Após esse episódio que acabo de te contar de minha vida emocional (ihihihih), vamos "ao que interessa"! A atuação do alojamento conjunto! Foi tão incrível... Ai Nari, nesse dia foi fogo desde o começo porque primeiro que não tivemos nem quarto para nos trocar... Foi no banheiro mesmo... E as bolsas? Não tínhamos onde pôr... E bom, na hora, tive a ideia de simularmos os nossos bebês... Hehehhehe... Fomos relativamente bem recebidas no setor... Inclusive pelo pessoal da enfermagem. Brincamos bastante com a luz azul dos recém-nascidos quando saímos do banheiro e também no primeiro quarto em que entramos. Brincamos também de "De onde vêm os bebês?/Como faz para ter um bebê?". Não obtivemos resposta. hehehhehe... Mas uma das partes mais incríveis da atuação aconteceu no final, quando uma mãe nos permitiu segurar nos braços o seu bebê... Acho que era Arthur o nome dele, e olhe Nari, que você sabe que nunca lembro os nomes das pessoinhas... Enfim. Ela tava até com medo de a gente raptar de verdade o bebê! Hahahahah. Esse era o jogo! Hahahhaah... Ele era ão picototinho... Me senti tão bem nesse momento... Mas bem, nem tudo são flores. De outro lado, teve um outro momento dessa atuação que foi tão delicado... E que inclusive não soubemos reagir muito bem. Foi uma mulher. Uma mulher que compartilhava o quarto com outras três, porém ela tinha perdido o seu bebê. Fomos "avisadas" por outras colegas do quarto a situação e elas nos disseram, inclusive, que não deveríamos jogar com ela. Em um primeiro momento, só olhamos e não tentamos nada. Saímos do quarto no momento oportuno, nos entreolhamos eu e Záh e me lembro de ter perguntado para ela: "quer tentar?". Claro que ela sabia a que eu me referia. E vi em seus olhos um "sim" meio assustado, meio com medo... Não sabia, nesse momento, que aquela mulher tinha uma representatividade especial para ela... Que bom que puxei Záh pela mão após o "sim" que seus olhos me disseram... Tentamos. Olhamos para ela, com o melhor olhar que tínhamos... Ainda dissemos algumas palavras, mas ela não podia... Não aguentava mais reprimir tantas lágrimas amargas, salgadas e dolorosas... Saímos então do quarto... Ela não podia estar conosco ali. Foi tão difícil, Narizinho... Ficamos um tempo lá, paradas de frente para esta mulher, sem saber o que fazer, como lidar... Ainda bem que Záh estava comigo... (sempre!!!). Aproveito o momento novamente para registrar minhas desculpas sinceras por aquele fatídico dia... Enfim... Foi um dia de muitas experiências... Experiências em meus braços, experiências nos céus.
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