sexta-feira, 12 de maio de 2017

11 sul, o corredor infinito

Querido DB,

Essa semana foi dia de atuar no 11 sul, não lembro se já tinha atuado lá antes, mas que corredor enorme! Parecia infinito. Muitos pacientes estavam abertos ao jogo, se não todos eles, o que foi bom por lado, por ter deixado a atuação super movimentada, mas que por outro me fez senti em alguns momentos como naquele jogo que fizemos no aprofundamento, em que vinha estímulos de todos os lados e tínhamos que tentar dar atenção a todos eles, sem enlouquecer!

Nosso primeiro encontro foi com seu Severino e seu Reginaldo. O primeiro deles era muito sabido, estava empenhado nas suas palavras-cruzadas, mas deu um tempinho nelas pra conversar um pouco com a gente, ele disse que podia voltar pra elas depois, e que naquele momento não podia deixar de nos dar atenção (fofo <3). O segundo era mais calado, mas aos pouquinhos foi conversando com a gente também. Quando estávamos saindo desse quarto, conhecemos Rosângela, que estava passeando pelo corredor em busca de Amanda. Fomos tentar ajudá-la.

Saindo desse quarto, tivemos um momento de "socorro, a quem damos atenção?", porque tinha duas senhorinhas sentadas no corredor, um pessoal em um quarto todo decorado chamando a gente, e uma senhora toda vestida de rosa na porta de seu quarto tentando contato visual.

Começamos pela senhorinha de rosa. Logo descobrimos que ela, na verdade, era a Emília original, e logo começamos a reparar em todas as suas regalias por ser a boneca de pano em pessoa! Contei a ela que era sua super fã, e que tive, inclusive, uma boneca dela de pelúcia. Se não fosse Emília, ela tinha que ser alguma outra pessoa importante, porque estava toda maquiada, combinando, e com as unhas perfeitamente feitas, com uma estampa azul com bolinhas brancas. Ela nos apresentou seu "avô" e nos convidou para entrar no seu quarto. Enquanto conversávamos com ela, quem começou a chamar nossa atenção foi o paciente da cama ao lado, que perguntou porque Cora estava usando roupa de São João kkkkk maldade! Fomos conversar com ele  e seu Valdemir logo nos confessou que não havia gostado de Cora! Pouco depois, dona Emília disse que era o aniversário dele! Perguntamos se era verdade, e seu Valdemir disse que sim! Perguntamos se já tinham cantado parabéns pra ele, mas ele disse que não :(. Logo pensamos então em um jeito de consertar essa situação e em uma tentativa de fazer ele gostar de Cora. Fomos atras de um bolo! Calma que a gente já volta!

Recrutamos as melhores cozinheiras do andar a nos ajudar a encontrar os materiais pra fazer esse bolo. Todas elas foram muito solicitas, e tinham a mesma receita das boleiras do COB, mas a fôrmas de lá eram menores. Então, o jeito foi fazer cupcake de nuvem, com vela e tudo, e enchemos mais uma vez, os famosos balões cheios de dedo. Agora, com cupcake, vela e balão, voltamos com tudo para o quarto de Seu Valdemir, seguidas de perto por dona Emília, que fez questão de acompanhar todo o processo, e cantamos um parabéns pra você bem gostoso pra ele. Distribuímos fatias de bolo, demos aquele abraço de parabéns, e seu Valdemir pediu pra tirarmos a foto com ele, pra ficar o registro. 

Saindo desse quarto, tivemos um momento bem curtinho mas também bem especial com uma das senhoras que estava no corredor. Ela estava toda tristinha e pensativa, olhando pela janela, acho que estava esperando um quarto pra sua mãe, e fomos lá dar um abraço bem apertado nela. 

Depois disso, entramos no quarto todo decorado pra conhecer o pessoal que estava chamando a gente. Eles eram muito falantes, e estavam conversando quando entramos no quarto. Nos enxerimos na conversa e conhecemos Michele, que nos falou muito sobre seu filho e nos mostrou várias fotos dela arrasante, e Maribenete e Edilson, que também nos contaram várias histórias de sua família.

Depois desse quarto, tivemos um encontro todo especial com um senhorzinho, seu José Galdino, e sua esposa dona Adeilda. Eles nos contaram sobre sua longa e maravilhosa história de amor, e sobre como seu Galdino saiu de Orobó só pra encontrar e conquistar o coração que dona Adeilda aqui em recife, a qual é dona de um sorriso maravilhoso capaz de afastar qualquer sentimento ruim! 

E, por fim, nosso último encontro foi com Osana, mais conhecida como Jane. Logo de cara vimos que ela era uma pessoa muito chique, pois estava vestida super bem, e sua cama estava perfeitamente forrada. Ela nos contou sobre todas as suas atividades e sobre a quantidade enorme de pessoas que já tinha conhecido desde que havia chegado no HC. Ficamos impressionadas, fazer tudo isso e ainda conseguir se manter sempre arrumada, arrasou! 

Acho que visitamos todos os quartos que podíamos entrar! E já estava ficando cansada com tanta coisa que aconteceu em uma atuação só, pelo menos ela acabou bem na hora!




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