quinta-feira, 11 de maio de 2017

Pode vir de mala e cuia amor

DB,

mequetrefe que sou, te escrevo com alguns dias de atraso. Pois é, as ultimas semanas não foram faceis e você, querido, acabou sendo esquecido :(

Sem mais enrolação, te conto sobre a última atuação na enfermaria do 7º sul. Chegamos no setor e nos dirigimos ao posto de enfermagem para conseguir algum lugar para nos trocar. Primeiro impacto: não fomos bem recebidas pela enfermagem. Não conseguimos um quarto com elas. Mas, a médica (que estava de saída), nos emprestou a salinha da gastro pra gente se trocar rapidinho. Deus abençoe! Mas, a salinha da gastro tinha um "porém": precisava ser fechada! E, nela, nossas bolsas não podiam ficar... saímos de bolsa e tudo. E, imediatamente, fomos puxadas para dentro de um quarto após o outro. Que comece o jogo "de mala e cuia", porque assim seguimos por toda a atuação. Descobrimos que nelas cabiam 1 pingo, 2 pingos e até 3 vidas inteiras! Mas o mais importante, nela levamos as "coisas dos nossos parentes", que estavam de passagem por aquelas terras. E onde eles estavam?

Seguimos buscando, mas ninguem parecia nos ajudar. Corações fechados, encontros que não vinham, cochilos que (claro!) eram mais importantes. Até que, enfim, encontramos a mesa de Todos. Ele sim, saberia nos ajudar, porque Todos sabe onde fica. Mas, para nossa tristeza, Todos não estava presente. Porém, contudo, todavia, um grande amigo seu estava! E acompanhado de sua esposa, nos encheram a jarra de energia. Que alegria, que brilho no olhar. A conversa simplesmente fluía e todos que passavam acabaram sendo cativados e se juntando a nós. Foi um momento especial. Mas, como tudo que é bom tem prazo de validade, eventualmente o nosso casal precisou nos deixar (era hora do banho, ué!). Na despedida, descobrimos que nosso amigo tinha um coração "assobiador" e que precisava de substituição. E que medo isso lhe causava! Mas, se o motor estava "quebrado", melhor substituir por um motor Volkswagen 2.0!

Hora de ir embora, procuramos por Vera, a rainha/dona/gerenciadora daquelas terras. Ela nos entregou sua chave mágica, onde talvez pudessemos encontrar nossos parentes perdidos... Seguimos em busca desse desconhecido e entramos na portinha magica. Mas, acho que ainda precisamos seguir buscando...

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