sábado, 5 de novembro de 2016

Nota Mental: Encontro

Dia de Pediatria!
Frio na barriga, nervosismo, curiosidade... Ouvi tanto os velhinhos falarem dos tropeços e do quanto a Pediatria não é o que se espera que um mix de sentimentos já me dominava antes mesmo de chegar no setor. Pois bem. Ari e Pauli subiram, falaram com o pessoal da enfermagem e prontamente foram bem recebidas, ganharam um quartinho pra se trocar (obrigada Deus por aquele ar condicionado acalmador) e subiram a energia. Entram em cena Valdete e Iolanda. Com certeza elas se jogaram no vazio.
Logo no corredor, encontramos Rodrigo, tímido no início, mas de cara percebia-se uma certa curiosidade para com as nossas figuras. Ele nos ajudou muito nessa atuação... as cartas que mandavamos entravam com ele e no final, pelo abraço que recebemos, deu pra notar que alguma coisa deixamos para ele naquela tarde. <3
Mas, foi uma tarde de alguns tropeços e desesperos, como já contavam os velhinhos. Haviam muitos bebês no andar e, um deles (Miguel), que estava andando pelo corredor com a mãe, nos deixou bem tensas. Assim que nos viu, ele parou. Paramos também e ficamos só olhando, abaixadinhas, no nível dele. Ele olhou, olhou, olhou e... começou a chorar. Dei uma bela travada. Só conseguia pensar: socorro! kkkkk Olhei pra Pauli e ela também ficou bem nervosa... na dúvida, corre! Nos viramos e partimos, deixamos o menino lá para ser consolado. 1º choro da tarde.
Continuamos pelos quartos, mas toda vez que saíamos de algum para o corredor, se Miguel nos visse, mesmo que de longe, ele chorava. Quase chorei junto kkkk eu e Pauli entravamos correndo em outro quarto. 2º, 3º, 4º choro da tarde...
Entramos em outro quarto, e outra bebezinha chorou quando nos viu.5º (?) choro da tarde.
Apesar de tudo, seguramos a energia, e jogamos muuito com as mães/pais e com os funcionários do setor. Entraram no jogo, nos desfiles que Iolanda propôs, nas danças e etc.
E pra terminar, só uma nota mental que fiz naquela tarde: a arte do palhaço é encontrar. Isso porque, apesar dos choros e do "estranhamento", não desistimos de Miguel. Fomos aos pouquinhos, tentando segurar o desespero quando ele chorava. E ai, em algum momento, a mágica aconteceu: ele nos encarou, que nem antes, olhou, olhou... não chorou. Veio até a gente e nos deu uma pulseirinha de brinquedo. [Insira aqui tudo que sentiu nesse momento].

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