Caramba, essa foi, se não a melhor, uma das mais incríveis atuações do
semestre! E olha que eu estava bem borocoxô antes de subir a máscara! Sem falar
do imprevisto da terça-feira, no COB, onde deveríamos ter atuado a princípio...
O danado do COB estava às moscas, fechadinho, porque o berçário estava lotado
de minino! Nunca fui muito fã de atuar no COB, mas deu medinho de a semana
passar batida, ainda bem que nos colocaram na Onco! Foi muito massa!
A equipe foi muito receptiva! Jogou que só com agnt! ^^ Acho que dessa
vez eu estava mais atenta ao olhar, ao encontro... Já na nossa primeira
estação, a moça dos florais nos deu uma carga extra de energia ao dizer que estava
bastante triste antes de nós chegarmos, e que aquele encontro tinha melhorado o
dia. Aiiiiinnn, é tão bom ter consciência do impacto do projeto!
Transformamos a Onco em um salão de beleza, manicure e pedicure
garantidos pela equipe! hehe Paqueramos, fomos paqueradas, mas abandonadas no
fim! :'( Achamos uma caixa do tesouro, com jóias, brincos, colares... Tentamos
dar um jeito de escapulir com alguns acessórios, mas a senhorinha-cabueta fez
questão de alertar a equipe! Ruuummm E ela tinha prometido nos acobertar...
kkkkkkkk Encontramos dançarinas de forró, mas saímos sem saber dançar! ><
Umas das senhoras com a qual interagimos era muito peculiar! hehe Que gênio
forte! Ela vez ou outra nos desafiava, nos contradizia... Mas ela estava de
corpo total no jogo!
Um dos auges da atuação foram as maçãs... Uma das coisas que me
marcaram bastante durante a Oficina e que fui captando também do setor foi a
noção de que o ser humano é dual, é rico, tem muito potencial para o bem, mas
também é marcado pelo troncho, pelo errado. Talvez a beleza e o caráter genuíno
da natureza humana estejam justamente em nos percebermos falhos: ninguém é perfeito,
infalível, totalmente “mocinho”. Eis que ao recebermos as maçãs (e durante a
atuação como um todo, mas ficou mais claro no episódio das maçãs), eu optei por
ser a pentelha, a desconfiada, a palhaça-cutucadora... hehe Melhoral é linda!
*.* Ela tem um coração imenso e um potencial muito grande para mostrar o melhor
lado do ser humano, o lado que todos nós almejamos... Eu deixei a cargo dela ser
a palhaça-doce! E dei vazão ao lado pirralho, ao lado treloso, ao lado pentelho
em mim... kkkkk Mas não abandonando o foco: o encontro! Ao passo que Melhoral
aceitou a maçã, eu me neguei a comer a fruta, bati o pé e disse que estava
envenenada. Quando estávamos na recepção, que mais parece um palco que outra
coisa, foi incrível: estava me fazendo de difícil, me negando a comer a maçã,
foi massa enxergar a surpresa de Melhoral e dos acompanhantes quando eu fui lá
roubei a maçã de Melhoral e saí correndo para dentro da Onco... Foi nossa
deixa! Nossa cartada final, antes de sairmos do setor!
Outro momento que me marcou foi nossa tentativa de encontrar um
senhorzinho! O encontro foi rápido, não se aproveitaou todo o potencial da
troca de olhares... O fato é que da última vez em que estávamos na Onco, esse
senhorzinho havia jogado muuuuuito conosco! Havia brincado que só! ^^ Mas desta
vez, estava bem debilitado, bem mais abatido, fraco... Não enxerguei uma recusa
em seus olhos, mas sim falta de energia, pouca disposição, certa tristeza pela sua
condição. Tocou-me bastante a comparação entre o “ele da última atuação” e o “ele
desta atuação”. Fez-me refletir sobre o quão somos frágeis e o quão vale a pena
cuidar do outro! Acho que foi uma dose de realidade num período da faculdade em
que tenho lidado pouco com doenças mais pesadas...
Quero mais de me colocar nessa posição de desconforto, posição de
abaixar as armas, sacar os olhos, mostrar o verdadeiro de nós, estar vulnerável
a tanto receber amor como patadas, porque vale mais a pena não estar atrás de
máscaras!
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