sábado, 29 de abril de 2017

Felicidade, amor e... coxinha!

Querido DB,

Sabe quando a gente não estava esperando fazer alguma coisa, mas que  com o embalo, termina fazendo, e depois a gente fica eternamente grato por ter feito? Foi mais ou menos o que aconteceu comigo nessa quinta, quando eu tinha me programado pra atuar uma vez, voltar à so called realidade e, inevitavelmente, me estressar com um montão de coisas que vez por outra aperreia meu juízo. Pois bem, terminou que resolvi seguir a ideia da minha atual MCM  e da minha anterior, mas ainda assim, MCM e embarcar em mais uma atuação diferente: participar de um evento organizado pelo pessoal da Alergologia para pacientes com imunodeficiências primárias e seus familiares e para o qual o pessoal da palhaço havia sido convidado. Apesar das incertezas de como seria, nos preparamos, e fomos.

A atuação foi bem diferente das que estava acostumada, no setor, e rápida também. Mas a vivência como um todo deixou algumas impressões em mim que comecei a perceber em nossas conversas pós atuação...

Me preparei junto com as meninas para nos jogarmos no vazio, e encontrei no vazio um lugar onde você pode se encontrar correndo loucamente, de um lado para o outro, segurando um montão de balões de hélio, guardando a expectativa de que eles pudessem te fazer voar; um lugar onde você pode se encontrar prendendo involuntariamente a respiração na expectativa de ouvir o que as outras pessoas iriam responder à pergunta "o que você deseja do fundo do seu coração?"; um lugar onde você pode ficar tão admirada vendo as outras pessoas terem seus desejos levados diretamente para quem teria poder de realizá-los que nem percebe que acabou ficando de mãos vazias; e um lugar onde, a partir do vazio, você é capaz de fazer tudo, se tiverem pessoas maravilhosas lá juntinho de você.            


Obrigada pela companhia, MCMs, meu vazio seria apenas um vazio se não fossem vocês! 💙





Bebês por toda parte

Querido DB,

Sobre a atuação dessa semana eu só queria dizer que...

Resultado de imagem para babies everywhere 
                              ...esse meme é tão representativo que eu poderia parar por aqui kkkkk.

Mas vamos lá, foi minha primeira atuação no alojamento conjunto, e a atuação foi no mínimo beem diferente. Em muitos aspectos. O mais importante deles com certeza foi o fato de ter bebês muito pequeninos em todos os lugares, e eu ter que ficar o tempo inteiro checando se não tava arrastando nada com o meu tutu não muito discreto, porque os quartos estavam bem tumultuados: era berço, cadeira, mãe, acompanhante, fralda, bebês, pais, bolsinhas de bebê, enfermeiras e cobertorzinhos por todos os lugares. 

A atuação terminou sendo rapidinha, mas teve seus momentinhos especiais. Vou destacar três deles:

O primeiro foi com uma mãe e uma bebê que estavam em um quarto todo cor de rosa, só tinham bebês meninas nesse quarto, e não economizaram no "frufru". A bebê já tinha madeixas de dar inveja a qualquer um, digna de rapunzel, mas, apesar disso, era a única baby do quarto que não tinha um laço enfeitando a cabecinha! Prometemos à mãe que arrumaríamos um laço e não muito tempo depois, Tutu e Dorotéia confeccionaram um laço de dar inveja a qualquer um! Ficamos emocionadas com nosso trabalho, e mais ainda ao vê-lo amarradinho na cabeça da bebê. 😍

O segundo foi com outra mamãe e sua bebê que estavam em um quarto com diversas personalidades bebês, a filhinha dela incluída. Era o quarto do Rei Arthur, da Princesa Sofia, do Bebê Pop Star e da Musa do Verão, a bebê de quem vou falar. Nossa musa se chamava Camily (uma junção proposital ou não, nunca se sabe, entre Camila e Emily) e quando a encontramos ela estava tomando um delicioso banho de sol azul, com um óculos muito fashion. A mãe dela lamentou não ter um celular com câmera para que pudesse registrar esse nosso encontro. Mas, como (aparentemente) estávamos sanando todas as faltas, Dorotéia não tardou em resolver também esse problema. Arranjamos uma máquina tiradora de fotos, e eternizamos um momento bem maravilhoso:


E o terceiro, foi com a acompanhante de uma paciente. Dessa vez, foi ela quem arranjou uma pecinha pra onde estava precisando. A pecinha, foi uma flor de crochê verde, e o que estava precisando dela, era meu tutu. Em um dos maiores acasos que já vi até hoje, depois de duas atuações falando sobre melhorar o meu tutu, acabamos encontrando uma senhora fazendo um tapete de crochê verde, e que, diante da proposta feita por Dory de fazer algo, tipo uma flor, pra minha saia, aceitou prontamente o desafio e fez rapidinho o detalhe que tanto faltava pra completar meu visual. E, pra casar direitinho, a linha ainda era verde, pra combinar com a minha calça! 

Missão cumprida? Hora de bater em retirada. E, pra combinar com a atuação diferente, o fim foi diferente também: bolsas nas costas, corremos para fora do setor sem pausa pra tirar nem pele nem make. Pausa pra respirar, baixamos o nariz, e acabou.  

        

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Retorno

Está formalizado que continuo este semestre com Safifi apenas. Passei o dia inteiro pensando em como se pensa o sujeito da palhaçoterapia, tanto o sujeito humano quanto o sujeito palhaço e em como esse sujeito dialoga com os sujeitos da Gestalt, do Psicodrama, da psicanálise, da ACP... Tem muita coisa que pode ser dita a respeito desta questão, mas este não me parece o lugar mais apropriado para tanto. Novamente tivemos um tempo estendido de conversa antes do começo da atuação, e cada vez mais esse período me parece parte integral da nossa atividade palhaçoterapêutica. É também uma forma de aquecer, de se aquiescer à atuação, para que esta saia consentida e compartilhada.

Foi a primeira vez que atuei em um lugar já antes conhecido. Não só isso, atuamos, nós dois, pela segunda vez neste período juntos no mesmo setor, e foi impressionante ao mesmo tempo que absolutamente óbvio que as duas atuações tenham sido completamente distintas. Poucos elementos foram carregados da vez passada para esta, e na maioria das vezes eles apareciam apenas de forma complementar, como a referência ao nome de alguém de que lembramos. Em geral, pareciam sempre aparecer estes elementos anteriores como marcadores de um cuidado, um estar atento que não cessa com o fim do “expediente” no setor, e eram todos estes elementos trazidos por Safifi. Ainda me sinto em conflito quando me deparo em situações que contrapõem aos meus olhos uma valorização do agora com um reconhecimento do que existiu no antes. Acho que doso estas duas coisas mal muitas vezes, que a balança pesa horas para um e horas para o outro, mas que a relação não é em mim harmoniosa, e senti Safifi extremamente segura neste balé temporal. Senti Safifi muito presente nesta atuação. Atuamos por bastante tempo, bem mais do que antecipávamos.


No mais, queria deixar atestado aqui uma coisa que me lembro de ter sentido de forma muito igual a Safifi ainda na oficina. Existe nesse existir palhaço, dramatúrgico, teatralizado, uma espécie de cansaço que é terapêutico. Esta semana passei cansado de muita coisa, mas um cansado que se carrega nas costas, que pesa nos ombros e na cabeça, que deixa tonto e desgostoso. O cansaço do atuar é completamente distinto. Esse cansaço a gente carrega na bochecha, no nariz, no mascarar. Cansa o olho mas não cansa o olhar. Seguimos vivos. Tenho receio de que me acostumarei a ter isso, medo de quando não tiver mais, de um momento em que não tenha mais, que isso ocorra, e me ponho a pensar estratégias e caminhos de vida que me permitam dispor deste cansaço nos anos que se seguem.

De quem vê o humano

Depois de uma série de tentativas de comunicação frustradas, me inteiro pouco antes do momento da atuação propriamente que nesta semana estaria atuando apenas com Cacá. Nunca tinha atuado com ela, e nunca tinha atuado no alojamento conjunto, com mães e bebês e familiares. Acho que o que mais me chamou a atenção desta vez, e algo que carrego da experiência com Cacá é a atenção para não dar por fechado os jogos que não precisam ser fechados. Só por termos saído de algum quarto não quer dizer que o que estava acontecendo ali dentro tenha findado. E ao passar novamente pelas portas, um olhar para dentro bem colocado é o bastante para que se retome, ainda que de forma passageira, o que antes tinha sido proposto em conjunto. Me parece que em nenhuma atuação até esta estive tão ligado ou tenha sido chamado tanto a atentar para essa parte do nosso trabalho. 

Sinto que existem poucas formas de se estar tanto com alguém quanto se está no momento em que se sobe e se desce a máscara de forma conjunta. Me passa no corpo inteiro nessas horas a sensação de que existe ali na minha frente um infinito ambulante, impossivelmente gigantesco e belo, que eu nunca vou poder resumir de qualquer forma que seja e que assim mesmo saberei para sempre reconhecer, admirar, respeitar, valorizar. Poder depositar tanta crença no profundo que é o ser humano num momento tão pequeno em sua marca no tempo e espaço parece perigoso, arriscado, fruto de uma expectativa esperançosa de olhar no mundo que falha em resolver as adversidades em outros contextos. Mas é revigorante. Faz valer muita dor. É como se ali fossemos apresentados a um segredo dos mais misteriosos e fugidios de que se tem notícia: a capacidade humana de ser sempre mais, a dimensão do vir-a-ser existencial. E assim simplesmente ela nos aparece e somos daquele momento em diante incapacitados de dizer que não sabemos, que nunca vimos, que não acreditamos, que não é possível. Recebemos o encargo de guardar no nosso olhar um pouco desta sabedoria, e somos convidados a tentar traduzir em vivência essa realização. O que faz uma pessoa que sabe da potencialidade de todo sujeito, mulher e homem? Como escuta essa pessoa às outras e aos outros? Como as enxerga? Como os trata? O que apresentará a estas outras e outros coabitantes de seus contextos e espaços? Não acho que possa ser o mesmo. Algo de fundamental muda. Algo de fundamental fica para sempre mudado.

Devir

Segundo dia de atuação. Melca disse que não iria desta vez, e fico animado para ver como vai ser só com Safifi isso de atuar. É sempre uma coisa particular estar com uma pessoa que você conhece de outros espaços atuando. Vem um medo de que as coisas se confundam de certa forma, que a gente transfira de uma realidade para outra e que isso atrapalhe a atuação, a espontaneidade. Mas isso passa. Passa quase na mesma hora que aparece, esse aperreio. É só lembrar que na hora a gente vai estar lá e não em outro lugar, e vai ser lá e não em outro lugar e vai ser o que tiver que ser. Ficamos mais que uma hora conversando antes de atuar, uma coisa de descarrego e de aproximação que nasceu de uma falta e uma vontade conjunta. Jogo bastante com Safifi no setor, meio que como se assim a gente fosse construindo uma forma de ser junto, de estar os dois ligados um no outro. 

De certa forma, começo a ficar receoso de que eu esteja faltando com a função do palhaço por estar tão ligado em construir. Às vezes parece que uma coisa deve se contrapor à outra. Ser palhaço é estar no agora, e construir é pensar num futuro. Mas para construir é preciso estar atento ao que se deve, se precisa, se pode agora. Caso contrário, a construção não se materializa e o futuro deixa de ser possibilidade. Penso em como as coisas aparecem descoordenadas muitas vezes na atuação, como certos elementos podem ser unidos para criar-se algo maior, em que caibam todas as partes e mais do que isso, um todo novo, carregado de mais sentidos e propósitos e valores, um jogo partilhado. Penso que se todo o momento de atuação tem o potencial de servir como base para construções conjuntas, há de se poder também pensar em construções maiores, que se finquem em atuações diversas durante um período mais extenso. Não acho, contudo, que esta construção possa ser planejada. Vem do que surge no próprio espaço. Seria equivocado chegar antecipando certa produção ou forma de construir, mas esperar sentir depois que o edifício está maior do que antes daquele momento me parece quase imprescindível, tanto para nos fazer entender a importância do que fazemos quanto para permitir que cresçamos atentos, presentes, inteirados, e não é como se o edifício possa algum dia estar completo, mas quanto maior, mais diverso, mais presente e aparente for esta construção, mais verdade, força, atenção e calor existirá nessa nossa palhaçaria terapêutica. 

Arerê

Olá DB,

Depois de fazer Caio me esperar por cerca de 3h, finalmente consegui me livrar da prisão da puericultura e encontrá-lo frente ao damuc. A atuação foi foda.

Começamos fazendo massagem em Ricardo, o enfermeiro preguiçoso e logo encontramos Roberta que inventou ter trabalho de química pra fazer pra fugir do HC (e ainda disse que ia copiar o trabalho todo do colega, quase como uma xerox). Seguimos e encontramos duas Paquevirenses (Sim, Paquivira é um lugar real oficial) que não conseguiam nem olhar pra gente direito! Encontramos depois seu Ivo e seu Florêncio e que festa fizemos! Dançamos um forró gostoso, falamos sobre o carnaval e o São João em caruaru e em afogados da ingazeira e  recebemos dicas pra ganhar o prêmio de melhor folião! Logo que saímos nos deparamos com uma moça bastante generosa que nos deu um café com leite delicioso pra subir ainda mais a energia! Andando pelo corredor nos deparamos com  um doido que queria tirar a roupa ali mesmo e fomos direto contar tudo pra sua amada esposa! Depois disso tudo, ainda conhecemos duas amigas e quase que, sem querer querendo, acabamamos essa amizade! Por último, fizemos uma videochamada com uma mulher que estava sendo constantemente enganada pelas mentiras do amigo. Tentamos dar um fim nisso! Não sei se conseguimos...

A atuação foi massa! Quero mais!

Maestria

Olá DB,

Sinto dizer que a mequetrifice apagou muitas das lembranças boas da atuação com Rai e Caio. Podia te dizer muito mais coisas, mas o que ficou foi:
- Maestro Leitinho causando tumulto no relacionamento de Antonieta e Luigi e, na condição de aprendiz, ouvindo as histórias de um velho maestro que gostava de aprender biologia e que tinha a paciência de seu Lunga.
- Dona María José que casou com Luigi numa cerimônia linda e totalmente INTERESSES FREE.
- Dona Diva com seu castelo monumental e com um prédio anexo só para os seus vários contatinhos (Pandolfo tornou-se um deles)
- E duas moçoilas que (irmães, amigas e cunhadas) no fundo no fundo adoram chupar uva.

Estou triste porque muito escapou da cabeça. Segue e a promessa a mim mesma de ser mais disciplinada...

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Fui lá, sentei e dei o Cuuuuuuuuuuuu - tuvelo

Essa semana atuamos no 11 Sul! Eu e Vitor tínhamos duas provas no outro dia, e pra nossa alegria, aqueles momentos no setor nos fizeram esquecer aquele montaaao de matéria pra estudar. Trocamos-nos rapidamente e fomos direto encontrar olhares!! Entramos num quarto com umas senhoras bem salientes que juravam que eu já tinha ido no setor. Elas achavam que tinham outros palhaços escondidos, e que queríamos engana-las kkkkkk. Como Maurício não foi reconhecido por elas, ele se apresentou umas oito vezes e elas ficaram morrendo de rir. Depois disso, elas nos disseram que deveríamos procurar o homem mais famoso do setor: Seu Zé, homem charmoso, louro dos olhos azuis. Ao sair desse quarto em busca de Seu Zé, encontramos três mulheres que estava fofocando na mesinha do corredor. Logo começaram a nos contar os babados e fofocas, e depois chegou outra mulher pousando na mesa e começamos a tirar onda dizendo que ela ia pra capa da Playboy. Seguimos pelo setor e começamos a interagir com uns vigias que estavam lá, perguntando quem era o chefão. Dois homens ficaram nos fazendo de trouxa, cada um que dissesse que o outro era o chefe de verdade. Depois disso, entramos num quarto com uma senhorinha muito fofa. Só que tínhamos um desafio: sempre que o filho dela olhasse, a gente tinha que se esconder. Ficamos nesse jogo por um tempo, até que ele saiu do quarto e, assim, pudemos entrar correndo pra conversar com a mãe dele. A conversa foi bem curta, mas ela se mostrou bem feliz por nos ver ali. Saímos do quarto, ainda nos esquivando do filho da senhora, morrendo de medo do valentão. Diante disso, encontramos uma mulher que nos ensinou como ser valentões de verdade: contou-nos como deveria ser nossa pose e como deveríamos usar nossas pistolas d’Água.
                Seguimos pelo setor e encontramos uma enfermeira que já nos conhecia de outra atuação e claramente ela começou a rir. Mais uma vez ela ficou se fazendo de difícil e eu instigando Maurício a fazer de tudo pra que ela se apaixonasse, só que mais uma vez o pobrezinho foi mal sucedido L. Depois disso entramos num quarto e conhecemos um casal de irmãos muito legais. O homem começou a barganhar pra que eu me juntasse com ele, com o intuito de ter alguém pra lavar suas roupas. Eu me interessei, mas tínhamos que ver as clausulas do contrato. Fomos desde ir no ônibus dele pra Paris, até a promessa de ter comidas gostosas todos os dias. Maurício, ao mesmo tempo, tentou conquistar a irmã do meu boy, mas como ela não deu nem chance, ele atacou outras duas moças que estavam no quarto kkkkk. A irmã do meu boy cantou com a gente e se acabou de rir, nunca vi uma pessoa tão risonha na vida. Depois de muita discussão assinamos a oficialização da união na barriga de Mauricio. Mesmo depois de tudo acertado, o safado tentou me enrolar dizendo que ia fugir e eu jurei persegui-lo na cadeira de rodas do quarto vizinho kkkkk. Saímos do quarto e eu apostei com meu sócio/boy que eu conseguia captura-lo de volta.
                Por fim, encontramos as mulheres novamente na mesinha do corredor. Elas estavam bem mais abertas dessa vez e tinha uma senhora lá, completamente loucaaaa kkkkkk. A gente morreu de rir com ela, falando tudo em duplo sentido, nos incentivando a dar o cuuuuu-tuvelo e dizendo que tinha aprendido tudo isso em Dubai...

                Pra fechar com chave de ouro a atuação, na hora de voltar pra o quartinho encontramos o tão famoso Seu Zé. Ainda tentamos interagir com ele, mas o mesmo não estava tão aberto. Finalmente entramos do quartinho e baixamos a máscara. Esse momento sempre me faz pensar como são deliciosas as horinhas no setor <3.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Camaradinha

Hoje foi uma dupla diferente: eu e Laroca. Hoje a atuação foi complicada, a energia não tava muito alta, as pessoas não estavam muito ativas e nem abertas para o jogo, e eu estava doente - tossindo o tempo todo e meio mole -. Mas existiram momentos legais: o quarto do moço que chamava todo mundo pelo nome de "camaradinha", tiramos várias fotos, tentamos encontrar pipoca - não deu certo kkk -, procuramos roupas da promoção e outras coisas. No fim, eu gostei da atuação.

Bonjour

Hoje viramos novamente um trio: eu, Dinho e Ari. Que trio viu?! Foi bem legal a atuação, claro que existiram momentos difíceis, ao final da atuação foi quase impossível não deixar a energia cair. Mas também existiram muitos momentos "uau", me vi protagonizando uma enfermeira, conhecida pelo nome de Lélé, irmã da enfermeira Lili (Ari) kkk Ao mesmo tempo em que Arcanjo se tornou o Dr. Pinguinho (acho que foi esse o nome dado pela paciente), e ele ainda falava em francês haha Neste quarto também nos vimos em meio a um debate entre: paciente-acompanhante-doente. Eu até agora não sei se a gente endoidou a acompanhante, ou se foi a acompanhante quem nos endoidou kkk Teve até encontro romântico, com direito a carruagem - ou seria uma cadeira de rodas? -. Brincamos também com os nomes. E foi isso, desculpe pela demora em te escrever.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Sobre aproveitar as oportunidades

Chegamos no HC num feriado que deixou o hospital bem deserto, mas no quinto andar não tava deserto assim, na verdade tava cheio de gente disposta a jogar. De gente que tinha engolido um rádio a gente que se bronzeava na praia No lindo que fazia lá fora. Recebemos algumas dicas de uma super blogueira, desde como ter um loiro platinado até dicas de moda, conseguimos até ganhar uma postagem no blog dela, mesmo a legenda sendo "como não se vestir no feriado de tiradentes" aceitamos, afinal, fale bem ou fale mal, mas fale de mim. Entre conversas sobres os médicos bonitos da nefro, dicas e críticas aos nossos looks e combinações de descer pra praia ( com direito a feijoada e tudo), Mym teve a oportunidade de estrear o lado rosa do seu nariz. Entrando na hemodiálise encontramos uma senhora que não parecia bem, dizia estar com muita dor, agoniada, de cara pensei " ela não tá bem, acho que a gente vai incomodar, melhor não insistir", Esmeralda fraquejou e queria desistir, mas Eulália não. Ainda bem! Seguramos as mãos dela, entre, choro e nossa tentativa de mudar de assunto e falar sobre coisas boas surgiram vários "muito obrigada" falados por ela e pensados por mim ( já te disse isso, mas pra deixar registrado, obrigada por não ter desistido e não me deixado desistir dela, Mym <3 ), ela falou de Natal terra de onde ela veio, combinamos uma viagem pra lá com seu Rosildo, a pessoa que mais compra os jogos que eu conheci até hoje, muito obrigada por toda a disponibilidade, simpatia e energia boa que despertou tanta alegria em mim. Do outro lado encontramos um senhor dos olhos bonitos apertando uma bolinha, puxamos assunto, ele nem deu muita bola, mas logo depois já virou nosso amigo e vai até nos levar pra fazenda da praia dele e fazer o transplante rim-olho com Eulália. Vimos uma senhorinha toda arrumada de óculos escuro e tudo, no início também não queria muita conversa com a gente, mas depois que a gente foi até pegar aquele lençol (que parecia pesar uma tonelada) pra ela, acho que conseguimos conquistá-la um pouquinho, ela até queria arrumar uma de nós duas pra um gatinho da cadeira ao lado. Já depois de termos passado por todos os leitos chegou mais uma senhora, que simpatia, que carinho de vó ela deu pra gente, de quebra ainda vamos pra arcoverde no São João, com um convidado bem especial: Marclébio <3  

Saí de lá com a sensação de que valeu sair de casa em um feriado "só" pra atuar. Afinal em que dia normal você consegue combinar tantas viagens, compartilhar tantos risos e encontros, sentir que ajudou a aliviar uma dor e de quebra ainda poder combinar uma viagem de São João com seu professor de Nefro? 

domingo, 23 de abril de 2017

O que a gente dá e o que a gente recebe?

Querido DB,

Essa semana foi a vez de voltar à pediatria (só tinha ido uma vez lá até então!), e como tem que ser na emoção, eu não tinha tido um dia muito legal, e tava doida pra ir pra casa.. Mas, deu a hora de atuar, me encontrei com Cami e Beatan e subimos para o setor. As conversas e dancinhas ao longo do processo pele-make-energia já começaram a me deixar melhor, e foi ao som de Backstreet Boys que subimos a energia e colocamos o nariz, relembrando momentos da dança pessoal. De narizes apostos, adentramos no corredor.

O quartinho dava de frente para dois quartos, espiamos um deles, que, olhando de fora, parecia estar vazio, e nos deparamos, para nossa surpresa, com um menino perdido! Mogli, além de sozinho, estava enjaulado, tadinho! Considerei roubar o menino e levar pra casa, mas, achamos mais sensato fazer uma #denúncia e as primeiras pessoas que encontramos estavam na sala de procedimentos. Contamos que Mogli estava abandonado e enjaulado e o homem lá não acreditou! Chamamos então para que ele fosse ver. Ele entrou corajosamente no quarto, confirmou a nossa #denúncia, mas disse que na verdade Mogli não era ele, era ela! Então, estávamos diante de uma menina perdida. Saindo do quarto, sem querer deixar a coitada abandonada lá, nos reparamos com uma pessoinha de bermuda amarela que olhava desconfiadamente para a gente. Ele não tardou em nos explicar que a mãe de Mogli ja já voltava, e que ele estava olhando o quartinho dela. Pedimos, então, para o senhor guarda se posicionar no seu posto, mas logo percebemos que ele na verdade estava enrolando a gente, e que estava esperando só a gente virar de costas pra fugir do setor, descobrimos seu plano! O guarda pinóquio desmentiu tudo e disse que "ficaria de guarda". Sei... só observo! 👀

Seguimos para outro quarto e conhecemos, ainda no corredor, a bebê Ana Clara, que pareceu ter ficado hipnotizada por nossos narizes diferentões🔴, quase como se eles atraíssem magneticamente a sua cabeça. Pra onde o nariz fosse, a sua cabecinha ia junto. E, por falar nessa cabecinha, ela estava maravilhosamente enfeitada por, não um, mas dois laços amarelos! DOROTÉIA, ELA É TUA GÊMEA!🎀 E pelo visto era mesmo, porque a baby não conseguia tirar os olhos de Dory, mas ela preferia admirar a distância, nada de chegar muito pertinho. Ana Clara era simplesmente um arraso de bebê, com suas unhas laranja neon e seus sapatinhos de dar inveja, a mãe concordou que ela seria uma modelo digna de passarela! Mas cuidado aí, que o pai é ciumento, não largou a bebê do colo, e quer que ela vá pra faculdade! Vizinho à Ana Clara, conhecemos outro bebê super fofo, Carlos Miguel, que, além de também ser um arraso de bebê (ele usava uma sunguinha de toy story), também tinha uma fixação pelos nossos narizes, e queria pegar algum deles pra ele, não deixa Coralinda!! Não entendi porque essa fixação toda! Ele também tinha um nariz, vermelho como o nosso, só que muito mais legal, porque servia como chupeta! Demos um instantinho nesses dois babys para olhar outro bebê que estava em um soninho gostoso no berço da frente, que estava todo preenchido pelos lençóis e almofadinhas mais fofinhos e quentinhos para que ele dormisse no maior conforto do mundo. Ficamos com #invejinha dele. E aí, nesse pequeno instante, quando nos viramos para os outros bebês - txan-ran-ran-ran, txan-ran-ran-ran, txan-ran-ran-ran-ran - O QUE É ISSO? ROMANCE?! Ver os dois assim, um de ladinho do outro, deixou claro e evidente que eles já eram um casal, Romeu e Julieta 💖. A mãe de Miguel apoiou logo o romance, disse que Ana Clara era uma boa pretendente pra ele, mas, o pai de Ana Clara, ciumento que era, disse que ela ia pra faculdade. KKKKK Dissemos que eles podiam ir pra faculdade juntos, mas ele insistiu que Ana Clara iria pra faculdade e que não era pra pensar em namoro. Dissemos que Miguel podia esperar por ela, pra eles viverem esse romance depois que os dois se formassem, e a mãe dele concordou. Pausa pra foto com essa futura família, pra já deixar os laços bem amarradinhos, e seguimos para outro quarto. Ps.: Tirar fotos com esses bebês foi uma verdadeira aventura porque não tinha acordo com Ana Clara, ela só queria olhar para nossos narizes, e ficava virando o rosto da câmera, para frustração de seu pai, pra olhar pra gente. Ficamos nos revezando pra chamar sua atenção, e depois de muito esforço a foto saiu!

Quando estávamos indo para o outro quarto, vi de relance o que pareceu ser um anjinho entrando em um dos quartos 👼... Dorotéia percebeu também e logo falou: Eu acho que vi alguém conhecido ali! Fomos lá espiar, e encontramos Dra Georgia (maravilhosa). Ela parou pra conversar com a gente, falou sobre o projeto, e como sempre, mexeu com nossos coraçõeszinhos, fazendo a gente pensar sobre o que é estar nesse projeto, e deixou pra gente uma reflexão, disse para, em tudo o que a gente fizer, sabermos pra quem fazemos, o que a gente dá e o que a gente recebe. Guardei essa frase naquele lugarzinho bem especial que temos dentro da gente, onde a gente coloca aqueles momentos que não queremos esquecer. Foi um encontro bem rapidinho, mas também bem especial. Fiquei na
 vontade de dar um abraço, e, pra que eu não ficasse só na vontade, Dory perguntou se eu poderia dar um abraço nela, e o que começou como um abraço meu, terminou como um abraço nosso, coletivo, e bem especial! 💙    

Seguimos para outro quarto e encontramos com mais três bebês. Um deles, maiorzinho, estava stalkeando a gente a um tempão mas toda vez que tentavamos contato ele corria e ficava ignorando a gente. Não quis conversa. Quanto aos outros dois, descobrimos serem príncipes! Mas não qualquer príncipe, eles eram desses príncipes que usam armadura, dignos de uma coroa!👑 Mas, porque reinar sozinho, se você pode reinar junto com alguém? E foi isso que esses bebês fizeram, cada um carregava metade da armadura, e juntos, Baby e Heitor se completavam. Quando estávamos nesse quarto, chegou a visita mais esperada por todos, a moça empurrando o carrinho de comida, hmmmmm. Mas ela não quis dar nem um nem dois pra gente 😢. Quando ela se virou tentamos roubar o carrinho e sair correndo, mas ela viu (droga!). Saindo de lá, nos encontramos mais uma vez com pinóquio, que trazia boas novas: a mãe de Mogli havia voltado! Mas, dado o nome do nosso guarda, fomos lá averiguar. E, realmente, ela havia voltado, mas, pelo visto não estava muito preocupada em fazer companhia para Mogli, que continuou sozinha dentro do quarto, tadinha! 💔 

Enquanto conversávamos com pinóquio, percebemos mais uma pessoa passeando pelo corredor, um menino galeguinho que parecia estar ou fixado pelo painel de madeira da parede, ou bastante entediado. Perguntamos a pinóquio se ele conhecia o menininho, e ele disse que não. Como não acreditamos, fomos lá procurar saber. Ele não se mostrou muito disposto a conversar, mas encontramos a mãe dele e fomos conversar com ela. Descobrimos seu nome, Otávio. Tentamos chamar sua atenção, olhar e paquerar pra ver se batia a química, mas tudo parecia ser mais interessante que a gente. Tentamos dar um gelo, ignorando a ignorância dele, e nada 😞. Última tentativa, cantarolamos seu nome de um jeito digno de serenata, mas ele era um galego difícil. Poxa! Tudo bem, fomos embora. Passando mais uma vez pela sala de procedimentos, percebemos algo que não tínhamos percebido antes, uma boneca roqueira estava em uma situação meio complicada, espremida atrás do armário, demos uma ajuda a nossa amiga e reparamos que ela tinha mechas de cores variadas no cabelo. Achamos que mechas assim poderiam ficar legais no cabelo de Cora, e, quando íamos perguntar se tinha um cantinho para pintarmos o cabelo dela, percebemos que Otávio tinha ido ver, discretamente, para onde havíamos ido! Quando ele percebeu que havia sido descoberto, saiu correndo e foi se esconder enfiando o rosto na cama, todo vermelhinho. A gente viu, viu?? Você foi atrás da gente! Ele voltou a ignorar a gente, e começamos a pensar se o engano não havia sido nosso... FOI TUDO UM SONHO?! FOI TUUUDO UM SONHO, FOI TUUUUDO UM SONHO...

E assim, a atuação se esmaeceu.

sábado, 22 de abril de 2017

Pedro

Oi bulbita!!!
A atuação dessa semana foi no 7º Sul. Fomos eu, cacá e Nat, minha lindovisora do coração. Ao chegar no HC, minha energia tava muito baixa e, pra mim, foi um pouco difícil encarar a ideia de ir pra o setor e me jogar no escuro.
Nosso jogo já começou ao sairmos do quarto: a porta não fechava nem a pau! Nossa sorte foi encontrar um senhor que era ótimo na arte de consertar portas ( da empresa de manutenção santa cruz), e logo resolveu nosso problema. O primeiro quarto que entramos só tinha top models, sendo uma delas beeem ousada. Ela confessou pra gente que o sonho dela era sair na capa da playboy e que tinha, no mínimo 3 namorados por vez ( inclusive, ela disse que tem um desvio no olho mas que falou pra médica que não queria consertar porque não ia poder estar com um boy olhando pra o outro haha). Quisemos muito fazer uma amizade sincera com ela, pra aprender como ter tantos homens aos pés (sabe como é, né? não tá fácil). Em outro quarto, fui reconhecida por ganhar uma viagem pra Miami no último bingo do HC e revelei o talento das minhas MCM´s, a loira e a morena do tchan ( minhas alunas). Ainda nesse quarto, as pacientes estavam comendo frutas, e descobrimos que elas eram dadas de graça no fim do corredor. Ficamos de trazer uma encomenda de 10 pêras ( molinhas, pra não danificar a dentadura) para uma paciente, mas Nat teve a ideia de comê-las no caminho:/
Aprendemos que " estou com fome" em francês é "deixa pra lá". Descobrimos que o segredo da magreza é ter um marido bonitão e fazer exercícios durante a noite ( a paciente disse e a gente nem precisou perguntar o.O). O último encontro foi lindo! Encontramos seu Pedro, a quem dedico meu post. Eu encontrei os olhos de seu Pedro e neles encontrei amor, encontrei bondade, encontrei uma história de sofrimento mas de muita fé. Seu Pedro me deu o dia de presente, ele me renovou. Sinto que sem esse encontro, não seria a mesma coisa. Já era hora de irmos. Me despedi de seu Pedro e voltei pra o quartinho com a barriga cheia de "deixa pra lá" (era hora do almoço), mas com o peito cheio de gratidão.

Atuando no 11º

Em pleno feriado, atuação. Mas dessa vez quem atuou cmg foi Safifi, fomos pra enfermaria do 11. Nunca tinha atuado com algum amigo próximo, acho que nós duas estávamos meio envergonhadas. Colocamos nossa pele, make e agora? Aquele risinho nervoso, sem saber oq fazer. Decidimos colocar uma música pra subir a energia, dançamos e tal, estilo dança pessoal mas o nervosismo ainda não tinha sossegado. Acabamos subindo a energia nomolhar mesmo, na vdd, acho que eu só consigo subir a energia mesmo assim. Até começamos a contagem juntas, sincronizadas, acho que foi a partir desse momento que sintonizamos mesmo. E foi.
Assim que saímos do quartinho, um susto. O acompanhante que estava no quarto da frente tomou um sustao quando viu q gt. Ele tava agoniado pq sua esposa estava sentindo muito dor no estômago. Fomos lá falar com ela. Começamos a conversar e ela tava meio resistente, dizendo que tava c muita dor, mas que o médico tava demorando pra vir. Aí a gt disse que tínhamos um remédio mt melhor. Demos as mãos a ela e pedimos que ela passasse a dor pra gnt, apertando a mão bem forte. Nisso ela já começou a se entregar. Safifi pediu que lá pensasse num lugar muito bom que ela queria estar, e aí começou a viagem. Fomos pra igreja e lá vimos todos os detalhes, inclusive a roupa que ela estava usando, toda chique. Foi massa.
Passamos por quase todos os quartos. Viramos Elena e dona Bila (que estavam tentando arrumar um emprego naquele andar). Viramos uma borboleta é uma joaninha. Até fizemos uma coreografia de Anitta. Tentamos arrumar alguém que dividissse o almoço com a gt, mas ngm quis.
Enfim, a atuação foi mt massa. Acho que o nervosismo por atuar com um amigo virou jogo fácil depois da timidez passar. Como Safifi mesmo disse, a gt tava sempre comprando o jogo uma da outra e aí fluiu tudo muito bem.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Desafio da onco

Dessa vez o desafio foi atuar na onco, lá onde os pacientes fazem a químio. Primeiro que já começou no caminho, pense num labirinto pra chegar, ainda bem que nossa lindovisora nos acompanhou até lá.
Subimos a energia mais uma vez no olhar, num quartinho bem apertadinho e super ansiosas com essa atuação.
No começo foi bem difícil, é estranho atuar com todo mundo olhando pra você ao mesmo tempo. Chegamos meio tímidas, mas logo logo encontramos alguns olhares "chamando" a gt.
De pouquinho em pouquinho fomos passando pelas cadeiras em que estavam os pacientes e os acompanhantes. Até que conseguimos ficar mais confortável. Tão confortável que chegou a rolar até casamento de Iolanda com um acompanhante, a gt chamou ele de Cesar Tonhonoim.
Ainda fomos na parte da recepção e levamos o almoço pro pessoal que estava lá, nesse momento acho que já tava super de boa a atuação. Até tentamos arrumar um casamento pra mim tb, mas primeiro tínhamos que encontrar Cesar Tonhonhoim que tinha fugido.
De modo geral, acho que a atuação foi bem massa. Eu só senti muita dificuldade em sair de um paciente pro outro pq não tem uma porta que separe eles, então as vzs parece que aquele jogo nunca acaba. Foi uma experiência muito válida, espero voltar mais vezes.

voltando a escrever...

Olar db,  tudo bem? então... sabe aquele momento q vc não sabe o q falar... pois é estamos nele!





vou falar primeiro da intervenção no COB com aninha mais conhecida como Floribela. Sabes que sofro de  amnésia apos a intervenção... Vão querer dizer que é pq tou deixando pra escrever uma semana depois mas não é, pq vou escrever a da de hj tbm e vou esquecer coisa pra caramba tbm... essa é a vida. tenho problemas de memoria, mas vou tentar escrever tudo, ao menos o q eu lembrar.
 então vamos lá!

Iniciarei com a troca de roupas... Tivemos um pequeno problema pq não gostamos muito da ideia de nos separar. como assim essa parada de ter banheiro separado?!?! absurdo isso! Mas logo o problema foi solucionado descobrimos um quartinho nos fundos que veio bastante a calhar, trocamos de roupa ( sim, roupas afinal no cobe nao deu pra usar a pele :´( e juro que ela tava limpinha.... Após subir a energia saímos do quartinho e logo de cara encontramos o acompanhante fujão! (muito engraçado esse cara, mas sem spoilers) no começo ele tava bem tímido ( entendo ele juro!)  mas o cara de pau nos disse que tinha deixado a mulher dele lá e tinha ido assistir filme da sessão da tarde ( detalhe que ele não sabia nem o nome do filme), mas ele nos disse que tinha acabado de chegar e coisa e tals.... blz, depis disso conseguimos desenrolar onde deixar as nossas bolsas, a porteira foi com a cara de floribela :p e finalmente entramos no COB!! E para minha surpresa logo de cara encontramos não 1, não 2, mas sim 3 palhaços!!! ( na real, depois descobri que tinha mais, mas esses eram "formais" por assim dizer, eram pertonianos!! encontramos Leo e Noca ( alias, minha madrinha de nariz!! foi ela que me deu o meu primeiro nariz, ainda me lembro de algumas das frases, e as repito pro meus afilhados, mas outras são criações originais, juro!). Vc deve estar se perguntando, vc falou em 3 emas so disse o nome de 2! calma jovem não menti é que a terceira é uma tão antiga mas tão antiga que eu não conhecia... ela só nos revelou esse fato depois! e disse que queria ta de nariz la... uma fofa! não, infelizmente não lembro o nome dela, lembra, tenho amnésia. E não, não é pq tou escrevendo uma semana depois pq naquele msm dia quando tava voltando pra casa eu ja tinha esquecido, portanto não me acuse :p... Mas voltando, agora as paradas ficam difíceis de  lembrar... parece que quanto maior a loucura interna menos memoria eu tenho... grandezas inversamente proporcionais eu diria. mas vamos lá, vou tentar! lembro que logo de cara, nossa Floribela achou um medico que tava por lá bonitão, claramente me fiz de cupido para quebrar o gelo dos dois. E perguntei como Tiago (ele se apresentou assim, mas depois descobrimos que ele se chamava José! obrigado palhaça anonima.. ela alias depois ... deixa é spoiler vou com calma) ele chegava nas novinhas (essas palavras!) ele fez cara de "ofendido" e disse que era a moda antiga! então perguntei como é que ele paquerava! ele ainda "ofendido" disse que ele não paquerava e sim, galanteava (disse que esse setor tava cheio de palhaços). ai eu disse: "meu deus temos um especialista aqui! Mostre como se galanteia" ai ele deu uma patinada, enrolou e floribela soutou uma dizendo que tava era com fome(não sei se foi exatamente nessa hora mas era uma info que todos meio que estavam sabendo, lembram, memoria ruim)! Não perdi a oportunidade e perguntei se "tiago" ia deixar isso assim ai ele disse que tinha uns biscoitos e foi pega-los, mas ele não podia simplismente entregar, fiz questão q ele fizesse de maneira galantekkkkk!!! foi lindo, romântico diria. por fim, como vcs devem saber há poucos quarto no cob, fomos em todos mas gostaria de falar de dois deles (os outros foram legais mas não lembro tanto ai não vou falar... e não não é pq eu tou escevendo depois inclusive logo apos a atuação fomos pra o açai e aninha falava de coisas que eu nem me lembrava mais.. é triste mas sou assim), mas antes, um momento que fiquei me achando kkkk. Em determinado momento estávamos em um quarto e uma paciente olhou pra porta e la estavam umas 4 pessoinhas nos olhando (tava ate fofinho) leo, noca e uma outra galera inclusive a menina que gosta de jogar os outros na fogueira, depois falo dessa historia me lembrem. Sim, voltando, eles estavam lá na porta uma coisa bonita... o q fiz, fui lá e fechei a porta na cara deles :p kkkkkkkkkkk antes que me acusem de ser sem noção vou explicar, primeiro sou timido, num gosto de povo me olhando, estavam me invadindo; segundo, lembram que foi a paciente que falou então provavelmente ela tava incomodada, ou talvez meu cérebro tenha  me feito ver isso assim por um mecanismo de defesa... depois pergunto a aninha; terceiro, não foi de maneira bruta... fui caminhando sorrindo ate a porta e fui fechando leeeennnntaaaameeennnte... quando se tocaram do que tava ocorrendo (acho q eles estavam jurando que eu tava indo pra falar com eles... se fuderam!kkk) começaram a rir... leo deu uma gargalhada que deu pra continuar escutando msm com a porta fechada... Meu deus, ta muito grande esse db, um record pessoal eu diria!!! serei mais consiso! Mas vamos aos quartos que falei anteriormenteo primeiro é um que tava todo escuro, mas fomos lentamente e no final, foi maravilhoso pq elas queriam acender a luz!!! e quem pediu foi uma que tava com dor de cabeça.(e juro que não estavamos flando alto) mas, vc deve estar se perguntando como foi isso?  e eu vou te responder que não lembro exatamente... desculpa :(. o segundo quarto foi que teve momentos legais.... Vcs se lembram do acompanhante fujão?pronto, encontramos ele denovo! e segundo a acompanhada ( não lembro o nome dela :(, ) sei que nesse quarto rolou dois jogos que achei massa!! primeiro, saibam que floribela é uma atriz! ela muda de feição muito rápido! em determinado momento, não lembro ao certo como estavamos dando uma aula de como paquerar ( eu era o "palestrante" e aninha a pessoa que demonstra o que eu falava), então eu ia falando coisas do tipo: então quando vc estiver olhando pro boy, vc lança um olhar de desinteresse e aninha fazia o olhar de desinteresse, e assim ia, sendo que floribela tava tão MARAVILHOSA, que o que eu falava pouco importava, de modo que eu só virei o mote pra ela mudar de feição! foi muito massa!  gente, tou com preguiça de escrever mais...

historias que faltam:
-palestra sobre a lingua zulu
-ze mayer (piada pesada)
-a caça a pipoca

depois vou editando a historia aqui

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Enfim, conseguimos!

E a minha quinta feira começou em grande estilo com uma atuação com um amigo querido (que há tempos tentamos fazer acontecer!) para dar AQUELE play na SS. Nos encontramos, subimos pro alojamento conjunto (minha primeira atuação lá, diga-se de passagem) e lá dividimos, sem muita dificuldade e com muito amor envolvido, um banheiro para nos trocarmos. Saímos e já trouxemos duas moçoilas de azul para esse amor, que já eram até mais sabidas que nosotros nesse quesito. Seguimos. Foi muito gostoso, mas muito difícil. Me esforçava muito mais pra deixar a energia lá em cima do que o habitual. Não sei se é por trabalhar menos o corpo (não dá pra agitar muito com os RN) e por lidar com mamães cansadas, que estão sem dormir, sei lá. Só sei que sai exausta. Mas deu tudo certo, prendemos pacientes por roubo, fizemos teste do ouvidinho em uma pct, montamos excursão para Noronha (quem quiser entrar em contato, ainda dá tempo), conhecemos a senzala e os escravos do setor, fizemos bronzeamento artificial. Tudo que você imaginar é mais um pouco! Fiquei mais feliz ainda pelo carinho de Vitor no pós atuação. Obrigada por tudo! És luz! Te encontro em breve no setor! 💜

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Sobre encontros maravilhosos no 7

Olá DB! Tava com saudade de mim??

Essa atuação foi muito gostosa porque foi com as minhas lindovisadas lindas, Pilé e Cacá!
Iniciamos com o famoso problema na hora de sair do quartinho (sempre rola alguma coisa com as portas né?): dessa vez a porta não queria fechar. Fomos espertas e logo chamamos o cara da manutenção! Ele logo deu o diagnóstico e resolveu nosso prob! (arrazô!)

Em um dos primeiros quartos que entramos tinha duas modelos da Playboy! Uma que era modelo ainda (dava pra perceber fácil pela super pose que ela tava fazendo na cama) e a outra era ex-modelo e empresária da primeira, mas que disse que nunca tinha feito um ensaio completamente NUA e que esse era o sonho dela!! (Inclusive ela ficou devendo um ensaio pelada na selva - estilo Xena/Jane/Eva - mas ela disse que só ia fazer quando tivesse precisando de dinheiro, claro!). Além disso ela deu umas dicas pra gente sobre como é pra se lidar com os boys, ela mesmo tem 3 namorados (1 pra manha, outro pra tarde e outro pra noite).

Antes disso a gente tinha encontrado um médico que quis dar uma injeção na gente. Corremos.

Depois entramos num quarto em que contaram a gente que tavam distribuindo frutas de graça no fim do corredor! Uma mulher tava lá comendo sua maçã e outra, manga. Prometemos que voltaríamos lá com 10 pêras bem macias (mas claro que comemos tudo e acabamos voltando lá de mãos vazias :((((
Foi revelado nesse quarto que Sônia Sonolenta tem um passado de loira E morena do tchan e que ela ganha todos os bingos que participa kkkk

Em outro quarto, cheio de gênios, todo mundo fazia parte da mesma fábrica de relógios. Todo mundo era top na matemática (inclusive o dono da fábrica era o cara da manutenção! PAM) e não quiseram contratar a gente nem pra ser daquelas pessoas que fica na rua chamando o povo.

Um dos últimos quartos tinha um senhorzinho muito fofo que falou palavras lindas sobre amor, carinho e cuidado. Ele encantou nós três e ficamos devendo a ele nosso número de telefone pra ele nos ligar (mas não é pra falar sacanagem kkkk)

Falando em sacanagem, no corredor tinha um casal que falava as coisas bem na lata, isso porque quando a gente perguntou o segredo da mulher ser tão magrinha ela só olhou pro lado, e logo entendemos que era mt exercício com o marido, claro!! Depois eles saíram dizendo que iam se exercitar mais tarde.... Na chuvinha....

Enfim DB, foi uma atuação muito boa, cheia de jogos legais! Só acho que a gente podia trabalhar mais a questão do entrosamento, em relação a todo mundo estar no mesmo jogo (ficava cada uma jogando seu jogo as vezes) e saber a hora certinha de sair do quarto!

No mais, eu to bem feliz por ter conseguido atuar com elas hoje :)))

Beijos DB, até a próxima!

O traficante

Narizinho do céu...





terça-feira, 18 de abril de 2017

#Ser palhaço é se fazer presente#

Eita, Narizinho velho de guerra..

Preto, então... Aquele atrasinho de lei no DB, ner?! Sorrrryyyy.... (Se brincar, mais da metade dos meus DB´s tem um "sorry" por isso... hehehe). Bom, a começar pelas hashtags do título, a atuação maravilinda rolou no COB... Nunca tinha atuado lá e vei, SENHORES LINDOVISORES, VOCÊS SÃO LOUCOS DE DEIXAREM EU E MADADA JUNTAS... Foi puta que pariu uma explosão no setor inteiro... Não, mas sério! Sério mesmo assim!!! Dada eh o empurrão que eu preciso pra explodir, para me jogar mesmo do penhasco... Tudo bem que às vezes ela me empurra no sentido contrário do precipício (o que às vezes é um saco... hahahaha), mas é só quando ela sabe que eu pularia mesmo!!! Velho, Risoleta no final da atuação me empurrou para ser a modelita grávida, claro, grávida de uma bolsa, de uma maca de casárea... E o negócio subia e descia, subia e descia, subia e descia... (Ps. Para os danadjenhos padrão PERTONOGRAFIA que pensaram o que eu só percebi depois que escrevi, CAALLLMAAA!!! hahaha) Sério, pô!! Tava rolando um teste lá da caminha, e o cara me subia e descia, tipo uma cadeira de balanço deitada...  E quando soltaram o papo de me enfiar uma agulha, aí eu corriiiiii longeee... Mas rolou revancheee com dona Risoleta... (Na verdade, nem faz sentido falar em revanche porque aconteceu antes isso que contarei, mas para esse relato fazer sentido, deixemos assim...). Aí tinha um ddo que tava fazendo massagem na barriga de uma paciente (na realidade crua e chata, era uma dinâmica uterina, mas claramente que era uma massagem). Queríamos também, mas só ganhava quem tinha a barriga grande daquele jeito. MUUUAAAHHH... MADADA... Eu: - "Faz o bucho, Risoleta!!"... - "Mais!"... E o rostinho dela de desepero sem conseguir aumentar mais e sem conseguir respirar, e todos do quarto rindo e sentindo o desespero com ela... Até que eu não aguentei mais e ri também... Ain, teve tantas coisas... E logo no começo éramos invisíveis (descobertas de Risoleta)... Mas vamos à parte séria - e linda - da coisa, Preto... No primeiro quarto em que entramos, uma buchudinha comendo, mas enjoada passando mal... Não lembro mais do que brincamos. Sei que depois de um tempo, ela desce da cama toda apressada com a pressa que ela conseguia para ir vomitar no banheiro. Quase se desequilibrou. Fomos eu e Risoleta com ela, dividindo o peso de sua barriguinha em nossas mãos e só estar ali e limpar a sua testa de suor frio e segurar sua mão. Dizer, ainda, algumas palavras de força... "Calma", "Respira", "Vamos respirar juntas... 1,2,3...". Pensei naquele momento em descer o nariz. Não me parecia Risolina quem estava ali, mas pura e simplesmente eu, Beatriz. Por fim, não abaixo o nariz. Chego à conclusão no momento mesmo que era ali também era eu. Eu Beatriz, eu Biazinha, eu Risolina. Todas uma só. Ser palhaço é mesmo se mostrar disponível e estar aberto. Lembro de ter me dado um pequeno meio sorriso por esse pensamento. Pois, aconteceram muitas outras coisas, Nari, muitas mesmo. Foi extraordinário!

Cheiro enorme!

domingo, 16 de abril de 2017

O Ballet do COB


Ato I - A chegada dos aventureiros
(todos em cena)

Tudo teve início com a chegada de cinco aventureiros que, carregando seus tesouros em bolsas que pesavam toneladas, desbravaram o longo percurso que levaria ao seu destino. No caminho, encontraram criaturas das mais diferenciadas: uma telefonista, duas fotógrafas, um chapeleiro e um dançarino da eguinha pocotó. Mas, o que definiu seus destinos, foi o encontro com um aventureiro perdido, que também carregava seu tesouro em uma grande mala, e que conduziu os aventureiros ao portal mágico. Atravessando o portal, os aventureiros precisaram driblar um exército (do que pareciam ser) Smurfs azuis que ocupava o local onde estava o guardião dos tesouros. Livres de suas bolsas, os aventureiros puderam desbravar a terra recém descoberta, o COB.  

Ato II - O batizado de Noel

Os aventureiros logo descobriram que aquela terra abrigava um tesouro ainda mais raro do que suas malas: as sementinhas do futuro. O aventureiro Luigi pode batizar uma dessas sementinhas, chamando-o de Noel (a semelhança com o bom velhinho era inegável!)  

Ato III - A festa do pijama

As aventureiras da equipe não tardaram em descobrir que os "Smurfs" na verdade eram na verdade pessoas que estavam organizando uma festa do pijama. E, como conseguimos pijamas iguais aos deles, começamos a nos preparar para participar da festa também, e assumimos a tarefa de recrutar mais convidados!

Ato IV - Sem laço não tem festa

Problema: o dress code da festa incluia não só  o pijama, mas um laço. Sinto muito, Coralinda, mas sem laço (feito o meu, o de Doroteia e o de uma de nossas convidadas) não tem festa! Teve início então a busca por um laço para Cora. Quem resolveu seu problema foram as habilidosas mãos de Luigi, que confeccionou com os materiais que tinha a seu alcance um laço branco peculiar, e prontamente colocou-o no topo da testa de Coralinda. Problema resolvido? Vamos à festa! Daqui a pouco quem ficou quase sem laço fui eu, e mais uma vez, as mãos com "havilidad no manejode Luigi me ajudaram, juntando os finzinhos perdidos e devolvendo o laço à minha fita. 

Ato V - Os olhos de Indigestina
(solo)

Eram duas ballerinas: eu e Indigestina, mas a sincronia de nossos movimentos e a sintonia de nossos olhares nos tornou uma ballerina só. Saltitamos, giramos, mergulhamos em nossos olhares e, para o grand finale deste ato, demos um abraço, com a pose dramática de Indigestina para fechar: narizinho apontando pontudamente para o alto e braços levantados apontando para trás! Nesse duo solo, tudo o que pude ver foram os olhinhos brilhantes da ballerina mais energética de todas!

Ato VI - Cadê todo mundo? 

Rebuliço pra cá, rebuliço pra lá. O palco que antes estava entupido agora estava vazio. Até Indigestina sumiu. Ficou a pergunta, cadê todo mundo?

Ato VII - Le Grand Act: o plié da Dorotéia

Pra resolver a questão da fuga dos atores, entra a ballerina Dorotéia elegantemente e coloca-se próxima à barra. Chegou a hora do Grand Act, a ballerina Dorotéia estava se preparando para orquestrar um grand plié. E nada de querer fazer demi plié, com ela, todos tem que ir até o chão. O que tornou esse ato o Grand Act foi o seu objetivo: a ballerina Dorotéia recrutou seus melhores dançarinos para ajudar uma convidada mais que especial a colocar mais uma sementinha do futuro para fora. Mas essa sementinha era teimosa, e estava causando muito aperreio à sua cultivadora. Então, todos juntos, regidos por Dory, colocaram seus pés em posição. afastaram os joelhos, e fizeram um belíssimo plié, puxando todo o ar que conseguissem e transmitindo na forma de forças para a nossa convidada. Fizemos uma sequência de pliés e daqui a pouco quem tinha desaparecido começou a aparecer pra fazer também!   

Ato VIII - Se vai ter parabéns, tem que ter bolo

Além das cultivadoras de sementinhas, outras pessoas também mereciam atenção: os pijaminhas azuís. Era dia de homenagear alguns deles em particular, então, do nada, fez-se um bolo e fez-se mais um ato! Os ballerinos se juntaram, providenciaram um Angel (tava mais pra cloud) Cake regado com calda alcoólica, encheram balões cheios de dedo e, em fila indiana, ecoaram um parabéns pra você bem gostoso. Repartiu-se o bolo, distribuiu-se abraços, brotaram sorrisos, e o ato acabou. Hora de pegar o tesouro de volta e colocar o pé na estrada, pois o caminho é longo!     


Ato IX - O nascimento do cisne

Palavras não dão conta, então vai a foto:
A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sentadas e área interna

Ato X - O fruto do ballet
(póstumo)

Como a gente sai do COB mais o COB não sai da gente (principalmente se você estiver com Cami e Rai kkkkkkk), voltamos lá um pouco depois da atuação e tivemos o prazer de conhecer a "sementinha" motivadora do nosso Grand Act. Um bebê super fofo, e sua mãe mais fofa ainda! Ficamos super felizes! Palavras não dão conta para descrever o que senti ao ver os dois juntinhos pouco tempo depois de ter feito plié com essa mamãe!

Eu tiraria meu nariz pra você...

E hoje foi dia de 7 Sul... passei uma hora e meia vagabundando com Vitor antes de ir pra o HC, a gente até esqueceu que tinha prova de Pediatria chegando. Por isso, já chegamos no setor super animados, até aquele choque básico ao ver o pessoal d’O Caminho se reunindo pra começar suas atividades. De cara eu desanimei e já pensei que a atuação ia ser uma cagada, ledo engano... Atingimos a meta de nos arrumar em 25 minutos, acordamos nosso corpo com uma dança inusitada chamada “bundinha – bundinha” e caímos no setor. Nessas minhas últimas atuações com Vitor confesso que uma das melhores partes é quando a gente fica inventando loucuras pra aquecer o corpo e subir a energia. A cada dia que passa tá ficando mais bizarro kkkkkkkk.
Durante a atuação inteira, interagimos com os pacientes e com o pessoal do Caminho ao mesmo tempo. Foi uma experiência diferente, mas ao mesmo tempo difícil, pois eu e Maurício não conseguíamos nos conectar muito bem e era difícil “puxar” os pacientes pra brincadeira. Mesmo com essas dificuldades tivemos jogos incríveis, como a aula de dança de Bundinha com Bundinha, pra deixar a perna toda malhada. Foi ótimo ver umas oito pessoas fazendo essa dança no meio do hospital. Também tivemos uma escolha de modelos para o desfile do estilista francês, Maurício DeLarochee, com modelitos bem inusitados. Dentre as escolhidas tivemos a modelo com o tema  MacacoCobra, que nos ensinou a fazer um “pliè” selvagem. Também escolhemos outros modelitos selvagens que não lembro bem agora, mas que fizeram uns desfiles beeeeem bizarros. Depois disso, Maurício sequestrou uma das modelos carregando-a em suas costas e eu tive que ir lá salvar a menina, que ainda por cima ficou chorando porque eu estava separando o amor dos dois... Poupe-me!!
Imagem exclusiva de um ensaio fotográfico internacional.

Nessa atuação um momento “UAU” foi quando sequestramos um menino d’O Caminho num quarto. Ele estava tão envolvido no nosso jogo que nos acompanhou e praticamente atuou conosco. Conhecemos uma senhora que ficou apaixonada por ele e aceitou o seu pedido de casamento. Eu e Maurício presidimos a cerimônia, e o rapaz jurou fazer macarronada todo dia pra sua esposa, além de dormir sempre agarradinho com ela. Depois disso, foi de modo bem inesperado que a senhora falou que só faltava pra o seu noivo e pra ela um nariz igual ao nosso... que momento difícil!!! Eu e Vitor nos olhamos na tentação de entregar nossos narizes aos dois, eles foram tão incríveis juntos... Mas não sabíamos como uma jogada arriscada dessas acabaria. Acabamos por desconversar e propor outra coisa, mas confesso que passei o resto da noite pensando em como que queria ter tirado o meu nariz pra aqueles dois.
Outro jogo muito bom que surgiu foi de uma senhora que ficava sempre nos mostrando os seus sapatos. Logo, perguntei a ela se eram sapatos mágicos, ela nos disse que sim e ainda acrescentou que se ela batesse com ele três vezes no chão eu e Maurício sumiríamos do quarto. Ficamos suuuper animados com a proposta, e passamos uns quinze minutos tentando fazer a mulher provar o poder dos tais sapatos. Enfim, quando desistimos e nos direcionamos para a porta, vi Vitor sair correndo feito um doido e rindo. Eu não tive dúvidas e fui atrás, e foi então que meu MCM me disse que ela bateu o danado do sapato na hora em que eu virei as costas... Pense num papel de trouxa foi esse!! Tivemos outros encontros ótimos nesse dia: dançamos MC Tróia, forró, falamos todas as línguas de uma vez só. Foi sensacional como a energia não caiu, como os jogos entraram e fluíram bem.  A atuação foi muito intensa e maravilhosa, de modo que eu não conseguiria traduzi-la bem em palavras. Acho que essa foi a primeira atuação em que meu corpo ficou nos 100% o tempo todo. Só houve um momento “PEM”: quando o nariz do meu MCM saiu do lugar e ele teve que parar tudo pra ajeitar. Ele ficou meio pra baixo no começo, mas depois se recuperou e voltou com força total! Orgulho desse menino <3.  

A atuação acabou e saímos do vestiário pra conversar com o pessoal d’O Caminho que ainda estava lá e fizemos muuuito merchandising do PERTO hahahaaha. Enfim deixo minha gratidão ao 7 Sul, aos pacientes e as pessoas do Caminho que fizeram essa atuação inesquecível pra mim.

Primeira vez...

Primeira vez no COB
Primeira vez atuando com muitos palhaços - lindos -.
Primeira vez atuando na presença de pessoas conhecidas ou amigos mesmo.


Foram tantas coisas novas pra viver hoje, que minha ansiedade pre-atuação tava num nível, oh. Bem massa!! Eu acho que surgiram momentos de Aah no meio de Indigestina. Mas foi tudo tão legal. O espaço do COB é dificil, porque tá tudo ali. Você tem tudo na mão, não tem isso de “sair do quarto e fechar uma história”, e “entrar em outro quarto e abrir outra história”. Tá tudo muito junto e misturado. E tem muita emoção trazida pelas próprias pessoas que estão ali. Foi difícil focar muito tempo numa mesma situação, muitos estímulos chamando…. Me vi indo e voltando em diversas histórias e dinâmicas, como se fosse um intervalo de um filme ou seriado que passa na tv. E voltava praquela emoção e contexto de antes do intervalo. Teve um momento que foquei no olhar de Tutu. esse olhar me marcou. Muitas histórias pra contar nesse dia. Me senti extremamente ligada, não senti nem o tempo passar, ficaria mais umas horas ali... A gente arranjou casamento pros jovens RNs, teve laço pra cabeça, teve bolo de nuvem, teve exercício pre parto, teve fotos, teve carimbo adquirido com muito carinho, teve coleguinhas sendo fofos, teve bastante amor!! Eu não queria ir, me puxaram - com carinho - literalmente. Realidade tá batendo a porta, tá na hora de ir. Tá na hora do picadeiro encerrar, tá na 3a batida do pandeiro. Tive que ir. Quero mais.

P.S. Alguns dias depois de ter vivido isso tudo acima e de ter escrito esse texto no dia, e postando só hoje, posso dizer que a experiencia de atuar pra pessoas conhecidas, me fez sentir diferente agora. Me sinto ainda mais solta. É tão estranho, e tão maravilhoso. É uma parte de mim.

sábado, 15 de abril de 2017

o melhor bate-bate do mundo

Chegamos na enfermaria do sexto andar numa manhã bem chuvosa, não tava um dia muito animador, aquele céu cinza sempre desce um pouco minha energia, mas foi só ver a reação de Mym ao lembrar que o sexto andar era a pediatria que a minha energia subiu, os olhinhos brilhantes e o sorriso dela cheio de energia fizeram minha energia subir tanto que tive uma das contagens mais rápidas da vida. No primeiro quarto uma enfermeira nos ensinou a aplicar a injeção do riso, bilateralmente na região inferior do toráx, fazendo movimentos rapidinhos. O sucesso foi 100%, Vanessa da Mata do riso frouxo nem precisava tanto dessa injeção. Fizemos a lista com os convidados vips da festa além da playlist. Tentamos, tentamos, tentamos muito fazer o homenzinho em miniatura sair da salinha pra falar com a gente, mas ele só ria e se escondia, e na hora de rir nos deu um abraço bem apertado, talvez tenha sido até melhor ele não ter vindo logo, a expectativa desse encontro deixou tudo melhor. No corredor encontramos a dona de uma pedra preciosa preocupada com a irmã que tava no nono andar, mas que se rendeu a um abraço que a fez transbordar, provando pra gente que o choro também pontua, e como pontua. No caminho fomos elogiadas pelas nossas roupas por uma residente " posso tirar uma foto de vocês? Eu também sou palhaça sabia?" infelizmente não deu tempo de pedir pra ela provar pra gente que era palhaça mesmo por causa da correria das visitas, mas espero que ela ainda encontre muitos palhaços em outros dias pra matar a saudade. Entramos numa loja de bonecas, cada uma mais linda que a outra, mas ninguém queria vender, sempre ouvíamos que não tinha dinheiro no mundo que pagasse, conseguimos combinar algumas trocas, eu e Eulália íamos trocar de lugar com uma moça do quarto e assim poderíamos brincar com todas as bonecas. Chegamos num parque de diversões e com certeza foi a melhor ida pro bate-bate que já tive, um bate-bate imaginário, no fim teve corrida dos carrinhos e a definição dos campeões, mesmo depois das medalhas o prêmio que todo mundo queria era poder ir pra casa, só restava pra gente torcer que esse prêmio chegue logo! Já na hora de ir embora tivemos um encontro de partir um pouco o coração, a mãe de uma das bonequinhas esperava a gente no corredor pra conversar e dizer o quanto estava sendo difícil pra ela ficar ali no hospital, que a convivência com as outras mães no quarto não era muito boa, que ela estava muito estressada com tudo, entre massagens e mais um abraço triplo apertado, conversamos com ela, mas a sensação de não poder fazer muita coisa pela situação me deixou de coração partido e pensando nela desde aquele momento. Cada dia tenho mais certeza do quanto esse projeto é importante pra nossa formação, encontramos pessoas, percebemos suas vulnerabilidades, refletimos sobre as nossas, pra gente nunca esquecer que cuidamos de gente como a gente!

3ª atuação do 3º ciclo

3 atuação do ciclo
Fomos para pediatria!!!!
Tinha visto que era 6 andar, mas não raciocinei que era lá. E eu AMO a pediatria. No entanto, foi bem diferente da primeira vez q fui. Fomos de manhã. Acho que por conta disso o setor estava bem mais calmo... tinham poucas crianças grandinhas e mais bebezinhos, isso também dificultou.
De início, ficamos olhando pra uma menina que estava se cobrindo na cama... eu crente que ela iria ceder e rir, mas a gente ficou um tempão olhando pra ela e ela não deu nenhum cabimento... fomos embora... No outro quarto, tinham uns pacientes ja mais velhos. A gente olhou pra eles através do vidro e usamos isso pra iniciar a conversa que foi bem legal. Eles disseram q era pra entrar pela porta e fizemos disso uma descoberta. Quando entramos a mãe do mais novo já começou a rir e o filho sério. Então a gente perguntou a enfermeira que estava no quarto o que deveríamos fazer para ele melhorar e ela disse: o remédio das cócegas! E atacamos ele de cócegas!
Depois dissemos que ia ter uma festa e perguntamos qual música eles queriam ouvir. As mulheres só queriam comida e os meninos disseram as musicas. Quando perguntei o nome deles, tentei fazer o jogo do nome (só as consoantes, só as vogais, de trás pra frente) com o menor, mas não deu muito certo e Ainda bem que martinha desviou a atenção pra outra coisa pq eu fiquei tentando explicar a ele como funcionava e tava ficando mt ruim...
Ai por fim nomeamos cada um de um artista, cantamos algumas musicas E fomos embora. Não lembro direito a sequência, mas encontramos um menininho liiiiindo e muito gostosinho todo arrumadinho com camisa de botão no corredor esperando os pais conversarem com a AS. Quando ele nos viu correu pra sala, e a gente ficou da porta tentando chamá-lo, eu fingi que tava chorando pq ele não quis saber da gente e ele levantou os ombros, desdenhando... kkk os meninos de hoje em dia não tão bestinhas não, tô chocada 😞 e olhe que ele era novinho.
Aí depois a gente viu uma menina com o pai na mesa do corredor, e dissemos que tinha um desfile e que ela era a responsável e a gente veio resolver com ela o nosso pagamento... ela jogou pro pai que estava do lado, que entrou na brincadeira e tentou negociar com a gente, mandando a gente procurar a pessoa responsável pelo pagamento... e saímos. Acho muito legal quando os adultos compram a brincadeira e interagem junto.
Aí, na procura, entramos num quarto com 3 crianças maiores, elas estavam todas acompanhadas dos pais. A menina estava dormindo e quando a mãe nos viu a acordou e ela ficou feliz em nos ver. 😍
Nesse quarto aconteceu a mágica do andar pra mim. Nunca pensei que conseguiria fazer o jogo que fiz na seleção da palhaço, de fazer a pessoa de olhos fechados viajar com vc pra onde ela quisesse, e fiquei muito feliz porque conseguimos fazer isso!!!!! A gente perguntou se eles gostavam de parque, algo assim, aí eles disseram que não podiam ir e que o desejo era ir pra casa (pulando a parte que meu coração partiu e que eu queria chorar na hora e que eu também queria fazer algo pra tirá-los dali e que eu também não podia fazer nada além de distraí-los), então a gente disse que imaginar era muito melhor porque a gente conseguia ir onde quisesse, mudar pra outro quando quisesse e não teria filas nem trânsito. A gente fechou os olhos e se  imaginou num parque de diversões, fomos na roda gigante, no balanço, na barca e no carrinho bate-bate, e neste cada um era um carro de uma cor diferente. Depois cada um ganhou uma medalha imaginaria porque ganhou um jogo diferente e todos acabaram campeões. Não sei se pra eles fez diferença, acredito que sim, mas ter conseguido fazer esse jogo pra mim foi a vitória do dia!
Depois fomos no quarto dos bebês, e lá a gente usou o jogo de comprar um boneco e tal, e interagimos com as mães 3 foi bem legal... O que me marcou nessas mães foi uma que, quando estávamos indo embora, nos chamou num canto e mt tristonha desabafou pedindo um psicólogo, pois estava se sentindo mt sozinha, sem dinheiro, sem apoio e só recebendo críticas das outras mães acompanhantes pois ela não escuta bem e não entende direito as orientações dos médicos. Ela disse tb que não podia chorar na frente dos bebês pq os profissionais pediam pra elas evitarem isso... e então fizemos uma barreira e pedimos pra ela chorar entre nós, pq ela ela estava protegida e ngm estava vendo... no fim perguntamos se tínhamos feito um pouquinho de bem a ela e ela sorriu dizendo que sim, e isso valeu DEMAIS!
Sempre fico muito a vontade na pediatria, mas pelo fato de não terem mts crianças pequenas que pudesse brincar conosco, me senti um pouco limitada, apesar de achar que conseguimos fazer nosso trabalho direitinho. Fiquei triste por não ter podido brincar mais e por ter tantos pequenos debilitados, porque da última vez que fui nem parecia uma enfermaria, eles brincavam, pulavam, corriam... 😞
Mas acredito mt que cada um tem um anjinho ali cuidando deles e na próxima vez que eu voltar não vou mais encontrar nenhum internado! 🙏🏼

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Eu queria era mais!

Duas atuações na semana!! Uma com Xena, na segunda e hoje fui brilhar o olhar com Tascha no alojamento conjunto... Expectativas muito mais do que excedidas, de verdade. Que dia, que setor, que MCM linda (Além de amar atuar com novas pessoas, ameis ainda mais atuar com Tascha, já que a gente já tenta há um teeeempo fazer acontecer esse encontro). Aprendi muito sobre aproveitar a abertura que as vezes a gente tem, quero muito pôr isso em prática. E o setor tava muito aberto, a gente foi polícia, ladrão, agente de viagens e ainda seduzimo as meninas da limpeza. No fimzinho, ainda curamos uma das enfermeira com três voltinhas e um pulinho. Ela ficou boazinha. Não sei o que falar a não ser OBRIGADO OBRIGADO OBRIGADO.

Três batidinhas do sapato e: sumimos.

Chegando no setor a gente vê uma multidãozinha no corredor: O Caminho. O desafio tava lá, lançado, antes mesmo de a gente se preparar pra a parada. Enfim. Esqueci o sapato – ATENÇÃO MEQUETREFE DO CACETE, NÃO ESQUEÇA MAIS. Mas a vida continuou. Observação para: acho que foi uma atuação foda. Daquelas que ficam na memória. Encontramos pessoinhas muito incríveis. Fomos feitos de trouxa pela senhora com o sapato mágico, que fez a gente sumir com três batidinhas. Ensinamos bundinha-bundinha. Desfilamos e posamos pra um ensaio fotográfico – nesse momento eu tava falando alguma língua europeia que não sei definir bem. Pedro atuou com a gente e espero encontrar ele algum dia com o narizinho no rosto. Inclusive, meu próprio nariz saiu do lugar por um momento – e foi um baque absurdo pra mim. Menos mau que ninguém notou e eu corri doido e achei um quartinho pra me ajeitar e me vestir de novo com minha máscara que revela mais do que esconde (e foi me vestir mesmo, porque me senti despido demais). Apesar desse momento que tenso, foi só lindeza, e só lembrei que tava de chinelo e meia e apertado pra fazer xixi depois de horas. O Caminho lá no andar foi um desafio massa. Pra a próxima vez que acontecer, lembrar de me conectar mais com a MCM – o que vinha acontecendo bem demais e que dessa vez fugiu da mão. E, apesar dos pesares: FOI SHOW DEMAIS.

Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio!!!

Tudo novo, de novo. Ambulatório de Onco pela segunda vez seguida, e pareceu a primeira vez novamenteee. Apesar dos contratempos (probs com as peles hehehehe), subimos a energia e partiu setor. Ao contrário da primeira experiência lá no Ambulatório  Onco, nossa segunda visita a esse setor foi o dia de ralar pra conseguir jogo. Foi doido, mas no fim das contas a gente suou muito e conseguiu interagir com o povo, e cada pequena reação significava tão mais!!! E foi um movimento mais do que discreto e MUITO intenso que encerrou essa atuação: a sensualidade de um erguer de sobrancelhas sem igual. Conseguiu passar pelo portão do charme e sedução com muuuuita folga. Depois de respirar fundo e desce o nariz, chegamos à conclusão de que os dias difíceis no setor não necessariamente são os piores, e conseguir tirar o melhor dessas situações é incrível. Muita gratidão.

Mil espaços em um.

Eita que chegou o dia do Ambulatório de Onco! Ainda mais com duplinha nova, que é pra a atuação ser completa. Encontrar Xena foi incrível, cada segundo foi de explosão... E a gente subiu a energia com Olha a Explosão tocando, de fato kkkkkkkkkkk a parada já começou arrochada. Depois disso, foi energia lá em cima, muito jogo e muito amor por esse setor. A complexidade do que está acontecendo lá é proporcional à profundidade daqueles pessoinhas, fortes, batalhadoras e cheias, MUITO CHEIAS, de vida. Os jogos foram incríveis, dancei forró, Gretchen (ganhei a batalha contra Diana, inclusive), conheci ‘A mais linda e mais bela’ e fizemos um concurso de modelo/fotografia. Além disso tudinho, ainda fugi da enfermeira que tava doidinha pra me furar porque eu sou sem vergonha segundo ela. Mai vê mermo um negócio desses. Diana queria ver minha ruína e no final levou revés: a vacina era pra dois, ela e eu. No final das contas, o ambulatório foi tudo menos estático – cada metro quadrado era um mundo! E vamos simbora que agora só falta o COB! Obs.: Obrigado, MCM, pela generosidade de hoje Desculpa pelos PEN e obrigado por todos os muitos WOW.

domingo, 9 de abril de 2017

O caminho para a renovação

DB,

Sim, estou aqui toda mequetrefe e atrasada. Mas antes tarde do que nunca né, Maroca Lindovisora Linda?! rsrsrs
Sem mais delongas, aqui te conto um pouco da atuação dessa semana. Estivemos na enfermaria de oncologia, um dos setores mais legais de se atuar, em minha humilde opinião. Os pacientes e acompanhantes normalmente são muito abertos lá. E tem muito a ensinar. Sempre saio renovada, porque os encontros, apesar de desafiadores, são incriveis.

Logo em nosso primeiro quarto, encontramos dois acompanhantes muito simpaticos e que brincavam muito entre si. Um deles era Edson Celular, que também era cirurgiao e queria curar a dor na canela de minha MCM com um tal de um chá de canela que prescindia de sua própria canela! O outro senhor, descobrimos, não tomou chá, mas sim agua de chocalho. Falava bastante e, em um certo momento, começou a nos falar de Jesus. Problema nenhum nisso, mas, para mim, o desafio foi permanecer no jogo e não ser desrespeitosa ou ofensiva. Tive muito medo de falar algo errado para ele, de ofender suas crenças. E ai, para nossa surpresa, ele nos pede para aceitarmos Jesus e, para isso, ele teria que orar por nós. "De joelhos, se possivel". Não ajoelhamos. "Em pé, então". "Você vai ter que renunciar dessas 'coisas' ai na sua cara, tem que parar de usar brinco". "Mas eu nasci assim! Fazem parte de mim!". E assim, vencemos o diálogo, mas não escapamos da oração. O medo era de que ele se exaltasse, de que a gnt não correspondesse às suas expectativas, sei lá. No fim das contas, nem escutamos o que ele disse. Mas a certeza é de que muita coisa boa nos foi passada ali.

E seguimos nossa jornada pelo OTIMISMO, pelo REVIVER, pela CORAGEM, pelo RENASCIMENTO. E no meio do caminho, muitas lições. A RENOVAÇÃO não estava em nenhuma porta de quarto, mas foi o que levei. E uma mescla com o OTIMISMO, afinal, nessa vida, pra tudo tem um jeito né?! Só não tem jeito pra morte, e há controvérsias!

Vitoria, vitoria, vitória!

Depois de um tempão com o nariz encostado finalmente voltei pro jogo. E esssa volta começou logo pela pediatria. Mas eu não podia ter companhia melhor, Iolanda Tonhonhoim encaixou bem demais. A energia subiu só com o olhar, o mesmo que já encontrei num momento fodastico durante as oficinas. Pra uma primeira atuação acho que a gt se saiu super bem, não deixamos o jogo cair. Rolou até maquiagem nas mães, com direito a dancinha e a jogada de cabelo da Joelma. A enfermaria tava cheia de Vitórias e muitos outros bebês que já nasceram heróis. Até eu que nem gosto tanto de pediatria assim saí apaixonada pela branca de neve, moana, dudu, Miguel... 
enfim, já tô ansiosa pra próxima atuação, tinha esquecido como é bom atuar!

Tirando Leite de Pedra

Hoje foi dia de atuar num setor que eu amoo, o ambulatório da Onco. Fomos pra o quartinho nos arrumar, e como sempre, eu e Vitor arrasamos no quesito esquecimento. Foram inúmeros problemas a serem resolvidos: esqueci meu sapato, Vitor teve um problema com o suspensório, entre outras coisinhas que é melhor em falar *-*. Conseguimos nos arrumar num tempo recorde de 25 minutos, alongamos e subimos a energia contando histórias (morri de rir com a cobra e a luz, obrigada Vitor <3). 
Essa foi nossa segunda atuação consecutiva no ambulatório da Oncologia, mas foi beeem diferente da nossa primeira experiência. Hoje as pessoas não estavam tão abertas ao jogo, e estabelecer um contato inicial com ela foi bem difícil. Inclusive a sensação que dava era que quando nós chegávamos perto, as pessoas meio que viravam a cara para nos evitar.  Isso foi um desafio que conseguimos superar na medida do possível. Cada pessoa em que chegávamos era um desafio, um gelo a ser quebrado e tudo isso foi muito desgastante. Entretanto, a sensação de quando essas pessoas nos permitiam encontra-las era maravilhosa. Inicialmente encontramos uma senhora que usava um turbante preto com uma pedra em cima, ela a princípio estava bem retraída, mas depois comprou nosso jogo de que ela era uma vidente poderosa, e inclusive ela conseguiu ver nosso futuro e ler nossas mãos. Depois encontramos uma mulher jovem que estava aparentemente abatida. Ela tomava um suco de cajá e nós tentamos dizer que aquele suco era o segredo pra aquela pele tão maravilhosa, mas ela não levou pra esse lado e começou a nos contar que passou sete dias em dieta zero e agora se alimentava apenas de líquidos e pastosos. Aquilo mexeu muito comigo e confesso que foi difícil manter o corpo em trabalho depois dessa história. Conseguimos, depois disso, encontrar uma zeladora que nos levou pra salinha onde os zeladores ficam. Lá encontramos o tesouro escondido, que era uma senhora que estava escondidinha mexendo no celular. No final das contas, nós três acabamos fazendo um feitiço de proteção pra ninguém roubar o tesouro!!
Seguimos pelo setor e encontramos uma menina que nos olhava com cara de “não venham encher meu saco”, Vitor ainda tentou se aproximar, mas ela nos ignorava completamente. Ficamos interagindo com outras pessoas e depois voltamos pra essa menina. Começamos um jogo de Vitor conquista-la com instrumentos musicais, mas ela sempre dava zero pra o bichinho L. Essa menina estava beem abusada com a gente. Não deu pra identificar se era de brincadeira ou se a gente estava realmente enchendo o saco dela, mas sei que o pai da mesma, que estava na quimioterapia, ficou morrendo de rir (kkkkkk).
OBS: Uma senhora perguntou se o corpo de Vitor era enchimento e ela falou bem sério! LOOOOOOOOL
Depois disso fomos para a sala de espera, quando entramos lá, ninguém nem olhou, foi bem triste. Todo mundo virou a cara literalmente, exceto uma certa mulher ( nossa salvação). Começamos a brincar com ela, dizendo que ela era de um reino “Tão Tão distante”, que ela tinha diamantes vindos da África, e combinamos de um dia ir visita-las no seu reino em nosso cavalo.
Pra finalizar, teve um jogo e um momento que talvez seja o momento mais UAU que tive até agora. Eu e Vitor fechamos a passagem pra uma moça que estava andando e ela começou a rir. Então dissemos a ela que estávamos na “ponte do Glamour” e só passa quem jogar charme pra gente. Ela ficou morrendo de vergonha. A melhor parte é que outras pessoas passavam, jogavam charme e a moça lá, parada, juntando coragem. Quando a gente menos esperou ela olhou pra gente e sensualmente ergueu as sobrancelhas... foi muito incrível esse momento!! Eu e Vitor gaitamos e ela saiu bem rápido morrendo de vergonha. Nesse momento, decidimos que já era hora de partir. E foi durante nossa conversa pós atuação, que Vitor me falou que o mais importante é que conseguimos acessar as pessoas por mais difícil que o setor estivesse hoje. Definitivamente foi como tirar leite de pedra, mas foi extremamente gratificante.


Sem-vergonhisse pra Dois...

DB!!! Que saudade de escrever você <3. Essa semana foi minha primeira atuação com meu MCM Vitor. No dia eu tava meio mortinha, doente, mas quando Vitor começou a brilhar o olhar pra mim, meu corpo ficou 100% novo!! Chegamos lá na onco depois de procurarmos bastante, porque a gente não tinha nem noção de onde era. De cara fomos bem recebidos pelo pessoal de lá e seguimos para o quartinho, onde a gente se arrumou. Conversei bastante com meu MCM enquanto nos vestíamos e constatamos nosso desmantelo com a pele e com a maquiagem. Na hora de alongar Vitor colocou uma música de brega e a gente ia se esticando conforme a letra da música. Confesso que essa parte foi meio obscena, mas nos garantiu boas risadas. Na hora de subir a energia, abrimos os olhos ao som de "olha a explosaaaaao", e nessa hora a gente olhava bem forte um pra o outro, foi maravilhoso... Assim nos preparamos pra encarar aquele novo setor.
Chegamos primeiro em uma senhora bem tímida, que aceitou nosso desafio das aulas de dança. Ela gostava muito de forró pé de serra e, assim, cantamos e dançamos os três de mãos dadas. Já a filha dela gostava de Wesley Safadão, e por isso ensinamos a senhora a fazer o símbolo do "vai Safadão". Quando olhamos de lado uma mulher estava rindo da nossa cara. Encaramos a mulher com ar de desentendidos e ela disse pra chegarmos perto. Começamos bem devagar, com passinhos curtos. Vendo isso ela pediu pra que fossemos mais devagar, e assim fizemos. Ela ainda pediu pra que fosse mais devagar, e nesse momento só os dedinhos se mexeram, e ela caiu na gargalhada. Depois dessa aproximação lentificada, ela pediu pra que chegássemos o mais rápido possível, e assim o fizemos. Ao chegar lá, depois de tanto tempo de viagem, ela se declarou "A Mais Linda e Bela Nancy" e assim iniciamos uma interação com essa pessoa MARAVILHOSA E LACRADORA que marcou essa atuação e a minha vida também. Propusemos uma competição da "mais linda e maravilhosa" e ela não só topou, como desfilou e fotografou tão escrotamente quanto eu... E olhe que ela estava sem nariz e numa posição totalmente diferente da minha. Tivemos outras participantes no concurso, duas pacientes que apesar de não poderem se levantar das poltronas arrasaram no concurso, com biquinhos e tudo mais. Inclusive uma delas estava na primeira quimioterapia, e apresentou muita resistência a princípio, mas no decorrer da atuação ela foi se abrindo e enfim pudemos estabelecer mais contato com ela. Enquanto estávamos no concurso, Dra. Flávia chegou pra ver a paciente e Maurício muito enxerido foi logo pra cima dela sendo muito mal sucedido. No final a médica prometeu a ele uma injeção pra sem vergonhisse e assim ele saiu foragido e eu fui atrás resgatar o safado. Durante a fuga perdi Maurício de vista. Ele estava atrás do balcão dos funcionários. Assim começamos um joguinho em que ele levantava e abaixava, eu perguntava aos pacientes sobre ele, quando todos apontavam que eu virava, Maurício sumia. As pessoas inicialmente riram muuuito, mas depois o jogo saturou e eu não sabia como dizer a Vitor que tinha acabado. De repente me vi sozinha, diante dos pacientes sem saber o que fazer, e Vitor lá atrás levantando e abaixando kkkkkkk. Foi bem tenso, mas eu dei um jeito de fugir e ir lá resgatar ele.
Depois disso, dividimos os pacientes em dois grupos: Irmão Coragem e Vencedores, deixamos que eles escolhessem os nomes dos seus respectivos grupos. Cada grupo escolheu se grito de guerra, e o grito dos Irmãos Coragem foi uma música evangélica que as pessoas ficaram cantando, inclusive as que não estavam no jogo naquele momento. O grande final da competição dos grupos foi a dança individual, sendo um embate meu contra Vitor. Corremos atrás dos nossos técnicos. Minha técnica foi uma zeladora do setor, que me treinou pra dançar forró na competição. Já a de Maurício fez mistério e nos acompanhou até o local onde o embate se daria. Eu dancei, mas não tive muitas repercussões. Quando chegou na hora de Vitor, a técnica dele começou a cantar uma música de Gretchen, e todos começaram a acompanhar com palminhas enquanto Maurício ARRASAVA no meio do setor. No final o pessoal pediu Bis e teve Gretchen de novo na onco. Na hora da votação vi que falhei miseravelmente, só duas pessoas votaram em mim e Maurício, junto aos “Vencedores”, teve uma vitória esmagadora!!! Seguimos o jogo e Vitor queria muuuito ir pra parte da recepção, mas eu estava um pouco receosa, não sabia se nós podíamos atuar naquele local. Isso tudo foi bobagem minha, porque perdemos muitas pessoas abertas ao jogo que nos chamavam pra ficar por lá. Mas de qualquer forma demos duas passadinhas rápidas por lá, sempre tentando deixar o jogo lá em cima. Teve uma hora que Vitor simplesmente se sentou com os pacientes, me deixou lá na frente sozinha e me propôs que eu fizesse alguma coisa. Se não me engano era pra propor uma votação sobre a injeção pra sem vergonhisse dele. Nessa hora eu gelei muuuito, mas no final deu tudo certo e consegui muitos votos a favor de que o safado se curasse da safadeza dele. Quando saí arrastando Maurício pelo suspensório um senhorzinho gritou que com uma bundona daquela ele não ia sentir nem a dor da agulhada kkkkkkk. Quando voltamos ao ambulatório, fui perguntar a enfermeira sobre a tal medicação. Prontamente ela me disse que essa injeção só vinha em duas doses, eu inocentemente disse para ela que era uma dose para cada banda da bunda de Vítor. Na hora ela deu melhor resposta de todas: uma dose pra Maurício e outra pra acompanhante, ou seja, eu. Fiquei arrasada, com a cara no chão! QUE SHADEEEE! Saímos foragidos mais uma vez e encontramos uma moça com uma mala, claramente ela ia para Paris! E o maior absurdo: não queria nos levar porque não somos chiques como ela. Nesse momento começamos a imitar tudo que ela fazia para sermos chiques também e ela ficou morrendooo de rir com a mãe. Combinamos então nossa viagem para a madrugada, mas ainda tínhamos um problema: nenhum dos dois tinha bolsa de viagem. Chegamos em uma senhora fingindo que íamos roubar a bolsa dela, na hora ela começou a chamar Vitor de Gordo e dizer que ele tinha que emagrecer. Propusemos então que ela ensinasse alguns exercícios para o rapaz. Foram muitos abdominais e agachamentos, até que "A Mais Linda e Bela Nancy" gritou de onde estava que Maurício era perfeito assim. Desse modo começou uma competição das duas, pra ver se Vitor engordava ou emagrecia, foi ótimo, ganhamos, inclusive, biscoitinhos “Nova”, pra garantir sua beleza.

Tivemos muitos encontros lindos além desses. Nesse setor as pessoas foram tão incríveis e receptivas, que a energia não caiu e os momentos “PEN” foram pouco significativos diante de tudo o que aconteceu. Espero voltar logo lá!!