Dia de primeira atuação. E eu estava incomumente tranquila dada a situação (talvez porque só conseguisse pensar direito nas provas que teria no decorrer do dia - eram 3 - antes de ir para o HC). Claro que meus amados MCMs não podiam deixar por menos, e passaram o dia perguntando "e ai? nervosa? e esse frio na barriga?" bom, eu não tinha né, até esse momento! Fui ficando cada vez mais pilhada, até que deu a hora de ir pro HC (10min depois de sair a nota de farmaco - sim, o dia foi uma explosão de eventos).
Na entrada do HC, uma verdadeira reunião da família PERTO: eu, moni, rai, paulinha, toni, amandinha, bah, mano, zé... foi bom pra já ir me preparando pra subir a energia. Quando chegamos na pediatria, moni aproveitou pra tirar dúvidas e dar conselhos, e até a música pra subir a energia foi ela quem colocou! Nem tive tempo pra agradecer (ela sumiu assim que ficamos prontas pra subir a máscara) mas moni, se você estiver lendo isso, muito obrigada! :)
Enfim, hora da atuação. O jogo começou desde que saímos do quartinho das enfermeiras, só eu e minha MCM jogando, pois levamos 10 a zero da porta que não queria fechar. Depois demos uma passeada pelo corredor, todo mundo meio calado e nos olhando assim, de longe. A personificação dessa timidez inicial se deu principalmente no pequeno Caíque, que estava com um sorriso de orelha a orelha só de nos ver mas não se atrevia a chegar perto. Falo mais dele jajá.
Respeitando os que estavam tímidos, fomos procurar alguém que quisesse jogar com a gente. Conhecemos uma menina linda, Maria Vitória, que devia ter uns dois anos e era a coisa mais linda. Sério, se procurar no dicionário 'coisa mais gostosa' vai ter uma foto dela, certeza. Até os pais dela entraram no jogo, e foi uma experiência deliciosa.
Depois jogamos com Lara, uma pequena que estava empurrando seu carro e que nos respondeu que era pra carregar o xampu dela (?), e foi ela quem nos emprestou 4 reais (imaginários ta?) pra comprar um helicóptero de Caíque (sim, Caíque! A esse ponto ele já estava conversando com a gente). Compramos o helicóptero, só pra descobrir que estava quebrado. Levamos então pra Maria Vitória dar um beijo consertador. E não é que funcionou? Pedi pra ela me beijar também, pra ver se conserta minha vida (to esperando os resultados ainda).
Enfim, só tenho a dizer dessa primeira parte que foi a coisa mais linda jogar com todas essas crianças e participar um jogo tão legal, cheio de interações e reviravoltas.
Isso porque tudo que aconteceu até agora contrastou e muito com a segunda parte, que foi quando os pestinhas começaram a se soltar. Pois é, não foi por falta de aviso: todo mundo sempre diz pra gente não se iludir na pediatria, porque tem crianças pestes e MUITO. E isso é bem verdade. Eu sei que mais pro fim eu e Chayene sofremos na mão de Tom e Jerry, Robson e Álvaro, que tentavam a todo momento tirar nossos narizes (não importava o que a gente fizesse, e olhe que tentamos de tudo) e estavam mais dispostos a atazanar a gente do que participar do jogo em si. Chegou a nossa hora de ir, e eles passaram todo o tempo que a gente estava se trocando do lado de fora do quartinho, batendo na porta e chamando por nós. Nesse momento cumprimentei Báh por ser tão guerreira e ter me salvado tantas vezes durante a atuação: a melhor companheira é a minha!
Por fim, fica a lição bem cara de oficina mesmo: na pediatria eu vivi o céu e o inferno ao mesmo tempo. Não sei se será assim nos outros setores, só sei que estou muito ansiosa pra atuar novamente!
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