quinta-feira, 6 de julho de 2017

A igreja mais linda que eu já conheci


Eu, Kinhos e Melca não pudemos atuar essa semana e para eu não ficar sem atuação combinei de ir com Zá. Hoje foi feriado e tava batendo aquela preguiça, mas por outro lado eu tava muito animada para atuar com ela, uma mistura de curiosidade e vergonha de atuar com uma das minhas melhores amigas.

Enquanto nos trocávamos chegamos à conclusão de que passamos por um processo parecido com as atuações: antes de ir bate uma certa preguiça, a gente tem sempre tanta coisa para fazer que priorizar o projeto toda semana não é tão simples; ai enquanto estamos no quartinho dá um medo, a apreensão de quem não tem ideia do que vai acontecer depois que o nariz subir, como se fosse, mais uma vez, a primeira vez; durante a atuação é uma delícia <3; e quando tudo acaba, vem aquela exaustão realizadora de quem gosta do que faz.

Bom, o primeiro momento dessa atuação valeu pela tarde toda. Assim que a gente saiu da salinha um senhor tomou um belo de um susto. Ele era o acompanhante de uma paciente que estava internada e, no momento, ela tava com muita dor na barriga. A princípio nenhum dos dois parecia muito aberto para o jogo, mas de mansinho a gente entrou no quarto e convenceu a senhora de que tínhamos uma técnica muito mais poderosa do que remédios para curar a dor na barriga. Ela cedeu. Eu e Zá seguramos, cada uma, uma de suas mãos e pedimos que ela passasse a dor para a gente. Em seguida, falamos para ela fechar os olhos e pensar num lugar que ela gostaria de estar. Prontamente ela falou na igreja que frequenta. Pedimos que ela descrevesse o ambiente: as portas, as paredes, os móveis, as imagens, as pessoas, ela mesma e sua roupa. Fizemos, as três, uma viagem para aquele templo que trouxe paz inclusive para mim. E para fechar com chave de ouro, assim que terminamos nossa viagem, uma enfermeira chegou trazendo o remédio tão esperado.

Além desse momento massa, chegamos a conhecer uma suposta dona do hospital que até tentou conseguir um emprego para a gente trabalhar por ali, nos transformamos em insetos e dançamos Anita. Enfim, a tarde rendeu muitos momentos especiais para guardar na coleção e um alívio de ter ido até lá em pleno feriado.

Judith

Nenhum comentário: