Tantas vezes questionei-me sobre em que consiste a vida... Isso pode até parecer devaneios sem pé ou cabeça. Mas pare e pense um pouco comigo: O que você leva da vida senão o que viveu nela?! O que importa na vida senão o que você construiu nela?! Esse último questionamento, pode nos conduzir a vários vieses que circunscrevem os bens materiais ou os próprios bens humanísticos (aqueles que dizem repeito ao eu humano ou ao eu coletivo - humanidade). O que você mais gosta dessa vida, Coralinda? Pergunta Susi TchuTchu. Ah, eu amooo viajar! E o senhor, seu Anthelmo, do que o senhor mais gosta. Pergunta Coralinda ao lindo senhor de olhos estreitos sentado de pernas cruzadas e com uma simpatia inigualável. Do que eu mais gosto? Pergunta ele para ter certeza da pergunta. Ah, minha linda, eu gosto é da vida. Da vida? Pergunta Coralinda emocionada e com os olhos emudecidos e evidenciando o deslumbramento provocado pela surpresa de ouvir a mais linda resposta que poderia receber. Sim, a vida! Uma vez eu tive um sonho muito ruim; muito, mas muito ruim mesmo. E um criatura nada amigável perguntava se eu largaria tudo para trás para viver uma nova vida. E eu respondi, eu largo tudo, eu deixo tudo, menos os meus filhos! Os filhos são o nosso maior tesouro. A família é o nosso bem mais precioso. Eu largo tudo, mas não minha família. Coralinda, já admirando aquele nobre senhor, disse: Seu Anthelmo, seu sonho foi uma verdadeira prova de amor. Seu Anthelmo, emocionado com o que ouviu, concordou dizendo: minha vida não faria sentido sem os meus. Seu Anthelmo encantou Coralinda, que saiu querendo voltar para encontrá-lo. Seguindo... Seguindoo... Uma moça ao longe é avistada usando um tablet. Logo, olhares disfarçados e tímidos são lançados ao ar. Ela vê. Ela ri. Ela chama para entrar! Coralinda e TchuTchu entram animadas com o convite. Valéria, você sabia que Coralinda amaa viajar? Ahh, eu também amo. Inclusive quando eu sair daqui eu vou para a Bahia, Maceió... Então, vamos! Diz Coralinda animada. Mas agora infelizmente, eu não posso. Hmmm... Podemos sim! Vamos lá. A gente dá as mãos, fecha aos olhos e viajamos! Quem você quer ver, Valéria? Meu filho... Valéria, de olhos fechados, começa a se emocionar. Então vamos vê-lo. Qual o nome dele? Pedro. De olho fechados começamos a nossa viagem. Um menino brincando, que menino lindo... Ele está feliz... Olha, ele está correndo para cá... Ele está vindo em nossa direção, Valéria. Awwwwt... Que abraço mais gostoso e forte... Vocês são tão lindos! Consigo sentir o calorzinho dele, o cheirinho dele... Pedrinho é muito lindo, Valéria! Aliás, que lugar bonito e colorido, hein TchuTchu... Tem umas ladeiras, casas de várias cores... Você está escutando?! Tundinitonton tundinitonton dinitonton... Claro!!! Estamos na Bahia! Que sol gostoso, que terra bonitaaa... Valéria, emocionada, nos agradece. Aaah, a vida... É tão bonitaa... O que há de mais bonito na vida, senão a própria vida?! O que importa na vida senão o amor que a gente leva daqueles que nos amam?! O que importa da vida senão o amor que a gente nutre pelos nossos e pela própria vida. Seu Anthelmo e Valéria, ensinaram a Coralinda que a vida e como ela é vivida é a melhor forma de se dizer: estou vivo e creio/vivo a felicidade.
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