sábado, 5 de novembro de 2016

Atuação na Enfermaria Encantada

Olá galeriiis,

Essa foi semana de reposição e Ursulina e eu resolvemos atuar na terça-feira, já que na quarta seria feriado e é o nosso dia de atuação. Fomos para a clínica médica do 7º andar. Estávamos bastante nervosas desde que chegamos ao setor. Havia muitas pessoas nos quartos, não sei se chegamos na hora da visita, só sei que fiquei mais nervosa ainda. A impressão que tinha era de que naquele dia as coisas não iriam fluir, mas tinha, ao menos, que pensar positivo para atrair coisas boas. Demoramos mais que das outras vezes para conseguirmos uma sala para nos arrumarmos, a equipe de enfermagem deu logo uma repreensão e pediu para não fazermos barulho durante a atuação. Isso já me deixou um pouco mais nervosa. Parecia que as coisas não estavam conspirando ao nosso favor e estávamos ficando tensas. Mas, lá fomos nós. Trocamos de roupa, na hora de fazer nossas makes, acabei fazendo uma baboseira com o pancake vermelho. Dei uma “leve” exagerada e ao tentar corrigir, notei que só estava piorando cada vez mais. “Não é possível! Vamos lá, calma. Vai rolar!”. Consegui! Então, hora de subir a energia... Mas, que energia? Pelamor! O tempo passava e nada de energia subir. Não estava rolando mesmo. Mas, tinha que rolar. Vamos lá, Ursulina, no playboca:

Spaghetti gostosinho

Spaghetti gostosinho
Spaghetti gostosinho
Spaghetti, spaghetti, spaghetti, spaghetti

Ú iummi iummi iummi
Ú iummi iummi iummi
Como tudo! Como tudo!
Como tudo! Como!
Ú iummi iummi iummi
Ú iummi iummi iummi
Como tudo! Como tudo!

Agora, “analisando essa cadeia hereditária, quero me livrar dessa situação precária...” Foi só sucesso! Mas, foi nessa vibe que a energia começou a subir. Foi sangueeeeeeee e suor! Cada vez mais tenho certeza que difícil é fazer o simples. Mas, conseguimos e lá fomos nós. Já no corredor, tivemos nosso primeiro encontro com o “lobo mau”, que depois descobrimos ser o lobo bom. Ele estava acompanhado de uma pessoa que provavelmente seria a chapeuzinho, ela nos recebeu com um sorriso tão largo, disse que tinha sentido nossa falta e se alegrou com nossa presença. Aquilo foi mais um sinal do quão importante é este projeto para as pessoas. E eu fiquei feliz com isso. Pensei no quanto valia a pena todo o esforço para estar ali e não ter desistido.
Foi um dia de muita magia, personagens animados e encantados, mas reais. A Ursulina tentou fazer uma mágica para uma senhora que disse que desejava ir para casa, mas não funcionou. Depois de algumas tentativas, ela aceitou que precisava treinar um pouco mais. Encontramos a Elza de Frozen, algumas outras princesas, uma da floresta que usava lençol de oncinha, encontramos a rainha e o rei, a pantera cor-de-rosa que tinha um celular que super combinava com sua roupa. Reencontramos um senhor do primeiro dia de atuação, que tinha recebido uma carta de amor de Deus e falava nordestinês. Fiquei muito alegre por poder revê-lo, aparentemente melhor que da vez anterior e muito mais envolvido no jogo. Ele nos revelou a identidade secreta do rapaz do leito da frente que era espião, dono de um estilo rock do poder. Hahaha...
E detalhe muito importante, depois de três semanas, a Ursulina finalmente encontrou um pretendente para se casar, o filho da Elza. Era uma oportunidade ímpar e ela não poderia deixar passar. Sinceramente, eu estava feliz demais por estar ali e não sentia vontade de ir embora. Mas, a Ursulina precisava se arrumar para o casamento e eu tinha que ajuda-la, claro. Não poderia deixar minha MCM num momento tão especial de sua vida.
Foi lindo cada encontro, pessoas abertas ao jogo, de sorrisos contagiantes. Sempre tem aqueles momentos em que eu travo, mas minha MCM tem se saído muito bem e dá conta de fazer o jogo fluir. Cada atuação é um desafio, mas é muito bom ter com quem contar na hora do medo pré-atuação e durante o jogo, quando me vejo perdida. Mesmo que ela não se dê conta disso, minha MCM tem me ajudado demaaaais. Obrigada, Ursulina!
Então, é isso, galeris! Semana que vem, tem mais! Até a próxima!
Beijos,
Quitéria Pinguinho

Um comentário:

Muri disse...

- olha, queria deixar registrado minha solidariedade a síndrome das bochechas vermelhas porque também sofro disso kkkkkkkkk
- é lindo quando a gente encontra um paciente que diz que está com saudade da gente, dá vontade de abraçar ele e não soltar
- finalmente Ursulina desencalhou!!!