Olá DB!
Hoje vou relembrar o dia em que eu e Cela fomos pra enfermaria do 7º sul.
Foi uma atuação cheia das maravilhas!! Dois momentos, em especial, marcaram o
ciclo: o primeiro foi um jogo com um senhorzinho. Entramos no quarto eu e Cela
e ele estava de pé, no meio do quarto. Não conseguimos ler se ele estava aberto
ou não – ao menos eu tive muita dificuldade com isso. Ele observava, observava,
observava. Parecia aberto, mas não tanto. Semi-aberto. Semi-fechado. Fui,
então, testar o canal. Cumprimentei. Ele cumprimentou de volta. Cela
cumprimentou. Eu cumprimentei mais forte. Cela, maravilhosa que é, já entendeu
o recado. Estávamos, sim, numa competição de cumprimentar. Aí veio cumprimento
com a mão, com o pé, com a barba, reverenciando, com a língua, e assim vai. O
senhor comprava o jogo, mas sabe a sensação de que não cabe mais nada? Aquele
era o jogo que cabia naquele momento e bastava. Foi maravilhoso! Gostei muito
da nossa capacidade de leitura da situação, da conexão com minha MCM, de tudo.
O outro momento marcante desse
dia de atuação foi a proposta de Cela. Sabe quando você consegue ler e sacar
toda a proposta do seu MCM com um olhar? Cela olha pra mim, olha para o
carrinho de supermercado. Ela, a princípio, estava receosa, mas leu meu ‘sim’
com um olhar. E lá vai ela roubar o carrinho cheio de copos e esconder no meio
do corredor! Foi muuuuito divertido e foi o ápice da atuação para nós dois. Distribuimos
os copos de plástico, escondemos o carrinho – nos sentimos crianças. O melhor
de tudo é que as pacientes do corredor super compraram o jogo. Foi realmente
uma atuação maravilhosa que selou minhas conexões com Cela!
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