroso por causa dos relatos anteriores de narizes palhacísticos arrancados e quase arrancados, hahaha. Bem, mas vamos lá. Começamos a atuação e logo de cara arranjamos uma "palhacinha" de seus lá 50 ou 60 cm de altura, com os cachinhos mais lindos do mundo e com uma segurança de dar inveja a qualquer adulto. Uma MCM linda chamada Laurinha. Ela foi nosso primeiro encontro e foi incrível. A partir desse primeiro encontro, tudo fluiu porque estávamos agora em trio e ela seguiu em todo o corredor e por todos os quartos em que entrávamos como um amuleto da sorte, espalhando sua alegria conosco. Foi lindo. Ao longo do corredor ganhamos um sorriso de José, bem confortado no colinho da mãe, que mesmo sem falar nada, nos tirou o fôlego e qualquer discurso somente com um olhar e um sorriso. O mesmo foi sentido com Lucas, que estava nos braços do pai, mas ele não sabia falar por motivos diferentes de José, no entanto a espontaneidade foi a mesma. Depois de tantos encontros com pequeninos, eventualmente tínhamos encontros com adultos. No entanto, era estranho tentar jogar com os adultos em um setor dominado por crianças: elas roubam sua atenção a todo instante. Visitamos um quarto com dois fortes chamados Arthur e Anderson. Arthur era um banguelinho de Salgueiro que quando perguntei o que estava fazendo ali, logo concluí que ele estava ali para uma retirada simples das "amigas" na garganta. Ele logo mostrou para nós a falta dos dentinhos quando sorriu da brincadeira e disse: - não!! estou aqui pra tirar as amígdalas! hahahaha... Seu companheiro de quarto era Anderson e logo concluímos que ele ia colocar uma liserini na perna. Não sei, coisas de palhaço. Com ele o jogo era mais delicado, porque tinha 12 e está entrando na fase adolescente. Ele demorou a se abrir, mas quando se abriu tinha um sorriso lindo. Passei energia com o dedo indicador para que a cirurgia dele fosse ótima. E nisso, quem estava colada com a gente o tempo inteiro? Laurinhaa!!! Nesse quarto também houve a troca mágica das cores do nariz de Versolina. Eles queriam azul e eis que surgiu o azul. Laurinha perguntava: - Como mudou de cor?? Coisa mais linda. Já no corredor, foi quando um enfermeiro teve um jogo interessante, ele disse a Laurinha que eu estava gripada porque meu nariz estava vermelho, hehehe. Laurinha prontamente pegou uma injeção e levei não sei quantas pra ficar melhor. Nos despedimos com o tchauzinho de José Heitor no corredor do setor, uma galego lindo, que se encantou com Versolina. Foi uma despedida com um rostinho de quero mais.
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