domingo, 19 de junho de 2016

É ONCOOOOOO!

Caramba, essa foi, se não a melhor, uma das mais incríveis atuações do semestre! E olha que eu estava bem borocoxô antes de subir a máscara! Sem falar do imprevisto da terça-feira, no COB, onde deveríamos ter atuado a princípio... O danado do COB estava às moscas, fechadinho, porque o berçário estava lotado de minino! Nunca fui muito fã de atuar no COB, mas deu medinho de a semana passar batida, ainda bem que nos colocaram na Onco! Foi muito massa!

A equipe foi muito receptiva! Jogou que só com agnt! ^^ Acho que dessa vez eu estava mais atenta ao olhar, ao encontro... Já na nossa primeira estação, a moça dos florais nos deu uma carga extra de energia ao dizer que estava bastante triste antes de nós chegarmos, e que aquele encontro tinha melhorado o dia. Aiiiiinnn, é tão bom ter consciência do impacto do projeto!

Transformamos a Onco em um salão de beleza, manicure e pedicure garantidos pela equipe! hehe Paqueramos, fomos paqueradas, mas abandonadas no fim! :'( Achamos uma caixa do tesouro, com jóias, brincos, colares... Tentamos dar um jeito de escapulir com alguns acessórios, mas a senhorinha-cabueta fez questão de alertar a equipe! Ruuummm E ela tinha prometido nos acobertar... kkkkkkkk Encontramos dançarinas de forró, mas saímos sem saber dançar! >< Umas das senhoras com a qual interagimos era muito peculiar! hehe Que gênio forte! Ela vez ou outra nos desafiava, nos contradizia... Mas ela estava de corpo total no jogo!

Um dos auges da atuação foram as maçãs... Uma das coisas que me marcaram bastante durante a Oficina e que fui captando também do setor foi a noção de que o ser humano é dual, é rico, tem muito potencial para o bem, mas também é marcado pelo troncho, pelo errado. Talvez a beleza e o caráter genuíno da natureza humana estejam justamente em nos percebermos falhos: ninguém é perfeito, infalível, totalmente “mocinho”. Eis que ao recebermos as maçãs (e durante a atuação como um todo, mas ficou mais claro no episódio das maçãs), eu optei por ser a pentelha, a desconfiada, a palhaça-cutucadora... hehe Melhoral é linda! *.* Ela tem um coração imenso e um potencial muito grande para mostrar o melhor lado do ser humano, o lado que todos nós almejamos... Eu deixei a cargo dela ser a palhaça-doce! E dei vazão ao lado pirralho, ao lado treloso, ao lado pentelho em mim... kkkkk Mas não abandonando o foco: o encontro! Ao passo que Melhoral aceitou a maçã, eu me neguei a comer a fruta, bati o pé e disse que estava envenenada. Quando estávamos na recepção, que mais parece um palco que outra coisa, foi incrível: estava me fazendo de difícil, me negando a comer a maçã, foi massa enxergar a surpresa de Melhoral e dos acompanhantes quando eu fui lá roubei a maçã de Melhoral e saí correndo para dentro da Onco... Foi nossa deixa! Nossa cartada final, antes de sairmos do setor!

Outro momento que me marcou foi nossa tentativa de encontrar um senhorzinho! O encontro foi rápido, não se aproveitaou todo o potencial da troca de olhares... O fato é que da última vez em que estávamos na Onco, esse senhorzinho havia jogado muuuuuito conosco! Havia brincado que só! ^^ Mas desta vez, estava bem debilitado, bem mais abatido, fraco... Não enxerguei uma recusa em seus olhos, mas sim falta de energia, pouca disposição, certa tristeza pela sua condição. Tocou-me bastante a comparação entre o “ele da última atuação” e o “ele desta atuação”. Fez-me refletir sobre o quão somos frágeis e o quão vale a pena cuidar do outro! Acho que foi uma dose de realidade num período da faculdade em que tenho lidado pouco com doenças mais pesadas...


Quero mais de me colocar nessa posição de desconforto, posição de abaixar as armas, sacar os olhos, mostrar o verdadeiro de nós, estar vulnerável a tanto receber amor como patadas, porque vale mais a pena não estar atrás de máscaras! 

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