sábado, 30 de abril de 2016

Viva a criança interior!!

Olá, DB!!
Te escrevo de novo e já começo contando que ganhei uma mais nova MCM fixa (olhinhos brilhando)!!! Se chama Angelina Leiteninho e é uma fofaa :) Além disso, ganhei, no combo, uma lindovisora muito querida (Salve, Brubs <3)
Como deu pra notar, tô mais que bem hahaha
Enfim, deixa eu parar de enrolar né!?
Fomos atuar no 11° Sul - o engraçado é que outros MCMs maravilhsos estavam atuando bem do ladinho da gente, na Onco (eles foram os paparazzi hahaha) Advinha quem resolveu remediar-se e subiu a energia com a gente? isso mesmooo, seu Caio (meu ex-lindovisor <3)
Depois disso, ao som de Cocoricó e Castelo Rá-Tim-Bum, colocamos nossos narizes e partimos para o desconhecido! Embarcamos na aventura de buscar quem sabia qual era o anjo mau da novela da tarde (todo mundo tava assistindo - devia ser boa), mas somente dona "Nete" (só escutei o final do nome dela - sou meio moca mesmo kkkkk) soube nos contar! A bixa era esperta demais. Ainda pude passear um pouco com sua mãe Maria de Lourdes, que me rendeu um encontro tão singelo e bonito (mas ela queria saber das crianças, que a gente devia estar no meio das crianças - no entanto, Angelina com sua astúcia, lembrou-lhe de que somos todos crianças, apenas estão adormecidas em nossa alma, esperando um momento para se libertarem)
Ainda encontramos com a Sra. Dor, e prontamente fomos reclamar com o enfermeiro (que, no caso, estava com pulgas e se afirmou um "gato" - isso fica por conta dele hahaha) porque ainda não tinha ido lá vê-la e a deixou com dor (ele aprendeu a lição - RUM)
Conversamos um pouco com a querida dos exames, todo mundo no hospital gostava dela (ela disse que era porque queriam estudá-la; a gente deduziu que era porque ela era bem gente boa!! )
Demos de cara com seu Valdemir ( esperteza em pessoa! ), também chamado de 'Biscoito" (porque é bom demais) e de "Bacalhau" (porque é difícil e caro) - nem se acha né? Ele estava acompanhado de seu neto (que tava enrolando uma menina no interior - advinha qual era o nome dele? "Wesley .... Safadão!!! rapaz perigoso!!)) e eles nos deram a oportunidade de gargalhar bastante e de encontrá-los!! Seu Val queria um caminhão de comida e várias mulheres (segundo ele, se Deus inventou coisa melhor que mulher, Ele deixou lá em cima com Ele mesmo kkkkkkkk) - ele tava até querendo paquerar a gente, vê se pode?!
Antes de partirmos pro nosso rango (palhaço também enche o bucho haha), ainda conversamos bastante com Safadão e uma senhora muito fofaa (ela nos deu vários abraços e compartilhou conosco sorrisos e histórias- foi INESQUECÍVEL)  - Foi justamente nesse momento que os papparazzis (vulgo "Paulinha ... me diz o que é que eu façoooo" e "Muri") prontamente chegaram e fotografaram essa lembrança maravilhosaaaa! Obrigada, gente linda!
DB, somente no final da atuação, percebi que tinha esquecido de tirar o relógio (tá quase fazendo parte de mim agora); e foi aí que percebi como a nossa expressão corporal e os adereços são percebidos pelos pacientes e como aquilo me "quebrou" por um instante - vou prestar bastante atenção agora para não esquecer nada no corpo que desvie a atenção do ENCONTRO! :)
Sinto-me grata por ter a oportunidade de atuar toda semana no setor, e o que percebo é que acabo recendo mais do que dou, e não cabe dentro de mim a felicidade de encontrar olhares tão bonitos e tão reveladores. Obrigada, lindo Papai do céu, por me dar a graça de viver cada instante e sua profundidade de forma tão verdadeira!
E que a gente jamais se esqueça de como é bom acordar a criança interior dentro de nós <3
Beijos, DB! Até mais :)

caramba, caramba, caramba *--*

Oiiiiii DB...

Deixa eu te contar um coisa haha Isiiisssss voltou, e voltou com tudo.

A atuação da terça foi extraordinariamente animada.
Fomos nos trocar, e já começamos animadas... Ao som de músicas indianas ( cara, essas músicas são ótimas).

Nos maquiamos, nos vestimos e saímos pelos quartos. O primeiro que encontramos foi com seu José António, que me deixou extremamente feliz quando disse seu nome, pois é o msm que o meu irmão. No inicio seu José estava um pouco fechado, mas logo se soltou, e entrou na dança ( literalmente). Cantou com a gente a música Asa Branca, e pediu pra tirar uma foto nossa, a qual a gente cobrou baratinho, só 50.000 ( até hj espero seu José pagar ) kkk. Mas é isso ai, seguimos em frente, próximo quarto, encontramos um homem que é cantor de forró pé de serra e adivinhem ? dançamos e cantamos ..Essa atuação foi bem "festeira", nesse mesmo quarto, Dona Ziza carambita não deixou nosso amigo em paz kkk não sei de futebol, mas minha MCM sabe tudo. Mas em nome da minha amizade e das boas músicas que seu Josinaldo cantava, eu  fiquei com o time dele... TRICOLOR, TRICOLORRR... ( acho que era tricolor kkk não sei nem os times de futebol :( ..)

    Seguimos viagem pelos os quartos, entramos no quarto de Dona Maria, na verdade, dona Maria era acompanhante. Esse quarto em particular, me deixou mt feliz e ao mesmo tempo triste. Enquanto brincávamos, dona Maria observava e brincava um pouco. Quando fizemos gestos de sair do quarto, ela disse q bom que tínhamos ido, aí viramos e  olhamos pra ela - Dona Maria estava chorando, perguntamos  o pq, e ela disse que estava triste, e então ficamos um tempinho com ela, Maricota e Ziza não saíram de perto dela até ela voltar a sorrir.

Seguimos, nosso penúltimo quarto tão animaaaaado, que Ziza e Maricota quase ficam sem energia. Era o quarto do senhor Samuel, que estava sendo acompanhado pela sua filha, que era um carnaval só, nunca vi tanta animação. Seu Samuel, mt esperto ficou brincando de adivinhação com a gente ( tô até agora tentantodo raciocinar feito ele)...

Então. seguimos para ir embora. E lembram do quarto do seu José Antônio ?  pois é, o quarto que nos trocávamos era em  frente, e na hora de irmos embora tinha uma mulher e seu marido no quarto de seu José, eles chegaram depois. Mas ficaram olhando pra gente, e não resistimos, fomos onde eles estavam. Brincamos e depois voltamos para nos trocar.


     A porta deu um pouquinho de trabalho pra abrir, mas resolvemos kkkkk..

CARAMBA, CARAMBA, CARAMBA,

UMA SAGA DE GIGANTES – Eps. V - Selo Adriana de Qualidade (A Fiscal da Nefro) - 26/04/2016

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E agora é na Nefro! E nos jogamos!

Meu Estimado Diário de Bordo, nossa aventura essa semana aconteceu no andar da Nefrologia! Já de início, fomos muito bem recepcionados por quem estava na recepção! Kkk A enfermeira que nos deu a chave minicrocs para abrir o quarto estava muito feliz em nos ver. Disse que era muito bom quando os palhaços vinham. Aquilo já deu um up arretado. Minicrocs na mão e fomos nos preparar para a tarde que nos aguardava.

Uma surpresa. Logo ao sairmos, fomos surpreendidos por duas mulheres. Elas estavam no corredor, imediatamente na frente a porta da qual surgimos, e o engraçado é que naquele momento Adriana estava justamente falando que nunca mais tinha visto os “palhacinhos” no hospital! E ficou impressionada com nossa aparição, mas não deixou de nos dar a sua bronca. Segundo ela, há séculos que não ia mais ninguém por lá. E ela queria nos apresentar a sua mãe. Descobrimos que ela era fiscal dos palhaços e que finalmente podia registrar nossa presença na nefro.

De repente, vinha uma senhora pilotando sua cadeira de rodas pelo corredor em alta velocidade, o sinal fechou, mas ela passou mesmo assim!!! Furou o sinal vermelho! Prontamente, os fiscais de transito correram para aplicar a multa.

“A senhora acaba de receber uma multa por atravessar o sinal vermelho” Dissemos.

“Mas a culpa não foi minha! Foi do motorista!”

E ficamos discutindo que apesar de quem estava dirigindo, se o carro era dela, ela era a responsável. Até que ela resolveu quitar a divida, e ainda nos ofereceu maçã! O nome dela? Dona Maria da Graça! E ela nos fez a honra de apresentar as companheiras de quarto. Tinha Dona Bonita (ou dona Gostosa, como preferir) que no momento estava cochilando. Tinha Dona Maria da Conceição, que era ruiva e descobrimos por meio do programa do gugu que ela era minha mãe! Mainha não queria comer nada. Nem tomar o suco. Mas com nossa insistência, ela cedeu e ate provou um pouco da vitamina de mamão. Pelo menos foi melhor do que o suco de feijão que ela tinha recebido outro dia! Suco de feijão??? Sério! Isso existe? Kkkkkk Eca!

Ao lado estava a senhora da blusa amarela que não foi feita por ela e sim comprada. Kkkkk Recebemos muitos elogios dela, além de largos e doces sorrisos. E quem surge novamente? Adriana! No corredor, Adriana ficou tirando onda com a gente, nos chamando de feios. Lá no quarto, provamos a ela que éramos bonitos e charmosos! Perguntamos à senhora do sorrisão e ela confirmou!
Então acorda a Dona Gostos... a Dona Bonita! E não é que ela era charmosona mesmo! (Acho que era a mãe de Charms). Olhos claros, a elegância em pessoa. Mas algo imprevisível estava por vir... 

MoraLonge quase entra no banheiro com Dona Bonita!!! Tan Dan Daaaaaaaannn!!! Mas calma! Não julguem meu MCM, foi um grande mal entendido. Na hora, minha mãe pediu água e Dona Bonita se levantou e foi até uma porta. Jason pensava que ela ia pega alguma garrafa de água naquele cômodo que a porta daria acesso, e seguiu dona Bonita. Não sabia ele que ela se dirigia ao banheiro! Kkkkkkkkk Todos rimos! E ficamos incrédulos pensando que ele queria pegar água na privada para mainha! Kkkkkk

Também chegou a enfermeira piolhenta! Bixinha. Usava uma toca até bem bonita. Mas era para conter os piolhos na cabeça.
Demos tchau aquele quarto tão divertido no qual passamos um booom tempo! Kkkk E nos deparamos com a seguinte situação:
Três homens (sendo um deles um menino) sentados em suas cadeiras, no corredor, assistindo a uma partida de futebol duplicado. Era tudo em dobro: 44 jogadores em campo, duas bolas, dois juízes. E quando fazia um gol, na verdade valia por dois. Muito interessante o jogo.

Entramos no quarto do surfista louco por uma praia no sábado, do rubro-negro estiloso e segurança, e do rapaz que tinha uma meia de braço igual a minha, e que não quis nos mostrar a foto da paquera no celular com medo que roubássemos ela. Mas isso foi tudo coisa que Adriana colocou na cabeça dele! E nesse momento, o menino que estava vendo o jogo apareceu. Descobrimos que se chamava Miguel, e ficamos perguntando se ele era São Miguel Arcanjo. Mas ele estava sem asas. E conversa vai, conversa vem, ficamos de ir em Gravatá, A Cidade da Pipoca Salgada, ir resgatar as asas perdidas de Miguel.

Seguimos então Adriana, e chegamos ao quarto de sua mãe! Outro quarto maravilhoso, cheio de pessoas maravilhosas. E que senhora encantadora a mãe de Adriana, cujo nome não me recordo por ser um pouco diferente. Mas descobrimos que Adriana era a caçula de seis irmãos, sendo 3 homens e 3 mulheres. Decoramos o nome de todos, mas ao buscar agora em meu hd, só resgatei Adriano, Adriene e Antônio, mas todos começavam com A. A mãe de Adriana estava ouvindo rádio e ficamos tentando descobrir qual a que tocava, mas como não reconhecemos e não sabíamos a letra, dançamos um pouco.

Também conversamos com dona Zeza, e observamos que ela adorava rosa. No leito ao lado estava outra moça, que era mãe de Miguel, acompanhada por seu marido. Mas depois de falarmos com eles, descobrimos que Miguel era avô do pai e tio da mãe.
Depois descobrimos que Miguel não era estava só acompanhando sua mãe. Ele também era hospede do hotel e nos mostrou seu “leite”. Seu leite? Eu entendi leite, mas acho que ele falou leito! Kkkk

Na cozinha onde só “Pessoas Autorizadas” podiam entrar, conhecemos Dr. Gutemberg e Dra. Fernanda, e outra Dra. Que não lembro o nome. Nomes. Sou péssimo com eles.

“Quem pode nos transformar em Pessoas Autorizadas?” perguntamos.

Disseram que uma tal de Poliana podia! E Gutemberg queria nos dar até um cafezinho, mas sem sermos pessoas autorizadas como iriamos entrar??? Tinhamos que achar Poliana!

Momentos antes do episódio da cozinha, avistamos uma Dra. concetradíssima escrevendo no prontuário. Ela não nos viu chegar e ficamos a observando em silêncio. Ela estava no posto de enfermagem. Quando nos viu, tomou um susto e começou a rir e explicar que estava lendo com atenção o prontuário. Ela tinha óculos muito bonitos e segunda ela tinha que olhar por cima das lentes quando não precisava ler. E dissemos que ela fazia isso para sensualizar. Seu nome, Dra. Rita (simpatia pura).

Fomos até o fim do corredor, e lá fora, perto do elevador, encontramos duas senhoras esperando para entrar e visitar suas respectivas mães. Entramos num jogo de adivinhar os seus nomes. Nosso resultado não foi muito bom no final. Chegamos a nomes absurdos e elas tiveram que nos revelar.

Resolvemos ir na sala de hemodiálise, mas antes de chegarmos lá, visitamos a sala de serviço social. E quem estava lá?

“Dra. Ritaaaaaaaa!!!” Gritamos cumprimentando-a novamente! Kkkk

Meu Estimado Diário de Bordo, esse dia foi muito bom! Olhares incríveis, encontros maravilhosos, pessoas sensacionais. Mas nossa história ainda não chegou ao fim. Ela nos reservava uma grande e inigualável surpresa! Onde essa surpresa se escondia? No interior da... Sala da Bibliotecaa!  

A porta estava fechada. A curiosidade em saber o que podia haver ali dentro nos fez invadir o recinto. E quando vimos o que vimos, congelamos! Ficamos mudos, estáticos, de olhos arregalados e bocas escancaradas!

“Oláááááááááááááá!!!”

Jason e eu encontramos, nada mais nada menos, com nossas lindas MCM’s Tatá e Tony!!! Lá estava também nossa amiga Priscila! Nesse momento um médico saiu da biblioteca, e ao darmos nossos cumprimentos a ele, Tatá falou:

“É dr. Flores!”

“Dr. Florisvaldooooo!” Falei.

E Tony, era na verdade, dona Florisvalda!

Entao avistamos uma passagem de ar que ligava a biblioteca à sala da assistência social. Não teve outra, fomos até o buraco, Jason me suspendeu, pois apesar de ser muito longilíneo não alcançava a passagem, e chamamos por Dra. Rita!

Do outro lado ela respondeu! Kkkkkkkkkk

No fim, Tatá, Priscila e dona Florisvalda receberam dois BG’s (Beijo de Gigantes), um preto (o meu) e um laranja (o do meu mano Jason).

E pra fechar com chave de ouro, na sala de hemodiálise, agenciamos um jogador de futebol extremamente habilidoso! E fizemos nosso book fotográfico no celular de Fernanda! Muitas e muitas selfies! Até vídeo mandando recado teve dessa vez! Kkkkk Ah e não posso esquecer que com a chegada de mais uma hospede, fizemos o fazer de providenciar a sua cama de frente à televisão. Ela ficou extremamente grata!

O engraçado é que Fernanda ficava o tempo todo perguntando se Jason era um tal de Gustavo!

“Quem é Gustavo? O nome dele é Jason MoraLonge!”

Seguimos então até o posto de enfermagem e fomos novamente pedir emprestado a Minicrocs.

“Algum de vocês sabe onde esta a Minicrocs?” Perguntamos.

E Dr. Gutemberg sacou a jogada, pegou a chave no chaveiro, e nos entregou. A outra enfermeira que ficou sem entender o que era a minicrocs foi presenteada com uma demosntração gratuita de como se usa uma minicrocs de dedo!

Se posso resumir a atuação dessa semana em um nome, esse nome não teria como não ser Adriana! A nossa fiscal! Pelo visto recebemos o Selo Adriana de Qualidade! kkkkkk

E assim, Meu Estimado Diário de Bordo, finalizamos mais um episódio da nossa imprevisível Saga de Gigantes!


Até a próxima!

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Vai ter casamento!!!

Bicho, sabe aquela semana que você só quer que acabe? Ponto, essa foi uma delas. Quando desci para encontrar Paulinha tava tão cansado que nem sabia de onde ia tirar forças, mas talvez fosse justamente por isso que mais precisava atuar, por isso jogamos o cansado pro lado e subimos!

Hora de subir a energia! E eis que no meio da nossa contagem a porta do quarto, que estava trancada, é aberta pela enfermeira Ana que tinha outra chave, pense num susto que os 3 levaram(kkkkkk) a bichinha se desculpou tanto, mas juramos vingança declarada, até porque ela mesmo relatou que na outra semana havia deixado outra dupla trancada no quarto por um bom tempo...

Logo quando saímos demos de cara com 1 grande par de olhos azuis, pense num cabra bonito! Guilhermina ficou logo toda interessada, até porque descobrimos que ele era solteiro, ryco e ainda por cima pegador, com um bigodon mui charmoso que derreteu Guilhermina imediatamente. Descobrimos que ele havia comprado os olhos em uma loja na Cidade e ficamos de passar lá depois, Guilhermina ,claro, iria comprar azuis também, eu queria amarelo e rosa pra ficar com um olho de cada cor, mas fui logo barrado porque disseram que só podia no carnaval e que minha cor ia ser verde.

Quando saímos do quarto encontramos muitos profissionais do andar e aproveitamos logo a oportunidade pra ir queimando nossa amiga Ana, aquela falciane...

Na recepção descobrimos que, na verdade, aquele andar também funcionava como motel, pois muitas pessoas chegavam pediam a chave de quartos com números e nomes e depois iam embora, e ainda acusaram não só eu e Guilhermina, mas também todos os outros palhaços que já haviam passado de terem se pegado no quartinho da enfermagem. Deixamos a dúvida no ar...

Então eis que vemos uma cadeira de rodinha ao léu no meio do corredor, olhei pra um lado, olhei pro outro, dei 5 segundos, o dono não apareceu... então sentei logo e ela virou nosso carrinho! Quem empurrou primeiro foi Guilhermina enquanto eu conduzia, depois invertemos, quase atropelamos 4 pessoas, uma delas de propósito porque era a Falciane na Ana(kkkk) e fomos passando de quarto em quarto oferecendo carona, mas ninguém tinha coragem de aceitar, todos eles achavam que iam cair(aff...), como se eles fossem passar do chão, e a gente até ofereceu pintar a cadeira da cor que a pessoa quisesse, a única que aceitou foi a filha de uma paciente que falamos por telefone mas que só ia vir no outro dia.

Quando olho no final do corredor meu coração para! La vem o segurança Vinícius com aqueles andajá, prontamente paramos ele e começamos a assedia-lo pra tentar conseguir andar, quando achávamos que íamos conseguir ele acelerou e foi embora, sacanagem! Mas aí tipo uns 2 minutos depois ele voltou procurando a gente e DEIXOU A GENTE ANDAR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Foi surreal! Guilhermina ficou uns 30 segundos em cima e quase caiu umas 4 vezes(kkkkkkkk), depois de andar estávamos loucos, foi tipo, dos 30 objetivos da vida um já tinha acabado de ser realizado!

Chegamos ao quarto de Roberta Poposuda, logo do corredor sentimos o forte cheiro do seu perfume e vimos o quão podre nós estávamos! Mas pense, ela tava lá toda bonitona numa pose de modelo, dizia ela que tinha que ficar naquela pose por conta de uma cirurgia que tinha feito na bunda, claro que não acreditamos, mas que ainda ia fazer outra pra colocar silicone. Ela reclamou bastante que estava se sentindo só, pois a maioria dos médicos e enfermeiros ou já estavam comprometidos ou jogavam no outro time, então fizemos logo propaganda do nosso amigo de olhos azuis e do segurança Vinícius, ela se interessou bastante...

Eis que nossa amiga poposuda solta um babado fortíssimo!! Que no outro dia de 10H ia ter casamento de um dos pacientes do andar com direito a imprensa!! Claro que fomos logo nos apresentar aos noivos no quarto 1111, óbvio que com a mais pura das intenções, detestamos essas pessoas que forçam a amizade pra poder ir pra festa e comer os docinhos. Depois saímos chamando todo mundo pro casamento, porque viramos praticamente amigos íntimos do casal! Todos que passavam nós convidamos, menos Ana é claro!

Quando tiramos nossos narizes demos nosso tradicional abraço apertado, morremos de rir e nos maravilhamos com todos os encontros que tivemos, e na minha mente só uma frase me vinha, “você recebe do jogo aquilo que você dá a ele”, creio que apesar da semana, a partir do momento que subimos nossos narizes essa quinta conseguimos dar um salto no vazio.


Augustino Bocalarga.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Risodiálise na Nefro

E aí,  Gustavo do Futuro, fosse pra Nefro de novo! Foi irado demais. Acho que foi uma das minhas primeiras no período  e também trouxe reencontros.  Já fomos surpreendidos na saída com Adriana. Ela se queixava no exato momento que nunca mais tinha tido palhaço na enfermaria. Ela tá lá como fiscal de palhaço há 1 mês e disse que nunca mais tinha visto nenhum, estava quase indo no serviço social ou direção do HC cobrar nossa presença. Ela nos acompanhou por muito tempo na atuação, até irmos divertir também a sua mãe. No primeiro quarto encontramos a mãe de Orangino, dona bonita ou dona gostosa(com quem quase fui pro banheiro). Uma outra senhora muito simpática que tinha furado o sinal é nos ofereceu maçã. O marido dela tinha ido, pois na camisa tinha "eu fui", só que ninguém sabe pra onde. Depois encontramos a mãe de Adriana,  o quarto dela também teve um astral muito bom. Tome tempo e jogos aí também. Depois fomos na copa, vimos o jogo dos duplicados, teve porteiro que deixou a gente entrar e enfermeira que mandou a gente sair. Teve tatá e Tony colhendo caso clínico e beijos melados. Aaaaaaaaaaaaah, como eu queria ser melhor de nomes... Mas vou só salientar aqui Polaina,  Roberta e Fernanda. Fernanda esteve na minha primeira atuação na Nefro e tirou uma selfie comigo e Dionísio da outra vez. Dessa vez, eu e Orangino fizemos logo um book no celular dela. Até vídeo teve! E ela postou no Facebook também. Foi baum demais. Como sempre, para mais detalhes, leia A Saga de Gigantes da semana!

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Sobre Leões, Banguelos e Escravos - convidada da semana: Angelina Leite Ninho

Comecei o dia estarrando e convidando uma dona moça maravilhosa pra atuar com a gente. Nath/Angelina não decepcionou e topou no ato! Como ela era a antiga dupla de Bah, tava em casa já.
    Assim que chegamos no sétimo, vi uma galera da minha turma lá e pensei "ou isso vai ser muito escroto ou vai dar merda, das duas uma". Nos vestimos apropriadamente para nossa tarefa e subimos o nariz ao som de "Cococoricóóó´!". Bah, pra variar, ficou com cara de desprezo pra mim e Nath, que estávamos dançando ao som de tal balada.
    Começamos o jogo numa tentativa de venda do celular de Nath a Leãozão, um tio da limpeza e torcedor do Sport que não quis comprar só porque era rosa.  Assim que vimos uma bolsa de oncinha bem na frente dele na mesa e aí soubemos que de Leãozão ele não tem muita coisa não... Jogamos um pouco com o pessoal da enfermagem, que estava suuuuper aberto, e entramos no quarto seguinte.
    Shirley estava lá e lembrou de Angelina da atuação da semana anterior e de mim da visita clínica que fizemos a ela. Enquanto estávamos lá chegou o pessoal da minha turma, e foi mais difícil do que eu pensei. É complicado se desvincular da sua atitude, postura e energia do dia a dia quando tem tantas pessoas do convívio cotidiano por ali, mas no final de tudo certo. Lá eu tive a ~melhor cartada do dia ~ modéstia bem à parte. Quando Angelina contou uma história sobre a antiga ocupante do quarto, que não queria beijar um pretendente só porque o rapaz não tinha dentes, Chayenne afirmou que não teria nenhum problema em beijar alguém sem dentes, que aliás até facilitava o trabalho.  Perguntei ao grupo de pessoas da minha turma se alguém não tinha dentes e vi que Mateus estava prestando bastante atenção em mim. Falei, discretamente, pra ele imitar a boca da um banguelo, e ele fez na horinha certa!! Agora Chayenne tinha que mostrar que é uma mulher de palavra. Ficamos tentando o convencimento dos dois, mas Mateus tinha namorada e ela é meio braba... ia dar ruim pra ele. Ainda acho que valeria a pena isso pra ter um beijo de Chayenne, mas foi opção dele.

    Passamos depois pro quarto de Karla, uma menina suuuuuuuuuuuuuuuper escrota - adorei ela. Papas na língua não existia no vocabulário da moça, nada era deixado a ser dito. Quando, sabe-se lá como,  comecei a lhe contar uma história de que tinha sido escravo e que tinha conseguido fugir ela disse que era mentira que a escravidão no Brasil tinha se acabado a muito tempo. A Princesa Isabel tinha encerrado ela, mas ela não sabia que eu era amigo de Belinha Princess. Contei até uma ou duas de nossas aventuras mas não colou. Ela tentou me ajudar a conquistar Chayenne também, mas essa palhacinha tá fazendo um jogo cada vez mais duro comigo, começo a perder as esperanças (lágrimas no rosto). Bem na frente de Karla estava Ana da Paz. Não podíamos deixar de cantar de novo uma música símbolo da pacificidade: Every little thing is gonna be alright. Acho que passamos mais da metade da atuação nesse quarto que nos rendeu muuuitos bons jogos.
    Passamos em mais alguns quartos, mas confesso que minha memória falha e não me lembro tão bem deles. Mas houveram sim ótimos encontros neles.
    Foi uma das atuações que mais gostei no ciclo, até agora. Rimos bastante e conhecemos pessoas fantásticas! Adorei atuar com Angelina, ela é muito mais enérgica do que deixa transparecer. Brigado, minha linda Leitosa, quando quiser voltar, tamo por aqui!!
   

domingo, 24 de abril de 2016

De volta a pediatria

Iae Bereee, cá estamos de novo
Dessa vez a gente foi para a pediatria, lembro que na reunião o povo falava de experiências ruins que ocorreram lá, mas na minha primeira vez foi irado e eu me perguntava se seria dessa vez também, fiquei com essa duvida naquela quarta.
Mas mais uma vez fui sem pensar muito e não me arrependo, foi muito massa, apesar que o andar tava parecendo mais o berçario, uma vez que a graaaande maioria eram bebês, é legal sabe atuar com bebês, as mães se divertem muito e você meio que fica olhando para aqueles olhinhos deles tentando adivinhar o que eles pensam, eu sempre tento adivinhar o que eles estão pensando, mas nunca chego a conclusão nenhuma euheuheeuheuhe
A pediatria dessa vez trouxe alguns antigos conhecidos e nos deu o prazer de conhecer novos, começarei pelo final por motivos de que quem manda aqui sou eu mesmo. Laurinha, ela marcou a primeira atuação minha e de Luigi lá, ela ficou com a gente muito tempo, mas dessa vez a gente (eu e Cambitinho ) só a encontrou no final da visita, mas sempre encantadora, dessa vez eu achei ela um pouco menos interativa do que na primeira, talvez fosse o cansaço, talvez fosse o dia a dia transformando a pequena Laurinha , crianças não deviam ser submetidas a fardos tão grandes como algumas doenças, mas a vida é isso.Ela no final acompanhou a gente até o quarto e abriu pra gente, apesar dos pesares a fofura ainda abita o coração dela, espero que isso não mude, nem isso e nem o fato dela mandar que é uma beleza euheuheuehueh. A gente conheceu pedro e a colega de quarto dela (esqueci o nome), nesse quarto eu e cambitinho nos revezamos, hora eu brincava de domino com ela e cambitinho jogava de jogar a bola (uma luva cheia e amarrada) no corredor com Pedro e depois a gente trocava, foi muito legal a menina era meio mandona também que nem Laurinha e Pedro sentia uma alegria avassaladora quando jogava a bola pro alto e gritava pra pegar ueheuheuehueh.
Antes disso a gente encontrou uma antiga conhecida de Beta, o nome dela era brenda, Beta ja chamava de brendinha pros intimos euheuehuh, ela nao falava muito, mas sorria que era uma beleza, fazia uma boa dupla com Cambitinho RISO FROUXO. Antes desses teve um  bebê que me marcou muito, wesley o safadao, ueheuheuhe ele era só sorriso, acho que nem sabia falar ainda mas ria demais e direto, foi um contraste uma vez que muitas crianças pequenas do corredor estavam meio com medo da gente ( acho que é dai que nasce o medo de palhaços, nao sei)

Bere, por hoje foi isso, foi mal por ta escrevendo tão tarde, eu sei eu sei, mais uma vez mequetrefe, mas em minha defesa não passei o dia em casa e a net daqui ta de mal a pior,o jeito vai ser trocar, maas isso é cenas pro proximo DB (saudades Baruelcio, na proxima oficina a gente se fala)

UMA SAGA DE GIGANTES - Eps. IV - A Lenda do Copo Perdido, na Oncologia - 21/04/2016

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Se joga! Kkkk

Onde? Na onco dessa vez! Enfermaria 11º andar Norte!

E já começo te escrever, Meu Estimado Diário, rindo pra caramba!!! Porque acabei de ler o diário de meu MCM Guga e ele me deixou uma responsabilidade que acho que não serei capaz de cumprir (por motivos de escassez de tempo e lapsos de memória). Mas farei meu máximo! Kkkkkkkkk

Aqui começo o Eps. IV da nossa Saga de Gigantes,

Numa quinta feira de Tiradentes, MoraLonge e eu, Orangino, tínhamos a missão de nos aventurar e tentar levar algo de bom para um setor que ao meu ver é um dos mais complicados e delicados. E também um dos que mais nos transmite ensinamentos e reflexões. Como supracitado, me refiro a Oncologia.

Dúvidas. Será que vai ter gente no setor? Será que vai estar muito vazio? Afinal, Tiradentes, né?! Feriado e tal. Será que é menos movimentado nos feriados?

Conclusões. Não sei nos demais, mas nesse feriado o setor estava abarrotado de gente! Dia de visita, muitos acompanhantes. Quanto mais visitantes iam embora, mais chegavam! Kkkkk

Dessa vez, Pink Floyd nos ajudou a subir a energia com sua música Money. Tudo pronto? Sim. A porta do quarto abriu, e o vazio nos aguardava.

Começamos devolvendo o passarinho ao seu ninho. As chaves estavam presas a um passarinho do twitter rosa, e uma vez que estava fora do seu lar, nos responsabilizamos em devolvê-lo.

E logo de início vimos a doutora que escondia seu nome da bata com o cabelo. E a outra que fazia as unhas; mas somente as dela. Perguntamos se ela conhecia alguma manicure. Mas infelizmente, a resposta foi negativa.

O primeiro quarto que “invadimos” foi o da FORÇA! Olha só onde fomos nos meter! No lugar onde todas as pessoas mais fortes dessa terra são colocadas. E lá estava dona Bahia, a vaqueira derrubadora de bois pelo rabo! Porém ela estava tomando o soro anti-riso. Mas que sinceramente, acho que não estava fazendo efeito, porque ela estava tentando esconder alguns risinhos com a mão. Kkkkk Já a outra senhora ao lado, estava sonolenta. Afinal tinha acabado de receber o soro no sono. Mas mesmo assim, pudemos fitar um pouco dos seus olhos curiosos e receber um breve legal com o polegar. Foi o suficiente. Nada do que pudesse vir dela depois seria capaz de superar aquele olhar intrigante.

Ao longo de nossa aventura, encontramos dona Maria, que estava esperando sua irmã buscar um copo na copa. Ela precisava tomar os remédios e sem copo, isso se tornava muito difícil. Mas ela confiava na irmã. Afinal, estávamos no quarto da CONFIANÇA! A irmã dela voltou, mas na copa não tinha copo.

“Como pode a pessoa ir buscar um copo na copa e na copa não ter copo?” Perguntamos.

Mas a irmã de dona Maria não desistiu!!! Pensei, não estaríamos ali para presenciar a origem da Lenda do Copo Perdido. Com ajuda da doutoura com nome escondido pelo cabelo, ela conseguiu um copo para a sua bebê. Kkkk Ela apesar de ser mais nova, chamava a sua irmã de bebê. 

Perguntamos se ela tinha descoberto o nome da doutora que a tinha ajudado.

“Não vi. O nome tava escondido pelos cabelos.” Respondeu.

Reparamos que as unhas de Dona Maria estavam muito bonitas. E ela nos contou que sua irmã havia feito suas unhas de manha. E para nossa surpresa achamos a manicure que buscávamos! kkkk

Ao lado de dona Maria, estava dona Sebastiana, que na noite anterior estava louca para ir para a Missa. Mas uma noticia boa! Boa não, excelente! Ela estava esperando seu filho vir busca-la e retornar para sua casa! Comemoramos! E atrás de sua mascara, vislumbrávamos alguns esboços de sorriso. Descobrimos que o filho dela era aviador, afinal quem usa óculos aviador só pode ser um. 

Conversando com a irmã de dona Maria, ficamos sabendo de um segredo. Na copa, tinha um pote de chocolate. E nos é claro, partimos em busca da fonte de glicose. Kkkkk Lá na copa estava a dona do passarinho e um amigo. Nos espantamos com o luxo daquela copa! Tinha de tudo na geladeira! E claro, provamos do chocolate.

“Pega uma colher ai!” Nos disseram. Só nos restou obedecer! Kkkk

Quando vagávamos pelo corredor, avistamos na sala de tv próxima ao cantinho da fé, dona Lúcia. Devagarinho fomos chegando perto e ao perguntarmos se podíamos sentar com ela, fomos agraciados com um convidativo sim. Conversamos um pouco, nos assustamos com seus pés vermelhos (que na verdade, e para nosso contentamento, estavam vermelhos pelo reflexo da janela kkk Rimos). Vimos que ela não sabia a que quarto pertencia.

“Qual o seu quarto?” perguntamos.

E ela nos disse o número. Mas não era o que queríamos. Então Jason correu e descobriu que ela pertencia ao quarto da SUPERAÇÃO!!!

“A senhora e do quarto da superação!” Ela ficou feliz em saber daquilo.

Ela nos revelou que agora estava só. O seu sobrinho estava almoçando e sua acompanhante de quarto tinha recebido alta, mas estava à espera de uma nova. De repente seus parentes chegaram! E dona Lúcia, dona unhas belas e vermelhas, se desmanchou em lagrimas. O conforto da família é um remédio poderoso. Ainda a ajudamos na missão de trocar sua agua quente por uma gelada! Kkkk

Em outro quarto, descobrimos uma massagista! Ela fazia uma invejável massagem nas pernas de dona Ivonte. Que bela senhora. Cantou uma música religiosa, nos presenteou com salmos, e nos revelou sua saudade de Mandacaruzinha, nossa MCM. Disse para Jason, ler em casa o salmo 139 e leu os três primeiro versículos para nós.

Para minha tristeza a paciente que estava ao lado e logo quando chegamos estava acordada, agora dormia. Me perguntei se não devíamos ter falado com ela primeiro.

Chegamos então ao Marco Zero! Sim, o quarto da VITÓRIA tinha uma bela vista do Marco Zero. E lá estava Daiane (não a dos Santos) acompanhando seu pai, que não podia falar muito. E do lado encontramos seu Antônio e sua família. Seu Antonio dormia e seus parentes estavam tristes. Fomos mais cautelosos naquele momento. Mas ainda conseguimos alguns sorrisos, que não é o nosso alvo nem objetivo, mas que evidencia que algum conforto e alegria, mesmo que em baixas doses, foram transmitidos. Ganhamos um abraço de uma das acompanhantes. Elogiamos o chapéu do amigo de seu Antônio e perguntamos onde podíamos comprar um daquele para a gente. Na loja, é claro.

No corredor, diante da porta do quarto da vitória, conversamos com o filho de seu Antônio. Eles eram de Matriz da Luz, São Lourenço.

“O senhor sabe que quarto é esse?” Perguntamos.

“Não.”

“O quarto da vitória! E quem entra aqui sai vitorioso!” Dissemos. Ele disse um amém e nos agradeceu.

Ao lado dele estava mais um “MatrizdaLuziense”. E com ele descobrimos a origem do nome do lugar. E descobrimos porque ele usava uma camisa da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Luz. Essa é a segunda Igreja mais antiga de Pernambuco, segundo ele, e daí o nome do lugar.

Nos despedimos deles perguntando:

“Quem entra no quarto da vitória sai o que???”

“Vitorioso!” Responderam.

Retornando pelo corredor, vimos que a nova acompanhante de dona Lucia havia chegado! Um senhora florida da cabeça aos pés e até à bolsa. Ganhamos uma carimbada na bochecha de uma de suas visitantes. Cumprimentamos todos e mais uma vez partimos.

De volta ao corredor, mais uma supresa! Dona Sebastiana estava indo para casa! Comemoramos com ela!

“Tchaaaaaau, dona Sebastiana!!! Vai para casa , né?!”

E o sorriso não cabia mais na máscara que usava!!! Que felicidade transbordava daquela senhorinha! Logo depois dela, estava seu filho. E ao perguntarmos como eles iam voltar para casa:

“De avião!” Nos disse rindo! Kkkkk O cara era aviador mesmo! Kkkkk

Ao chegarmos no posto de enfermagem, reencontramos a doutora que escondia o nome com o cabelo. Explicamos nossa curiosidade pelo seu nome! Kkk E descobrimos: Érika. E perguntamos a ela:

“Érika, você sabe onde está a moça do passarinho? A que tem um ninho no bolso?”

“Sei não.” Respondeu.

Mas a outra doutora q estava do lado e concentrada num prontuário, começou a rir. Kkkk Olhamos para ela. Não era a dona do passarinho. Não era a mesma de antes. Mas ela continuava rindo.

“Agora sou eu quem anda com o passarinho no bolso.”

“É uma passarinha! Ela é rosa!” dissemos.

Então pôs a mão no bolso, digo no ninho, e nos entregou a passarinha rosa do twitter.

Assim, finalizados nossa tarde de 21 de abril de 2016. Uma tarde de aprendizado e de reflexão. Nos deparamos com pessoas que encarnavam verdadeiros exemplos de vida. Mais um capítulo da Saga de Gigantes.

Meu Estimado Diário de Bordo, mais uma vez, perdão. Não posso deixar de registrar que fui mequetrefe e te deixei esperando novas notícias. Kkkkk Até a próxima aventura.

Ps: Dedico este diário de bordo ao meu MCM Guga, que me fez forçar ainda mais minha memória e acabei me surpreendendo, lembrando de detalhes que achava que não recordaria. Kkkkkk Ansioso por onde será a atuação dessa semana, Guga? Eu tô! Aguardemos! Kkkk Abraço.



sábado, 23 de abril de 2016

SURPRESAS DO COB

Boooooooa noooite DB, mas veja só, eu estou te escrevendo as 20:52 e não as 23:52. Isso é tão boooom :) hahah


Não sei como começar a te escrever...
Talvez o certo seja começar com a interrogação, o que é medo ?

Segundo o dicionario, medo é :  1 Perturbação resultante da ideia de um perigo real ou aparente ou da presença de alguma coisa estranha ou perigosa; pavor, susto, terror. 2 Apreensão. 3 Receio de ofender, de causar algum mal, de ser desagradável. 

Na minha atuação de terça, o termo 3 me definia bem. Nesse dia eu senti medo de verdade, nunca havia sentido medo em nenhuma atuação, mas nessa algo me deixava diferente, não sei explicar, talvez o medo de falar algo ou fazer algo que não fosse legal e receber um PEN. Me senti com medo e ao mesmo tempo compreendia o que era "se jogar no vazio", " se der medo, vai com medo msm", caaaraaaaaaa, nunca tinha feito tanto sentido como nesse dia.

Bom, como sempre fomos nos trocar, ficamos uns 10min procurando um lugar para isso, finalmente achamos, um pouquinho atrapalhadas, começamos a nos trocar. "PAUSA PARA UMA FOTO"

Damos inicio a atuação, saímos no corredor e a primeira pessoa que encontramos foi dona Ana Cristina, que estava chorando, mas quando nos viu começou a sorrir e chorar ao mesmo tempo. Maricota e Marieta ficaram tão empolgadas com a felicidade de dona Ana, que logo aceitaram o convite pra ir fazer um lanchinho na casa dela kkkkk pois é, comida não se recusa. Dona Ana Cristina disse " esse lugar é triste, é tão bom vê vocês aqui", me senti tão feliz que nem em mil palavras eu conseguiria definir.

Seguimos para o próximo quarto onde estava Ana Paula, Ângela e jessica, a turminha do barulho kkkk nos divertimos muito nesse quarto. Jessica não podia sorrir, dizia ela, então ficamos paradas e caladas, mas de nada adiantou, eles riram mais ainda kkkkkk não sei pq. Ana paula super animada, disse que era apaixonada pelo o Médico Ator chamado cebolinha, e disse que se nos o encontrarmos ganharíamos um bolo... Como Maricota e Marieta não recusam uma boa comida, saíram a procura do tal médico

Fomos para o quarto seguinte, e logo de cara escutamos aquela velha frase conhecida, " Para, eu não posso rir", mas de nada adiantou, todas caíram na gargalhada novamente kkkkk Esse quarto era o grupinho do M: Mirela, Marielen e Mainha e de complemento Maricota e Marieta kkk Nesse quarto meu medo ja havia ido embora, e eu e Marieta estavamos super dentro do jogo.

Seguimos pelo os quartos, passamos em frente a um que estava fechado e tinha uma moça na frente, ficamos tentando ouvir atras da porta ate que a moça olhou, riu e disse - é feio escutar atrás da porta, vou contar a mãe de vocês- Nós sainos bem rapidinho kkkk  depois de ficar conversando com Ana Cristina, lembram da primeira moça ?.. então vimos q a porta do quarto q estava fechada, abriu. Fomos lá e a moça q estava do lado de fora havia entrado, e chamou a gente pra entrar, ai ela fez uma corda imaginária e puxou Marieta que em seguida usou a msm corda pra me puxar.

Foi ai que eu dei de cara com meu medo. E agora, o que fazer ?
Assim que entramos a técnica nos olhou com uma cara feia, que me assustou bastante, mas mesmo assim ficamos lá. 

A moça q nos puxou pediu para Marieta fazer um carinho na amiga dela, que estava sentindo mt dor, Marieta foi lá e ficou passando a mão na barriga dela e perguntou " É um boneco ou boneca", a moça respondeu é um boneco e olhou pra Marieta, e era nítida a sua felicidade ao vê-la. Mas a acompanhante dela olhou pra Marieta e disse " o bebê dela está morto". Foi aí que meu Medo se concretizou, foi aí que via a energia da minha MCM despencar de 300% a 0%, então sem saber  o que fazer, disse a Marieta q talvez o tal médico cebolinha já havia chegado e chamei ela pra irmos vê.

Saímos com a energia lá em baixo, tentamos continuar o jogo com dona Ana cristina, mas sem sucesso. Foi aí que eu disse- que tal pegarmos nossas coisas-

e então quando iamos saindo, dona Ana cristina disse " Vocês já vão, por favor não vão. Aqui é bem melhor com vocês, fiquem".. 
Mas nossa energia não voltava, e então demos tchau a ela e saímos.


aaah DB, minhas terças nunca foram tão surpreendentes, nunca me ensinaram tanto. E essa terça eu aprendi que no final tudo dá certo, e que um PEN não é o fim, e sim um tropeço no qual você faz um paço de dança e segue.

Eu só tenho a agradecer por tudo isso!


Até a próxima DB.

Old love but gold love

Inhaí, Zahir!!
Nessa semana eu e o carequinha mais gato do sertão fomos nos aventurar por um dos melhores setores, sede dos melhores jogos e olhares: a nefro! <3
Mas porque eu gosto tanto da Nefro? 
1) Sempre somos multíssissississimo bem recebidos, logo de cara
2) Lá eu tive uma das atuações mais legais durante o carnaclown
3) E tem Ela.  A modelo de passarela, aquela que sempre compra o jogo e que desfila que é um arraso. Desde que a vi a apelidei, na minha cabeça, de "estrela" e, automaticamente, meu cérebro foi programado para excluir qualquer nome que substituisse essa minha denominação. Ficou, fica e ficará sendo, sempre, estrela. Uma das pessoas mais fantásticas que eu já pude ver com esses olhos vesguinhos. Uma das tantas pessoas que dá aquele reforço no significado de cativar, tão discutido e vivenciado nas oficinas. Impossível atuar na nefro sem querer encontrar ela por lá. 
Subimos a energia e nos aventuramos. Encontramos logo de cara uma cupida bastante desenrolada que nos ensinou bastante sobre amor e táticas de sedução. Vei, começar uma atuação sendo bem recebida logo de cara faz toda a diferença e eu e carequinha távamos numa sintonia arretada.
No meio do jogo, senti uma presença atrás de mim. Corpo ativo, vanessa! Projeta e vai! 
Me viro de repente, olho pra baixo: estrela!
Eu e carequinha seguimos estrela, divando como sempre, alegre como nunca. Como limpar os corredores desfilando e arrasando como só ela sabe. E ela nos leva pra um quarto com encontros maravilhosos: uma nerd e muitas moças animadas.
Conseguimos fazer a nerd largar o celular !!!!!!!!!!!! YESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS! Ganhei meu dia <3
Carequinha tenta me galantear, mas a nerd mostra que não entende só de joguinhos e me alertou que ele não merecia pois paquerava todas as outras GRRRRRRRRRRRR
DR DR!
Dia lindo em conexão com o meu MCM, apresentando a nefro e um pouquinho do meu amor por ela <3
Foi foda!

Vanessa Vesgulina
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Tarde com os lindinhos da pediatria

Querido DB,

Depois de uma semana sem atuar voltamos a ativa na pediatria!! Sou apaixonada por aqueles lindinhos, alguns deles já são conhecidos de longa data como Laura, a mandona e Brenda, a sorridente. Nessa semana em especial a enfermaria estava cheia de bebês que não chegavam a falar, mas interagiam com sorrisos e brilho no olhar, como Wesley, o conquistador.
Eu e Roberto demos de cara com uma bebê (da qual não lembro exatamente o nome, desculpa) que estava lanchando com a mãe e era dona das bochechas mais fofinhas do sexto andar. Depois chegamos no quarto de Wesley, muuuuito simpático cheio de sorrisos, e de outra menina que infelizmente se assustou com a nossa presença. É.. amargar também faz parte. O que eu acho muito legal é a felicidade das mães de verem os filhos sorrindo, fico emocionada.
Em outros quartos visitamos Brenda que está sempre sorrindo, não importa o que aconteça, sua mãe estava um pouco cansada, mas sempre ao seu lado, firme. Em outro quarto estava Thiago que nos ensinou os sons dos animais e junto a ele estava outro menino que recebeu um autografo do meu beijo em seu caderno, ele me revelou que ia guardar pra sempre (me senti especial) ☺️.
Brincamos de bola improvisada com outro garoto no meio do corredor e levei uma lapada no domino da sua colega de quarto que não podia se levantar, mas não se sentia impedida de se divertir conosco. Mais uma vez as mães ficavam encantadas, que sentimento bom de ver a felicidade delas. Pra fechar a tarde nos aparece a querida Laura, queridinha das enfermeiras e de todos no andar, sempre com sua peculiaridade de ser bem mandona, mas encantadora.
Foi mais ou menos isso DB, estou amando atuar com Roberto, cada vez mais estamos em sintonia para o jogo e é isso.

Beijos

Altos e baixos do COB

Boa tarde DB, a atuação da semana foi no COB(rimou kkkk) falando sério agora.

Todos nós sabemos a delicadeza de cada setor e os desafios que encontramos ao passar pela porta. Na última atuação, foi bem viva a sensação de: tá com medo, vai com medo mesmo.
Assim que eu e minha MCM entramos no COB percebemos que o clima não estava muito legal. Procuramos um local p nós preparar e fomos. De mãos dadas, fomos com medo mesmo.
Ao sair do banheiro, o primeiro encontro. Uma senhora que estava deitada no corredor estava com os olhos cheios de lágrimas, acredito que estava chorando. Ela nos olhou encantada e começou a chorar. Chegamos mais perto e perguntamos pq ela estava chorando e ela disse que naquele momento era de felicidade pq estávamos lá.  Ela pediu p nós levar p casa, disse que ia fazer comidinha gostosas p nós. Eu e Maricota somos muito influenciáveis quando se trata de comida kkkkkkkkkkk e aceitamos o convite dela.  Nos despedimos dela e fomos em busca de novos encontros, parecia que tudo ia dar certo. Entramos em outro quarto e fomos bem recebidas tbm. Energia elevadíssima e muita animação no quarto. Uma moça que se escondeu da gente, estava deitada no chão. Quando entramos uma delas disse:
" para, não posso rir"
Eu e Maricota : "eita, tá certo"  e ficamos paradas sem falar nada.  Aí todas começaram a rir.
Eu e maricota: " não entendo, a gente tá quieta, pq vcs estão rindo? Não pode rir"
E a risada foi ainda maior kkkkk
Perguntamos se lá tinha bolo ou se alguém sabia fazer, estávamos atrás de bolo kkkkk
Entramos em outro quarto e tbm fomos bem recebidas. Mas a história de não poder rir veio a tona novamente kkkkkkkk

Nos próximos dois quartos não passamos da porta, ao contrário dos outros, nossa presença não era bem vinda naquele momento. Fomos para o outro lado. Tinha uma porta fechada e colocamos o ouvido p ouvir o que se passava dentro do quarto. Uma senhora, amiga de alguma paciente disse que era feio ouvir atrás da porta. E fomos passear e conversar com os profissionais. Quando voltamos a porta estava aberta e a moça que estava do lado de fora, já estava dentro. Ela me chamou p entrar. Pedi p ela me puxar, e através de uma corda invisível, ela me puxou. Quando entrei, puxei maricota. A moça que me puxou, era amiga de uma paciente que estava aparentemente sentindo muita dor. A técnica nos olhou de cara feia. A moça pediu que eu fosse até sua amiga, pq ela gosta da carinho. E agora? O que fazer? A técnica saiu do quarto... huhuhull
Fui me aproximando aos poucos e cheguei ao lado da paciente. Ela estava de olhos fechados. Fiz carinho no seu braço, ela não acordou. Olhei p sua barriga e perguntei p acompanhe dela se tinha um bebê dentro da barriga e ela disse que sim.  Então, alisei sua barriga e ela abriu os olhos. Seu olhar foi encantador. Foi lindo. Era nítida a expressão de felicidade ao nosso encontro. Fiquei paralisada por alguns segundos e senti uma imensa alegria de proporcionar o carinho que ela precisava. Perguntei se ela uma boneca ou um boneco, que estava na barriga dela. Ela respondeu que era um boneco. E então, eis que surge o comentário da acompanhante que fez minha energia cair em queda livre, de 300% para 0%. Isso já tinha acontecido algumas vezes,da energia cair para 0%,mas sempre com meu MCM eu conseguia recuperar. Mas dessa vez foi forte demais.
- "mas o boneco dela tá morto"
A mulher virou p outro lado com um olhar triste.
Nessa hora senti o chão sair dos meus pés. Olhei p maricota e ela tbm não estava bem. Voltei a olhar p mulher e ela gritava de dor, com contrações p expulsar seu bebê morto. Olhei p maricota e chamei p ir embora, na porta do quarto a mulher gritou que não ia aguentar. Eu gritei que ela aguentaria sim, mas minha voz falhou, foi baixa demais.
Saímos do quarto arrasadas. Voltamos p primeira senhora. Na tentativa de subir a energia novamente. Eu e maricota não estávamos bem. Nada feito... Entramos nos outros quartos.... Nada :(

Maricota olhou p mim, como se pudesse adivinhar o que eu estava pensando.
-" vamo pegar nossas coisas? "
Balancei a cabeça, dizendo que sim
Pegamos nossas coisas e a primeira senhora perguntou se estávamos indo embora. E pediu p que a gente ficasse mais um pouco. Olhei p maricota e vi que não dava. Aquele momentos foi forte demais p nós duas.

Então fomos embora

Fiquei com o gosto amargo na boca por muito tempo ainda. Talvez se a acompanhante não tivesse feito aquele comentário, o jogo teria continuado perfeito.

Mas, como sabemos, existe um mundo de possibilidades. Por um lado alguém que queria tanto nossa presença e por outro alguém que tbm gostou, mas uma terceira pessoa "desconstruiu. "

E foi assim nossa atuação da semana...
Espero te contar coisas boas no próximo encontro DB.

Até a próxima atuação.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Tirar dentes em onco

Gustavo do futuro, lembre-se que você foi com Mano lá na enfermaria de Onco no início do feriadão de Tiradentes. Tinha quem achasse que a enfermaria estaria vazia. Mas além da estar cheia de esperança, superação, força e fé como diziam as placas, estava cheio de pacientes lindos e depois de seus acompanhantes! A verdade é que nunca vimos uma enfermaria tão cheia. Essa atuação, muito pelo local, acabou por exigir de nós muito do que faremos em nossa futura profissão mesmo, tentar confortar quem precisa.
Algumas lembranças pontuais:
-Dona Ivanete(ou ivonete?) disse para eu nunca esquecer, guardar no peito pro resto da vida o salmo 139. Leu pra gente o início e disse que eu tinha que ler e lembrar pro resto da vida. O farei.
-O chocolate enlatado tava gostoso pra caramba mesmo hahahaha

Para uma descrição detalhada, ler "A Saga de Gigantes: Ep IV".
um cheiro.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Quem acredita sempre alcança?

A semana começou com a triste notícia que Cassis não ia poder atuar comigo na terça :// Mas aí Rai perguntou se eu não queria atuar com ele e Báh na quarta - não queria atrapalhar o casal, mas eu queria muito atuar né - e eu aceitei.

Fomos juntos então para o sétimo, e eu lembrei que minha última atuação tinha sido lá, com Vivi. Logo que chegamos, avistamos um pessoal lá da sala (minha e de Rai) e eu já sabia que a gente ia tirar era muita onda, mas muita mesmo.

Colocamos a pele (graças a Deus lá tem um ar condicionado mara) e subimos a energia. Báh não curtiu muito a minha idéia de tocar Cocoricó, mas Rai dançou comigo. Logo que saímos, o primeiro quarto que avistamos era o do isolamento (os dois primeiros quartos do andar estavam em isolamento) e então as primeiras pessoas com quem conversamos foram dois funcionários, um deles, o leãozão (tava mais pra oncinha) quase comprou meu celular de Luigi, só não comprou porque a capa era rosinha, mas depois ele não soube imitar um leão e tava sentado com duas bolsinhas, uma florida e uma de oncinha, aí restam as dúvidas. Depois fomos parar no ex-quarto de Dona Márcia (dona Márcia era uma mulher super simpática mas de coração frio que eu falei no último DB, ela era a musa de sorriso, que só não aceitava ele porque ele não tinha nem dedo do pé nem dente na boca). Uma das mulheres do quarto me reconheceu, e me deu a notícia da alta de dona Márcia, disse que ela devia era estar com sorriso a essa hora, e aí eu tive que contar a Luigi e Chayenne sobre o coração frio de Dona Márcia. Eles ficaram indignados, principalmente Luigi, e aí Chayenne comentou que ela não se preocuparia em beijar alguém sem dente, contanto que tivesse língua. Nessa hora apareceram os nossos colegas, e aí Luigi perguntou se alguém era banguela entre eles. Um menino (Matheus) escondeu os dentes, e daí a gente passou um tempão num queijo se Chayenne beijava ele ou não. Acabou que não rolou (aaaah). 

O próximo quarto foi sem dúvidas o mais engraçado de todos. Perdão por esquecer o nome da menina, pois ela me marcou muito, mas vou chamar ela de Maria (depois vocês olham no DB de Báh que ela com certeza lembra o nome dela certinho). Então, Maria era uma menina/moça (como queira) de una 20 e poucos anos, bem magrinha e bem desaforada. Não que ela não fosse simpática, ela só não ia comprar qualquer joguinho não. Primeiro, ela falou alguma coisa bem assim, política, e a gente disse que ela devia assumir o país quando Dilma saísse. Ela disse que não curtia muito política, mas quem sabe né, enricar um pouquinho seria bom. A política corrompe até quem só tá pensando em entrar, sei não. Comecei a conversar com a senhora no leito da frente do de Maria, dona Ana, e logo descobri que ela era Ana da Paz, muito mais indicada para o cargo do que Maria, que já estava corrompida. Enfim, nessa hora começou um jogo que ninguém lembra direito como chegou a isso, mas de repente Luigi tava contando a história de como ele foi escravo por um tempo, e como ele conseguiu fugir. Maria disse que era impossível, porque no período da escravidão ele não era nem nascido, e então todos descobrimos que Luigi na verdade é super velho (ele foi best da Princesa Isabel, e o pai dele conheceu Pedro Álvares Cabral).

Ainda no quarto de Maria, também não lembro como chegamos a isso, mas começou o jogo que vocês que curtem babados querem saber: Luigi apaixonado por Chayenne e ela dando altos tocos nele. Maria tentou dar uns conselhos pra ele, mas não teve jeito. A pergunta que ficou foi: Quem acredita sempre alcança??

Saímos do quarto dela ainda nesse jogo e já no próximo Luigi tentou arrumar conselhos amorosos pelo celular de uma das acompanhantes, mas não deu muito certo. Eu posso estar confundindo, mas acho que esse foi o quarto também em que uma das pacientes teve que escolher qual o nariz mais bonito dos três (o meu ganhou por sinal haha) e depois Chayenne apareceu com o nariz preto. Claro que colocamos a culpa em Sabrina (a bruxinha da tv), mas ela disse que não teve nada a ver com isso.

O último quarto que visitamos foi o de Seu Samuel, e a filha dele era super pró-ativa no jogo. Tirava onda com tudo, e chegamos a conclusão que Seu Samuel era Aquele 1% que não ia precisar de hemodiálise. Era também o quarto de Edson (acho que é Edson) que também estava  na última vez que eu fui, mas ele foi no banheiro logo que chegamos no quarto e não saiu mais o.O

Enfim DB, em resumo, muitas aventuras (inclusive amorosas) com os lindos Luigi e Chayenne, uma das atuações mais divertidas e marcantes de todos os tempos e que venham outras como essa!!!

ps. Quando descobrir quem vai ser meu novo MCM eu posto aqui, blz??

Colar de beijos, Angelina LeiteNinho


domingo, 17 de abril de 2016

Every little thing is gonna be alright

Quinta feira. Me encontro com Bah por volta das 15h40. Vamos ao 11º andar, oncologia. Nunca tinha ido lá, tava bem nervoso. Felizmente,  Bah me descabaçou maravilhosamente, com todo respeito, obviamente (eu sei o que você pensou, Caio!). O quarto dessa vez tinha ar condicionado, nunca dei tanto valor a uma tempertura agradável na hora de por a pele quanto depois da última atuação, em nefro.
    Chegamos no setor e, de cara, já fiquei meio assim. Pela primeira vez quando perguntei "teve alguma morte no setor, algum quarto mais pesado...? a enfermeira disse "não, mas os dois pacientes do quarto 16 estão em cuidado paliativo. Na morfina e só esperando a hora". É estranho não escutar ela dizendo que não, que podemos ir em qualquer quarto à vontade.
    Quando estávamos nos arrumando no quarto, uma outra enfemeira entrou, mexeu nas coisas dela  e saiu. Assim que subimos o nariz e fomos abrir a porta...... ela estava trancada. Olhei pra Chayenne, ela olhou pra mim, e eu ri kkkkkkk. Batemos durante um minuto até alguém vir abrir pra a gente. Imediatamente fomos falar com a moça que tinha nos trancado no quarto. Até tive que segurar Bah pra ela não atacá-la!
     Logo no primeiro quarto que entramos já fomos muito bem recebidos. As duas moças estavam bem abertas ao jogo, e fluiu bastante. Aaah, uma coisa antes. Eu já falei que tenho tendência a ficar na zona de conforto. Minha tendência é a de repetir um jogo que dá certo.  Como o ambiente dos quartos é muito parecido, por mais que as pessoas sejam diferentes, muitas vezes um jogo acaba funcionando várias vezes. Conversei com Maroca sobre isso por esses dias e ela disse que não gostava da ideia, que cair nesse conformismo não era legal. Por isso, nessa atuação entrei pensando justamente nessa não repetição de jogos. Ouso dizer que deu certo. Não repeti ou o fiz muito pouco.
    Passamos então um tempo jogando com as enfermeiras e o médico residente (Dr. John - realmente é o nome dele). Queríamos também nos tornar residentes de 11º pra podermos aproveitar a geladeira "cheia" de delícias do andar. Quando ele nos ignorou, chamamo-os de baleia (algo do qual ele mesmo havia se denominado antes). Chayenne encrencou com Raíssa (a enfermeira que tinha nos trancado no quarto) de novo e tive de segurá-la mais uma vez. Não sei se foi exatamente nesse momento, mas em algum momento encostamos num enfermeiro um pouco mais velho e cantamos um reggae bem roots pra dançar com ele. A cara dele pra a gente era ótima.
Rise up this mornin',
Smiled with the risin' sun,
Three little birds
Pitch by my doorstep
Singin' sweet songs
Of melodies pure and true,
Singin', "This is my message to you-ou-ou:"    Fomos então ao quarto de seu Osvaldo e seu acompanhante Lucas. Esse último comprou TODOS os jogos que propomos. Poucas vezes vi alguém tão aberto à nossa intervenção quanto ele. Até escoltamos ele ao elevador, já que havia dois criminosos no andar - dois meninos que apareceram procurando água (e nós botamos ele pra correr - emoji de murrinho e de braço forte). Ao levá-lo no elevador, encontramos duas moças da limpeza. Uma delas se chamava Wanda. Olhei pra Chayenne. Chayenne olhou pra mim. Lemos nos olhos um do outro e começamos a cantar "Eles são seu paaaadrinhos, padrinhos mágicos. Tudo bem se o garoto tem PADRINHOS MÁ-GI-COS. Tô sabendo!". Isso, claro, com muita dança.
    Vimos que tava rolando um bingo no corredor Sul, e corremos pra entrar na brincadeira. Quem tava organizando era O Caminho, outro dos projetos de humanização do HC. Nos sentimos meio hostilizados lá. Eles não jogaram com a gente, cortavam mesmo, como quem diz que seu lugar não é aqui, hoje somos nós. Posso afirmar que deixaram de fazer uma interação que tinha tudo pra ser maaaaaassa!! Imagiina, pô. Dois palhaços, um bingo, um mói de paciente animado e umas 20 pessoas da oganização do Caminho. Teria sido épico... Chayenne até tentou descolar uma calcinha bem sexy, daquelas que ficam na altura do imbigo e de cor nude, mas não rolou.
    Voltamos pra onco e entramos num quarto onde as moças tinham nomes de cantoras. Decidimos cantar, já que ninguém mais o fez. Uma delas pediu sertanejos... o problema é que nem eu nem Bah somos exatamente fãs do rítmo. Depois de muito esforço conseguimos cantar "Borboletas" beeeeeeem meia boca assim. Sabe quando você canta a melodia mas fica murmurando coisas quaisquer e só falando uma ou outra palavras da música que você lembra? É, foi bem assim kkkkk
    Entramos num último quarto onde Dora nos disse que estava prestes a se tornar famosa! Ela tem um câncer raro nos rins e, segundo ela, sua cirurgia é bem difícil e igualmente rara e por isso ela ficaria famosa. Taí uma fama que não faço questão nenhuma de ter. Por ser o cirurgião, até rola, mas pra ser o cirurgiado... Mas já que ela precisa mesmo, vou esperar ansiosamente a manchete de primeira página mostrando que ela conseguiu!! Boa sorte, dona Dora!
    Já tava ficando tarde e fomos embora. Não foi uma atuação fácil, o ambiente é bem pesado. Os pacientes não são tão receptivos e reativos aos jogos quanto em outros setores. Ainda assim, o jogo fluiu. Vejo a onco como o oposto da pediatria. Essa última é cheia de vida, correria, barulho... a primeira, um lugar mais tenso, silencioso, onde muitos já estão no final da vida. Talvez por isso a Onco precise ainda mais da PERTO, justamente pra tentar tornar o lugar um pouco mais leve. E por isso também a PERTO precisa da Onco, pra que a gente veja a fragilidade do ser humano, e que são justamente os mais frágeis que precisam de mais empatia.
     Vendo tanto sofrimento, a vontade que dar é de chegar ao lado do leito de todo mundo ali e poder cantar sabendo que é de verdade:
 Don't you worry about a thing cause every little thing is gonna be alright!
É pra isso que praticamos a Medicina, pra que tudo fique bem no final. Espero poder fazer com que isso aconteça muitas e muitas vezes

Dia de aprendizados

Começar com a tia da limpeza que foi uma fofa e nos ajudou arrumar um quarto pra gente se trocar pq o outro tava ocupado, música pra animar a preparação pro setor e conversas pra melhorarmos uma a outra, seguimos. Logo de cara, susto de outra tia da limpeza e ela pergunta se a gente consegue fazer o senhor da frente sorrir. Vamos tentar né? Seu 'Eu', ou melhor Lord 'Eu', disse que era a moral dele ficar sério, que era de berço, mas apesar da cara ainda entrou no jogo, mas depois "só tô gastando saliva com vocês", então tá! Vamos aprender a brincar com Patrícia e seu José! lindos! quando vimos já estávamos treinando pose de sereia pra conquistar um Paulo, aprendendo todas as dicas do interior com Val e combinando de ir pro são joão e pra vaquejada de Limoeiro. Saímos a procura de Paulo, mas no caminho noto um olhar. Será? me olhou, te olhei, paquerou, paquerei... Mas me confundi, era Douglas e não Paulo que estava por trás desse olhar! foi massa! E, no meio do corredor, a pessoa mais chique de todas! Coberta de brilho e toda arrumada, nos ensinou a ser chique e mostrou, seus igualmente chiques, filhos! Seguímos em frente e "que narizinhos mais lindos", paramos e aprendemos que família é tudo (até porque ele, aos 79 anos (mas parecendo bem mais novo, quero saber o segredo!), tinha 30 netos e alguns bisnetos) e que temos que seguir sempre em frente que atrás tem gente. Chegamos em um quarto que a fofoca tava grande, descobrimos que o povo ria sem motivo, era um KKKKK jesus, KKKKKK eita.... e a gente sem entender o porque disso! Lídia e Lívia (ou será que Lívia e Lídia) ensinaram que são joão bom mesmo era em Arco-verde, cheio de gatinhos e marcamos com elas pra irmos lá. Marcamos também com a mãe de lívia que no natal a gente ia pra afogados da ingazeira pra ela poder dançar até o chão por um chocolate! Descobrimos Jodja Karol tinha um segredo! Queria que a amiga trouxesse do shopping uma coisa... um Mc Flurry! Mas ia derreter!!! então vamos todas pro shopping, o enfermeiro também vai, então precisa de uma van porque ele vai levar os filhos! E pra finalizar, seu José disse que a gente parecia com as netas dele (as filhas de Patrícia), nos confundiu com elas na verdade, e pediu pra gente disser a vovó que vimos ele. Foi um momento tão lindo!
Beijos,
Carlotina Samambaia

Namastê, dona Sebastiana de Lima!

11º andar Norte, Setor de Oncologia. Não tinha me sentido muito à vontade quando descobri que ia atuar nesse setor na primeira vez, iniciar jogos com pessoas que, muitas vezes, estavam sentindo muita dor, ou pessoas que estavam na fase terminal da doença. Eu sei que todos os setores podem ter situações como essas, mas a palavra "câncer" ainda assusta (e muito) as pessoas. Sem falar no fato de que um quadro desses tira a esperança de muitas pessoas. Enfim, era a terceira vez que eu iria atuar lá e ainda não havia me 'acostumado' a essa situação.

Logo depois que levantamos o nariz, tentamos abrir a porta. Sim, tentamos, pois ela estava trancada. Logo ao sairmos, fomos falar imediatamente com a danadinha, Ana Rayssa, uma das enfermeiras, que foi quem nos trancou. Diz ela que foi sem querer, eu duvido!

O nosso primeiro encontro foi com dona Fabiana e com dona Guiomar que dividia o quarto com ela. Elas ficaram muito felizes em nos ver. Dessa vez eu não fui tão má com Luigi, acho que estou me acostumando ao jeito afoito dele hehehhe.

Em nosso percurso para o próximo quarto, encontramos um quadro com os nomes dos pacientes e o quarto correspondente a eles. Dois deles nos chamaram atenção, havia escrito "Morfina BIC". As enfermeiras (Ana e Ana Rayssa, sim, duas Ana's) nos explicaram que estes eram pacientes terminais (uma senhorinha e um senhorzinho) e que estavam recebendo morfina constantemente para diminuir a dor. De acordo com Ana Rayssa: "É só uma questão de tempo, sabe? A morfina é só para que eles não sintam dor até a hora chegar...". Achei muito estranho olhar para pessoas que em pouco tempo não estariam mais ali. Nunca tinha passado por isso antes.

Encontramos Chimbinha (ainda não sei qual é o nome dele), enfermeiro do setor, eu já o encontrei em uma outra atuação, lembra, Emílio? Ele até me chamava de Thábata hahhahaha. Nesse momento encontramos outro enfermeiro e por algum motivo que eu não me recordo no momento, começamos a cantar 'Three Little Birds' de Bob Marley, sabe qual é, né? Claro que sabe, todo mundo conhece essa música: "Cause every little thing gonna be all right...". Lembrou, não foi?

No quarto seguinte, encontramos seu Osvaldo e seu Lucas (acompanhante), e um senhor que eu não consegui entender o nome e sua esposa, Lindomar. Seu Lucas era uma alegria só, entrava em todos os jogos que fazíamos, foi um dos que mais riu nesse dia. Seu Osvaldo, homem de poucas palavras, se comunicava mais com o olhar e com expressões hehehehe, uma figura! Já o senhor que estava no quarto com ele, não falava nada, mas víamos pelo olhar dele a vontade de participar. 

Depois de muitas risadas neste quarto, seu Lucas disse que precisava sair e a gente disse que ia escoltá-lo até o elevador, pois havia uma senhora muito suspeita que estava planejando sequestrá-lo. Ao chegarmos na "conexão" entre o setor Norte e Sul,encontramos Wanda e Csomo (não, mentira, não lembro o nome da funcionária que estava com ela) e imediatamente começamos a cantar a música de Padrinhos Mágicos (com direito a coreografia, claro). Depois da nossa performance, percebemos que a ala Sul, estava muito movimentada. O que estava acontecendo ali? Logo descobrimos que era um bingo! Corremos para ela e gritamos: "BINGOOOO!", não podíamos perder essa oportunidade! Ao chegar lá, descobrimos que O Caminho era o responsável pelo bingo. Toda vez que tentávamos iniciar um jogo, eles nos davam um fora ou nos ignoravam. "Eiii, a gente quer jogar também! Cadê a nossa cartela?", e uma das organizadoras respondeu: "É só para os pacientes". "Você está jogando e não é uma paciente!!!!!" e ela me ignorou... Percebemos que nós não éramos bem-vindos ali. Eu sei que tem dias que o setor 'pertence' a outros projetos de extensão e tal e que devemos respeitar isso, mas precisavam nos tratar desse jeito? Eu me pergunto, se um projeto de extensão com a proposta de humanizar destrata outro projeto com uma proposta semelhante, ele é humanizador de verdade? De que adianta tratar bem os pacientes e funcionários de um hospital e não fazer o mesmo com integrantes de outro projeto? Obviamente que depois desse momento "peeeeem" que poderia ter sido um "uaaaaau", nós voltamos ao nosso setor. Na saída da ala Sul, encontramos um dos ganhadores do bingo, ele segurava um pacote, parecia ser algo macio, como uma roupa, lençol, ou algo assim. Eu disse logo que era uma calcinha! Óbvio! Todos precisam de uma! Mas infelizmente era uma toalha, quem precisa de toalha, gente?

Ao chegarmos no nosso amado setor, encontramos dona Maria Rita e dona Adriana (Calcanhoto). Dona Maria Rita disse que não cantava, mas que sua acompanhante arrasava. Pedimos para ela cantar e não obtivemos sucesso. Dona Adriana (Calcanhoto), que era acompanhante da outra paciente, também disse que não sabia cantar!!! Como assim, gente??? Duas ilustríssimas cantoras no mesmo quarto e ninguém ia cantar?!?! Não podíamos deixar isso acontecer e logo em seguida começamos uma cantoria com direito a coreografia, óóóóbvio!!!! Cantamos "Devolva-me" de Adriana Calcanhoto (1/3 da letra e muito mal, porque ninguém lembrava da letra direito), "Borboletas" de Victor e Leo (essa foi pior ainda, porque Chayenne e Luigi sabem nada de sertanejo) e "Cinco Patinhos" de Xuxa (essa teve a melhor letra e melhor coreografia). Tentamos cantar outras, mas só vinha Legião Urbana na cabeça e músicas como: "Que país é esse?" (devido à atual situação política que vivemos, melhor não), "Faroeste Caboclo" (se cantássemos só sairíamos do HC no dia seguinte) e "Mais Uma Vez" (cantar essa música logo no setor de Onco não era a melhor opção mesmo). Depois dessas sugestões, achamos melhor parar por aí.

No último quarto que a gente foi, encontramos dona Maria Auxiliadora, mais conhecida como Dora. Uma figura! Estava prestes a realizar uma cirurgia muito complicada  devido a um problema raro que ela tem. Ela disse que ia ficar famosa se desse tudo certo, espero que ela se torne mesmo uma celebridade! Ela comentou que sentia muita saudade de casa, dos cachorros Bob (o branquinho que ela tanto ama) e Fox.

Depois de uma longa conversa com dona Dora, achamos melhor ir embora. Já estava tarde, infelizmente. Que atuação gostosa, fluiu muito bem, apesar de alguns momentos bem chatos. Acho que depois dessa quinta, não ficaria tão tensa para atuar nesse setor maravilhoso.

PS: No dia seguinte, na sexta-feira, devido a um trabalho da faculdade, uns colegas visitaram o setor de Oncologia para realizar uma entrevista com a psicóloga de lá. Porém não puderam falar com ela, pois o clima estava muito tenso naquele lugar. Uma pessoa havia falecido. Logo que descobri, fui correndo para lá. Olho pro quadro e vejo o nome de dona Sebastiana de Lima com um coração em volta. Olho para o seu quarto e vejo uma cama vazia. Não tivemos a oportunidade de conhecê-la, não não tivemos a oportunidade de falar com ela, não tivemos a oportunidade de encontrá-la, mas gostaria de dedicar esse Diário de Bordo a ela, à família dela, a todas as histórias maravilhosas que ela viveu e aos inúmeros encontros que ela vivenciou. Namastê, dona Sebastiana de Lima!

VARETADAS de amor entre ZEFINHA de Fatinha da Silvinha e SILOMENA Raios de Sol

Falaaaaaaaaaaaa, meu querido DB!!!
É com muuuuita alegria (juro), num pós-plantão de 12h, que eu venho a tua procura. É engraçada a forma como a nossa PREGUICITE AGUDA trabalha... Até o momento de começar a gente fica naquela mazela, mas basta uma só frase, uma simples frase, e lá vem o tobogã de palavras. Qual o aprendizado de ressensibilização que mais me marcou na última atuação? Empatia! Espero que, até o fim do falatório dessa Vareta que vos fala, tu, ó meu querido DB, irás entender com afinco tudo aquilo que me propus a relatar (momento Machado de Assis).
Seja por um "simples" motivo de "Conexão Clownesca", como já dito por minha "Brother/Mano" Bruuuuu KKK, ou por qualquer outro motivo, tive a sorte de, enquanto me entupia com as especiarias do glorioso R.U, encontrar com o sorriso mais lindo de Bruuu. Isso!!! Nos encontramos!!! No meio de tantas conversas, Bru revela que Cassis não poderia atuar conosco porque sua pressão baixou =/
Cassis, sério, somos um TRIO!!! Ou melhor, somos O TRIO KKK, precisamos de você, sua lindona, pode ter certeza disso! Essa conexão clownesca realmente existe! Realmente senti muito pelo que aconteceu. Outro mini-tombo: Cassis é quem nos arrumou um bennnnndito lápis preto e um branco pra completar nossa maquiagem, ou seja, transcrevendo o que falei pra Bruuu e ela respondeu com uma risada de porquinho (bem estrondosa): "Bru, nem se tu sentasse na minha cara e desse uma cagada caprichada, minha maquiagem ficaria tão doidona como agora" KKKKKK.
Partindo propriamente pra ação, descobrimos que mais uma vez iríamos pra Nefro. Logo de cara lembrei de Bruuu e de que já na última atuação ela estava um pouco nervosa com o ambiente. Da outra vez, fomos Cassis e eu pra acalmar a fera, mas agora só tinha esses pedacinhos de ossos do meu corpo pra tal. Mas, com toda certeza, as nossas conversas pré e pós atuação, nos servem como o melhor "colírio" que alguem possa querer. Serve como um "escudo", ou melhor, o nosso maior "durma medo meu". Escutei bem cada palavrinha que Bruuu tinha a dizer e tentei me colocar no lugar dela. Ao fazer isso, tive uma GRANDE certeza do quanto somos parecidos. Do quanto a nossa história é, na ESSÊNCIA (e isso é que é o mais importante), intercruzada! Falei e fui ouvido...poxa, mas que sensação FODA!!! Espero que seja um sentimento em comum, minha grande Zefina, minha irmãzinha Bruuuu, mas são em locais de provação como aquele desafio que a gente resolveu vencer juntos, que o nosso lado humano mais aflora. Não sei se foi um obstáculo 100% vencido, mas espero ter contribuído com algo nessa "nossa" vitória.
Bem, partindo pra atuação, logo de cara, uma outra surpresa! Sabe aquele medo de Bruu sobre o quanto as pessoas eram indisponíveis em nefro? De início tivemos indícios de que esse dia prometia mudanças quando, ao nos identificarmos como sendo da palhaçoterapia, o semblante de uma jovem enfermeira simplesmente mudou! Sabe como você, pelas atitudes, percebe que a outra pessoa quer MUITO um algo? Então, mesmo com essa explicação atrapalhada, deu pra perceber o quanto ela queria a gente ali. Ao som de RHCP (Californication), nos trocamos (aos trancos e barrancos na hora do lápis, diga-se de passagem KKK) e saímos para o encontro.
Assim que Zefina e Virgulino saíram (ou entraram?) pelo portal de Nárnia, ENCONTRAMOS um grupo de pessoas e um já foi logo dizendo: "Olha aí quem chegou, essas 2 peças boas?" Agora me dizzzzzzzzz, DB, em que canto do mundo Zefina Cachorrona e Virgulino Vareta são 2 peças boas??? Lógico que isso abriu margem pra nossa primeira brincadeira!!!  Seguindo pelos corredores, reencontramos aquela senhora que, há 2 semanas, encantou nossa primeira atuação (e em nefro também, claro) com um musical digno de tirar o chapéu, porém, infelizmente, dessa vez ela não pôde nos presentear com uma belíssima música, mas ainda assim foi muito importante pra manter nossa energia lá em cima, uma vez que lembrou muito bem de nós dois e ainda perguntou pela "terceira palhacinha". Ahhhhhh, em um bommmm adendo, Zefina ate o nome esqueceu   e em frações de segundos se apresentou como  SUREDETE REPETE!! KKKKKKKK Ahhhhhh, impossível esquecer o fato de que até houve um "batismo" pra Zefina! Dona Miss (porque era mãe de uma top model), D. Fátima Bernardes (apresentadora de TV, claro!!!) e sua/nossa Vó (que lembrou da gente instantaneamente da última atuação) foram as responsáveis pela cerimônia. A alcunha? SILOMENA RAIOS DE SOL! Sério, pensei, bemmmm la dentro do meu ser, que essa mulher poderia muuuito bem dar uma força ao batismo das nossas atuações. KKKKK
Foi muuuuuuuito bommm ainda porque cantamos os parabéns para a maior figura de todo o andar, de toda o HC , dona Zefinha de Fatinha da Silvinha!!! kkkkkkkkkk e ainda pra encontrar uma ex-aluna do cursinho que, obviamente, bruuuuuuuuuuuu cativou a menina de um jeito tao doce. Todos nós juntos cantamos os parabééénssss de D. Zefinha umas 462736723 vezes e... JUNTOS COM OS FUNCIONÁRIOS que, até então, a gente considerava ser os mais chatonildos do Brasil. Virgulino com todo o seu charme piscou o olho pra todas as enfermeiras e Zefina ficava só com a cara  emburrada e dizendo que ia ter vingança. A vingança chegou justamente no último leito, quando reencontramos uma senhora do Condado que desde a nossa primeira atuação foi MUUUUUUUITO simpática. Mais uma vez ela recebeu Virgulino e Zefina com muita alegria e até geriu a brincadeira com todos os outros no leito. Um deles é o pai dela, super fã de Conde do brega, e o outro um senhor de Caruaru que AMA forró. E ainda veio com liberdade, homiiii, dizendo que ia sequestrar Zefina e ia dar uma lição pra que Virgulino aprendesse a não sair SEDUZENDO pelos corredores. Virgulino ficou logo doido de pedaaaa e disse que nunca ia permitir uma coisa dessas!!! KKKKK
Virguuu tomou logo Zefina pela mão e saíram em disparada pra buscar a chave de Nárnia.
Obrigado Bruuuu/Zefina/Silomena/Minha Brother!!!