sábado, 1 de abril de 2017

Valdete & Quiteria ft. Elisa na Pediatria



DB,


Sobre a atuação na pediatria: tivemos muitos momentos bons, mas também tivemos um momento filme de terror. HAHAHA
Chegamos no setor, subimos a energia e saímos. Logo no primeiro quarto, encontramos uma mulher incrível, que depois descobrimos que fazia parte do Doutores da Alegria. O quarto estava lotado e, bem, não precisamos fazer nada. Ela roubou a cena e nos tornamos expectadoras enquanto ela conduzia o “espetáculo”. Entre desfiles, poemas declamados e problemas mentais, vimos todos no quarto (que só tinha RNs) serem envolvidos por aquele momento. Foi show.

Seguimos para outros quartos e ai começaram as dificuldades... As crianças não interagiam, não falavam... Um certo gato andou comendo a língua delas. E os acompanhantes também não estavam lá muito abertos à interação. Foi dificil manter a energia assim, foi dificil encontrar saídas para esses “tocos”. Acho também que não nos entendemos bem quanto aos momentos de apenas desistir de alguns pacientes. As vezes senti que o paciente não queria mesmo a nossa presença ali, tentei chamar Evinha e Cacá (sim, ela atuou com a gente essa semana) para irmos embora, mas elas não captavam a mensagem.

Enfim, eventualmente seguimos e no final do corredor encontramos uma pequena que nos renovou. Katilin foi o verdadeiro encontro daquele dia. A inocência daquela criança, que era ao mesmo tempo tão esperta, me encheu os olhos. Coisa mais linda! E num contraponto, surgiu um menino um pouco maiorzinho, já um pouco mais maldoso. Esse sim deu trabalho para conter. HAHAHA Tentou pegar nos nossos narizes, pegamos no dele. Mudamos de assunto, mas ele continuava. E era um pouco violento, querendo brincar de briga.

Sentimos que a atuação tinha acabado e buscamos pela enfermeira que tinha a chave do quartinho da enfermagem. Ela havia justamente entrado nele. E demorou muito a sair. E ai acho que foi o momento PAM da atuação. Não tínhamos mais energia, as crianças estavam loucas em cima da gente e estávamos nos esforçando muito pra segurar o jogo. E a enfermeira não saia. Bateu um pouco de desespero. Mas nada foi pior do que quando ela saiu e nos entregou a chave. Entramos no quartinho, mas acho que não conseguimos deixar claro para os pequeninos que íamos embora... Porque eles ficaram batendo na porta todo o tempo e pedindo pra gente sair. E ai sim pareceu filme de terror. Não sabíamos o que fazer pra sair kkkk Quando eles pararam de tocar, combinamos que Evinha iria entregar a chave e que eu e Cacá iriamos esperar no elevador. Não deu certo. As crianças nos viram e CORRERAM atrás da gente. Uma foi pega pela mãe e começou a chorar. O outro nos perseguiu ATÈ o elevador e ficou reclamando, dizendo que sabia que a gnt era palhaça, que eramos mentirosas... Pra resumir, CAOS. What a atuação rsrsrs

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