sábado, 24 de outubro de 2015

L'appel du vide

Antes de qualquer coisa: que minhas palavras aqui sejam sinceras. Que eu não tenha receio de revelar as tijoladas e desfrute do prazer de externar as coisas marlindas dessa jornada!

Ato falho... Não sei! Mas quando meu tutor perguntou, durante a preparação, qual tinha sido a essência da oficina/qual era a essência do projeto, eu respondi em menos de um fôlego: “não há nada depois do erro”! Externei o que estava sentindo... Tava com receio de “cagar” tudo, receio de “cagar” os jogos, receio de “cagar” como MCM... E me veio o tapa na cara ainda antes de subir a máscara: o encontro! O RISO É CONSEQUÊNCIA DO ENCONTRO! O meu alvo não é o “não cagar”, meu alvo é o ENCONTRO. *Perdão pela quantidade exacerbada de fezes nesse parágrafo! ><

ENCONTREI, encontrei sim! E foi lindo!

Encontrei Cicleide (Bicicleide), que comprou nosso jogo do início ao fim... *-* Passou pelo crivo do The Voice, escolheu Lulu Santos e deu um show! Ela estava presente, totalmente aberta às nossas cartadas. Foi uma das responsáveis por espalhar o boato do doutor que rebola na bola... A caça ao tal doutor foi um capítulo à parte, mas nossos esforços para encontrar o dito cujo foram inúteis. Ele se escondeu bem escondido. hehe

A “de onçinha” havia sido uma das primeiras pessoas com a qual nos deparamos, mas seu olhar não foi recíproco nessa troca inicial. Surpresa e ironia foram que ela se tornou uma das protagonistas do momento mais caloroso de todos! E foi arrepiante ver todas no quarto entrarem na brincadeira. Sorrisos foram arrancados até da gestante que havia acabado de sair da sala de cirurgia. Senti a alegria do conquistar, minha energia foi aos céus nos convites para dançar aceitos, no lançar do olhar seguido das respostas positivas expressas com risos e encabulamento. Eu pulava e olhava para Josefina, querendo transbordar aquele momento. Foi quando a “de onçinha” e sua irmã roubaram a cena. Escolheram a trilha sonora no celular e cativaram todas. Coube a nós então apenas deixá-las brilhar.

Houve também o roubo de pipoca das médicas e a fuga para o oitavo andar! Foi na empreitada em levar as malas das fugitivas que, no elevador, eu levei uma boa tijolada. Meu impulso inicial foi de brincar pulando dentro do elevador, mas como o receio de acontecer alguma coisa (o histórico de elevadores no HC é meio tenso) podou minhas ações, eu travei... Naquele cubículo, não conseguia pensar em nenhuma matéria para jogo. E foi nesse pensar demais na ‘falta do que jogar’ que o tijolo veio na cara: um comentário que baixou a energia. Nossa aventura, no entanto, foi recompensadora: ao deixar as mamães lá em cima, ganhei/dei um abraço banhado de verdade na acompanhante de uma delas!

Teve o meu grito no meio do COB, teve o encontro com a mãe de uma futura Ísis e eu quase entregando minha identidade secreta, teve as inúmeras vezes que minha MCM salvou o jogo, teve a conversa com o cara do walkie talkie, teve a busca por uma televisão que prestasse, teve muito ouro, inchalá, teve a disputa para que o nome das nenéns fosse Ziza Carambita e não Josefina Avoada... =P

E para finalizar teve: Joelma! Tímida toda! Escondida na copa... Com medo da nutricionista. Mas ainda assim, um dos melhores encontros. Não quis abrir o coração sobre Chimbinha, mas soltou uns risos acanhados que ganharam essa pessoa que aqui escreve...

Desconfio que ainda tenho muito a crescer! E quero, querendo muito, crescer com minha melhor companheira do mundo! O desejo pelos próximos encontros já me consome... Quero mais, quero me arriscar mais, quero de mãos dadas à minha MCM pular de um precipício em encontros!

Acho que essas palavras não traduzem por completo o que eu senti. Trata-se de SENTIR, é intraduzível, como antecipou o melhor lindovisor do mundo.


Visitei o vazio... E o vazio não é confortável! Mas descobri que tenho sede do vazio, desse desconforto, que me coloca o sorriso nervoso no rosto, que acelera minha respiração, que faz meu corpo se contorcer de ansiedade, que, no seu ápice, me descortina, me deixa sem armas... O chute na bunda. Mola propulsora de Caramba, Caramba, Carambita! E que traz a recompensa mais maravilhosa de todas: mergulhos em janelas da alma!

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