sábado, 19 de novembro de 2016

Como se faz um bebê?!

E mais uma atuação... dessa vez fomos ao alojamento conjunto. Me atrasei um pouco para encontrar biazinha, mas consegui encontrá-la no damuc. Subimos para o nono andar e logo que chegamos no setor já veio o primeiro desafio. O quartinho que usaríamos para subir a energia e colocar a pele estava ocupado. Tivemos que ir para o banheiro, nos trocamos lá mesmo. Eu deixei minha lente de contato na outra bolsa e atuei sem enxergar muita coisa mesmo. Ficamos apreensivas para subir a energia pois já estavam batendo na porta. Não dava pra esperar mais, subimos. 
Ao sair do banheiro tínhamos que dar um jeito de guardar as bolsas, e já foi nosso primeiro jogo. As bolsas eram nossos bebês que precisavam de uma luz azul, igual a dos bebês que estavam lá. A enfermeira entrou no jogo. Mas realmente não tinha onde guardar e demos um jeito de colocar debaixo do banco no postinho da enfermagem.
Em meio a isso já começamos a jogar com duas crianças que estavam visitando uma gestante. Elas estavam indo embora pois tava acabando o horário de visita, mas elas não queriam ir, aí dissemos que poderíamos esconder elas na nossa barriga, assim como os bebês. Foi massa.
Depois fomos em todos os quartos. A nossa pergunta do dia era como se fazia um bebê. Onde podia comprar, ou com quem poderíamos conseguir. É disso, saíram respostas muito boas. Com algumas mães a gt perguntou se ela não podia dar o bebê dela pra gente pq a queríamos muito um. Chegamos a segurar alguns bebês. Teve um até que tava chorando e quando peguei, ele parou de chorar na hora. Foi incrível. Biazinha tb fez um jogo muito massa em um dos quartos que foi perguntar ao bebê que estava pra ter alta se ele tinha gostado dos pais, que qualquer coisa ele podia falar com a gente que nós iríamos providenciar outro pra ele. Os pais super entraram no jogo também. 
Uma paciente em específico foi meu núcleo do dia. Sou monitora de obstetrícia do hc e já tinha visto ela antes no COB, mas pra nossa tristeza ela tinha perdido o bebê. Encontrar com ela ali, naquela situação foi bem marcante. Não chegamos a conversar mesmo com ela, pois ela não estava tão aberta, mas ficamos junto, olhando pra ela e dizendo o quanto ela era forte. Ela ficou falando algumas coisas com a acompanhante e não conseguiu segurar as lágrimas. Senti um turbilhão de coisas ali. Nos despedimos dela, mas senti que parte de mim ficou lá. 
Ao fim, quando já estávamos pra ir embora tinhamos que pegar novamente as bolsas. Fomos lá e dissemos que estávamos indo levar os bebês pra mamar, todas as enfermeiras entraram no jogo e ficaram nos ajudando. O banheiro estava ocupado e mandaram a gt ir pro banco de leite kkk mas tava fechado. Acabamos indo no banheiro quando ficou vago.
 Baixamos o nariz. Ainda conversamos sobre a atuação e discutimos alguns pontos altos e algumas coisas que precisamos melhorar, biazinha me deu uns toques que pretendo por em pratica nas próximas atuações. A experiência de atuar sem a lente foi desafiadora, mas no final eu gostei. Ansiosa para a próxima vez...

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