sábado, 22 de outubro de 2016

Um cavalo no HC

Fomos designadas pra hemodiálise, e tivemos que chegar num horário mais tarde (16:30), por causa da pesquisa. Estávamos perdidas, mas encontramos a lindona da Pri, que salvou e ainda disse "Não lembro uma vez que não estive com medo. Vão!", e a gente foi. Procuramos a enfermeira, que disse que só tinha um paciente. Olho pra marininha com a melhor cara de: "E agora, o que a gente faz aqui?". Mesmo assim, fomos nos arrumar. Percebi que tinha esquecido a lente, então foi dia de atuação às cegas (já antecipo, com orgulho, que concluí a atuação sem bater em nada hehehe). Depois de subir a energia com Spanish Girl, fomos pra hemodiálise. Antes de entrar no quarto, uma surpresa: fomos convocadas para visitar uma senhora no quarto 507. Anotamos o recado. "Só tem um paciente aqui mesmo, acho que vai dar tempo de ir lá antes do jantar". Como estávamos erradas. Agora existiam três pessoas na hemodiálise. Tivemos apenas dois encontros, mas foram encontros longos, e lindos. Logo de início, encontramos Dona Lindalva. Ela falava pouco, mas estava muito aberta ao nosso encontro. Ela falou dos seus filhos, inclusive de uma que morava em Brasília. Dissemos que íamos visitá-la de cavalo. Dona Lindalva riu muito, e disse que a gente não era normal e estávamos confundindo ela. Depois de uma looonga conversa, pedimos pra ela prestar bem atenção pra encontrar nosso cavalo ("No hospital??? Tem cavalo não!" "Tem sim! Fique de olho que a gente tá precisando!"). Fomos pra próxima paciente, Dona Popoviska, uma artista com com nome artístico e tudo. Na conversa, descobrimos que ela psicografava Eça de Queiroz, era escritora, cantora (que lindas as músicas que ela cantou pra gente), falava várias línguas, e tinha muitos amigos. Decidimos candidatá-la pra vereadora. Seu número já estava lá, no prontuário, debaixo do seu nome 19587 (na verdade, só lembro do 19 kkkk). Um partido totalmente novo! PM, o Partido das Mulheres. Ela também foi Cinderela. A única dama que tinha o tamanho do pé certo pro sapato. A conversa ainda rendeu muito, até que surgiu o jantar. "Hora de fugir, Tutu!". Ainda tentamos ir no 507, mas o jantar também estava lá, e saí talvez com um pequena diminuição na sensação de dever cumprido. Por fim, a rápida despedida com Jéssica, a estudante da pesquisa. Que pessoa maravilhosa!

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