domingo, 16 de abril de 2017

Eu tiraria meu nariz pra você...

E hoje foi dia de 7 Sul... passei uma hora e meia vagabundando com Vitor antes de ir pra o HC, a gente até esqueceu que tinha prova de Pediatria chegando. Por isso, já chegamos no setor super animados, até aquele choque básico ao ver o pessoal d’O Caminho se reunindo pra começar suas atividades. De cara eu desanimei e já pensei que a atuação ia ser uma cagada, ledo engano... Atingimos a meta de nos arrumar em 25 minutos, acordamos nosso corpo com uma dança inusitada chamada “bundinha – bundinha” e caímos no setor. Nessas minhas últimas atuações com Vitor confesso que uma das melhores partes é quando a gente fica inventando loucuras pra aquecer o corpo e subir a energia. A cada dia que passa tá ficando mais bizarro kkkkkkkk.
Durante a atuação inteira, interagimos com os pacientes e com o pessoal do Caminho ao mesmo tempo. Foi uma experiência diferente, mas ao mesmo tempo difícil, pois eu e Maurício não conseguíamos nos conectar muito bem e era difícil “puxar” os pacientes pra brincadeira. Mesmo com essas dificuldades tivemos jogos incríveis, como a aula de dança de Bundinha com Bundinha, pra deixar a perna toda malhada. Foi ótimo ver umas oito pessoas fazendo essa dança no meio do hospital. Também tivemos uma escolha de modelos para o desfile do estilista francês, Maurício DeLarochee, com modelitos bem inusitados. Dentre as escolhidas tivemos a modelo com o tema  MacacoCobra, que nos ensinou a fazer um “pliè” selvagem. Também escolhemos outros modelitos selvagens que não lembro bem agora, mas que fizeram uns desfiles beeeeem bizarros. Depois disso, Maurício sequestrou uma das modelos carregando-a em suas costas e eu tive que ir lá salvar a menina, que ainda por cima ficou chorando porque eu estava separando o amor dos dois... Poupe-me!!
Imagem exclusiva de um ensaio fotográfico internacional.

Nessa atuação um momento “UAU” foi quando sequestramos um menino d’O Caminho num quarto. Ele estava tão envolvido no nosso jogo que nos acompanhou e praticamente atuou conosco. Conhecemos uma senhora que ficou apaixonada por ele e aceitou o seu pedido de casamento. Eu e Maurício presidimos a cerimônia, e o rapaz jurou fazer macarronada todo dia pra sua esposa, além de dormir sempre agarradinho com ela. Depois disso, foi de modo bem inesperado que a senhora falou que só faltava pra o seu noivo e pra ela um nariz igual ao nosso... que momento difícil!!! Eu e Vitor nos olhamos na tentação de entregar nossos narizes aos dois, eles foram tão incríveis juntos... Mas não sabíamos como uma jogada arriscada dessas acabaria. Acabamos por desconversar e propor outra coisa, mas confesso que passei o resto da noite pensando em como que queria ter tirado o meu nariz pra aqueles dois.
Outro jogo muito bom que surgiu foi de uma senhora que ficava sempre nos mostrando os seus sapatos. Logo, perguntei a ela se eram sapatos mágicos, ela nos disse que sim e ainda acrescentou que se ela batesse com ele três vezes no chão eu e Maurício sumiríamos do quarto. Ficamos suuuper animados com a proposta, e passamos uns quinze minutos tentando fazer a mulher provar o poder dos tais sapatos. Enfim, quando desistimos e nos direcionamos para a porta, vi Vitor sair correndo feito um doido e rindo. Eu não tive dúvidas e fui atrás, e foi então que meu MCM me disse que ela bateu o danado do sapato na hora em que eu virei as costas... Pense num papel de trouxa foi esse!! Tivemos outros encontros ótimos nesse dia: dançamos MC Tróia, forró, falamos todas as línguas de uma vez só. Foi sensacional como a energia não caiu, como os jogos entraram e fluíram bem.  A atuação foi muito intensa e maravilhosa, de modo que eu não conseguiria traduzi-la bem em palavras. Acho que essa foi a primeira atuação em que meu corpo ficou nos 100% o tempo todo. Só houve um momento “PEM”: quando o nariz do meu MCM saiu do lugar e ele teve que parar tudo pra ajeitar. Ele ficou meio pra baixo no começo, mas depois se recuperou e voltou com força total! Orgulho desse menino <3.  

A atuação acabou e saímos do vestiário pra conversar com o pessoal d’O Caminho que ainda estava lá e fizemos muuuito merchandising do PERTO hahahaaha. Enfim deixo minha gratidão ao 7 Sul, aos pacientes e as pessoas do Caminho que fizeram essa atuação inesquecível pra mim.

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