sábado, 8 de abril de 2017

Sobre a arte de viver: vivendo e aprendendo!

Olares!

Primeiramente, boa noite! Segundamente, gostaria de dizer que a atuação foi mara. Esta foi a 3ª desse novo ciclo e fomos para a enfermaria de oncologia. Era minha primeira atuação nesse setor e, como sempre, eu estava receosa, mas nada como uma MCM otimista para interromper seu negativismo.

Então, nos arrumamos rapidinho e partimos para o jogo. O primeiro quarto que entramos foi o da FORÇA. Estava mesmo precisando dela. Encontramos Edson Celular, sua mãe, a moça que ria bastante e seu esposo, que também é Edson, porém é mais conhecido como Todo Mundo. Foi muito legal porque eles entraram no jogo de uma forma incrível. Nos ensinaram a dieta do alface, muito nutritiva e fácil de seguir... você come tudo, exceto alface. Além disso, aprendemos que em caso de dor no corpo podemos fazer Tai kom dô (Taekwondo) que melhora. Em caso de dor de canela, por exemplo, é muito eficaz, assim como o chá de canela também o é... Você tira a canela, faz o chá e coloca de volta no lugar. Sem falar da frase filosófica da camisa de Edson Celular sobre viver a vida com estilo e harmonia. Foi uma tarde de lições e ainda ganhamos uma oração de Todo Mundo, apesar de momentos antes ter sido um pouco tenso.

Não sei se lembrarei a ordem dos quartos, mas passamos também pelo quarto da CORAGEM para nos abastecer, fomos convidadas para almoçar na casa da tia Lúcia Lasanha. Passamos também no quarto do OTIMISMO, já que ando meio pessimista e lá mesmo estive refletindo que “para tudo há uma solução, só não tem jeito para a morte e ainda há controvérsias!”. Seguimos para o quarto do RENASCIMENTO (acho que era esse o nome), foi um pouco morgado, quer dizer, um pouco não, muito. Então, nos retiramos logo e seguimos para o quarto do REVIVER. Lá encontramos com Érica e Tenho Não, que era ninguém. Eles estavam em processo de “revivamento” para tornarem-se, Émilionária e Tenho Sim ou alguém. Nos informaram que o último passo do processo seria a alimentação e daí seguimos em busca de comida.

Entramos no quarto do Sr. que é da família Rocha Barro. Ao que tudo indica, ele trabalha “rochando o barro” porque além do nome sugestivo, o rapaz o chamou de mestre, sugerindo que ele era Mestre Vitalino ressurreto, pensamos. Ele estava no quarto que não lembro o nome. :D

Por fim, seguimos nossa jornada em busca de comida. Voltamos para o quartinho das enfermeiras, talvez lá tivesse o que procurávamos. Só que não!

Como deu para perceber, hoje fui bem objetiva, deixei muitos detalhes de fora, mas sem dúvidas que os momentos mais marcantes ficarão gravados na memória. Apesar da situação vivenciada pelos pacientes, vemos muitos sorrirem, brincarem, demonstrando a força, a coragem, o otimismo que cultivam. Sabemos que não dever ser nenhum pouco fácil, mas eles têm um 'porquê' para continuarem lutando, seja ele qual for. E como disse Viktor Frankl, um famoso psiquiatra sobrevivente dos campos de concentração e que escreveu sobre o sentido da vida: "Quem tem um 'porquê' enfrenta qualquer 'como'."

Essa entrou para a lista das melhores atuações. De verdade, foi muito legal! Tenho me adaptado bem a minha nova MCM e espero que a cada atuação, boa ou ruim, possamos ir nos aperfeiçoando. Lembrando que nunca estaremos prontas porque “palhaço pronto é palhaço morto!”.

Beijos,

Evinha 

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