Voltamos a atuar nessa ultima quinta-feira no décimo primeiro andar norte, onde fica a enfermaria de oncologia. Estamos quase especialistas nesse setor, sendo este pra mim o lugar das minhas melhores atuações. Essa semana pra mim foi bem punk, mas no meio do caminho tinha uma atuação que me deu um gás a mais pra terminá-la bem. Assim que chegamos no andar o pessoal da musicoterapia (eu acho que é esse o nome do projeto) estava num quarto de uma paciente que tinha um gosto bem diferenciado, acho que foi o ultimo quarto que eles passaram porque quando retornamos com a pele e a energia lá em cima eles já tinham ido embora. Eu adoro música acho que teria sido massa a integração Cambitinha, Roberto, Pacientes e musicoterapeutas hahahahhaha
É impressionante como eu não consigo lembrar dos nomes das pessoas direito, eu guardo o rosto bem direitinho, mas os nomes não ficam gravados, mas no primeiro quarto eu lembro de Lindinalva que não estava tão receptiva pela sua ansiedade em ficar de alta logo, eu lembro do nome dela porque ela estava esperando (impacientemente) a volta da sua irmã Lindacil (não tenho certeza, só sei que as duas era Lind+algo e a outra irmã era Claud+algo, a excluída das lindas hahahah) que estava trazendo os papéis da alta, mesmo assim ainda conseguimos interagir da porta. Daqui pra frente eu não tenho certeza se os nomes estão certos ou se estou trocando :$
No quarto seguinte tive uma super aula de relacionamentos com uma paciente, é impressionante como Cambitinha gosta de pegar conselho pra vida amorosa dela, pode perguntar à Amará MuitasLéguas e Margarida Falamuito que estavam com ela semestre passado, tanto escutou que depois de 20anos de existência finalmente arrumou um namorado. Entramos depois no quarto de Dona Esther e ela estava lá com sua irmã muito simpática que nos acolheu muito bem, Dona Esther estava impossibilitada de falar, mas isso não a impediu de se comunicar. Na cama do lado estava uma paciente muito otimista e simpática que também estava aguardando a sua alta ansiosamente. Chegamos ao quarto da mulher com o gosto musical diferenciado, descobrimos que ela tocava música erudita e aquela música que ela tinha pedido era de Tchaikovsky. Bem refinada. Tivemos um reencontro com Paulo, um paciente que encontramos da outra vez que fomos la e nessa visita descobrimos que ele era boyzinho de banda e toca teclado profissionalmente, achei babado. Sua esposa é uma onda, mas ela tinha ido lá embaixo resolver alguma coisa, quando estávamos em outro quarto ela passou dando tchauzinho *-*.
Um dos últimos quartos que visitamos tinha dois senhores e suas filhas respectivamente, o primeiro estava bem agoniadinho com a cama e não via a hora de sair dali, ele não escutava muito bem então cheguei mais perto pra conversar, ele parou pouco e começou a alisar meu cabelo dizendo que era muito bonito. Perguntei se ele gostava de Roberto Carlos e as filhas me acompanharam numa musiquinha pra ele. Foi um momento diferente. O seu vizinho era um senhor que se apaixonou e casou com sua primeira namorada (o coração romantiquinho de Cambitinha não parou de pular quando ele contou a história, claro) e gostava muito de conversar sobre as lembranças da sua vida.
Mais ou menos isso, DB!
Até a próxima. :*
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