sábado, 16 de abril de 2016

Aaahh a pediatria!!!

Mais uma atuação, mais um momento de encontrar o incerto e andar por entre pessoas que eu vejo pela primeira vez. A atuação em si não é novidade, mas as reações, as histórias, os olhares, tudo isso é e parece que sempre será. Essa semana foi a vez de andar ao lado de um novo MCM, uma nova melhor companheira do mundo. Na verdade, eu já havia atuado com Danda em um outro momento, pra quem duvida, existem filmagens que comprovam. Mas andar pelos corredores só eu e Vesgulina, isso foi inédito. Nada melhor do que começar na tão amada e temida Pediatria. Chegamos e fui logo dizendo, aqui é massa! Gostei muito de ter passado por aqui!  Minha MCM que parecia bem ansiosa para atuar pela primeira vez ali, se mostrou ainda mais ansiosa depois das minhas palavras. Não sei se foi uma boa ideia eu ter dito aquilo, mas tudo bem. Subimos a energia, tentamos nos preparar para o que vinha. Primeiro encontro, a interação não rolou. Segundo encontro, a interação ainda estava bem fraca quase parando. Não havia muitas crianças e as que ali estavam não estavam se mostrando tão interessadas em brincar, até pareciam, lá no fundo, quererem algo, mas o medo e a vergonha falavam mais alto. Foi aí que eu pensei, “realmente não foi uma boa ideia eu ter aumentado a expectativa de Danda para essa atuação”. Mas pensando bem, não existe algo mais normal, nessa nossa situação Clownesca, do que o momento da amargura, da queda. Porém, existe o lado bom do Clown, são os pequenos momentos, os pequenos gestos. Foi num desses momentos em que a gente se sente tão bem que dá vontade de congelar o tempo, que eu pensei: “aqui é massa, aqui é mágico”.  Eu e minha companheira Vesgulina nos deparamos com uma garotinha que estava muito debilitada, que não conseguia se quer levantar o olhar para nos ver melhor. Mas cada riso que ela dava, cada sinal de felicidade que ela transmitia, me deixavam com uma sensação de leveza, de tranquilidade. Foi com essa sensação que partimos para outros quartos. Agora que eu estava massageado pela felicidade da garotinha, o que vinha pela frente vinha com menos peso. Acho que era isso que estava faltando em nós. Encarar os desafios com a leveza que aqueles momentos mereciam. Depois disso, a caçada aos fantasmas, as patrulhas e as rondas pelo corredor, comprovaram nossa tranquilidade naquele momento. Por fim, uma criança que não se cansava, nos presenteou com toda sua energia, haja energia. Brincamos de disparar laser, de fazer armadilhas, de se esconder e até mesmo de disputar Vesgulina, pois o garotinho energético não queria deixar a minha MCM ir embora. Foi aí que eu pedi a ajuda de uma criança que não quis saber de mim logo no começo da atuação, mas naquele outro momento ela veio pegou no meu braço e me ajudou a ganhar a disputa por Vesgulina. Afinal de contas, eu jamais iria embora e deixaria minha MCM para trás.  

 Por hoje é isso, DB. Boa noite e até a próxima. 

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