DB,
Sobre a atuação na pediatria: tivemos muitos momentos bons,
mas também tivemos um momento filme de terror. HAHAHA
Chegamos no setor, subimos a energia e saímos. Logo no
primeiro quarto, encontramos uma mulher incrível, que depois descobrimos que
fazia parte do Doutores da Alegria. O quarto estava lotado e, bem, não
precisamos fazer nada. Ela roubou a cena e nos tornamos expectadoras enquanto
ela conduzia o “espetáculo”. Entre desfiles, poemas declamados e problemas
mentais, vimos todos no quarto (que só tinha RNs) serem envolvidos por aquele
momento. Foi show.
Seguimos para outros quartos e ai começaram as
dificuldades... As crianças não interagiam, não falavam... Um certo gato andou
comendo a língua delas. E os acompanhantes também não estavam lá muito abertos
à interação. Foi dificil manter a energia assim, foi dificil encontrar saídas
para esses “tocos”. Acho também que não nos entendemos bem quanto aos momentos
de apenas desistir de alguns pacientes. As vezes senti que o paciente não
queria mesmo a nossa presença ali, tentei chamar Evinha e Cacá (sim, ela atuou
com a gente essa semana) para irmos embora, mas elas não captavam a mensagem.
Enfim, eventualmente seguimos e no final do corredor
encontramos uma pequena que nos renovou. Katilin foi o verdadeiro encontro
daquele dia. A inocência daquela criança, que era ao mesmo tempo tão esperta,
me encheu os olhos. Coisa mais linda! E num contraponto, surgiu um menino um
pouco maiorzinho, já um pouco mais maldoso. Esse sim deu trabalho para conter.
HAHAHA Tentou pegar nos nossos narizes, pegamos no dele. Mudamos de assunto,
mas ele continuava. E era um pouco violento, querendo brincar de briga.
Sentimos que a atuação tinha acabado e buscamos pela
enfermeira que tinha a chave do quartinho da enfermagem. Ela havia justamente
entrado nele. E demorou muito a sair. E ai acho que foi o momento PAM da
atuação. Não tínhamos mais energia, as crianças estavam loucas em cima da gente
e estávamos nos esforçando muito pra segurar o jogo. E a enfermeira não saia.
Bateu um pouco de desespero. Mas nada foi pior do que quando ela saiu e nos
entregou a chave. Entramos no quartinho, mas acho que não conseguimos deixar
claro para os pequeninos que íamos embora... Porque eles ficaram batendo na
porta todo o tempo e pedindo pra gente sair. E ai sim pareceu filme de terror.
Não sabíamos o que fazer pra sair kkkk Quando eles pararam de tocar, combinamos
que Evinha iria entregar a chave e que eu e Cacá iriamos esperar no elevador.
Não deu certo. As crianças nos viram e CORRERAM atrás da gente. Uma foi pega
pela mãe e começou a chorar. O outro nos perseguiu ATÈ o elevador e ficou
reclamando, dizendo que sabia que a gnt era palhaça, que eramos mentirosas...
Pra resumir, CAOS. What a atuação rsrsrs
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