Olares!
Primeiramente, boa noite!
Segundamente, gostaria de dizer que a atuação foi mara. Esta foi a 3ª desse
novo ciclo e fomos para a enfermaria de oncologia. Era minha primeira atuação
nesse setor e, como sempre, eu estava receosa, mas nada como uma MCM otimista para
interromper seu negativismo.
Então, nos arrumamos rapidinho e
partimos para o jogo. O primeiro quarto que entramos foi o da FORÇA. Estava
mesmo precisando dela. Encontramos Edson
Celular, sua mãe, a moça que ria bastante e seu esposo, que também é Edson,
porém é mais conhecido como Todo Mundo.
Foi muito legal porque eles entraram no jogo de uma forma incrível. Nos ensinaram
a dieta do alface, muito nutritiva e fácil de seguir... você come tudo, exceto
alface. Além disso, aprendemos que em caso de dor no corpo podemos fazer Tai kom dô (Taekwondo) que melhora. Em caso de dor de canela, por exemplo, é muito eficaz, assim como o chá de canela também o é... Você tira a canela, faz o chá e coloca de volta no lugar. Sem falar da frase filosófica da camisa de Edson Celular sobre viver a vida com estilo e harmonia. Foi uma tarde de lições e ainda ganhamos uma oração de Todo Mundo,
apesar de momentos antes ter sido um pouco tenso.
Não sei se lembrarei a ordem dos
quartos, mas passamos também pelo quarto da CORAGEM para nos abastecer, fomos
convidadas para almoçar na casa da tia Lúcia
Lasanha. Passamos também no quarto do OTIMISMO, já que ando meio pessimista e lá mesmo estive
refletindo que “para tudo há uma solução, só não tem jeito para a morte e ainda
há controvérsias!”. Seguimos para o quarto do RENASCIMENTO (acho que era esse o nome), foi um pouco
morgado, quer dizer, um pouco não, muito. Então, nos retiramos logo e seguimos
para o quarto do REVIVER. Lá encontramos com Érica e Tenho Não, que era ninguém. Eles estavam em processo de “revivamento”
para tornarem-se, Émilionária e Tenho Sim ou alguém. Nos informaram que o último
passo do processo seria a alimentação e daí seguimos em busca de comida.
Entramos no quarto do Sr. que é
da família Rocha Barro. Ao que tudo indica, ele trabalha “rochando o barro”
porque além do nome sugestivo, o rapaz o chamou de mestre, sugerindo que ele era Mestre Vitalino ressurreto, pensamos. Ele estava no quarto que não lembro o
nome. :D
Por fim, seguimos nossa jornada
em busca de comida. Voltamos para o quartinho das enfermeiras, talvez lá
tivesse o que procurávamos. Só que não!
Como deu para perceber, hoje fui
bem objetiva, deixei muitos detalhes de fora, mas sem dúvidas que os
momentos mais marcantes ficarão gravados na memória. Apesar da situação vivenciada pelos pacientes, vemos muitos sorrirem, brincarem, demonstrando a força, a coragem, o otimismo que cultivam. Sabemos que não dever ser nenhum pouco fácil, mas eles têm um 'porquê' para continuarem lutando, seja ele qual for. E como disse Viktor Frankl, um famoso psiquiatra sobrevivente dos campos de concentração e que escreveu sobre o sentido da vida: "Quem tem um 'porquê' enfrenta qualquer 'como'."
Essa entrou para a lista das melhores atuações. De verdade, foi muito legal! Tenho me
adaptado bem a minha nova MCM e espero que a cada atuação, boa ou ruim,
possamos ir nos aperfeiçoando. Lembrando que nunca estaremos prontas porque “palhaço pronto é palhaço morto!”.
Beijos,
Evinha
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