quinta-feira, 6 de julho de 2017

A valsa dos adeuses (e um até logo)

Olá, DB
Hoje foi minha última atuação do ciclo. Oficialmente, minha última atuação como novinho. Passa um filmezinho na cabeça, não vou negar. Minha primeira atuação com Myn. Se jogar no vazio. Tudo tão diferente, mas tão igual. Um Aldo tão diferente, mas tão igual. Hoje, desafio que tanto encontrei nessas últimas atuações: MCM novo. Beatan, maravilhosa <3. Revisitar um setor que há tanto tempo foi um dos meus maiores desafios: o ambulatório da onco. É impressionante ver a diferença daquela atuação para a de hoje. Que diferença! Encontramos pessoas incríveis hoje. Dona Marina, com seu barco de papel. A senhora não tem barco? Por que se chama Marina? Só sei fazer barco se for de papel. Não seja por isso. Dona Marina voltou a ser criança fazendo seu barquinho de papel. Foi uma lindeza. Outro encontro inexplicável, com a senhora do desmantelo. Vocês são um desmantelo! Olha esse palhaço com uma meia de um tipo e outra do outro! Esse nariz é muito grande! Ah, mas os outros pacientes também são um desmantelo, não? Sim! Olha o desmantelo dela! Parece uma cantora de brega. E o casal do lado, que só fazia rir. Acho que me ocupo demais com as leituras e perco a coragem. Beatan, ao contrário, era pura coragem. Fizemos uma boa dupla, ainda que se desentendendo vez ou outra. Depois, entrar na sala de espera. Muita gente! Expande essa entrada, eu pensei. Expande, expande, aproveita o momento. Beatan vai com tudo. Eu ainda estava saboreando ali! Vou atrás dela. A criança rouba todo nosso foco. Palhaços de picadeiro? Mas não estamos sempre em picadeiros? No fim das contas, foram só delícias nessa última atuação. Os vários tropeços me fizeram lembrar que não é a última e, sobretudo, que palhaço pronto é palhaço morto!

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