quarta-feira, 31 de maio de 2017

Tocando fogo no cob

Finalmente o COB. Essa foi minha primeira atuação no COB, queria ter ido lá desde o ciclo passado. Também foi minha primeira atuação com Lua. Muitas primeiras vezes. E foi massa. Superou minhas expectativas, que até estavam bem altas. 
Logo qnd chegamos, fomos no quadrado pra ver se tinha alguma aborto, FM.. para minha surpresa, encontro alguns rostos conhecidos, alguns amigos que estavam lá como doutorandos. Ainda escutei: que bom que tem palhaço hoje, a gt tá precisando rir. Sei lá, eu sei que foi falado com boa intenção, mas fiquei meio tensa kkkkk nem comecei a atuar e já tem essa responsabilidade toda. Enfim, subimos a energia.
Nossa explosão foi logo no primeiro quarto que entramos. Tudo fluiu bem demais. Até um maqueiro entrou na onda e conseguimos fazer vários já jogos. Os jogos deram tão certo que 2minutos depois de sairmos de lá, chegou um doutorando dizendo que que a mulher rompeu a bolsa de tanto rir. Esse doutorando era meio chato, ficava o tempo todo querendo usar a gt, mas a gt não deixou ele em paz tb. Nos outros quartos foi mt bom, apesar do COB estar lotado, acho que conseguimos interagir com quase todo mundo.
Fazendo uma análise pós atuação, acho que foi um setor mt massa, mt receptivo. Porém, acho que a gt ainda tem uma certa dificuldade em perceber qnd o paciente realmente quer a gt ali, ou que a gt não tá ali como médico/enfermeiro, a gt tá ali como palhaço. Mas, com certeza, foi uma das melhores atuações.

OBRIGADA TONI, MUITOOBRIGADAMEEEEEXMO!

Pediatriiiiia, que trio bom de se começar. porém, meu nome é receio em pediatria, ahahahah. Bora láaaa..  a danada da energia pra subir ta pau, kkkkkkk. Logo nas arrumações não sei pra que danado eu invento de pular e quando desço bato meu orifício traseiro bem naquele pau que fica pra cima na quina da cama. Cara que coisa inconveniente,  sem or. VAAAAAMOS LOGO URSULINA, ahahaha. Saímos, encontramos uma criança, de cara meio retraída, tentamos e logo ele abriu, rolou joguinhos engraçados, mas na mesma velocidade que O MÁSCARA colocava a máscara dele e se transformava esse pirraia se transformou! Minha nossa senhora, o que djabo aconteceu aqui.. foi luta viu?! o bixo correndo atras da gente no setor e eu vendo a hora de levar bronca, o weenysday encarnou na gente. (sabia que eu não ia escapar de um desse.) BIXOOOOO eu já tava enlouquecendo, mas era engraçado demais olhar pra cara de Felícia e ela desesperada, sem saber o que fazer com o pirraia, hahahahaha. Felícia talvez com uma carinha de bobinha ele encarnava mais nela, mas nem eu escapei. Correndo pra se esconder dele eu me lasquei naquele cacete daquele ferro de descartáveis de perfuro cortantes. Porra , pra que aquilo ali? Só pra me lascar, só pode! Que dor, dali em diante já não era mais a mesma.. tava latejando demais. OBS: FICOU UM RONCHA SEM TAMAAAANHO, UMA SEMANA LASCADA COM AQUILO. Tá, vamos continuar.. entra quarto, sai quarto, entra jogo, sai jogo e sempre tentando se esconder do pirraia (que pecado.) Maaas, queria que vocês tivessem visto a cara de Felícia quando ele quase arrancou o nariz dela, ahahahhah ela ficou desolada, inacreditável. Ainda quis vir pro meu lado, mas ai já não estava mais com tanta paciência, desculpem, e Laroca meio que quis vir a tona. Meu Deus, saímos! Ali também, foram encontros com familiares e crianças, tenho dó de pediatria, meu coração fica apertadinho, mas estava lá. De novo no corredor, quando vimos o pirraia corremos com a chave do quarto para entrar logo, fiquei tão nervosa que quase não consigo abrir a porta e logo ates da gente entra e fechar a porta ele chegou, rápido virado no cão, com um força extra terrestre que nem Ursulina e felícia conseguiram fechar a porta e ele entrou feito furação, mandei sair, peguei pelo braço, tente malabarismo e não deu certo. Ele pegou um brinquedo que estava nas coisas da enfermeira e disse que ia roubar, tentei pegar dele e eu puxando. Ursulina sumiu, Laroca apareceu virada no cão, pior que ele e de repente como um anjo em minha vida, ahahahahahah me lembrei de um dos encontros, quando Toni relatou sua vivência na pediatria, não titubiei e teve plágio mesmo, use as mesmas palavras que lembrava dela falar. Olhei fumaçando pra ele e disse: me dê que eu vou agora dizer a sua mãe, saia daqui! (sei que foi terrivelmente grosso, sai de mim) hahahahaha mas surtiu 100 % de efeito imediato, ele soltou e saiu.. OBRIGAAAADA TONI.  Fechei a porta e olhei pra Felícia, hahahahahahahahahahahahahahaha queria que vocês vissem a cara dela, dura com o olhos esbugalados vendo aquilo, depois caiu no riso e desabafo. kkkkkk que atuação ar puros danada. Foi demais. a Máscara caiu pra desabafarmos, mas ainda faltava um quartinho com uma pessoinha especial, Esperamos um pouco pra sair aquela tenção e só fizemos subir a máscara, r´pido, mesmo sem subir a energia, apenas em busca de um encontro. Foi lindo, foi realmente um encontro, nada mais! Gratidão, até a próxima!

Já que é pra tombar, tombei.

Mais uma semana. Sai escala, depois de cob, alojamento conjunto! \o/ Era demais pro meu coração. Fui com o ego lá em cima, estonteante. Tava louca de alegria. Tinhamos que ir cedo pq  ainda tinhamos outros compromissos a tarde. Chegamos, energia não rolou bem pra subir, estranhei, Felícia mandou irmos assim mesmo, prontas, 13:30, saímos, setor inteiro sonolento devido ao famoso "cochilo depois do almoço", fora o cansaço. Tava difícil, muito difícil. Como assim? Levei um baque, cai do salto, caramba! Foi uma atuação marcada por: "Caramba, o que foi isso? Não acredito! Tu entendeu? Tais como?" É ainda assim tivemos alguns encontros, mas poucos encontros pra um dos que acho o melhor setor. Faz parte, a gente tenta de novo, volta depois. Arrasada, ali sempre jogam os bebês pra gente segurar e tirar foto, dessa vez não rolou, (lágrimas, rsrsrs) Aprendemos de novo, lembramos que cada atuação é uma atuação, independente do setor! Ah.. valeu por ter visto o quanto o amor é lindo, o quanto existem casais apaixonados, homens delicados.. Um homem chegava com flores e um ursinho, a coisa mais linda, um presente pro filho e um pra esposa. Me derreti toda, "enguli" as lágrimas que quiseram cair, ele estava todo bobo, procurando por eles. Levamos ele e da recepção até o quarto. CARAMBA, que encontro lindo! Valeu, ali, me reabasteci. Até a próxima.

DEUALOUCANAOSEINEMOQUEDIZERTOATRAPALHADACORAÇÃODISPARANDOMELHORCOISADAVIDAAPENAX!

Depois de um começo de ciclo bem conturbado, troca de um lado, ajusta do outro, (acho que dei muita dor de cabeça a cordenação, srsrs) mais uma vez uma nova MCM. Wats dispara com uma mensagem do senhor Muri.. Em meio a um texto de explicações: "Laroca achamos por melhor montar uma nova dupla, por causa dos horários etc." Ok Muri. Sua MCM é Pacheco!.. Sua MCM é Pacheco! .. Sua MCM é Pacheco! .. Sua MCM é Pacheco! .. Sua MCM é Pacheco! .. nem acreditei quando vi, aquela mensagem super se repetia na cabeça. UHUUUU que misto de coisas. Minha companheira de vida, faculdade, dividimos tantos sonhos, inclusive embarcamos nessa juntas (sei que o Senhor preparou isso pra gnt.) Era tanto companheirismo e de repente juntas mais nessa também! Fiquei aliviada, pois não estava conciliando horários de faculdade cm atuação e isso é pessimo, então me vejo com uma pessoa que está no mesmo barco que eu! A gnt vai de ajustando.. vamos com calma.
Escala da semana na nossa 1ª atuação. COB! Não, COOOOOOOOOOOOOOOB.
Senhor nosso sonho dentro de outros sonhos. Eu era frustrada por não ter atuado no cob no outro ciclo. Então me atrevi e fiquei pedindo mesmo, insistindo pra gente poder atuar lá. Na mosca, que coordenação maravilhosa!
Pacheeeeeeeco, a gnt ta no cob (conversas de wats.) Poxa, o dia da atuação é o dia das nossas fotos da formatura no estudio, caramba, desespero! E agr? A gnt vai assim mesmo, ainda que correndo o risco de sair nas suas fotos descabelada pro resto da vida, rsrsrsr. 
JURO que vou tentar descrever o q senti nessa atuação e nesse setor. Mas ja ja estou atrapalhando meus pensamentos e embaralhando as palavras.
Durmo na casa de Pacheco pq a gnt tinha a atuação de manhã pra poder depois ir pras fotos. Vou pra o HC um bagaço, ahahaha me escondendo pra não encontrar ninguém! Com uma alegria sem tamanho, vontade de vomitar e dor de barrigar de nervoso, com medo de fazer cagada no melhor setor da vida! Pacheco me aliviava, mandando eu ir leve que ia dar certo e deu logo de cara! Consegui subir maravilhosamente a energia, consegui tiara aquela mazela que vinha insistindo ficar comigo. Ao som de "sheturiapericaeheiheiheiehi.." #entendedoresentenderão
Ah, não estávamos com as maquiagens, kkkk crises de risos, se não fosse meus batons iamos de cara lisa, bom começo,, vestimos roupinha do cob e fomos. 
Antes de sair do vestiário um sustinho pra subir ainda mais a energia, maravilha! Entra quarto sai quarto, olha, brinca, sorri, abraça, vê recém mamães, vê futuras mamães, uma equipe com profissionais maravilhosos.. eu estava no céu! Então me aparece a pessoa mais Charmosa do setor, quem sabe ate do mundo. Uau, me tremi, me desestabilizei e ainda pensei: "Se fizer merda to fudida, ele ta me analisando." hahahahahah A LOKA!
foram tantas pessoas maravilhosas, encontro com minha MCM, com mães, com aquela enfermaria com aqueles doutorandos divinos! E o Encontro com Ester. Quem é Ester? Cadê ela? Como ela é? Não sei, o essencial é invisível aos olhos. Senti a presença dela e conversei bastante, a gnt se entendeu.   Nem sei se você já nasceu, mas já te desejo toda luz! Teve até aquele encontro que quase não sai riso, sai mais choro, abraço, divisão do peso, do cansaço e aceitamos também essa divisão com vocês. Tomem um pouco do que sinto e me deem um pouco do de vocês. No final depois de várias trocas a mulher acreditou que eu ia ver o bêbe que estava na encubadora, vôoote, me desesperei, o que faço? Chega Felícia e me salva. Enfim, não dá pra citar tudo, mas dá pra sentir tudo, isso é o que importa. Queria viver tudo de novo, ou melhor, quero voltar ali e sentir novas sensações! Amo tudo que a vida me proporciona. Até breve. Agora cooooooorro sendo puxada por Felícia que logo tira a máscara ainda com a energia la em cima pq não temos mais tempo, saímos feito loucas, com energia pra dar e vender ainda, nunca me aconteceu isso, é louco, mas é bom! 

Reeema

Segunda atuação e eu não sabia nem o que era energia.. a tempos não sentia a minha. Foi bastante difícil, difícil ir. ver minha MCM.. não empolgá-la.. não me encontrar nem com Laroca, quem dirá com Ursulina. Primeiro, Beatan foi 10 com suas palavras. Foi real, não consegui subir a energia, mas fomo assim mesmo. Depois Coralinda foi 10, segurando minha mão o tempo todo! Precisei remar muito na hemodiálise, mas  não era meu dia, Jesus, que difícil, se sentir incapaz. Mas os poucos encontros e os desencontros desse dia me renderam muito aprendizado. Aprendi que não não somos sempre foda, que não temos o poder de sempre estar bem, de que não podemos carregar o mundo nas costas, que eu era igual a eles e eles igual a mim. Senti que estar também no mesmo clima as vezes tristes como eles também eram encontros. Somos humanos, todos passamos por altos e baixos. Mas todo quarto foi agradecimento, amadurecimento! A coralinda, obrigada por todas as palavras ao final, pelo consolo, por tudo. Não sabiamos que ali seria a "despedida" da nossa jornada como MCM. Mas apesar de não ter sido a atuação da energia foda, valeu pelo que foi vivido, valeu pela tua doçura.  
Sinto que precisamos de uma nova atuação, Ursulina, Coralinda e Pequeno horizonte. (não sei como escreve o primeiro nome, hahahahah)

Nem uma "borocoxosisse" é palho pra força da fé e amor!

Nunca achei que seria tão desorganizada com meus dbs, mas fui, e não me resta mais nada a fazer a não ser tentar buscar em meu coração as lindas e poucas lembranças vividas! Um novo ciclo, uma nova MCM (todo meu oposto, tão doce, voz mansa... um amor). Estava super empolgada para o novo ciclo, porem a vida de Laroca estava um pouco atrapalhada, sem tempo, com muitos afazeres não estava conseguindo administrar minhas coisas e isso acabou influenciando na Ursulina e consequentemente em Coralinda. Gostaria de deixar aqui minha gratidão a minha MCM pelas duas atuações incríveis e meu ex lindovisor Rai, que esteve sempre de prontidão para nos ajudar.
O setor caiu como uma luva no que eu estava sentindo, na onco a gnt vê que os problemas que nos tira do eixo são tão pequenos frente ao mundão que temos a nossa frente. Coralinda sempre dando um jeito de dar um ponta pé na minha "borocoxosisse" hahahah e como ela mesmo diz, aquele setor é fabrica de fé. Ali levantamos a nossa energia pela primeira vez e fomos!  
GEEEEEENTE, já atuei outras vezes, achei que estava filé, kkkkkk, Ursulina quase se caga quando saiu do quarto e estava novamente nos corredores. (entendi que será sempre assim). Foram vários quartos e as memórias agora me falham pra descrever tantos nomes, sou péssima com eles, mas não tenho como esquecer de quem me oferece comida, não é verdade?! rsrsrs. Tinha gente sem apetite querendo enrolar e oferecer a sua comida a Ursulina e Coralinda, mas que perigo em?? Dona Maria era uma fofa, impressionante o quanto eles sempre vem com aquele leve sorriso no rosto que transmite paz. (um tapa na minha cara quando lembro das minhas reclamações e mal humor.) Saímos por aquele mundo e eis que me encontram , isso mesmo, me encontram, ali tudo se vê. A mulher se aproxima e diz que me viu com um boyzinho outro dia em outro andar.. hahahahaha como assim? tremi na base e de prontidão disse logo que não era eu, claro! Essa mulher nada mais era que uma detetive infiltrada contratada por alguém que eu ainda não descobri quem é. Não bastante a calúnia \o/ encontrei um Senhor que achei que seria minha salvação, mas ele era Pai da moça e além de tudo plantador da discordia. queria me colocar contra minha MCM, hahahahha só pq ela dorme no ponto quando o assunto é desencalhar e eu já estou craque nesse assunto, #sqn.  mas sai de lá com a promessa de que ajudaria minha MCM a ser mais esperta quanto a esse assunto. Obrigada seu Jõao, por todas as risadas e conselhos, vocês são 10. Agora vou dar umas dicas a Coralinda, até a proxima. Fiquem com Deus.

Encontro com Fátima Bernardes!

ONCO? Lá vamos nós!
Assim que chegamos no setor, uma enfermeira nos disse para não entrar no quarto X porque havia morrido uma mulher lá de manhã e a acompanhante deveria estar estranha e para baixo. Falou que provavelmente não aguentaríamos o clima.
Não sei que danado que aconteceu, juro que não lembro de absolutamente nada antes de estar parada na frente desse quarto e receber o maior sorriso do mundo! Ursulina me cutucando atrás, apontando o número do quarto querendo dizer que ali tinha acontecido uma tragédia.. mas eu só conseguia ver aquele sorriso! Insisti para entrar, ela ainda sim receosa foi junto! Tá na chuva, é para se molhar né?
Era ela a paciente que estava mais aberto para o jogo, foi lindo olhar naqueles olhinhos e mesmo em um abismo, encontrar esperança e vida! É nessa sala que acontece todos os dias o encontro com fátima bernardes, foi lá que descobri que tenho muito em comum com esses olhinhos, que o amor cura e que mesmo que o mundo caia ao nosso redor, a vida é linda!
O setor é incrível, todos os quartos rolaram jogos maravilhosos! Teve sessão de fotos, atestado médico para faltar o trabalho, aniversário, parabéns, bolo  e churrasco! Teve máscara em desfile de moda, louvor com as irmãs e muito muito esperança envolvida! Ahhhhhh, teve também concurso de beleza e furadinhas para saber se o sangue ta bom! Teve duas companheiras de quarto com seus 80 e lá vai anos muito felizes e cheias de energia! É um setor lindo, receptivo e que todas as vezes só me trás felicidade!

Prazer em conhecer, Weenysday!

COB, alojamento e agora PEDIATRIA? hahahaha que surra de setores lindos e maravilhosos!
Chegamos no setor, nos apresentamos e vamos subir energia!! Hoje foi lindo, laroca estava com medo de não conseguir subir energia (por motivos particulares) e eu tava TodaToda (lembrando na minha querida e primeiríssima MCM) e foi aí o que os ensinamentos de tio Gentis vem a tona! "Cair não é que nem broxar, que não consegue voltar mais! Se conscientize do seu corpo e jogue energia nele!" Isso me ajudou DEMAIS a manter a energia lá em cima e o corpo em trabalho todas as vezes que ela queria cair.
A atuação foi arretada, esse setor é aquele que suga até a última gota de sua energia!! Nele vivi o Weenysday de fato! Saimos a todo vapor da sala, quando o garotinho lindo e aparentemente inofensivo se aproximou! Jogou a carta de quem queria brincar de pega pega.. e lá vai a doce Felícia atender seu pedido apenas com um olhar! PRA QUE FELÍCIA?? esse menino virou o capeta, corria para todo lado e eu já tava vendo a hora da enfermeira me colocar de castigo! Eu não sabia fazer ele parar e Ursulina me salvou 320834293884 de vezes!! Gente do seu, esse menino pegava o pacote de bolhaca colocava dento da minha roupa e saia correndo dizendo que era um bomba! kkkkkkkkkk isso 10 milhões de vezes, até que Ursilina se arretou, pegou a danada dessa bomba e desativou hahaha.
A gente entrava nos quartos sem ele ver na esperança dele desaparecer, nos perder de visto, que nada, ele era um detetive profissional --'
Era ele aparecer no corredor e meu coração saltar da boca.
O danado meteu um tapa no meu nariz, Ursilina rápida e astuta só tocou no dele, num é que o menino fez o teatro da vida e saiu fingindo que tava chorando? Minha vontade era de gritar um "BEM FEITO" na cara dele! kkkkkkkkk mas ainda tava em choque porque pela primeira vez tocaram no meu nariz D:
Em uma dessas tentativas de se esconder, Ursulina se machucou feio... era tanta raiva reprimida que na hora que fomos pro quarto para abaixar o nariz,o miseravi ficou forçando a porta para abrir! Ele era tão forte que venceu nossa força, entrou no quarto na enfermagem, pegou um brinquedo que tinha lá e disse que ia roubar! Não deu outra Ursilina virou mais Laroca impossível, lembrou de uma das vivência de Tony na pediatria.. Abriu a porta, apontou o dedo bem na cara dele e gritou "VOU CHAMAR SUA MÃE" hahahaha MELHOR remédio!!
Foi ai que acabou nossa saga e saimos com ar de vencedoras kkkkkkkkk

Acorda medo meu!

Mais uma semana e de novo a gente conseguiu driblar o horário!! Vamos simbora, partejamos, agora vamos ver os babys lindos que chegaram ao mundo! #AlojamentoConjunto
Na real? A gente levou foi um tombo na nossa cara! Cadê de lembrar que "cada atuação é uma atuação" cadê lembrar da singularidade de cada pessoa, de cada setor?
Fui toda confiante porque minha última atuação lá tinha sido espetacular, e porque o COB da semana passada melhor ainda! Quem disse, Berenice?
Achei foi bom para aprender hahaha! A Felícia que chegou com a energia lá em cima e toda animada, se achando levou foi um tombo no próprio ego. A atuação foi A mais difícil da vida!! Eram 13:30 da tarde estavam TODAS as mamães dormindo com seus babys naquele sono pós almoço!
Rolou jogo? rolou alguns... algumas conversas, risadas, mas com muito muito muito esforço!
Depois de baixar o nariz, eu e laroca olhamos uma para outro e nos questionamos "o que foi isso?"
O que tirar de bom? Aprendi né, vamo lembrar que cada atuação é única! Mas mais do que nunca, eu queria que a próxima semana chegasse para tirar esse "borocoxô" de hoje!
Valeu laroca, por levar tombo atrás de tombo comigo e levantar e cair de novo com a cara limpa! haha

ps- e o por que de "acorda medo meu"? Descobri que ter ele antes de atuar é importante, para gente lembrar de chegar humilde no setor e que ele em doses terapêuticas nos ajuda a querer cresce e depender cada vez mais dos olhares que encontramos pelos corredores a fora!

(re)começo!

Meses sem atuar, novo início complicado... estágio curricular acontecendo e nada de conseguir me desdobrar para ter um horário para a palhaço, será que vou ter que desistir? Esse medo vinha me assolando cada vez mais. 1ª semana e nada, 2ª semana e mais uma vez não vai dar, 3ª e o desespero vinha tomando conta.
Até que o fds chegou e muri veio com a luz no fim do túnel, me arrumou uma MCM danada de boa que estava vivendo a mesma situação que eu e que seria mais fácil de não ter um dia fixo para atuar.
4ª semana e COB chegou!! uhull
Vamos lá.. agora outro medo me domina: será que Felícia ainda tá aqui? Será que vou conseguir? será que ainda lembro como se faz? Chega! Durma medo meu, e se tiver medo? Vai com medo mesmo!
Foi assim que Felícia e Ursulina se jogaram no vazio, um vazio gostoso, cheio de amor, gravidinhas e muito amor envolvido!
Se brincar foi uma das melhores atuações da vida! que MCM, que sintonia surreal!
Teve dieta, teve melancia, teve cama compartilhada, neném chegando, teve velhinhos aparecendo!! Foi incrível, é muito bom fazer parte desse projeto, é bom saber que Felícia vai sempre existir, bom saber que posso contar com a compreensão quando sua vida tá uma bagunça!
Obrigada por estar cada vez mais PERTO!

terça-feira, 30 de maio de 2017

Você disse "onco"?

ooi DB!!!
Vim te contar sobre a minha atuação com cela no ambulatório de onco. Nós não pudemos atuar no mesmo dia de Dinho e,por isso, fomos realocadas pra um novo setor: o ambulatório de onco. Onco. Essa palavra arrepia minha espinha e,depois do que a gente passou na enfermaria,acho que tem o mesmo efeito em cela. Muri disse que o ambulatório era mais tranquilo e fomos, ainda que um pouco apreensivas. Chegamos no ambulatório e subimos a energia pensando nas cabras que tinham nos atacado mais cedo. Estávamos prontas.
Vou confessar que achei desafiante o fato de atuar em um lugar em que não dá pra trocar de ambiente,como entre os quartos de enfermaria,como de costume.  Ainda assim, o ambulatório de onco me surpreendeu: Dona Socorro que,apesar de gostar da gente, queria que fôssemos embora ficar com as crianças e nos dava adeus de milhões de maneiras diferentes; Dona Francisca, a quem propus uma amizade sincera, pois,claramente, precisamos de um boy e ela só fez propaganda boa da gente ( disse que somos lindas,simpáticas, com o corpinho todo em cima e dançamos muito bem); Outra paciente, a dona do ambulatório de onco ( nem tava fazendo sessão no dia,mas tava acompanhando uma amiga), que era moderníssima, com direito a piercing nariz e dancinha até o chão; Um senhor que dava suas duvidinhas pra dormir fora de casa,vez em quando,mas tinha uma mulher ciumenta; Outros dois senhores,um que ajudou a gente a descobrir como conseguir comida e outro que era do National Geographic e ia fazer uma excursão com a gente depois... Só lindeza!!!

Saímos de lá revigoradas, leves e com os olhos brilhando mais do que nunca!! Já quero voltar💗💗

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Pandofo com os gogos de fora na noite

Lili, estou de volta depois de muito tempo né? Prometo ficar mais presente. Primeira atuação com tasha e caio. Tava sem vontade, não vou mentir. Não tava no clima, não sei... Mas foi só ir chegando no setor que minha energia foi crescendo e na contagem eu já tava em dez bem antes, tanto é que acabei só contando dez quando pandofo nos fez fazer exercícios. Saímos e de cara achamos vovô Gande (com e mesmo que nem o "cavalcante"). Ele já tava apadrinhando todos os assuntos palhacinhos do setor! Todos são netos de gande! Ele disse tbm que já tinhamos passado ali outro dia e ficamos até de noite enquanto as meninas se trocavam, pandofo ficou conversando com e quando foi a fez dele se troca ele saiu com os gogos de fora (quem viu foi a enfermeira Matilda). Nossa avô e nosso titio tbm entraram em nossos jogos de quem era mais fit! No corredor conhecemos Dra da saúde materno-infantil, Dra quel! Ele nos deu missões diplomáticas pra realizarmos, mas tinha que usar máscara de proteção! Colocamos e uma de nossas missões veio ao nosso encontro. Lindomarcos teve o prazer de conhecer Lindolfo, Lindatina e Antonieta (ela não conseguiu ser linda). Marcos (como prefere ser chamado. Só os íntimos chamam de lindo) tava esperando o "Dr" Hugo liberar ele, mas Hugo disse que não resolvia nada tinha que ser com Dr Felipe. Antonieta tava bem afiada com Hugo, nada passava por ela, nossa corte rápido tramontina! A enfermeira Laís nesse meio tempo teve sua árvore genealógica toda analisada pra ver se era japa mesmo ou não! Seguimos pra o quarto de dona Jacira, rimos das confusões dos 14 filhos e vários netos e bisnetos dela e saímos procurando o melhor e mais bonito jeito de usar nossas máscaras. No corredor decidimos junto com o casal procurador do 220 que era usando na testa mesmo. Nossas outras missões estavam dormindo mais ainda deu tempo pra falar com a neta da missão que descobrimos que era missão suicida! Acabou por precisou, ainda tava transbordando muito pra poder encher vários copos mas vou ficar na projeção para o próximo.

domingo, 28 de maio de 2017

Lindo o que?

Olá DB,

Sexta fomos eu, Caio e Toni pro setor. Estava bem cansadinha e cheia de coisa na cabeça, por isso acho que estava meio mortinha e não consegui dar o melhor de mim.

Encontramos com Gande e descobrimos que Pandolfo costuma andar com o 🐥 de fora.
Conhecemos Lindomarcos e por instante fomos Lindos também.
Descobrimos que Hugo não tem moral nenhuma e quem manda é Felipe, que é ocupado até demais.
Encontramos dona Zuleide e sua filha Conceição e fomos apresentados a maravilhosas histórias de família.

Estou meio sem inspiração. 🙈

Semana que vem tem mais. Prometo contar tudo em detalhes!

"Ontem a gente tava chorando, hoje a gente tá rindo"

Chegamos no sétimo andar em trio, Evinha nos deus a honra de ter momentos maravilhosos e no mínimo hilário que eu amo desde sempre kkkkk. Logo na saída sentimos na pele como é fazer do erro um passo de dança, fui tentar fechar a porta do quarto e não conseguia de jeito nenhum ( por um momento achei que tinha quebrado a porta, mas ainda bem que não), aí Quitéria Pinguinho foi mostrar toda a sua habilidade em fechar portas de um jeito cômico, enquanto ela tentava  eu morria de rir de um lado, quando olhei pro outro tava Eulalya literalmente chorando de rir encostada na parede, o restinho de energia que ainda tinha pra subir subiu na hora. Logo um senhor lembrou de Evinha e de vez em quando ia lá pedir pra ir ver o vizinho que ele tava acompanhando lá no último quarto. Espiamos a dorminhoca pela brechinha porta e quando tentamos surpreender a senhora que ela tava acompanhante nos surpreendeu primeiro, depois combinamos como ia ser nosso São João, cada uma com sua função. Pra aquecer mais pro São João dançamos até quadrilha em outro quarto e descobrimos que mesmo já estando bem grande ainda cabia nós três dentro do coração nossa anfitriã no São João ( haja dia de São João pra gente conseguir ir pra tudo que combinamos). Chegando em outro quarto logo organizamos um trenzinho de massagem enquanto cantávamos as músicas que nosso produtor pedia, sua esposa simpatia vai ser nossa fotógrafa oficial e fã número 1 da nossa banda as anjas do forró, o quanto eles se permitiram e compraram o jogo pra mim foi o mais especial dessa atuação, e ainda ouvir um " tá vendo? ontem a gente tava chorando, hoje a gente tá rindo" foi mais especial ainda. Conseguimos carimbo nos braços que nem uma menina que tinha o nome dos pais no braço pra não se perder, qualquer coisa pode entregar uma de nós de volta pra Vera enfermeira. Finalmente chegamos no quarto do senhor que tanto pedia pra gente ver o amigo, e nos presenteou com um pompom de cabelo, disse que queria dar um pra cada, mas só tinha aquele, prometo guardar com o mesmo carinho que ele nos presenteou.

Esse palhaço é de enchimento

DB!! Muita gratidão pela atuação de hoje. Foi muito especial pra mim atuar com meu MCM Vitor e com minha lindovisora Vivi <3.Mesmo estando moooorta de cansada, meu coração tava cheio de alegria por tê-los ao meu lado hoje... e logo no setor que amo: o ambulatório a Onco!!
                Chagamos ao setor, nos trocamos e subimos a energia com uma música muuuito especial: “...coração não é tão simples quanto pensa, nele cabe o que não cabe na dispensa cabe o meu amor...”. Os olhinhos dos meus MCMs brilhavam demais com essa música. Foi incrível.
                Quando subimos a máscara, eu tive um pequeno problema com meu nariz, não sei usá-lo com o cabelo solto, por sorte Versolina me ajudou a ajeitá-lo <3. O primeiro problema foi a porta fechada da sala da Quimio. Pedimos ajuda a uma moça que estava lá, mas ela não foi muito receptiva conosco, foi bem blá. Seguimos e entramos no setor em um trenzinho e tentamos interagir com uma senhora que estava pouco aberta. Na verdade, senti que ela estava muito debilitada e abatida para conseguir interagir. Ainda conseguimos arrancar algumas palavras dela, com muita dificuldade. Entretanto, achamos por bem seguir pelo setor e não forçar o jogo. No leito seguinte me deparei com um dos sorrisos mais lindos que já vi!! Era realmente encantador... Começamos um jogo de apresentações para que a senhora se identificasse como Dona Felicidade, mas ela não aceitava o título de modo algum!! No final o nome dela ficou sendo “Eu já disse”. Depois disso, pra variar, Vitor começou a galantear a filha da senhora. O coitado dançou, fez serenata, cantou, mas não teve jeito!! Ela só deu a ele o desprezo. Enquanto isso, Dona Felicidade se divertia demais e estava com cara de que queria roubar o pretendente da filha kkkkkk. Por fim, uma enfermeira chegou toda vestida de verde e, por isso, a nomeamos de “Esperança”. Mas a tal Esperança destruiu as chances de Maurício ao dizer que a moça era casada... e esse foi mais um toco pra lista do palhacinho mais fofo e com mais azar no amor.
                Depois disso, encontramos duas irmãs, e começamos com elas um jogo de passar calor. Elas eram muuuito calorosas, a ponto de queimar a minha mão!!! Quando elas foram nos ensinar a baixar o calor, acabei sendo possuída por alguma coisa kkkk Acho que elas ficaram meio assustadas. Seguimos e começamos a interagir com uma senhora que nos deixou acaricia-la. Infelizmente, nosso amigo Maurício do Arrocha foi meio cavalinho e acabou que o carinho dele não foi dos melhores. A nossa missão era: ensinar o coitado a ser mais delicado. Deu muito trabalho, mas depois ele conseguiu ficar leve como uma pena e sair voando por aí.
                Tivemos outros encontros maravilhosos: fomos chamados para o Poliamor, fingimos ser pintores famosos, fomos deliciosamente abraçados por uma senhorinha que passava e eu ainda tive meu coraçãozinho renegado.. mas depois me recompus e entreguei-o a outra pessoa.

A atuação encerrou-se porque infelizmente eu tinha hora marcada para partir. Pra terminar, quero dedicar esse DB ao meu maravilhoso MCM Vitor, por sempre oferecer o seu corpitxo ao jogo sem medo das cartas que virão. Hoje, mais uma vez vieram perguntar se o corpo dele era de enchimento e a resposta foi maravilhosa: “Sim, um enchimento chamado gordura, que eu tive muito trabalho pra conseguir comprar”. Isso nos rendeu um ótimo jogo de procurar o “enchimento” no coleguinha. Por essas e outras, que amo e admiro muito meu MCM. <3 

“Não chore de Saudades, tá?"

Hoje foi dia do COB, o setor mais temido por mim. Minha primeira atuação lá não foi das melhores, por isso eu tenho um tipo de bloqueio com esse setor. Entretanto, essa atuação me ajudou a quebrar muitas coisas dentro de mim, de modo que me senti até á vontade lá!
A hora de vestir a roupa foi uma confusão. Não sabíamos que quartinho invadir pra vestir a roupa de bloco e fazer a maquiagem. Nosso aquecimento nesse dia foi bizarríssimo, e eu nem sequer tinha planejado. Detalhe: Vitor estava espantosamente fofo nesse dia! Meu coração não aguenta tanta fofura não!!
                Nesse dia o setor estava lotado, e por isso achei a atuação meio conturbada, eu e Vitor não conseguimos nos comunicar muito bem e isso gerou um excesso de informações. Apesar de tudo aconteceram jogos bem legais, como o da menina que tinha uma tatuagem em 3D e outra moça que começou a me chamar de Dilma e chamar Vitor de Temer. Segundo ela a gente só saber mentir nessa vida. Dançamos arrocha pra ela, enquanto a mesma fazia uma cara de chateadinha, mas no fundo ela estava amando que eu sei. Também interagimos com uma puérpera, pós-cesariana. Ela não conseguia falar muito bem, por isso conversamos com ela por mímica, tentando pedir de alguma forma que ela desse um pouco de leite a Maurício. Depois ela me ensinou a ordenhar as mamas dele pra ver se ele também tinha leite e, para nossa surpresa, o leite jorrou dos mamilos dele. UAUUU!
                Seguimos tentando achar alguém que embuchasse Vitor, até que sugeriram que ele comesse uma melancia e um melão. Só assim eu seria o pai de gêmeos <3. Desisti rapidamente da ideia quando me contaram que eu teria que limpar fralda... NAM!  Além disso, Vitor medicou uma paciente (isso mesmo, a enfermeira deixou!!) e eu algemei e prendi uma moça que tentou me sufocar com a bunda. Espero que ela esteja na prisão até agora.
                O momento PEN do dia foi uma Doutoranda que deu um pequeno bale em nós dois. Na ora eu fiquei bem chocada, mas depois que cheguei em casa fiquei remoendo por não ter revidado a ofensiva. AFF!
Já o momento UAU, foi com uma senhora que estava super estressada e não queria nada de conversa. Ela ficava dando fora, mandando a gente ficar de boca fechada (começamos a cantar Ilariê com a boca fechada), dizendo que não gostava de palhaço, que não sabia dos dois quem era o mais importuno. Ela estava puta!! Enquanto isso, todo mundo que ficava vendo morria de rir. Teve um momento que até pensei que ela fosse bater em Mauricio kkkkkkk. No final da atuação, antes de sair pegamos um esparadrapo e uma caneta e escrevemos: “Não chore de Saudades, tá?” e como se não bastasse, Vitor pegou a caneta e ainda desenhou um palhacinho no canto do esparadrapo. Esse seria nosso presente de despedida. Na hora que entregamos ela ficou com muita raiva. kkkkk

                Depois da atuação, enquanto nos dirigíamos para os elevadores, encontramos com a tal senhora e ela foi super receptiva. Logo, aquele jeito difícil escondia uma pessoa super aberta ao jogo. Espero que nossa presença ali tenha a auxiliado a suportar aquele dia tão difícil e tão estressante.

Do pouco

Segundo dia de pediatria neste quase ano de projeto, e mais uma vez a experiência será meio expressa, sem muito tempo para ficar voando muito. Ir direto ao pote, com cuidado e sempre atento, mas otimizar o tempo que temos. Esse é o foco. A pediatria parecia meio esvaziada, muitos quartos fechados ou vazios, e muitos pacientes recém-nascidos, de modo que parecia que estávamos eu e Safifi em um bis da atuação da semana passada. A coisa do desrespeito e do abraço vieram hoje de novo na atuação. Uma menina me deu um dedo do meio e eu fiquei emburrado, disse que saia se ela não me pedisse desculpas. Preferia que a mãe não tivesse sido tão insistente, mas a menina se desculpou e a gente conseguiu que o resto da atuação com ela – ainda que tenha sido curtinho nosso tempo depois dessa situação - fosse boa. Fiquei super receoso, mas quando ia saindo pedi a ela o abraço. Ela gostou de eu ter pedido. Isso me deixou muuuito feliz. Estou super carregado de um monte de preocupações do resto da vida, e a cabeça não está dando chão pra muito pensar. Teve uma médica que estava super cheia de jogo e graça, e eu e Safifi jogamos ela bem pro alto. Ela foi a melhor palhaça da vida naqueles minutinhos de corredor antes da despedida. Acho que tem alguma coisa ai a ser levada em consideração sobre esta experiência em particular, mas que agora me foge. Fica marcado que teve, e quem sabe depois eu não revisite este momento e texto e consiga achar o que faltava ser elaborado?

Sensível

Nesta empreitada de atuar sempre com mais pessoas tive enfim a oportunidade de estar com um outro de meus namoricos de PERTO, que ensaiava já desde a oficina. Ia ser com Rai junto, mas quis o destino que fossemos só nós dois, euzinho e Beatã. Conversamos um bocadinho antes, mais conversa do que até então tínhamos efetivamente trocado um com o outro. Subimos a energia e eu pude vê-la e estar junto dela quando eclodia em sua plenitude, se mexendo, agitada, e eu me pegando cada vez mais comovido com essas coisas. Acho que tudo que acontece nessa experiência de ser palhaço vira um agente sensibilizador se a gente permitir, e vamos nos carregando neste sentido afetivo e conectado, eternos admiradores e fomentadores de humanidade. Achei o setor como um todo muito disponível nesse dia. Eram raros os quartos e os encontros de corredor que não eram temperados por sorrisos e olhares acolhedores. Me senti muito respeitado, e fico pensando que por vezes não sinto isso. Sinto que me desrespeitam, mas até certo ponto eu acho importante que isso seja permitido, porque a gente meio que serve de representação pra umas coisas difíceis mesmo por vezes. Mas enfim, me senti muito respeitado nessa atuação, confortável comigo. Tô querendo ver se consigo falar mais da minha barba de um lugar de orgulho, de valorizar. Tenho que trabalhar um pouco isso.  É engraçado que sempre perguntam qual a relação nas duplas, se é namoro, marido e mulher ou se são irmão e irmã. Fico sem saber muito como reagir nessas horas, o que é bobo de minha parte, mas vem de um lugar de pensar se tem um jeito mais acertado de responder, sabe Yo? Sempre quero dizer que é família ou que é amigo, fujo dessa coisa do relacionamento amoroso porque tenho meus atrapalhos com esse lugar da representação para a sociedade do que e de como uma relação é, essa necessidade de legitimar e afirmar publicamente algo. Acho que se fala muito de afetos e amores, mas também acho que eu falo pouco, que eu compro muito pouco o papel de ser um homem frente a uma mulher e deixar que se construam todas as conotações que se achar necessário, por que no fim das contas não é o que eu sou, mas o que se vê. O atrapalho na minha cabeça é chegar sempre tentando ver mais dos outros e nos outros e ser recebido com a mesma perspectiva limitadora. Mas a gente supera.


De mais, acho que preciso ser mais no toque, saber pedir isso, porque sei que me falta. Atuação que vem eu vou pedir pelo menos um abraço. Está resolvido. Ainda que seja no término para Safifi, mas a ideia é me colocar a ter abraços no setor. Pode cobrar, Yo. Pode puxar a orelha.

sábado, 27 de maio de 2017

As Anjas do Forró 😇😇😇

Olá , galera!

Para compensar minha mequetrefice da postagem anterior, dessa vez serei uma pessoa bem exemplar e já estou postando meu DB da atuação de ontem (26/05/2017).  Essa semana teve uma novidade... atuei com Martinha e Mym porque Ari não pode ir. E detalhe: foi maravilhosooooo! Que dia sensacional! Obrigada, meninas! 💗

Para começar, assim que saímos do quarto em que nos arrumamos, a porta não queria fechar, daí demos início a uma peleja. Já iniciamos a atuação muito bem kkkk. Lá estava eu de um lado dando uma de chaveira e Mym do outro não parava de rir.

Atuamos na enfermaria do 7º andar: cardio, hemato etc, onde eu estive há umas duas semanas com Ari e foi um dia de reencontros, novos encontros lindos, sorrisos e mais sorrisos, e dia de ganhar presente de um senhor muito simpático, que acompanhava seu amigo e vizinho que se encontrava hospitalizado. Ele estava lá desde a última vez que fui ao setor e fez muita questão que visitássemos seu amigo. Tiramos muita foto e ainda recebemos dele um pompom de cabelo, que ele disse ter apenas um, mas nos dava de coração.

Reencontrei logo no início o Sr. José Gomes, que fez a cirurgia cardíaca e já está com a válvula nova da Mercedes. Deu tudo certo! Dessa vez, estava muito apegado à “100 reais” e não mais a “Todo Mundo”.

Já em outro quarto, conhecemos a senhora que gostava de forró, a que só gostava de dormir e a que sabia fazer todas as comidas de milho. Fizemos ali toda a programação e organização para o nosso São João e formamos o Trio Nordestino.

Chegando ao quarto seguinte, garantimos nosso futuro sucesso como cantoras, dançarinas, instrumentistas etc., pois conhecemos nosso empresário e nossa assessora e fotógrafa. Fizemos várias apresentações, ensaiamos lindas músicas, bastante conhecidas (não mesmo kkkkk), orientadas pelo nosso empresário. Ele sabe o que é bom e o que pode alavancar nosso trio, que agora passou a se chamar “As Anjas do Forró”. O encontro com essas duas pessoas foi bastante significativo, usamos diversos elementos que nos permitiram jogar de diferentes formas e houve um envolvimento muito legal das pessoas. Já estava começando a acreditar no nosso sucesso! Kkkkkk... E o mais marcante foi ouvir da nossa assessora, que se dirigiu ao seu esposo, nosso empresário: “Tá vendo? Ontem nesse mesmo horário a gente tava chorando, hoje a gente tá rindo!”.

Utilidade pública: aprendemos em um dos nossos encontros que em caso de nos perdemos, seria muito útil ter os nomes dos pais ou conhecidos marcados na pele, seja tatuagem ou mesmo carimbo. Nossa colega tinha duas tatuagens, uma em cada braço porque a eficácia é maior... pedimos que fizessem nos nossos e ninguém quis, mas no fim da atuação, finalmente conseguimos a nossa marca. Portanto, em caso de nos perdermos, ou coisa semelhante, procurem ‘ Vera Brito’, a enfermeira do setor, e ela nos resgatará. #fikdik

Obrigada, galera do blogger! 👍👍👍

#As_ Anjas_ do_ Forró 😇😇😇
#só_sucesso

#Contratem_a_gente ✌

Beijos,

Quitéria Pinguinho, vulgo Evinha

9 atuacao do 2 ciclo

9ª atuação do 2º ciclo
 Dessa vez tivemos a participação especial de Evinha, e fomos para o 7º andar. 
Poderia resumir toda a atuação no primeiros minutos dela, que pra mim foram os MELHORES FOR EVER! Entramos no quartinho para nos trocar de boa na lagoa... de início já foi uma palhacada pra subir a energia com o olhar, olhando a Make de evinha (KKKKKK) aqueles traços brancos nos olhos dela já dava vontade de rir. Depois disso, a melhor parte, quando saímos do quarto! A bendita da porta não fechava de jeito maneira! Evinha foi toda se achando dizendo que era assim que se fechava e num sei oq, mas a porta boa fechava de jeito nenhum. E evinha toda pequenininha dizendo que resolvia a porta e sem resolver... minha gente, foi a melhor parte. Eu ri que chorei! E minha barriga doeu! Foi o melhor começo de atuação da vida!!! Depois disso um menino do quarto a frente veio nos dizer pra não entrar lá pq tinha um pcte dormindo e tal, e quase que eu ria na cara dele pq não tava dando! Enfim, depois seguimos pelos quartos, uns bem legais, outros que baixaram a energia... Fico feliz de saber que minha MCM do ❤️ Esmeralda entende todos os meus sinais. Ela percebe exatamente quando quero deixar o quarto e compra minha jogada sempre (muito amor por Martinha que além de TUDO eh essa MCM 🔝🔝🔝). A jogada eh sempre que vai procurar alguém pra ajudar, que vai ver se encontra isso q a pessoa tá falando... e aí a gente se despede sem se despedir. Queria destacar também outro senhorzinho (ele estava acompanhando o vizinho há bastante tempo. Que pessoa! Tem gente que nem a família acompanha, quem dirá um vizinho...) que logo quando a gente começou a atuação veio do final do corredor até a gente dizer que irmos lá, que tinha um amigo dele querendo nos ver e tal... e quando chegamos ele tirou fotos, conversou, e no final deu um presentinho !! Ficou todo envergonhado pq só tinha um, mas deu de todo coração e eu amei amei amei! Ficou com Martinha pq sei que ela vai guardar essa recordação com muito amor! Ah, também encontramos uma mulher que tinha um carimbo com o nome dos pais nos dois braços, que era pra ela nao se perder né, dai então a gente foi atras de conseguir um carimbo desse também! E encontramos! Saímos de lá sabendo que não iríamos nos perder uma da outra nunca mais ❤️
Também encontramos nossa mãe no corredor, e depois eu encontrei outra mãe no quarto que tinha o nome parecido com o meu. Muitas mães, fiquei confusa de quem era realmente minha mãe 🤔
Também encontrei um sapateiro pra ajeitar os buracos do meu sapato e ele resolveu umas partes colocando um esparadrapo 😆 ah, também dançamos uma quadrilha num quarto com uma mulher que gostava de forró...

E para fechar esse DB com chave de ouro, vou falar de um encontro que não foi o último mas que serve direitinho para resumir esse dia feliz ❤️.  Era um casal, cujo homem era o paciente. Quando chegamos nesse quarto, a mulher estava fazendo massagem nas costas dele, e entramos fazendo uma fileira de massagem, Esmeralda na mulher, Kiteria Pinguinho e depois eu. Depois a gente cantou as musicas que o homem gostava e até formamos uma banda: "As Anjas do Forró 😇". Tiramos foto para a divulgação da banda, o homem virou nosso empresário e a mulher a fotógrafa oficial para divulgações. Uma parte bem emocionante desse encontro foi que essa mulher era mtmtmtmtmt simpática. Sempre com um sorriso no rosto, e uma hora disse assim "um dia a gente tá chorando, no outro tá sorrindo" e a gente entender a barra que eles estavam passando e ficamos muito felizes de poder ter contribuído um pouquinho para esses momentos de sorriso. Que possamos fazer parte de mais momentos como esse, sempre com finais com sorrisos.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Crescer como um bebê

Segunda atuação neste semestre no alojamento conjunto, com as mães, pais e os seus bebês, mas dessa vez com Safifi. Estava ainda tossindo um pouco, e fiquei com medo de tocar nos bebês e nas mães. Safifi estava encantada com aquele lugar, aquelas criaturinhas, e eu me encantava ainda mais com a forma dela de ver aquilo tudo, o que me ajudou a não sentir que estava distante, ainda que me impusesse um monte de barreiras de contato. Jogar com os bebês é uma experiência bastante particular. Eles reagem às coisas com tanta intensidade que dá pra cansar só de acompanhar um movimento de espreguiçamento, se formos tentar chegar no mesmo nível que eles, ou um ensaio de choro, um suspiro de conforto, um bocejo. Eles são com o corpo todo, sentem com o corpo todo, expressam com todos os milímetros de sua existência aquilo que está se passando, e acho que isso é uma coisa que encanta muito mesmo. Sinto que preciso aprender a crescer como um bebê. Não de crescer e deixar de ser bebê para ser criança e depois adolescente e depois adulto. Crescer a relação com o existir como eles conseguem, ou como acontece com eles porque eles não estão tentando ser qualquer coisa, simplesmente existem daquele jeito. São senhores de uma expressividade absoluta, que tem tanto de transparente quanto de cênico e teatral. Parece ser a encenação de uma sensação, e é muito doido pensar que aquela é talvez exatamente a forma mais natural e verdadeira de se agir. Porque é tão carregado que não tem como a gente acreditar que é tudo aquilo, mas a gente acredita. Depois a gente relativiza, fala de um ridículo do ser tão intenso, mas basta eles mecherem um dedinho e somos novamente completamente sujeitados à sua arte de se expressar. 
No mais, peguei um bebê no braço, ainda que estivesse com tantos receios quanto à tosse, porque fui assegurado por diversas pessoas durante essa semana que não deveria ter problema, porque o bebê em questão estava bem protegido, com roupinha e manta e uma toalhinha ainda e que assim não toquei de fato nele e ele não tocou de fato em mim. Fiquei com vontade na hora de pedir a foto que a mãe tirou, mas esqueci completamente disso. Agora me pego de novo com vontade de ter visto como estava. Não é uma vontade que me vem com frequência. Fico achando estranho até, em muitos sentidos, estar sentindo falta de ter a imagem do ato. Mas sei que quero, não vou negar isso, e acho importante registrar, para que mais na frente se ela voltar a aparecer eu não fuja de reconhecer ela, não a desconsidere como usualmente acabo fazendo. 

Bru e o belo

Namoro a ideia de atuar com Bru faz bastante tempo. Neste semestre, com a contingência de estarmos todos de psicologia aglutinados no terceiro setor do Niate para ter aulas, já que o CFCH se encontra interditado para essas atividades, muitas figuras que não veria aparecem pelas minhas manhãs na universidade com certa facilidade. Andei vendo muito Bru por aí, e num desses dias, em que conversamos mais nos acordamos de fazer acontecer essa atuação conjunta. A primeira vez não rolou, mas na semana seguinte estávamos nós dois juntinhos embarcando nessa experiência. E foi massa. Estou amando isso de atuar pela primeira vez com alguém do projeto, com mais pessoas. Especialmente com quem sinto que me conecto de diversas formas mas que não dispus de muitos momentos e tempos para desabrochar com mais intensidade e profundidade essa conexão. O que levo pra mim de Bru nessa atuação é uma atenção ao outro, tanto o colega palhaço quanto aos pacientes e acompanhantes. Bru atuava muito em cima daquilo que eu jogava. E eu joguei um monte de coisa, em muitos momentos notadamente com excesso. Falava e percebia só no meio que não estava sendo ouvido, que estava falando baixo, que estava falando rápido, que estava falando de um jeito que confundia e não comunicava. Muitas vezes senti que precisava me reorganizar comigo mesmo para poder voltar a existir ali de fato. E eis que Bru, numa jogada certeira e mágica, vira a uma senhora em um quarto e chama atenção à beleza que tinha sua voz. Achei aquilo fantástico, me surpreendi com o comentário, e fiquei pensando se em algum momento tinha me ligado em alguma coisa assim nas minhas atuações passadas.

Eu tenho alguns problemas com o belo, e com certeza construí um palhaço que deixa isso muito aparente. Acho tão difícil valorizar o belo que existe no mundo e nas pessoas e em mim, fico sem jeito e desconcertado sempre, porque de certa forma acho difícil saber distinguir com total clareza o que faz certa coisa ter beleza e certa outra não ter. Ando lendo umas coisas sobre arte para o trabalho no estágio que venho desenvolvendo esse semestre, e se fala de estética dentro de certa perspectiva como aquilo que salta de diferente e que impacta a gente. Como uma coisa no campo da experiência. Acho que eu tenho um limiar de impactação ou muito baixo ou muito elevado, mas que ter isso faz falta ao ser palhaço, e com certeza acaba faltando no meu cotidiano de diversas formas. Fico um pouco desconfortável falando disso aqui dessa forma, porque parece que precisa explicar um monte de coisa para que isso que eu estou falando faça sentido. Acontece que na verdade não tenho pretensão de fazer sentido nesse momento. Estou tentando através deste depoimento trabalhar comigo uma coisa que sei que me falta. E acho que encontrei um jeito de lidar com isso com o qual sou capaz de viver, de me sentir representado, de existir como quem sou e não simplesmente achar que estou comprando discursos externos sobre padrões e parâmetros para medir o que presta e o que é descartável. Vou procurar trabalhar em minhas atuações de agora em diante a atenção ao estético, o reconhecimento do impacto que senti por certos momentos e elementos e a valorização destes. De certa forma sei que é isso que fazemos como palhaços, mas quero correr atrás de verificar até que nível isso se dá mesmo, quão ligado eu estou para esse valorizar e como eu posso melhorar a minha expressão disso. Acho que vai nesse sentido o que estou me propondo aqui.

Dos outros

O natal se aproxima, e com ele vem um certo clima distinto ao espaço do hospital. O setor está decorado para a festividade, com guirlandas e pequenas miniaturas de papais noel. Ao sairmos do quarto onde nos trocamos vejo uma mesa em que estão sentadas algumas pessoas. Vou até lá, me sento também e converso um tempo com elas. Percebo pela periferia da visão que mais alguém tinha chegado lá no canto esquerdo da parede, e quando viro o rosto para o lado percebo que mais seis pessoas tinham aparecido, mas que nenhuma delas tinha pulseira de paciente, ou adesivo de acompanhante, e que eram todas tão jovens... Uma moça se senta e começa a falar com o grupo do horário e de coisas assim e entendemos que se tratava de outro projeto de extensão. Saímos de lá para ir ver os pacientes finalmente nos quartos do setor, mas acabamos de certa forma sendo aglutinados ao outro projeto, acho que principalmente porque eram quase vinte pessoas – pelo menos sentia que eram quase vinte pessoas. Possivelmente mais gente que isso até. Iam promover um bingo, com diversos prêmios a serem distribuídos aos pacientes e acompanhantes. Me senti desconfortável em diversos momentos por conta disso. A atenção naquela atividade me distanciava de sentir que podia interagir com profundidade com os pacientes de forma individual. O setor estava muito mexido, tinha muita gente andando e falando e passando de um lado pro outro. Em diversos momentos as pessoas do outro projeto jogavam para a gente que tínhamos que dar uma animada e chamar os quartos que não queriam participar do bingo. Não sei o que se deve fazer numa história dessas. Me senti usado, animador de festa. Começaram a puxar músicas para alegrar, e em todas as ocasiões olhavam para mim e para Aaaah, como se essa tarefa nos coubesse. Como se dependesse da gente que o projeto deles tivesse um bom dia de ação, feliz e pra cima e bonito e repleto de momentos ricos. Com isso acabamos ficando muito tempo por lá. O dia foi escurecendo ao nosso redor, e não tínhamos conversado com metade dos pacientes. Não porque não queríamos ou porque os pacientes não estavam dispostos, mas porque o bingo não deu espaço. Sai muito sem saber se a gente devia ter deixado de lado o outro projeto, se devíamos ter mesmo nos ajuntado e daí completamente comprado a história do bingo. Não estava nem um pouco pronto a ter que lidar com isso, e de fato não soube na hora resolver aquilo de um jeito que me deixasse sentindo que tinha feito bem, que estava tudo certo na forma como decidimos lidar com a situação. Fico achando que misturar as coisas é muito difícil. Que fugira da gente o controle de dizer o que somos e o que nos propomos a fazer. Eramos os palhaços deles, e eu acho que essa sensação vai tardar um tanto a assentar dentro de mim e deixar de ferir. 

memórias de um cárcere momentâneo

Com tanta gente falando que é difícil, fiquei receoso de pegar na segunda semana de atuação a pediatria. A gente ia ter pouco tempo porque ia rolar reciclagem naquela tarde ainda. Saí com o celular no bolso, me sentindo meio mal com isso, mas não consegui me organizar de outro jeito para ir para a reciclagem que não por carona, e tinha que sair do setor quando as pessoas chamassem. A preocupação com o celular sumiu bem rápido, não lembro de pensar nele um segundo sequer durante o tempo em que estive no setor... até que recebo uma ligação. Mas isso está lá pra frente.


Saímos do quarto dos enfermeiros e logo nos chamou a atenção a janela/vidro-de-aquário que dava vista às macas de um dos quartos. Eram duas garotas um tanto crescidas. Do lado de fora estava um menino que não se dispôs muito à gente naquela hora, e nos voltamos às meninas do quarto com maior atenção. Brincamos um pouco pelo vidro e entramos. Estamos lá um tempo com elas, e o garoto do corredor, mais novo que as meninas, entra lá e fica parado, olhando pra gente intensamente, com a cara fechada. Anda até a poltrona e se senta. Volta e meia tentamos jogar com ele, mas ele não dá muita bola. Deixamos que fique ali acompanhando, como parece que quer fazer. E eis que do nada desbota a se rir sem parar. Ri alto, largo, com o corpo inteiro. Compramos o riso dele, e o quarto todo está de repente só rindo. De nada em específico. De tudo em particular. Damos mais um tempo por ali e saímos, acompanhados do garoto que me pega na mão e vai com a gente até seu quarto. O outro garoto que está lá se encontra no chão, com um monte de brinquedos espalhados ao seu redor. O garoto que veio com a gente do quarto vizinho se senta e nos chama a fazer o mesmo. Sento também e na hora que sento me aperreio. Que diabos passou na minha cabeça de sentar? Olho em volta, estou cercado de bonecos e pecinhas e carrinhos. Os objetos ao meu redor tomam um semblante de obstáculos, crescem, crescem e me sinto oprimido pela prevalência destes sobre minha liberdade de ir e vir. O garoto que acabei de conhecer diretamente à minha esquerda quer me apresentar a todos os bonecos com quem está brincando, me inteirar da história que estava acontecendo ali. E eu só consigo pensar em que forma eu vou conseguir inventar pra sair dali. Me senti absolutamente preso ao chão, como se estivesse colado nele. Como se fosse ficar lá para sempre, com tanta coisa em volta de mim. E então o celular toca, e era a carona. Digo que é o papai noel ligando – estamos longe do natal, mas ele já está organizando tudo, claro – e que ele precisava da nossa ajuda. Saímos, eu mais corrido que Aaaah, porque tinha a reciclagem. Saio pensando que não fosse a ligação eu estaria até agora no chão ainda com as crianças, que preciso me resolver mais, de estar junto mas saber também desligar, seguir, avançar. Estar disponível ao que ainda está por vir.

A melhor senha de passagem secreta

Dia de atuar no alojamento conjunto, outro desafio, e mais uma vez que a palhaço muda meu jeito de enxergar as coisas. O alojamento é um dos lugares preferidos normalmente por todos os bebês, mas pra minha surpresa um lugar que não dos meus preferidos pra atuar, às vezes sinto que tô atrapalhando a logística das coisas, que tô incomodando a mãe (nesse dia em especial tava meio gripada e ficava com medo de me aproximar dos bebês kkkk ) e sempre fico muito presa no mesmo jogo, mas apesar disso sempre existem momentos que marcam.

Primeiro quando chegamos no primeiro quarto quarto vimos logo um bebê muuito pequenino, parecia  de porcelana, mesmo depois de negar que a gente levasse ele pra gente ela pediu pra Zá segurar ele no colo pra tirar uma foto, só pensava: que confiança, entregar no colo aquele serzinho tão pequeno e frágil no braço de uma palhaça que apareceu com mais outras 2 do nada, confiar também é comprar o jogo e isso já valeu grande parte da atuação.

Em outro quarto conseguimos mais três lugares no coração de uma das mães, ela disse que apesar de já ter muita gente ainda dava pras nós três, o portal de entrada foi um abraço coletivo de transbordar!
Na tentativa de conseguir aqueles brinquedos pra gente tentamos de tudo, mas não teve jeito, mesmo sabendo que ele chora, dá trabalho e que quando cresce tem que dar pros outros, ninguém queria dividir pra gente espero um dia entender.

Pegamos carona com uma moça que tava com duas almofadinhas na barriga e duas no braço, feliz da vida porque ia pra casa, ficamos felizes de poder tá presente nesse momento com ela.

O pré jogo

Já vou começar me desculpando pela mequetrefice do atraso e do DB que segue também hehe

Terça da semana passada fomos atuar na enfermaria de clínica médica de manhã, apesar de seus momentos bons, foi uma atuação particularmente difícil, não sei porque encontramos pessoas muito religiosas, meio monotemáticas em relação a isso, e eu não soube lidar muito bem, ficava querendo falar de outras coisas mudar de assunto, enfim.

Os momentos mais especiais foi a gente ficar esperando um senhor que tava no telefone na janela enquanto a gente traduzia em língua de sinais o que ele falava, a surpresa dele quando virou a gente subiu bastante minha energia! Depois foi entrar no quarto de Messi e do treinador da Argentina momentos antes do grande jogo, foi gratificante ouvir do técnico dizer : " ainda bem que vocês aqui pra eu relaxar antes do jogo". Saímos já torcendo que o jogo corresse super bem.

Presentes simbolicos

19/05 A sexta atuação do período foi com as MCMs novas do período: finalmente as 3 juntas! Foi no 7o. sul. Começamos com Madada com responsabilidade marcada, Biazinha com dor difusa ma barriga, bem desanimadas pensando que não  seria um bom dia de atuação. Por supresa, assim que saímos, conhecemos o aniversariante Márcio. Ganhou vários abraços e ajoujadas teve aniversário gravado em 2D (vida de artista), ganhou um tchutchu, bolo de chocolate sem açúcar (sem ser de espinafre ou cenoura!) e no fim ainda ganhou presentinho. Vimos o quarto dos casais de filhos (quase tinha troca) que sairam pra comprar biscoito pra gente. Viramos carro,  demos carona. Foi uma atuação cheia energia e histórias criadas! 

Pediatria second time !!

15/05 A atuação foi com minha nova MCM Madadá. Biazinha que é a outra mcm do novo trio não pode ir no dia. a atuação foi na pediatria. Foi muito legal atuar com madada, ver como ela desenrola o jogo e como ela mantem uma pureza e compaixão por toda atuação. Fizemos vários novos amiguinhos, demos muitos abraços apertados, aprendemos um novo jeito de andar pelos corredores do HC. Tambem escutamos muitas histórias de cumadiflorzinha, algumas de arrepiar a espinha! Viramos trem (tutuuu!) Como a outra atuação na pediatria, a parte mais difícil foi ir embora. Queriam nos sequestrar, nos levar pra casa. Mas depois de um tempo descansando e abaixando a energia no repouso da enfermagem, conseguimos sair de fininho sem perder o personagem. 

4 com a lindovisora

28/04 A quarta atuação foi com Pilé e com a velhinha Nati!!! Fiquei feliz em atuar com minha lindovisora! Nada como trocar experiências com uma velhinha <3.

Nefroo !!


07/04 A terceira atuação do período foi com Pilé, no quinto andar, na nefro. Durante a enfermaria é fácil começar um jogo quando o paciente está aberto. A dificuldade começa, pra mim, quando entra na sala de hemodiálise. Os pacientes que tão lá há horas demonstram faces de dor, as vezes de desorientação, o que torna o jogo mais desafiante pra mim. Mas nada melhor que poder tirar um pouquinho a dor da realidade da hd quando alcançado!!

Bebezinhos de 2 nomes

05/04 A segunda atuação do período foi com Kinhos no Alojamento Conjunto. Nunca tínhamos atuado juntos. Descobrimos a nova tendência dos bebês de terem nome composto: todos bebês tinham dois nomes! Foi divertido entrar no jogo com Kinhos, era fácil recuperar a energia ao olhar aqueles olhinhos vibrantes, mesmo sabendo que todo cuidado é preciso junto de recém nascidos, principalmente quando muitos tão dormindo. Mas acabamos descobrindo mães top models e fazendo várias novas amizades!

Pediatria ##

31/03 Primeira atuação do período: nervosismo. Como subir a energia? Tanto tempo sem atuar... A primeira atuação de 2017 foi na pediatria, foi com Ari e Evinha. Atuar com Ari facilitou por ter sido minha mcm do período passado. Como toda atuação na pediatria: tem situações difíceis de lidar, de dar tchau, de terminar o jogo. Mas nada mais confortante que receber tantos abraços apertados e puros! Apesar do gato ter comido a língua da maioria dos pacientes. Achamos o gato no final! Só foi difícil sair com a duplinha de irmãos chorando na porta do quarto da enfermaria. 

quarta-feira, 24 de maio de 2017

DJVal ou DJAvan? DJAvan ou DJVal?

Hello Bulba,
Eu e Dinho tivemos uma atuação bem cool no COB. Antes de tudo,quero dizer que amei atuar por lá! É bem diferente estar sem a pele de sempre. Sei lá, consegui ver Sônia de outro ângulo hihi
O primeiro desafio começou logo na subida de energia: como subir a energia se os vestiários são separados por sexo? Nos trocamos, saímos e nos energizamos, ali no corredor mesmo, ao som de DJ Val ( impossível manter a energia baixa ao som de DJ val). Um funcionário que passava por lá, dançou e se divertiu com a gente. Ficamos tão empolgados que fomos entramos em Medicina Nuclear pra pedir picolé de morango mas na geladeira de lá só tinha sabor A+, O+, B-...esses sabores doidos!! Saímos de lá e entramos no COB. Umas residentes logo assediaram a gente, pedindo pra tirar foto com elas e ajudamos uma delas a ficar com a coluna reta, de uma maneira bem discreta (olhando a foto nem dá pra perceber). Depois entramos em um quarto onde tinha uma acompanhante que não parava de rir e uma médica que descobriu que Arcanjo Agioja é,na verdade, Marcelo Camelo. Nesse quarto, Arcanjo também deixou beem claro que Sônia tinha frizz e que precisava se ajeitar. No corredor, encontramos algumas pacientes que estavam com dor e,por isso, não estavam abertas. Encontramos duas pacientes que estavam sentadas lado a lado mas não sabiam os nomes uma da outra. Nos apresentamos aos sussuros e fizemos elas se apresentarem da mesma forma, sendo que uma delas não entendeu o que era pra fazer de jeito nenhum ( não conxegue, Moisés kkkkk). Encontramos, novamente, o funcionário do corredor, que disse não conhecer DJ Val, só DJavan ( As pacientes/acompanhantes que estavam no quarto também só conheciam esse tal de Djavan, por isso, ficou a dúvida: Seriam DJ Val e Djavan a mesma pessoa? É DJVal ou DJAvan? DJAvan ou DJVal?).   Descobrimos um poder que temos de abrir/fechar a porta do COB com o pensamento e fizemos a portaria pra algumas pessoas.Engravidei de Arcanjo,mas,no fim, fui traída por ele com uma talzinha que ele encontrou por lá (segue foto da minha indignação). Fiquei bolada. Sigo procurando um pai para o meu filho.
                                                                                   
                                                                                  Imagens da traição

 Imagens da gravidez/ Arcanjo fingindo ser um pai amoroso

8 atuação do 2 ciclo

Dessa vez fomos para o Alojamento Conjunto, com Za como companheira mais que especial... 
Subimos a energia como sempre fazemos (com o olhar) mas de uma forma engraçada, pq elas se abaixaram pra ficar do meu tamanho, e qd nos demos conta já estavamos quase no chão 😂

O setor estava muito calmo, e como eu estava resfriada e com o nariz corizando muito, até agradeci. Achei dois momentos mt especiais, qd logo no início a mamãe não quis dar seu "brinquedo" pra gente mas depois já estava tirando fotos do bebe no colo de Za! Outra parte bem legal foi logo na chegada que um senhorzinho funcionário disse que era o "8 andar do HC" e nós ficamos mt curiosas de conhecer esse "país" que tinha mt lasanha e comidas gostosas. Então, num outro quarto descobrimos que esse lugar na verdade tinha um Estado chamado "recife", e foi mt difícil segurar o riso quando isso nos foi explicado. Outro quarto marcante foi de uma mulher bem "estrangeira" (pra não dizer que tinha um palavriado bem impróprio e constrangedor 😂) pois ela falava coisas nas quais não entendíamos... E daí também achamos mt chato porque ninguém queria dividir o brinquedo (os bebês) com a gente. E isso eh mt egoísmo! Mas também depois a gente percebeu que nem queria mais brincar daquilo, pois quando a pilha tava falhando eles começavam a dar tiute e chorar e até fazer cocô e xixi, e também descobrimos que eles não ficavam pequenininhos daquele jeito pra sempre 😞 A gente até tentou procurar outro brinquedo por ali mas não achou, então resolvemos pegar carona com uma mulher que carregava duas almofadas escondidas na barriga... a gente ia pra casa Dela comer bolo de chocolate enquanto ela comia salada (pq somos mt compreensivas com a dieta alheia), mas ela queria que a gente fiZesse o "rá-rá" com o preço do uber aí não gostamos não... e pedimos carona pra outra mulher gótica q também estava indo embora! E eu precisava mt fazer xixi então pedi para que ela esperasse a gente voltar do banheiro para sairmos todas juntas.  

7 atuação do 2 ciclo

Manhã calma no 10º andar com Martinha. Quando chegamos já deu um medinho quando vimos que tinha um monte de residente nas reuniões clínicas 🤓. Discretamente fomos nós trocar e saímos do quarto. Como pisando em um campo minado, estabelecemos conexões com um homem que de tarde seria abduzido por um disco voador chamado "exame". Foi difícil conseguir passar pelo campo minado sem sermos vistas pelos combatentes (médicos). Qd chegamos ao nosso destino, descobrimos que o amigo da cama ao lado do homem que estabeleceu conexões foi abduzido pelo tal disco voador. E que o homem com quem falávamos tb o seria nas próximas horas. Muito sinistro aquele lugar. Quando estavamos finalizando o nosso passeio, o senhorzinho tinha voltado da viagem e fomos lá averiguar se o disco voador foi legal com ele...
Em outro quarto tinham dois homens, um com a camisa da argentina então a gente ficou falando de jogo de futebol e que o outro homem era o técnico e tal... aí no meio da conversa ele disse que ia fazer uma cirurgia pra tirar um nódulo do pulmão.. aí tentei um jogo c ele dizendo que ele tinha engolido a bola de futebol e tal mas não deu certo e ele fez "naoo foi um nódulo mesmo..." 
ENFIM, 
Depois de muito encontros, avistamos um homem falando ao telefone apoiado na janela. Preciso focar nesse encontro porque eu ameiii e fiquei me segurando pra não rir muitoooo... chegamos bem pertinho atrás dele e ficamos caladinhas esperando ele nos perceber..  foi a MELHOR expressão facial desse diaaa quando ele virou kkkkkk. Me segurei mt pra não rir mas foi mt engraçado qd ele nos percebeu e ficou querendo desligar a ligação pra nos dar atenção... e a gente continuou gesticulando as palavras que ele dizia. 

    Ainda teve um homem de outro quarto que ia fazer bronzeamento artificial (na máquina de ECG) e que ficou de nos avisar quando fosse nossa vez. Vimos tb outra senhorinha q mora Interior que ficou de nos hospedar na sua casa durante o São João... e agora nossa maior preocupação eh saber se dará tempo de arrumar nossas roupas até o dia em que ela for embora. 

6 atuação do 2 ciclo

Ambulatório de Onco.
Martinha superanimada por estarmos na Onco novamente... 
Hoje foi dia de festa! O setor estava todo arrumadinho e o clima todo era de festa tb. 
Tinha cabeleireira, maquiadora, manicure e pedicure, massagista, tinha um coral! 😍 Nós chegamos guardando lugar na fila do cabelo, e enquanto não chegava fomos conhecer as outras pessoas. Tinha uma senhorinha (foto) tão iluminada, tão linda, que nos contou que teve câncer mas que foi curada e hoje tava ali só pra comemorar sua cura... ela era super bem resolvida, e disse que apesar de evangélica, cantava e dançava todas as musicas que gostava, pq a vida era mt curta e ela tinha de aproveitar todos os momentos.. Achei muito lindo quando, em um momento, eu disse que queria fazer as sobrancelhas mas não tinha mais vaga, e ela ofereceu a dela! Passada! Mas lógico que não aceitei, e no seu ouvido disse bem baixinho que estava brincando mas que era segredo e ngm poderia saber!🙈 E continuei reclamando que não tinha mais vaga pra mim... 
Antes, Ainda na sala de espera fizemos competições pra saber quem tinha mais filhos ou netos, e até medalhas todos receberam... Teve até porção mágica (martinha sempre com as melhores ideias!) que se vc tomasse vc seria teletransportado para onde quisesse. Mas a mulher que tomou não conseguiu ir pra lugar nenhum pq estava de olhos fechados! 😜
Depois, Ja na parte da quimio uma ideia massa ocorreu!  Fizemos um trenzinho do forró ao redor da ilha dos médicos, e a cada volta mais gente entrava no trem e ele ficou enorme! Foi lindo! E foi a melhor parte do dia. Depois cantamos uma música bem especial para as mães, antes do coral se despedir... Ainda adotamos uma mãezinha que tava carente pq os filhos estavam longe. E fomos suas filhas por um minuto. Também tentamos sensibilizar as massagistas para ganhar massagem grátis mas não deu muito certo 😞 Ainda tiramos fotos com a equipe e eu me senti realmente parte Dela. Ganhamos chocolate de brinde e infelizmente não ficamos pra comer bolo 😭

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terça-feira, 23 de maio de 2017

Vai descendo até o chão

Muri nos disse que iríamos - eu e Pilé - para a Oncologia novamente, PAAAAM. Logo me vi, inconscientemente, com uma expressão de angústia no rosto, e revivi o que aconteceu na minha última atuação. Mas logo Muri explicou que era a parte da Quimioterapia, e que lá nada de "ruim" acontece, que as pessoas são bem legais, e que poderíamos ir sem preocupação. Ufa, então tá bom! Lá vamos nós, sobe a energia ao som de Pilé falando: "Lembra da corrida das cabras" kkkk Sim Sim Sim kkkk Foi até bem fácil ir para os 100% logo kk Nos lançamos. E foi uma tarde maravilhosa, não conseguiria explicar como saí renovada daquele lugar. Como sempre costumo dizer, palavras não dariam conta para explicar como eu consegui sentir tanta coisa com pequenos atos que Durvalina e Sônia fizeram naquela tarde. Só sei que conhecemos várias pessoas: Dona Inês (que tinha piercing no nariz, várias tatuagens, unhas bem fashion e ainda desceu até o chão com a música que colocamos no som do setor), Dona Socorro (que insistia em nos dar tchau de várias formas diferentes), Dona Francisca (a senhora mais fofa e que ganhou meu coração com frases simples e com rosto acolhedor), Seu Francisco (um senhorzinho bem simpático, com uma esposa bem ciumenta, uiiii, até fugimos), Seu Gênio (revista e boné combinando, um verdadeiro gênio da história/geografia do mundo). Alguns momentos vão ficar marcados: nosso encontro com o Guia da National Geographic, nossas risadas ao questionar aonde, de fato, Seu Francisco dormia, a busca por uma bandeja (o que a gente não faz por um almoço não é mesmo), a pulseira que diz saúde (ótima para quem é casado com alguém com rinite alérgica), o "vaaaaai descendo até o chão" com Dona Inês. E tantos outros momentos que vou guardar comigo. Que bom que a atuação foi cheia de uaus, fiquei realmente feliz!

...

Hoje eu e Pilé fomos escaladas para atuar na enfermaria de Oncologia. As pessoas normalmente não gostam de atuar lá, mas lembro que gostei da minha atuação no setor, em 2016, ao lado de Cami. Então eu estava bem ansiosa e logo me joguei. Começamos meio tímidas, mas logo encontramos um quarto cheio, e as pessoas se mostraram abertas para o jogo, estas encontravam-se em meio a um Chá da Tarde. Como a gente também queria participar do Chá, fomos até a Copa, encontramos os técnicos de enfermagem, que estavam fazendo café, ou seria chá?, com a água da torneira, e só fazia mexer com colherzinha que já estava pronto, uma maravilha! Aí, quando eu já estava 110%, saí com Sônia da Copa e fomos andar no corredor, e foi aí que percebi que havia alguma coisa errada. O corredor alegre que eu havia visto antes agora me encarava com uma expressão de tristeza/desgosto/raiva, e minha energia caiu. Enquanto eu ainda tentava entender como tudo mudou em questões de segundos, só escutei um: "Aqui com essas pessoas não!", e aí o que eu havia pensado tinha sido confirmado. Não consegui mais encontrar uma forma de subir a energia e eu nem queria que isso acontecesse, pois não via espaço para Durvalina ali, naquele momento. Então, olhei para Sônia, e, juntas, voltamos para nosso quartinho. :(

Brinquedolandia

Essa semana acabou que minha MCM não pôde atuar e pra não perder a viagem me encaixei em outra dupla. Fui para o alojamento conjunto com Mym e Tinha. Nunca tinha atuado com nenhuma das duas antes, gostei da novidade haha. 
Subimos a energia no banheiro do nono andar e logo depois de subir o nariz já começamos a atuar ali mesmo dentro do banheiro, só nós 3. Foi uma vibe diferente das minhas atuações com Pauli. Ali mesmo Tinha já tava perguntando onde estava o trem que iríamos pegar e tal. Foi uma atuação de muita palavra, história, conversa. No começo tive um pouco de dificuldade só por ser diferente mesmo e eu não conseguia segurar o riso com as colocações de Mym, muitas vezes literais. Realmente eu não conseguia não rir hahaha. 
O setor em si tava meio morgado, as mulheres não tavam mt afim de interagir mas mesmo assim acho que foi um desafio muito bom, conseguimos conquistar alguns olhares. Até tiveram a coragem de me entregar bebês pra eu segurar. A gt tava dizendo que eles eram de brinquedo e que esse país que a gt tava só tinha esse brinquedo e que ngm queria dar um pra gnt.
Como eu já disse, foi uma atuação diferente das que eu estou acostumada. Mas eu gostei de experimentar esse jeito diferente, pude trabalhar mais a fala, coisa que as vezes uso muito pouco. 
Saudades da minha MCM.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

‘Nada do que é feito por amor é pequeno’

Olá!

Primeiramente, admito minha mequetrefice em estar fazendo o post atrasado, mas eu esqueci completamente do meu DBzinho, justo essa semana que tivemos uma  atuação maravilhosa. Sem dúvidas, nossa atuação de sexta-feira (18/05/2017) entrou para a lista das “Melhores Atuações”. Pena que estávamos com o tempo comprometido porque eu precisava sair um pouco mais cedo, mas isso não tirou a beleza dos nossos encontros nem nos impediu de darmos o melhor de nós naquela tarde. Desde o momento que chegamos ao setor, na clínica médica do 11º andar, não aconteceu, como nas vezes anteriores, de ficarmos com medo. Apesar de cansadas, comentamos que estávamos animadas. Não criamos nenhuma expectativa de que seria uma atuação fácil ou difícil, boa ou ruim. E o resultado não poderia ser outro: foi lindo!

Entre tantos encontros, citarei brevemente, até para minha própria recordação futura, algumas das pessoas que passaram pela nossa vida naquela tarde ou passamos na vida delas. Começamos pelo famoso jogador de futebol, Wellington Moura, que mora em São Paulo e estava por aqui cuidando de sua mãe hospitalizada. No mesmo quarto, estava a Sra. do riso frouxo (folgado, em ‘paulistanês’). Eles entraram de verdade no jogo... foi demais! No fim da visita, fui contagiada pelo riso, causado pelo riso alheio.

Em outro quarto, encontramos o Sr. que não falava pouco, ele só falava mais que eu. Falou de sua indignação com algo que ocorreu no quarto do 7º, contou a história da marcação de exames, falou dos seus direitos, de sua história de vida e de como havia perdido a visão, sequela de um AVC. Falou, falou e falou, e nós não sabíamos mais o que fazer com tantas palavras, então, só escutamos e acolhemos. Até então, ele não sabia que éramos clowns, até que a tia ao lado falou sobre nós e ele muito se alegrou. Por fim, estava muito agradecido pela nossa presença! Nós nem fizemos muito, só estávamos ali presentes, enquanto ele falava... Ele agradeceu, agradeceu e agradeceu, porque ‘nada do que é feito por amor é pequeno’ (Chiara Lubich) e, certamente, para ele foi importante ser apenas ouvido.

Entramos no quarto da Cabana, com uns lençóis na janela para deixar o quarto massa, havia uma senhora com uma filha jovem que cobria os olhos para ficar no escurinho e uma senhora que acho que se escondia atrás dos lençóis para o guarda não encontrá-la. Saímos de lá as pressas porque ouvimos boatos de que o horário da visita havia acabado e o guarda viria nos pegar. Oh my gosh!  Corre, Valdete!

Encontramos no meio do caminho o irmão gêmeo de Wellington Moura. Descobrimos que ele também é jogador de futebol, do time “Fly Emirates”. Ele havia sido contagiado pela mulher do riso frouxo e repetia demasiadamente: “vocês são engraçadas, eu achei que não, mas vocês são engraçadas!”. Ficamos um pouco por ali, conversamos, rimos e quando finalmente íamos partir, fomos abordadas por um senhor que acompanhava sua esposa hospitalizada no quarto ao lado. Ela estava no quarto em isolamento, a enfermeira nos proibiu de entrar. Pudemos ver, naquele momento, a tristeza se materializar... ele nos disse: “mas, minha esposa vai ficar tão triste!”. Aquilo me partiu o coração. Ele estava tão animado quando nos chamou para vê-la. Então, demos um jeito, o encontro aconteceu dali mesmo, da porta. Ele era tão cuidadoso com a esposa, era coisa linda de se ver. Fazia questão de repetir para ela o que falávamos e se alegrava a cada sorriso que ela dava.

Eu só digo uma coisa: Gente, não tem dinheiro no mundo que pague isso. Mais do que fazer o bem pelos outros, é fazer o bem a nós mesmos! Eu saí daquele hospital me sentindo uma pessoa melhor. Eu sentia no meu coração alegria e gratidão a Deus por cada encontro. Eu queria mais daquilo, mas tivemos que partir. Havia chegado nossa hora... Mas, de uma coisa Chiara Lubich está certa: ‘nada do que é feito por amor é pequeno’.


Beijos, 
Quitéria Pinguinho, vulgo Evinha